A tutela é um encargo a que se submete determinada pessoa, a quem se atribui a incumbência de administrar os bens e reger a vida de indivíduo menor de idade que não se encontra sob o poder familiar do pai e nem da mãe. O fundamento comum da tutela é o dever de solidariedade que se atribui ao Estado, à sociedade e aos parentes.
A curatela é um instituto protetivo (caráter protetivo e assistencial) dos maiores de idade, mas incapazes, ou seja, sem condições de zelar por seus próprios interesses, reger sua vida e administrar seu patrimônio. O processo de interdição é o meio próprio para incapacitar aqueles desprovidos de discernimento, sujeitando-se também à curatela os nascituros, ausentes, enfermos e os deficientes físicos.
A tutela é aquela dada aos filhos menores - sem capacidade plena, portanto, seja por ser absoluta ou relativamente incapaz - em caso de falecimento ou ausência dos pais, bem como na perda do poder familiar por ambos (art. 1.728, do CC).
Já a curatela é conferida aos relativamente incapazes que assim o são por: (i) causa transitória ou permanente, que não permita expressar a vontade; (ii) se tratarem de ébrios habituais ou viciados em tóxico; (iii) conta da prodigalidade (art. 1.767, do CC).
Assim, é possível extrair que a tutela e a curatela buscam conferir representação ou assitência àqueles que não possuem capacidade jurídica para exprimir sua vontade de forma desembaraçada, ou seja, de exercer pessoalmente os atos da vida civil.
Sendo assim, se tratam de dois institutos de alta importância, pois permite a garantia dos direitos dos citados incapazes por meio da nomeação de um tutor ou um curador.
Quanto à tutela, temos que destacar especial importância, pois em caso de falecimento ou perda do poder familiar, importantes questões do menor seriam comprometidas na ausência de quem fizesse as vezes de tutor.
Vejamos, em relação ao poder familiar, o que diz o art. 1.634, do CC:
"Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos:
I - dirigir-lhes a criação e a educação;
II - exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art. 1.584;
III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem;
IV - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para viajarem ao exterior;
V - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para mudarem sua residência permanente para outro Município;
VI - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar;
VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento;
VIII - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha;
IX - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição. "
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