Na primeira reação o objetivo é adicionar um fosfato no carbono 6 da glicose, para que ela fique presa dentro da celula.
Imagine que a glicose é uma molécula um tanto quanto rebelde, e se alguém não a prender dentro da célula, ela acaba escapando. Por isso, ocorre um processo de fosforilação da glicose, pela enzima Hexoquinase, para que glicose permaneça na célula. O ATP doa um fosfato ao carbono 6 (C-6) da molécula de glicose e, portanto, o produto desta reação será glicose-6-fosfato.
Para a adição do fosfato (fosforilação) à glicose, há o primeiro gasto de energia. Note que para que a reação ocorra, a hexoquinase requer o cofator Mg2+, porque ele protege as cargas negativas do grupo fosforil do ATP. O complexo MgATP2- promove maior facilidade para a ligação do grupo - OH da glicose ao fosfato, ativando a glicose e mantendo-a dentro da célula.
A frutose-6-fosfato é fosforilada, produzindo frutose-1,6-bisfosfato. Esta reação é acoplada à hidrólise deATP, constituindo então o segundo gasto de energia. A G6P e a F6P podem desempenhar papéis em outras vias, mas a frutose-1,6-bisfosfato não, por isso este é um ponto irreversível da glicólise. A enzima que catalisa esta reação é a fosfofrutoquinase-1 (principal enzima reguladora da glicóse). A atividade da PFK-1 é aumentada através de uma modulação alostérica sempre que o ATP estiver em baixo nível ou quando existir um excesso de produtos da hidrólise do ATP, ADP e AMP (principalmente este último). O contrário ocorre quando há muito ATP ou outro combustível como os ácidos graxos na célula, e a mesma não precisa metabolizar glicose para obter energia, e então a PFK-1 é inibida.
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