Existem correntes doutrinárias que apoiam todas as respostas (acusatório, inquisitorial ou misto). Eu já tenho minha opinião e vocês?
Caros colegas,
Confesso que também tinha a mesma opinião da maioria. Acreditava que nosso Sistema poderia ser considerado MISTO, afinal, se analisarmos toda a PERSECUÇÃO PENAL (fase de investigação + fase processual) chegaremos a essa conclusão, pois o Inquérito é um procedimento administrativo puramente Inquisitorial, já o Processo Penal é considerado acusatório, com a junção dos dois teríamos o Sistema Misto.
Contudo, tenho adotado Doutrinas mais críticas no momento, e o processualista Aury Lopes Junior considerada um "reducionismo ilusório" dizermos que nosso Sistema é Misto. É o que se depreende:
"Ora, afirmar que o “sistema é misto” é absolutamente insuficiente, é um reducionismo ilusório, até porque não existem mais sistemas puros (são tipos históricos), todos são mistos. A questão é, a partir do reconhecimento de que não existem mais sistemas puros, identificar o princípio informador de cada sistema, para então classificá-lo como inquisitório ou acusatório, pois essa classificação feita a partir do seu núcleo é de Extrema relevância."
Com a leitura, acabei mudando minha opinião. Concordo com Aury, não existem mais sistemas puros, então devemos analisar qual o princípio informador do nosso sistema, ou seja, aquele que prevalece e que possui maior amplitude!
Sem dúvidas, as caracteristicas do Acusatório se sobressaem em nosso Sistema, nos dando respaldo para afirmar que nosso sistema é ACUSATÓRIO. Existem inúmeras críticas, claro... Como o fato de o Juiz produzir as provas urgentes e relevantes de ofício, mesmo antes de instaurado o processo e etc.
O Sistema é o Misto.
No Inquérito ela é inquisito, não há dúvidas. Entretanto, na ação penal, que deveria obedecer ao sistema acusatório, há por vezes situações onde se verifica traços do Sistema Inquisito.
Um exemplo disso são as situações onde se verifica poder o juiz, de ofício, ou seja, sem requerimento:
Determinadr produção de provas, na investigação ou no processo penal, busca e apreensão, interceptação telefônica, oitiva (testemunha e/ou ofendido), prova documental entre outras.
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