PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA X PRISÕES NO CURSO DO PROCESSO OU DA INVESTIGAÇÃO
1.Partindo da premissa de que a ordem constitucional em vigor estabelece o princípio da presunção de inocência (CF/88) pergunta-se: é possível fixar-se uma prisão no curso do processo e da investigação sem que o aludido princípio seja violado? Caso seja possível, em que condições tais prisões se compatibilizaram com a ordem constitucional vigente?
Muito oportuna está questão, prisão para garantir a instrução criminal vem delimitada nos moldes do artigo 312 do Código de Processo Penal e norteia o futuro das prisões cautelares. Sua função é proteger a eficácia plena das provas, a verdade das testemunhas, e, de certo modo, defender que a instrução do processo ocorra tranquilamente. Entretanto, este efeito cautelar afeta diretamente o acusado, pois, seu direito à ampla defesa e ao contraditório resta prejudicado drasticamente (MARCÃO, 2012). Para tanto, confrontaremos a garantia da presunção da inocência com outros dispositivos de nossa própria Constituição.Não obstante, todos os doutrinadores sem exceção e também os Tribunais pátrios proclamam que “a presunção de inocência não impede a prisão cautelar nem medidas tendentes a garantir o resultado do processo”204, desde que “calcadas em ordem escrita fundamentada de órgão jurisdicional competente”205, baseados em critérios de “proporcionalidade e de uma justificada necessidade cautelar”206 ou mesmo “conveniência” processual.
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Direito Processual Penal I
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