Imperioso consignar que o Superior Tribunal de Justiça já definiu que "a atemorização da vítima pelo emprego de simulacro de arma de fogo não constitui motivo apto à configuração da majorante prevista no inciso I do § 2º do art. 157 do CP, por ausência de incremento no risco ao bem jurídico tutelado. Tal circunstância presta-se apenas para caracterizar a grave ameaça, elementar do delito de roubo" (HC 381395/SP, rel. Min. Felix Fischer, Quinta Turma, j. em 4/4/2017).
Simulacro de arma de fogo não serve para caracterizar a causa de aumento de pena. Serve apenas para configurar a elementar típica da "grave ameaça", enquadrando, tal situação, em roubo simples, caso não estejam presentes outras circunstâncias.
Primeiro deve ser lido o parágrafo 2-A do artigo 157 do Código Penal que dispõe
§ 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços):
I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo;
Dessa maneira, se o agente criminoso estiver usando um simulacro sua pena não será aumentada, pois a lei requer arma de fogo e leis penais incriminadores devem ser interpretadas de forma restritiva.
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Direito Penal II
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