SUSPEIÇÃO E IMPEDIMENTO DO JUIZ:
Suspeição ≠ Impedimento
Art. 145 Art. 144
Caráter Subjetivo Caráter Objetivo
+ difícil de provar + fácil de provar
Os dois vão até o 3° grau de parentesco
Os dois tem o prazo de 15 dias
O impedimento é matéria de ordem pública, pode ser declarada em qualquer momento
É dever do juiz declarar-se impedido ou suspeito, através de ofício.
COMO ALEGAR O IMPEDIMENTO OU A SUSPEIÇÃO:
1) Se o juiz não disser que é impedido ou suspeito, o meio de instrumento para alegar sua suspeição ou impedimento é através de uma petição específica endereçada ao juiz da causa.
(Se quiser dar um nome, ao pedido na PI, pode ser: Do Incidente de Arguição de Impedimento ou Suspeição)
2) O prazo para argüição é de 15 dias, a contar do conhecimento do fato
3) Quem julga é o Tribunal do juiz da causa
Se o juiz reconhecer que é impedido ou suspeito, transmite o processo de imediato para seu substituto.
Caso o juiz não reconheça o impedimento ou suspeição deverá colocar suas razões no processo, no prazo de 15 dias, em seguida manda para o Tribunal julgar.
Quando a petição chegar nas mãos do Desembargador relator que julgará o impedimento ou a suspeição do juiz, este deverá declarar se tem ou não efeito suspensivo o processo.
OBS. O Art. 313, CPC, diz que quando se entra com o incidente de argüição do impedimento ou suspeição o processo fica suspenso. No entanto, na prática, o relator pode ordenar que o processo volte a correr normalmente, o seja, retire o efeito suspensivo
Caso posteriormente o relator entenda que o juiz é impedido ou suspeito, todos os atos que o juiz praticou serão considerados nulos, a partir do momento no qual ficar fixado o início do impedimento ou da suspeição
Art. 146, CPC. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegará o impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do processo, na qual indicará o fundamento da recusa, podendo instruí-la com documentos em que se fundar a alegação e com rol de testemunhas.
Também é possível argüir o impedimento ou suspeição do perito, do membro do MP, entre outros. A forma de argüição para estes, encontra-se no art. 148, CPC.
Será feita através de petição fundamentada, na primeira oportunidade que lhe couber falar nos autos; o processo não fica suspenso; e quem julga é o próprio juiz da causa, no prazo de 15 dias.
Por serem as hipóteses de impedimento objetivas, deve o juiz recorrer ao estado psíquico e demonstrar eventual imparcialidade que lhe torne inibido de julgar. Conforme aduz o STF “as causas de impedimento do magistrado estão enumeradas taxativamente nos incisos I a VI do art. 134 do CPC. Enquadrando-se o julgador em qualquer dessas hipóteses, há presunção absoluta de parcialidade, que pode ser arguida em qualquer grau de jurisdição."
Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou voluntário:
I - de que for parte;
II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento como testemunha;
III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido sentença ou decisão;
IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge ou qualquer parente seu, consangüíneo ou afim, em linha reta; ou na linha colateral até o segundo grau;
V - quando cônjuge, parente, consanguíneo ou afim, de alguma das partes, em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau;
VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, parte na causa.
Parágrafo único. No caso do no IV, o impedimento só se verifica quando o advogado já estava exercendo o patrocínio da causa; é, porém, vedado ao advogado pleitear no processo, a fim de criar o impedimento do juiz.
CPC Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo;
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes;
VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços;
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório;
IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado.
§ 1o Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade judicante do juiz.
§ 2o É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz.
§ 3o O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido a membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente no processo.
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