Nesta teoria, o Estado confunde-se com o próprio direito. O direito é emanado do Estado, sendo sua única fonte de forma coativa. Direito e Estado tornam-se homogêneos. Se existe direito, existe o Estado. O Direito deixa de ser uma ciência e torna-se tudo aquilo que o Estado diz. O Estado é munido de direito, resultando numa política autoritária. Neste cerne, Kelsen deixa claro que o Direito deve justificar o Estado, e não o contrário.
Para Kelsen, "o Estado deve ser representado como uma pessoa diferente do Direito para que o Direito possa justificar o Estado – que cria este Direito e se lhe submete. E o Direito só pode justificar o Estado quando é pressuposto como uma ordem essencialmente diferente do Estado, oposta à sua originária natureza, o poder, e, por isso mesmo, reta ou justa em qualquer sentido. Assim o Estado é transformado, de um simples fato de poder, em Estado de Direito que se justifica pelo fato de fazer direito."
Temos portanto que o direito, visto como ordenamento, emana do Estado; é através do Estado que o Direito exerce força coativa. Se existe direito, existe o Estado.
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Introdução ao Direito I
•UCBR
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