De acordo com os pensamentos de Edouard Claparede , a Psicologia precisa embasar tanto o conhecimento prático do professor quanto oferecer ao psicólogo uma base de experimentação. Ele criticou duramente o dogma psicológico, que é a excitação que produz a reação, um modelo dominante na ciência da conduta. Segundo ele, a Psicologia deveria se voltar para a questão da necessidade. Sua curiosidade pela pedagogia, surgiu quando ele foi procurado por professores de classes especiais (com crianças com deficiência mental ou consideradas anormais) para aconselhamento, já que não possuíam preparo para lidar com essas crianças. O fato demonstrara que era necessário se ter uma escola sob medida, que respeitasse as diferenças individuais de cada criança e não tentasse encaixar todas elas num mesmo molde. Ele acreditava, que a necessidade desencadeava na criança a atividade, através da qual ela poderia desenvolver-se física, intelectual e moralmente. Em sua visão, a criança não é um mini adulto, incompleto, mas tem interesses próprios. O interesse precede a aprendizagem, portanto, não há ensino eficaz, nem êxito profissional docente, sem que seus esforços se adaptem as virtudes natas da natureza da criança para aprender. A Psicologia da criança deve servir de apoio para a práticas escolares.
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