Sobre prescrição e decadência no direito tributário

A prescrição extingue o direito à pretensão, ou seja, o poder de exigir algo de alguém por meio de um processo jurídico, caso esse direito não tenha sido utilizado em determinado espaço de tempo.

Na decadência, também chamada de caducidade, o que se perde é o próprio direito material, por falta do uso desse direito.

Nele, existe um direito, e seu pedido deve ser formalizado na justiça dentro de determinado prazo. Caso a formalização não seja feita, o direito deixa de existir.

Na decadência, a ação deve ser reconhecida de ofício pelo juiz.

A prescrição e a decadência no Direito Tributário, conforme previsto no artigo 156 do Código Tributário Nacional (CTN), são modalidades de extinção do crédito tributário.

A decadência (art. 173, do CTN) ocorre quando a Fazenda Pública se mantém por 5 anos sem constituir crédito tributário, fazendo com que se extingua o direito de constituí-lo. Esse prazo é contado:

I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;

II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.

Já a prescrição (art. 174, do CTN) ocorre quando a Fazenda Pública, após constituir o crédito tributário e o contribuinte não realizar o pagamento, se mantém inerte durante 5 anos sem ajuizar a ação para a cobrança do crédito tributário, contado da data da constituição definitiva desse crédito.