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O princípio constitucional da individualização da pena figura, expressamente, no art. 5o, XLVI, primeira parte, da Constituição Federal, pretendendo evitar a aplicação de penas padronizadas, que pouco caso fariam dos acusados, engessando o Judiciário e simplificando em demasia o complexo processo de fixação da justa sanção penal.
Do confronto das ideias expostas pelas Escolas Penais Clássica e Positiva, advieram os princípios da proporcionalidade e da individualização da pena. O primeiro decorreu do cenário injustificado do exagero punitivo, aplicando-se, v.g. pena de morte a quem subtraiu coisa de ínfimo valor; cuida-se de uma bandeira da Escola Clássica e do trabalho ímpar de pensadores como Cesare Bonesana, o Marques de Beccaria (Dos delitos e das penas). Sob outro aspecto, de nada resolveria a fixação proporcional das penas, conforme a gravidade do delito, se elas fossem padronizadas. Ilustrando, a cada furto, 5 anos; a cada roubo, 10; para homicídio, 30. As pessoas são diferentes em inúmeros aspectos, não apenas na aparência física. Os estudos da Escola Positiva, iniciada pela atuação de Lombroso, traduzida na obra O homem delinquente, serviram para demonstrar as peculiaridades de cada ser humano, mormente no âmbito comportamental. Embora não se tivesse conseguido evidenciar que o homem nasce criminoso, várias teses surgiram a partir de então, desenvolvidas por seguidores da Escola Positiva, nos contextos da antropologia criminal, psicologia criminal e sociologia criminal. Ferri e Garofalo perpetuaram e aprimoraram os estudos iniciais de Lombroso, conferindo fundamento científico razoável às diferenças humanas.
Pois na feitura das leis (Poder Legislativo) o legislador deve fazer crimes e cominar penas necessárias e úteis para proteger os bens jurídicos relevantes socialmente. Na fase de aplicação da lei (Poder Judiciário) o juiz deve observar as circunstâncias do caso concreto e do indivíduo para a aplicação da pena mais próxima ao mal por ele praticado. Na fase de execução das penas (Poder Executivo) o governo deve fazer estabelecimento penais distintos em virtude da periculosidade do indivíduo como também a quantidade da pena aplicada, desse modo, um condenado em regime aberto não pode cumprir a pena em um presídio de regime fechado.
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