No ato jurídico em sentido estrito, a conduta do agente é voluntária, mas os seus fins são definidos pela lei.
Ex.: se você assume um filho, automaticamente, quando você vier a óbito, a herança será dele.
Já o ato-fato é basicamente a "junção" do ato jurídico stricto sensu com o negócio jurídico. Nesse caso, a vontade manifestada não é relevante ao Direito.
Ex.: suponhamos que uma criança (absolutamente incapaz) compre figurinhas (negócio jurídico); se essas figurinhas estivessem danificadas, ela teria o direito de restituição ou troca.
Espero que tenha ajudado!
Os atos-fatos jurídicos dependem de ação humana, no entanto, não é necessária a vontade para a sua prática ou esse elemento volitivo é irrelevante. Dessa forma, se um indivíduo absolutamente incapaz, por exemplo, praticar sozinho algum ato-fato jurídico, este será, em regra, válido, e produzirá todos os efeitos que deveria produzir. A ocupação (art.1263) e o achado do tesouro (art. 1264 CC) seriam exemplos.
Os atos jurídicos stricto sensu ou não negociais são atos que decorrem da vontade humana, contudo, a vontade é dirigida somente à prática do ato, mas não ao seu efeito, que decorre, automaticamente, dos ditames da lei.
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Direito Civil II
•PUC-PR
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