Classicamente, o sistema nervoso autônomo é subdividido em dois grandes subsistemas: a divisão simpática e a divisão parassimpática. Esses nomes estranhos derivam da palavra grega que significa “harmonia, solidariedade” e se relacionam à ideia de que sua função é homeostática.
1. O Sistema Simpático (SNS)
Tem sua origem em neurônios localizados na medula espinhal, na porção tóraco-lombar. Os axônios dessas células emergem da medula pelas raízes ventrais e se estendem até uma série de gânglios simpáticos que se encontram em diferentes regiões do corpo. Alguns gânglios se localizam no pescoço e no abdome, porém a maior parte se encontra na região torácica. Estes últimos formam a cadeia simpática lateral.
As fibras simpáticas dos gânglios viscerais inervam o intestino, os vasos sanguíneos intestinais, o coração, os rins, o baço, e outros. Em troca, as fibras contidas nos nervos espinhais inervam os vasos sanguíneos da pele e dos músculos, os músculos eretores dos pelos e as glândulas sudoríparas.
As fibras provenientes do tronco simpático cervical inervam diferentes estruturas da cabeça, incluindo os vasos sanguíneos, os músculos pupilares e as glândulas salivares.
Distribuição segmentar dos nervos simpáticos:
v T1: fibras que vão pela cadeia simpática até a cabeça.
v T2: fibras que vão ao pescoço.
v T3 → T6: fibras que vão ao tórax.
v T7 → T11: fibras que vão ao abdômen.
v T12 → L2: fibras que vão às pernas.
Essa distribuição é aproximada e implica em grau considerável de superposições. A distribuição dos nervos simpáticos para cada órgão é determinada parcialmente pela posição na qual este se originou no embrião.
2. O Sistema Parassimpático (SNP)
É formado por fibras contidas nos pares cranianos III, VII, IX e X, e por outras fibras que emergem da região sacra da medula espinhal. Esses nervos podem correr separadamente ou junto com alguns nervos espinhais. O mais importante nervo parassimpático é o vago (pneumogástrico), de ampla distribuição, que transporta as fibras parassimpáticas a praticamente todas as regiões do corpo com exceção da cabeça e das extremidades.
Os nervos do sistema parassimpático inervam grande quantidade de estruturas e órgãos incluindo o coração, o músculo liso e alguns vasos sanguíneos, os brônquios, o trato intestinal e a bexiga, além de grande quantidade de glândulas secretórias.
O raio de atuação do SNA é bem mais amplo do que o controle do sistema motor somático: o SNA não só controla a motilidade dos órgãos viscerais musculares como também controla o metabolismo tecidual e a secreção das glândulas.
Nos gânglios autonômicos, o neurônio pré-ganglionar faz sinapses químicas com os neurônios pós-ganglionares, e estes controlam os órgãos efetores por junções neuromusculares, cujas conexões não são tão bem definidas como nas junções neuromusculares esqueléticas. A membrana pós-sináptica (lisa ou cardíaca) não possui placa motora e os neurotransmissores são secretados em uma ampla superfície, não havendo uma relação de uma fibra nervosa com uma célula muscular como acontece com a unidade motora esquelética.
Tanto as células somáticas como as viscerais precedem a atividade mecânica com uma mudança na atividade elétrica (potenciais de ação) na membrana.
O sistema nervoso central é dividido em duas partes: o cérebro e a medula espinhal . O cérebro humano adulto médio pesa 1,3 a 1,4 kg. A medula espinhal tem cerca de 43 cm de comprimento em mulheres adultas e 45 cm de comprimento em homens adultos e pesa cerca de 35-40 gramas.
O sistema nervoso periférico é dividido em duas partes principais: o sistema nervoso somático e o sistema nervoso autônomo .
O sistema nervoso somático consiste em fibras nervosas periféricas que enviam informações sensoriais ao sistema nervoso central E fibras nervosas motoras que se projetam no músculo esquelético.
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