O filme mostra que o preconceito e o julgamento precipitado levando o homem a errar, perdendo condenar um inocente por falta de clareza nos fatos. Vemos mudanças constantes sobre decisões e curiosidades, para saber se o oitavo jurado conseguiria convencer os demais jurados. Passando a ensinar como deve ser um julgamento.
Um filme bastante interessante sobre o processo da presunção de inocência. Hoje podemos dizer que é bastante inovador, ao prender nossa atenção durante todo o tempo num cubículo contendo 12 personagens caricatos do povo americano e sua carga cultural. Quase é possível sentir o calor da sala. Atualmente (2018), podemos até mesmo considerá-lo previsível, já que nossa bagagem cinematográfica inclui muitas obras que beberam dessa fonte, mas lembremos que o ano em questão é 1957, onde não havia tanta informação difundida. Nesta época, pós-II Guerra, aconteceram os julgamentos de Nuremberg (11 anos antes) e aconteceria em breve o julgamento do nazista Adolf Eichmann, ambos bastante controversos (e demonstrados no cinema). O tema ainda era latente e rendia discussões. Interessante perceber como alguns princípios constitucionais são impregnados no senso comum, o que não se verifica aqui no Brasil, por exemplo, onde a maioria da população sequer sabe o que é uma Constituição. O tema do preconceito foi surpreendentemente abordado, numa época em que o racismo era muitíssimo forte, mostrando que o cinema e o rock n' roll foram grandes protagonistas na mudança de mentalidade desse país.
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