Em 2015, Korey que estava cumprindo pena em regime fechado, preencheu todos os requisitos objetivos e subjetivos necessários para a progressão para o regime semi-aberto. Entretanto, uma vez que não havia vaga no regime semi-aberto, o juiz alegou que a pena deve ser cumprida de maneira progressiva (art. 33, §2º, CP e art. 112, caput, LEP) e os requisitos para progressão para o regime aberto ainda não teriam sido cumpridos, sendo vedada a progressão per saltum, de modo que a inexistência de vaga em estabelecimento prisional compatível com o regime semiaberto não enseja, por si só, a progressão para o regime aberto. Assim, o sentenciado foi mantido no regime fechado.
Mesmo tendo cumprido todos os requisitos não será possível a progressão tendo em vista o caso tela, com base na Súmula 491 do STJ, não é possível a progressão de regime per saltum no Direito Penal brasileiro.
Porém segundo a doutrina, capitaneada por Cléber Masson, (2012, p. 570), aponta ser admissível a progressão per saltum em hipóteses como, no caso apresentado, o condenado já tendo cumprido 1/6 da pena no regime fechado e ter conseguido progressão para o regime semiaberto, não obtém a vaga nesse regime, se permanece mais 1/6 no regime fechado poderá fazer progressão per saltum, sendo também possível contabilizar o tempo no regime mais gravoso como tempo no regime menos gravoso.
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Direito Penal I
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