“Um médico idoso e doente, há um tempo já de cama, tomou, de modo plenamente responsável, a decisão de matar-se através de uma injeção de scopheda-ariot-45 (um poderoso analgésico). Já que temia não ter forças para tanto, dirigiu-se a seu sobrinho, pedindo-lhe que o ajudasse, se necessário. Alguns dias depois, deu o médico início à execução de seu plano, adormecendo imediatamente. O sobrinho, temendo que a tentativa de suicídio talvez falhasse, deu ao tio mais uma injeção. Este morreu uma hora depois. Talvez o médico tivesse morrido já em decorrência da injeção por ele mesmo aplicada. Mas a única coisa que se podia determinar com segurança era que, sem a
intervenção do sobrinho, o médico teria vivido ao menos uma hora a mais.” (caso verídico, relatado por Claus Roxin in “A apreciação jurídico-penal da eutanásia” – RBCCRIM nº 32). Após análise do caso acima relatado responda as questões abaixo.
a) O sobrinho cometeu algum crime? Qual(is)? Por quê?
b) Supondo que o sobrinho tenha se valido da ajuda de Gertrudes, enfermeira de um hospital público, que obteve o medicamento scophedal-ariot-45, ciente que ele seria utilizado na injeção que o médico idoso aplicaria em si mesmo, por qual(is) crime(s) responderiam eles se: Gertrudes agisse por estar apaixonada pelo referido sobrinho; e como responderiam se assim agissem ambos com o escopo de receber parte da herança que o médico idoso deixaria em seu testamento?
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