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NUTRIÇÃO E DESENVOLVIMENTO DENTÁRIO

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NUTRIÇÃO E DESENVOLVIMENTO DENTÁRIO
Os nutrientes são convertidos em energia necessária para a formação de novos compostos vitais para a estruturação das funções celulares, por tanto, construção e destruição dos tecidos.
A nutrição pode alterar o desenvolvimento dos dentes, a qualidade e quantidade de saliva e afetar o sistema imunológico, tornando os dentes mais suscetível à cárie. 
Os fatores nutricionais desempenham um papel de destaque no desenvolvimento dentário dos dentes decíduos, isso em decorrência ao período curto de mineralização se compararmos com os dentes permanentes.
Se ocorrer deficiência nutricional no início da formação da matriz orgânica, pode haver hipoplasia de esmalte, ou seja, presença de rugosidades e ausência de esmalte. Mas se a carência nutricional ocorrer depois, no período de processo de maturação, pode acontecer uma hipocalcificação, expressa por manchas brancas, circundadas por esmalte normal.
Os principais nutrientes para a odontogênse são: Cálcio, Fosfato, Vitaminas A, C, D e o balanço Protéico-energético.
A vitamina A é relacionada ao processo de crescimento e desenvolvimento dos tecidos ósseos e dentários, tendo destaque para a manutenção da integridade de todas as células epiteliais do organismo. Sua deficiência altera a amelogênese, dentinogênese, a função imunológica e provoca redução da síntese de glicoproteínas salivares específicas para a aglutinação de bactérias.
A vitamina D funciona como dispositivo regulador na homeostase do fósforo e do cálcio, por tanto, interfere na calcificação dentária. Acredita-se que a forma ativa da vitamina D seja o calcitriol, a forma ativa da vitamina D3 para absorção e deposição do cálcio, que sofre influência dos processos de absorção intestinal, metabolismo ósseo e excreção renal da vitamina D, especificamente pelos hormônios paratireoidianos e calcitriol. O paratormônio age removendo cálcio dos ossos e os transferindo para os canalículos epifisário, originando a hipercalcificação dos ossos e dentes. 
Atualmente, existe diferentes opiniões com relação à absorção do cálcio. Em pesquisas in vitro, para que sua absorção seja um processo diretamente ativo com oposição de um gradiente elétrico depende de um metabolismo oxidativo, influenciado pela vitamina D. O principal efeito dessa vitamina seria incrementar permeabilidade das membranas celulares para os íons cálcio.
A acidificação do pH intestinal auxilia a absorção do cálcio, supondo que seja em decorrência da transformação do cálcio alcalino, pouco solúvel, em formas ácidas mais facilmente solúveis. Quando a vitamina D não está presente, é observado que a absorção do cálcio é drasticamente reduzido. A inadequada absorção do cálcio pode conduzir, especialmente em crianças, a sérias doenças ósseas metabólicas.
O metabolismo do cálcio por ser dividido em: Absorção e excreção, deposição e mobilização. A absorção está relacionada a ingestão de proteínas e glicídios, porém, os lipídios também promovem influência, pois ele traduz na diminuição do cálcio utilizável pelo organismo.
O sódio também interfere na concentração do cálcio, alguns estudos apontam que alterações na ingestão associasse com alterações na excreção do cálcio e metabolismo ósseo. Quanto maior a ingestão de sódio, maior a perda de cálcio, consequentemente, perda óssea.
A vitamina C, ou, ácido ascórbico/cervitâmico, é fundamental para a síntese de catecolaminas e corticoides. Desempenha papel na síntese e manutenção dos tecidos e tem ação na formação de ossos, dentes e sangue. Na odontogênse, participa do metabolismo da tirosina e na síntese de hidroxiprolina e substância cimento, necessários para formação do colágeno. 
Quando em deficiência, os feixes de colágenos no cimento intercelular somem e a substância básica colágena é despolimerizada, delgada e aquosa. Como a substância básica é fundamental, a carência da vitamina C pode provocar lesões teciduais.
A deficiência em crianças pode provocar parada das funções osteoblástica e odontoblástica, o que gera retardamento do desenvolvimento ósseo e da dentição, além de ocorrer reabsorção e atrofia da dentina.
O fóforo tem seu metabolismo ligado ao cálcio, sua absorção é controlada pela vitamina D e tem o metabolismo associado ao paratormônio. 
O balanço protéico-energetico, também influência na odontogênese. Aproximadamente de 20-30 gramasa de proteínas são degradas diariamente para a produção de energia, entretanto, está função está mais associada aos carboidratos e lipídios. Somente em situações em que a ingestão de carboidratos e lipídio é insuficiente para promoção do aporte energético é que a proteína sofre processo de degradação.
Por tanto, é possível concluir que a odontogênese depende do equilíbrio nutricional apropriado. A nutrição deficitária em determinados períodos de desenvolvimento pode ser bastante prejudicial, principalmente no período gestacional e de lactação, por tanto, deve haver ajustes diéticos para que não aconteça carência nutricional e consequentemente mal desenvolvimento.

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