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Vitaminas lipossolúveis e Hidrossoluvel EAD Nutrição

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Vitaminas lipossolúveis 
As vitaminas são compostos orgânicos essenciais para reações metabólicas específicas no meio celular e também para o funcionamento, manutenção, reprodução, desenvolvimento e crescimento normal do organismo.
Presentes em diversos alimentos de origem animal e vegetal, podemos dizer que  a maior fonte das vitaminas são os alimentos in natura, ou seja, alimentos não processados. As vitaminas estão divididas em dois grupos, classificados de acordo com a capacidade de solubilidade. Neste tópico vamos conhecer as vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K), encontradas em alimentos com maior teor de gordura.
Insolúveis na água, as vitaminas lipossolúveis são compostas por carbono, hidrogênio e oxigênio. Sua absorção ocorre de forma passiva, ou seja, sem gasto de energia no trato intestinal, necessitando dos lipídios dietéticos para serem transportadas. A principal via de eliminação é a fecal, podendo haver uma discreta excreção pela via urinária. A seguir vamos estudar as funções das vitaminas lipossolúveis no nosso organismo (CARDOSO; SCAGLIUSI, 2019; SANTOS; GOMES, 2014; MAHAN, 2013). Acompanhe!
3.1.1 Vitamina A
A vitamina A pode ser encontrada no organismo de três formas: retinol (forma como o fígado armazena a vitamina A), retinaldeído e ácido retinóico. Entre suas funções destacam-se: função visual, diferenciação celular, crescimento e desenvolvimento, processo de reprodução e imunidade.
A hipovitaminose A é um problema de saúde pública e atinge, principalmente, crianças menores de cinco anos no Brasil. Por esse motivo, desde 2003, o Ministério da Saúde adota o Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A e distribui megadoses para crianças, a partir dos seis meses de vida. Essa deficiência pode ser primária, devido à baixa ingestão deste nutriente, ou secundária, quando há baixa absorção, neste caso pode estar associada ao consumo insuficiente de gorduras, alteração na secreção pancreática ou biliar, doenças relacionadas ao transporte desta vitamina e até mesmo desnutrição proteico-calórica. Entre os sinais de deficiência de vitamina A podemos citar a redução da acuidade visual, principalmente, no escuro, conhecida como nictolapia (BRASIL, 2013).
A deficiência de vitamina A está relacionada, principalmente, com a cegueira noturna e xeroftalmia (olho seco).
3.1.2 Vitamina D
É conhecida como a vitamina da luz solar, pois com uma adequada exposição ao sol podemos produzi-las, por meio da interação entre a luz ultravioleta e o colesterol da pele. Entre as suas funções destacam-se: associação com a absorção e o equilíbrio de cálcio e fósforo, e formação e manutenção dos ossos e dentes, conforme podemos observar na figura a seguir.
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Figura 1 - Fontes de vitamina D
Fonte: Elaborada pela autora, baseada em GALLAGHER, 2013.
#PraCegoVer: a figura anterior apresenta, de forma resumida, como podemos obter a vitamina D, a partir de uma dieta ou via exposição solar. Ela demonstra a conversão da vitamina D3 para calcitriol no nosso organismo e sua consequente atuação. No intestino é responsável por aumentar a absorção de cálcio e fosfato, nos nossos ossos contribui com a reabsorção de cálcio e fosfato, e nos rins diminui a excreção de cálcio pela urina.
 
A  deficiência da vitamina D está associada ao prejuízo no crescimento e desenvolvimento infantil, gerando raquitismo; no adulto causa redução da densidade e da massa óssea, podendo ocasionar fraturas, osteomalácia, osteoporose e osteopenia.
3.1.3 Vitamina E
A vitamina E é considerada um nutriente importante para o desenvolvimento das ações antioxidantes no organismo, protegendo o corpo dos efeitos nocivos causados pelos radicais livres. Desta forma, podemos dizer que ela combate o estresse oxidativo.
As vitaminas são fundamentais para o bom funcionamento do corpo. Apesar de serem necessárias ingestões diárias de valores considerados baixos, o consumo adequado é essencial para a manutenção da nossa saúde e prevenção de algumas doenças. O vídeo Vitaminas: Dicas e Informações Nutricionais  (VITAMINAS, 2013) apresenta de forma resumida as fontes de vitaminas, formas de absorção e fatores que interferem na biodisponibilidade. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=FvHK8wFg4oM.
Vale destacar que a deficiência de vitamina E é rara, considerando a grande disponibilidade dietética, mas quando acontece atinge, principalmente, o sistema neuromuscular, vascular e reprodutivo, causando fraqueza muscular, perda de reflexos, variação da coordenação motora e do equilíbrio, e alterações visuais.
3.1.4 Vitamina K
A vitamina K pode ser encontrada em três formas: as filoquinonas (K1), sua forma natural, sintetizada por vegetais verdes; as menaquinonas (K2), sintetizadas pelas bactérias do trato gastrointestinal; e as menadionas (K3), mais potente, sendo um composto sintético.
Entre as funções da vitamina K podemos destacar: coagulação sanguínea, por meio da síntese das proteínas envolvidas nesse processo, formação óssea e regulação vascular. O principal sinal de deficiência da vitamina K é a hemorragia, que pode levar à anemia fatal, em casos mais graves.
3.1.5 Fontes e recomendações nutricionais
As vitaminas lipossolúveis são encontradas em alimentos que, normalmente, possuem um alto teor de gordura. As suas recomendações variam de acordo com a necessidade, faixa etária e condição de saúde ou fisiológica do indivíduo.
Confira no quadro, a seguir, as fontes alimentares das vitaminas lipossolúveis e suas recomendações, de acordo com as Recomendações Nutricionais Diárias (DRIs).
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Tabela 1 - Alimentos e vitaminas lipossolúveis
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em GALLAGHER, 2013.
#PraCegoVer: a tabela anterior contém uma lista de alimentos que são fontes de vitaminas lipossolúveis, ou seja, as vitaminas A, D, E e K. O quadro apresenta também as recomendações nutricionais diárias de cada vitamina para homens e mulheres. O fígado, a gema de ovo e os vegetais e frutas amarelo e alaranjados, por exemplo, são fontes de vitamina A, sendo indicada a ingestão diária de 900 mcg para homens e 700 mcg para mulheres. Os óleos de fígado de peixes são fontes de vitamina D e a sua ingestão deve ser de 400 UI/dia, tanto para homens, como para mulheres. O gérmen de trigo e óleos vegetais, por sua vez, são fontes da vitamina E e, neste caso, a recomendação é de 15 mg/dia para homens e mulheres. Por fim, temos o vegetais de folhas verdes como fontes de vitamina K, sendo sua ingestão diária de 120 mcg para homens e 90 mcg para mulheres.
 
Você já aprendeu sobre as funções, deficiência, fontes alimentares e recomendações de cada vitamina que faz parte do grupo lipossolúveis, agora vamos abordar, de uma forma geral, o metabolismo deste tipo de vitamina.
3.1.6 Metabolismo das vitaminas lipossolúveis
Cada vitamina lipossolúvel possui sua especificidade no processo de digestão e absorção, mas, considerando suas características de solubilidade, ambas dependem dos lipídeos para serem absorvidas e transportadas.
Neste sentido, seu processo de digestão e absorção ocorre semelhante ao das gorduras, necessitando de uma quantidade mínima de gordura na dieta. Além disso, as vitaminas lipossolúveis dependem dos sais biliares e suco pancreático para serem digeridas. O seu armazenamento, normalmente, acontece no fígado ou tecido adiposo e sua excreção ocorre por meio das fezes.
3.2 Vitaminas hidrossolúveis 
Vamos estudar agora as vitaminas hidrossolúveis, que, diferentemente das vitaminas lipossolúveis, possuem solubilidade em água. Estamos falando do ácido ascórbico (Vitamina C) e das vitaminas do Complexo B: a tiamina (B1), riboflavina (B2), niacina (B3), ácido pantotênico (B5), piridoxina (B6), biotina (B7), ácido fólico (B9), cobalamina (B12).
Uma das características das vitaminas hidrossolúveis diz respeito ao seu processo de armazenamento, pouco significativo no organismo, responsável por deixá-las mais propícias à deficiência, caso não ocorra a ingestão diária recomendada (CARDOSO;SCAGLIUSI, 2019; SANTOS; GOMES, 2014; MAHAN, 2013). Ficou interessado? Vamos aprender mais sobre estas vitaminas a seguir.
3.2.1 Vitamina B1
A principal função da tiamina no organismo é sua participação no metabolismo energético, especialmente, dos carboidratos, incluindo o piruvato e outros cetoácidos, além de estar associada também com a função neural.
A deficiência de B1 pode atingir o sistema nervoso e cardiovascular, e resultar na doença de deficiência beribéri, ocasionando confusão mental, perda muscular, edema, pulso acelerado, aumento da pressão sanguínea, entre outros.
3.2.2 Vitamina B2
A riboflavina é um nutriente fundamental para que os processos metabólicos dos macronutrientes ocorram de maneira adequada, além de agir como componente de coenzimas, desempenhando papel antioxidante.
A sua deficiência está associada ao surgimento de fissuras nos lábios (queilose), inchaço na língua e mudança de coloração (glossite), rachaduras na pele do canto dos lábios (estomatite angular), além de alterações visuais com lacrimejamento e prurido.
3.2.3 Vitamina B3
A niacina faz parte das coenzimas nicotinamida adenina dinucleotídio (NAD) e nicotinamida adenina dinucleotídio fosfato (NADP), que desempenham importante papel no metabolismo e geração de energia em todas as células do organismo.
A sua deficiência inicial gera fraqueza muscular, anorexia, indigestão e erupções cutâneas, e, à medida que se torna grave, leva ao surgimento da pelagra, doenças conhecidas pelos 3D (dermatite, demência e diarreia).
3.2.4 Vitamina B5
O ácido pantotênico é um dos componentes da coenzima A que participa do metabolismo dos macronutrientes para geração de energia, além de atuar na síntese de hormônios esteroides e colesterol.
Por ser um nutriente que possui grande distribuição nos alimentos, sua deficiência é rara, mas pode ocasionar alterações nos pés, com sensação de queimação e parestesia (sensações que podem variar, como calor, frio e até formigamento, sem que haja estímulos), além de fraqueza, fadiga, insônia e depressão.
3.2.5 Vitamina B6
A vitamina B6 compõe a piridoxina, piridoxal e piridoxamina, coenzimas envolvidas no metabolismo das proteínas, ácidos graxos, triptofano, além de atuar na liberação de glicogênio pelo fígado e músculo, e ainda no funcionamento cerebral por meio da regulação da síntese de neurotransmissores. A sua deficiência causa alterações dermatológicas e neurológicas, acarretando fraqueza, insônia, irritabilidade, dermatite, glossite, estomatite, entre outras.
3.2.6 Vitamina B7
A biotina participa do processo de gliconeogênese e atua na degradação de alguns aminoácidos, como ácido aspártico, serina e treonina, além de participar da síntese e na oxidação de ácidos graxos.
A sua deficiência é rara, considerando que está presente  em diversos alimentos, além disso, o metabolismo de microrganismos intestinais contribui para a produção desta vitamina. Entretanto, nos poucos casos registrados, verificou-se sinais de anorexia, náuseas, vômitos, dermatites, glossite, depressão, esteatose hepática e hipercolesterolemia.
3.2.7 Vitamina B9
O folato ou ácido fólico atua como coenzima no metabolismo de aminoácidos e nucleotídeos por meio da adoção de carbono. Além disso, participam da síntese de DNA e RNA e na medula óssea atua na produção das hemácias e leucócitos. Desta forma, a sua deficiência causa a anemia megaloblástica, fraqueza generalizada, distúrbios gastrointestinais e defeitos do tubo neural.
A suplementação materna de ácido fólico é recomendada nos dois meses que antecedem e no período inicial da gestação. Durante os primeiros meses de formação do feto ocorre também o desenvolvimento do tubo neural. Devido a sua participação na formação desta estrutura neurológica, essa vitamina reduz as chances do desenvolvimento de um bebê com anencefalia (ausência do encéfalo ou da caixa craniana), retardo mental e com dificuldades de aprendizagem escolar (BRASIL, 2012).
3.2.8 Vitamina B12
A vitamina B12 representa a família das cobalaminas, que desempenham papel fundamental para o adequado funcionamento de todas as células, principalmente aquelas localizadas no trato gastrintestinal, na medula óssea e nos tecidos nervosos, estando vinculada à formação da bainha de mielina, estrutura que compõe nossos neurônios.
A deficiência de cobalamina é frequente na população idosa e entre indivíduos que adotam uma alimentação vegetariana e/ou hipoproteica, além de estar associada à inadequada absorção intestinal. Para compreender mais sobre os aspectos clínicos dessa hipovitaminose, que se relaciona com o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, distúrbios hematólicos e neurológicos, confira o artigo “Vitamina B12 (Cobalamina): aspectos clínicos de sua deficiência” (SILVA, 2019). Disponível  em: http://revistaadmmade.estacio.br/index.php/rrsfesgo/article/viewFile/7196/47966168 .
A deficiência da Vitamina B12 causa prejuízos no processo de divisão celular, acarretando células anormais, com o tamanho aumentado, causando a anemia megaloblástica, característica relacionada à deficiência secundária de folato. Os sintomas incluem fraqueza nas pernas, formigamento e queimação nos pés, raciocínio prejudicado e depressão.
3.2.9 Vitamina C
A vitamina C ou ácido ascórbico é considerado um excelente antioxidante. Atua auxiliando na absorção e transporte do ferro, oferece resistência contra infecções pelo seu envolvimento com atividades imunológicas e atua na manutenção do colágeno, que compõe diversos tecidos do corpo, como a cartilagem, a derme e os ossos. Além disso, desempenha importante papel na biossíntese das catecolaminas (adrenalina, noradrenalina, dopamina) e atua em processos celulares de oxirredução (MANELA-AZULAY, 2003).
Fontes alimentares e recomendações
As vitaminas hidrossolúveis estão presentes em uma variedade de alimentos, tanto de origem animal, quanto vegetal. As suas recomendações podem variar de acordo com a necessidade, faixa etária e condição de saúde ou fisiológica do indivíduo. Confira no quadro, a seguir, as respectivas fontes alimentares das vitaminas hidrossolúveis e suas recomendações seguindo as Recomendações Nutricionais Diárias (DRIs).
vMinerais
Assim como as vitaminas, essenciais para o bom funcionamento do nosso corpo, os minerais também devem ser obtidos por meio da alimentação. Você sabia que eles estão presentes nos alimentos dos reinos vegetal e animal? A seguir, vamos estudar os macro e microminerais, conhecer suas funções específicas e recomendações de ingestão diária (CUPPARI, 2014; GALLAGHER, 2013).
 
Macrominerais                                                    
Os macronutrientes são definidos de acordo com a nossa necessidade de consumo diário, ou seja, estamos nos referindo aos minerais cuja ingestão necessitamos maior ou igual a 100 mg/dia. Essa classificação inclui: cálcio, fósforo, sódio, cloro, potássio e magnésio (GALLAGHER, 2013), conforme estudaremos a seguir.
3.3.1 Cálcio
O cálcio é um íon essencial ao organismo e possui funções estruturais, como a formação dos ossos e dentes (locais de maior concentração), além participar da  contração muscular, regulação metabólica, liberação de diversos hormônios, processo de coagulação sanguínea e transmissão de impulsos nervosos.
É considerado o mineral mais abundante no corpo humano, podendo representar até 2% do nosso peso corporal. A absorção deste mineral ocorre no intestino delgado, inclusive no íleo, podendo ser absorvido por dois mecanismos: transporte ativo, predominantemente no jejuno proximal e no duodeno; ou difusão passiva, no jejuno distal e no íleo. Sua excreção acontece pela urina, fezes e outros fluidos, como o suor (COZZOLINO, 2016; FERREIRA et al, 2015).
3.3.2 Fósforo
Representa cerca de 1% do peso corpóreo de um indivíduo adulto. Está relacionado com as funções metabólicas: regulação da atividade proteica, armazenamento temporário da energia advinda do metabolismo de macronutrientes, absorção e transporte de nutrientes e formação dos ossos e dentes, além de compor as estruturas químicas das membranascelulares, do DNA  e do RNA.
A absorção ocorre ao longo do intestino, sendo maior no jejuno. O transporte no jejuno e íleo ocorre por mecanismo passivo, neste caso, é dependente, principalmente, da sua concentração no lúmen e é, independente, dos níveis de outros nutrientes e de processos que utilizam energia. No duodeno o transporte de fósforo ocorre por mecanismo de transporte ativo, a partir do íon sódio. A maior parte, cerca de 90%, do fósforo absorvido é excretado por via renal (COZZOLINO, 2016; FERREIRA et al, 2015).
3.3.3 Sódio, cloro e potássio
Os íons sódio (Na), cloro (Cl) e potássio (K) exercem papel importante na manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico e da pressão osmótica do organismo, auxiliando os impulsos nervosos, pela contração muscular e pelo funcionamento cardíaco (COZZOLINO, 2016; FERREIRA et al, 2015).
Magnésio
O magnésio é um importante cátion de localização intracelular, com concentração entre 20 e 28g (1 mol) no organismo humano. Podemos dizer que ele é essencial para a respiração celular, por meio da participação na formação de ATP.
O magnésio também compõe a estrutura óssea e participa da transmissão neuromuscular, sendo importante no metabolismo de outros minerais, como cálcio, ferro, zinco, e no transporte do potássio, entre outras funções.
É absorvido, sobretudo, no íleo e no cólon, por meio, de um mecanismo paracelular passivo, via caracterizada por um mecanismo de transporte em que o íon é conduzido a favor de um gradiente de concentração, ou seja, não implica gasto de energia celular.
Perceba que o íleo e as partes distais do jejuno são os locais de maior absorção passiva desse mineral, além de reduzir a proporção absorvida, conforme aumento da sua ingestão. Vale destacar que essa absorção é reduzida na presença de cálcio, álcool, fosfato, fitatos e gorduras, sendo estimulada na presença da vitamina D.
O processo de excreção do magnésio ocorre pela via urinária, e os distúrbios na absorção e/ou aumento da excreção renal podem provocar a deficiência deste macromineral (COZZOLINO, 2016; FERREIRA et al, 2015).
3.3.5 Fontes alimentares e recomendações
Os macrominerais são essenciais em todas as fases da nossa vida, e por meio da alimentação podemos ingeri-los. Por isso, devemos estar atentos a estes alimentos e sua biodisponibilidade, cuja deficiência ou excesso podem provocar problemas de saúde pública. Confira no quadro, a seguir, as fontes alimentares dos macrominerais e suas recomendações.
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Microminerais
No organismo os microminerais ou elementos-traço, como também são chamados, são necessários em quantidades mínimas, inferiores a 15 mg/dia. Tanto suas funções, como seus sintomas de deficiência são sutis, muitas vezes difíceis de serem identificados, pois ocorrem em concentração celular ou subcelular (ROSSI; POLTRONIERI, 2019). Vamos conhecê-los a seguir.
3.4.1 Ferro
Elemento essencial para o ser humano, cerca de dois terços do ferro do nosso organismo podem ser encontrados sob a forma de hemoglobina no sangue ou ligados à mioglobina nos músculos e também às enzimas. O ferro pode ser caracterizado como inorgânico (ferro não heme) e orgânico (ferro heme), sendo um mineral essencial para a homeostase celular, para o transporte de oxigênio e o metabolismo energético.
Apesar do ferro não heme estar presente em todos os alimentos de origem vegetal, a sua absorção depende da solubilização no estômago e da redução no intestino, permitindo uma absorção entre 2% e 10% do total de ferro ingerido. Note que este percentual é maior quando nos referimos à absorção do ferro heme, correspondendo entre 20 e 30% (BORTOLINI; FISBERG, 2010).
Vale destacar que a absorção do ferro pode ser dividida em três fases. Na primeira fase o ferro é capturado e internalizado na membrana apical do enterócito, onde o ferro solúvel é capturado pela célula da mucosa.
Na segunda fase há o deslocamento intracelular, onde o ferro sofre ação da heme oxigenase, liberando o ferro da porfirina, sendo armazenado em compartimentos funcionais, como a ferritina. Por fim, na terceira fase o ferro é transportado para o plasma por meio da membrana basolateral (COZZOLINO, 2016; FERREIRA et al, 2015).
3.4.2 Zinco
O zinco é o elemento-traço mais abundante no corpo humano. É um componente essencial e pode ser encontrado na musculatura esquelética, pele, ossos e fígado, além de estar presente também nas secreções e fluidos corporais. Ele apresenta funções estruturais, enzimáticas e reguladoras. Na função estrutural ele determina a forma e disposição espacial de enzimas e proteínas, além de estar relacionado às proteínas ligadas ao DNA.
Na função enzimática o zinco contribui com as atividades catalíticas em muitas enzimas. Na função reguladora o zinco é captado ativamente pelas vesículas sinápticas, onde atua na atividade neuronal e na memória. Tenha em mente que é durante a digestão que ocorre a degradação das moléculas, e o pH ácido do estômago promove a solubilização do zinco. Entretanto, a absorção deste mineral no estômago é mínima.
Você consegue imaginar onde ocorre a absorção do zinco? Este processo acontece, principalmente, na extensão do intestino delgado, no jejuno e íleo. A captação do mineral é realizada tanto pela difusão facilitada, quanto pelo transporte ativo.
Perceba que o mecanismo utilizado para realizar o transporte, difusão facilitada ou transporte ativo, depende da concentração de zinco no lúmen intestinal; assim, se houver alta concentração, não ocorrerá gasto de energia, porém, quando ocorrer baixa concentração, o mecanismo será contra gradiente de concentração e dependerá de energia. A excreção do zinco é via biliar, porém pode ocorrer também por meio das fezes e urina, além da eliminação via descamação da pele e produção do líquido prostático (COZZOLINO, 2016; FERREIRA et al, 2015).
3.4.3 Cobre
O cobre tem funções orgânicas específicas. Ele atua como intermediário da transferência de elétrons, em atividades enzimáticas importantes para a homeostasia de funções fisiológicas, como a respiração celular, oxidação e transporte de ferro, defesa contra radicais livres, formação de pigmentos (melanina), biossíntese de neurotransmissores, defesa antioxidante e formação do tecido conjuntivo.
É absorvido tanto no estômago, quanto no intestino, sendo que a maior parte ocorre no intestino delgado. Após ser absorvido, ele é transportado do intestino para o fígado, por transporte ativo dos capilares para a circulação. Ainda no fígado o cobre é incorporado à proteína transportadora ceruloplasmina, principal transportador do cobre na circulação sistêmica. Esse mineral é excretado, principalmente, pela bile (COZZOLINO, 2016; FERREIRA et al, 2015).
3.4.4 Selênio
O selênio é essencial para o funcionamento de muitos aspectos do nosso sistema imunológico, além de atuar na neutralização de radicais livres, proteção do organismo contra a ação de metais pesados, remoção de vírus e destruição de células neoplásicas, entre outras funções.
A absorção do selênio ocorre, principalmente, no duodeno, ceco e cólon, podendo ser tanto de forma passiva, quanto ativa. Cerca de metade do selênio absorvido é armazenado nos músculos esqueléticos, rins, fígado e testículo. A excreção ainda não foi totalmente elucidada, podendo ser excretado pela via urinária, respiração e fezes (COZZOLINO, 2016; FERREIRA et al, 2015).
3.4.5 Fontes alimentares e recomendações
Os microminerais também são essenciais para a função humana e são encontrados em menores quantidades em alguns alimentos. Confira no quadro, a seguir, as fontes alimentares dos microminerais e suas recomendações.

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