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PROJETO INTEGRADOR - EVELYN E PRISCILLA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO ASSIS GURGACZ – FAG
PSICOLOGIA
EVELYN FRANÇOISE POPLADE
PRISCILA CRISTINA RANDO
PROJETO INTEGRADOR
RÓTULOS PSIQUIÁTRICOS E A QUESTÃO DO ESTIGMA
CASCAVEL
2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO ASSIS GURGACZ – FAG
ANA MARIA MUXFELDT
ARYANE LEINNE OLIVEIRA MATIOLI
CHRISTIAN SILVA DOS REIS
SILVIO ARAUJO VAILÕES
THOMAS KEHWALD FRUET
RÓTULOS PSIQUIATRICOS E A QUESTÃO DO ESTIGMA
Projeto Integrador apresentado às disciplinas de Psicologia e Sociedade, Desenvolvimento Humano, História da Psicologia, Processos Psicológicos Básicos e Genética como critério parcial para obtenção de nota do 2º bimestre do curso de Psicologia do Centro Universitário Assis Gurgacz – FAG.
Profs. Orientadores: Ana Maria Muxfeldt
Aryane Leinne Oliveira Matioli
Christian Silva dos Reis
Sylvio Araujo Vailões
Thomas Kehwaldt Fruet
CASCAVEL
2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	4
 Caracterização da Psicologia Científica	5
 Psicologia e Senso Comum	3
MITOS SOBRE A DOENÇA MENTAL: RÓTULOS PSIQUIÁTRICOS FAZEM MAL POR ESTIGMATIZAR OS INDIVÍDUOS	8
 Resultados	11
Discussão	12
Considerações Finais.....................................................................................................................12
APENDICES...................................................................................................................13
 Bibliografia...................................................................................................................22
RÓTULOS PSIQUIÁTRICOS E A QUESTÃO DO ESTIGMA EM SAÚDE MENTAL
INTRODUÇÃO
Este trabalho traz uma breve revisão a respeito do estigma em relação aos diagnósticos de transtornos mentais. Levantamos questões como a fragilidade do diagnóstico, a utilização prática dos manuais classificatórios, a linguagem excludente, a visão do senso comum em relação aos transtornos mentais e a Psicologia.
O presente trabalho tem importância relevante para a comunidade científica por levantar debates relevantes a respeito do estigma dos diagnósticos em transtornos mentais, questões a respeito dos Manuais de Classificação publicados pela Sociedade Americana de Psiquiatria (APA) e discussões histórico-culturais a respeito do tema.
Realizamos pesquisa bibliográfica sobre o tema além de entrevistas gravadas em formato de vídeo com 2 (dois) participantes. Para embasar ainda mais nossa discussão, aplicamos formulário de perguntas objetivas e discursivas, online através da plataforma Google Formulários. Este foi respondido por 48 pessoas de forma anônima. Apesar de não termos a faixa etária exata dos respondentes, enfatizamos que o questionário aplicava-se apenas a indivíduos de maior idade.
1. CARACTERIZAÇÃO DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA
O ser humano de alguma forma conhece, descobre e entende a si e ao mundo que o cerca baseando-se em algo: seja o medo, o misticismo ou fé.
Estes saberes comuns nortearam o entendimento de homem, de natureza e de organização social por séculos. Não podemos menosprezar tais saberes que, de certa forma, auxiliaram nossos antepassados a situarem-se e organizarem-se de tal modo a manterem viva nossa espécie.
É importante que entendamos como o conhecimento humano delineou-se ao longo de nossa história, e que o início da sistematização do conhecimento científico emerge na filosofia cartesiana.
Explicações de fenômenos psíquicos do senso comum foram superados pelo conhecimento científico, que os observou, analisou, sistematizou através de rigorosa metodologia.
Na contramão do dogmatismo religioso ou místico, o conhecimento científico é dinâmico e está em constante aprimoramento. Caracteriza-se por ser objetivo, metodológico e usar de linguagem específica, além de ser pragmático quanto ao seu conhecimento.
Isso quer dizer que a ciência não visa verdades finitas mas, pelo contrário, o conhecimento científico pode e deve ser refutável, reproduzível e reanalisado. Deste modo, a Psicologia Científica não poderia deixar de ser questionadora, pragmática e racional.
Trazermos a Psicologia à luz da cientificidade não foi tarefa tão fácil para os intelectuais que visavam esse objetivo. Nosso objeto de estudo perpassa, adentra, invade o cientista, sendo ele também dotado de cognição, memória, desatenção, interesses e medo. Trazer indivíduos da mesma espécie para dentro de um laboratório a fim de serem analisados demandou grande esforço para se fazer acreditar e respeitar.
Contudo, desde os primeiros experimentos em Laboratório datados de 1879 por Wundt até as mais avançadas Revisões Sistemáticas do século XIX, superamos o conceito Kantiano de que o sujeito investigador não pode ser o mesmo do objeto analisado. Assim, a Psicologia tem se mostrado digna de seu título científico, embora seja desacreditada pelo senso comum.
Desta forma podemos afirmar que a Psicologia atua independente dos saberes místicos e religiosos pautando-se na cientificidade, e que, embora sejamos constituídos por diversas matrizes teóricas (fato não nos unifica mas nos pluraliza) somos um dos campos de conhecimento mais recentes dentro das ciências humanas.
A proposta metafísica de Wilhelm Wundt que nos trouxe a Psicologia experimental e empírica, complementou as ciências naturais adicionando o elemento humano como parte ativa no fazer científico. Partindo da análise de processos psíquicos elementares conscientes nos indivíduos, como a sensação e a percepção, de forma objetiva, Wundt e seus muitos colegas e alunos nos fizeram avançar muitos capítulos na consolidação da Ciência Psicológica. Hoje temos, sobretudo, o comportamento humano como objeto central da psicologia científica.
Vale também ressaltar que o saber científico não se faz de forma linear e progressiva. Avançamos, retrocedemos, repensamos, para então avançarmos novamente. Não há nada na ciência que não seja passível de revisão. 
Desta forma a ciência reconhece sua fragilidade, e temos aí sua maior força. 
2. PSICOLOGIA E SENSO COMUM
O senso comum tem seus saberes perpetrados de geração em geração, adicionando, retirando e até modificando informações de forma não sistemática. Seus saberes são crenças, contos e medos que não são fundamentados metodologicamente. Eles conduziam (e conduzem) a vida de muitas pessoas. 
No livro “Ciência e Pseudociência do psicólogo Ronaldo Pilati, é possível compreendermos melhor porque o entendimento do mundo através de uma postura científica não é inata aos seres humanos. Somos propensos a acreditar no infalível, naquilo que nós queremos acreditar, e mais ainda, naquilo que nos é contado de maneira informal. “Entender e endossar uma forma racional e cética de compreensão da realidade não é intuitivo para o nosso cérebro”.
 Assim, a Psicologia está para o senso comum mais alinhada a explicações que não pautam-se na ciência. Muitas pessoas creem que o Profissional de Psicologia é um ser “iluminado”, que tem o “dom” de ler mentes, aconselhar, e guiar a pessoas a serem mais evoluídas. Porém, nenhum destes conceitos acima citados fazem parte da Psicologia, e cabe à nós (estudantes e profissionais) democratizarmos o saber do que a Psicologia realmente é.
MITOS SOBRE A DOENÇA MENTAL: RÓTULOS PSIQUIÁTRICOS FAZEM MAL POR ESTIGMATIZAR OS INDIVÍDUOS.
Antes de iniciarmos nossa discussão a respeito do capítulo “Tristes, Loucos e Malvados” do livro ‘Os 50 maiores mitos populares da psicologia” (SCOTT, LILIENFELD), é importante contextualizarmos o surgimento dos diagnósticos em doenças mentais.
Partimos da Europa ocidental do século XIX, quando os comportamentos humanos individuais tidos como desviantes naquela sociedade despertam interesse da emergente classe médica europeia. Emil Kraepelin (1856-1926) é apresentado como um dos grandes teóricos a inaugurar as descrições dos transtornos mentais e categorizá-los em livros, objetivando dar nome à tais patologias assim como as doenças fisiológicas, e desta forma conduzir seus trabalhos em hospitais. Kraepelin esteve no laboratório de Wundt em Leipzig,
e utilizou o que aprendeu por lá para designar o distúrbio ao qual nomeou demência precoce, hoje conhecido como esquizofrenia. Ao longo das 9 edições de seu manual descritivo, Kraepelin usou termos muito familiares à Wundt como atenção, memória, raciocínio e orientação ao descrever os diversos sintomas das doenças mentais de seus pacientes.
Já em terras americanas, nos Estados Unidos de 1952, pós Segunda Guerra Mundial, surge a primeira edição do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (sigla inglês DSM) publicado pela Associação Americana de Psiquiatria. 
Visando sobretudo a melhor comunicação entre os profissionais, o DSM traz até os dias atuais, (após 4 revisões temos o DSM 5), os princípios de facilitar o estabelecimento de diagnósticos a fim destes serem cada vez mais confiáveis e menos errôneos.
Os critérios são baseados na descrição de como os transtornos mentais se manifestam e se expressam na maioria dos indivíduos, para isso a APA conta com milhares de profissionais dentre eles psicólogos que seguem aplicando testes estatísticos em campo.
O crescente número de transtornos descritos pelo DSM desde que este projeto de classificação teve início é pauta para inúmeras discussões. Iniciou-se com 106 diagnósticos em 1952, chegando a 372 no ano de 2013, levantam-se questionamentos. Estariam estes números nos apresentando um mundo com indivíduos cada vez mais doentes ou mais conhecedores de seus transtornos mentais? 
Embora este trabalho não vise tal discussão, ao falarmos sobre o tema dos diagnósticos nós acreditamos que apresentar tais dados seja relevante. Nosso objeto de pesquisa e estudo aqui não se limita aos assustadores números de diagnósticos catalogados mas, sobretudo aos estigmas que eles trouxeram para cada pessoa que se enquadra em uma de suas páginas. 
E sobre Estigma encontramos em Erwin Goffman uma ampla e profunda discussão.
Em sua obra intitulada “Estigma”, Goffman apresenta o termo como um adjetivo depreciativo símbolo do existir dos indivíduos de menor valor, os estigmatizados. 
Estigmatizar é o verbo praticado por aquele que vê o outro apenas por suas diferenças, e o sujeito estigmatizado aquele que por muitas vezes acredita no rótulo imposto pelos sujeitos ditos “normais”.
Estaríamos então diante de uma questão de símbolos linguísticos que representam a relação de poder do indivíduo normal sobre àquele dito diferente? A questão do estigama vai para além da linguagem, Goffman classifica 3 tipos diferentes de estigma, a saber, as deformidades do corpo, o caráter fraco (aqui entram os depressivos muitas vezes vistos como preguiçosos), e os estigmas quanto a religião, cultura ou raça.
Perpassando as relações sociais, a linguagem verbal ou não verbal, dirigida aos sujeitos estigmatizados pode inclusive fazer com que estes passem a auto estigmatizarem-se. Goffman afirma que os excluídos acreditam então serem realmente tão incapazes quanto a sociedade os vê, fato que dificulta o processo terapêutico. 
Voltando ao livro base deste trabalho (Os 50 Maiores Mitos Populares da Psicologia), o capítulo 9 nos traz discussões acerca dos diagnósticos em transtornos mentais, seriam eles “vilões ou mocinhos?” 
Citando teóricos que defendem os prejuízos trazidos pelos diagnósticos o autor Lilenfeld Sott nos faz refletir sobre uma possível solução para esta questão. Apresentando a mera descrição dos comportamentos de forma objetiva como um viés para evitarmos possíveis estigmas. Sendo então a melhor condução pelos profissionais de saúde mental ao referirem-se sobre as síndromes e os transtornos com frases como: “ o indivíduo sente profunda tristeza,” ou ainda “chora muito”, ao invés de designar a palavra “depressão”. 
Na contramão deste pensamento SCOTT apresenta outros teóricos que por sua vez defendem que o estigma em saúde mental advém das reações das pessoas a tudo que é diferente, logo o malefício não adviria do diagnóstico em si.
Para além das questões do estigma, o texto também traz questões sobre a fragilidade dos diagnósticos. Para exemplificar, o SCOTT cita o artigo “Sane on Insane Places” [São em lugares insanos] de Rosenhan. Tal artigo discorre sobre falsos pacientes que dirigiram-se à clínicas e hospitais psiquiátricos relatando sintomas típicos de esquizofrenia. Na ocasião todos foram internados, e posteriormente receberam alta de seus internamentos com a justificativa de remissão dos sintomas.
Com tal experimento, Rosenhan criticou duramente os profissionais de saúde alegando sua inaptidão e incapacidade nos diagnósticos. Apesar das duras críticas, Rosenhan nunca apresentou dados e escritos metodológicos do experimento, portanto, não há provas de que ele de fato aconteceu. 
Baseando-se no artigo supracitado, a mídia e a comunidade científica reproduziram argumentos de que o diagnóstico psiquiátrico leva a estigmas prejudiciais. Porém temos a seguinte indagação trazida pelo autor: “caso, os pseudopacientes não tivessem recebido diagnóstico algum?” 
Se um indivíduo apresenta sintomas X, recebe diagnóstico e tratamento para os sintomas X. Logo o autor concorda que os profissionais de saúde agiram conforme os procedimentos esperados. 
Desta forma o autor (Scott. Lilienfeld) conclui que os diagnósticos em saúde mental tem além de seu papel fundamental na comunicação entre os profissionais da área, para os seus pacientes traz benefícios que iniciam em termos burocráticos (como por exemplo quando necessitam de reembolso pelos planos de saúde). 
Os rótulos poderiam portanto trazer pontos positivos aos pacientes e seus familiares, por terem a descrição dos comportamentos atípicos e maior entendimento sobre as doenças, compreendendo melhor seu curso e prognóstico.
Todo
 Devemos nos preocupar em avançar cientificamente para assim diminuirmos erros nos diagnósticos e aperfeiçoarmos nosso entendimento acerca das psicopatologias existentes.
Instruir a sociedade a respeito de saúde mental é fundamental para que o preconceito e os estigmas negativos diminuam. Evitando culpar os diagnósticos pelo sofrimento combatendo o preconceito, além de tratar da maneira mais humana os que sofrem. Este é o nosso fundamento. 
3. RESULTADOS
Através de nossa pesquisa de revisão teórica percebemos que a questão do estigma é contextual, ou seja, o que é visto com “maus olhos” hoje pode não visto desta forma amanhã, e que questões políticas exercem grande peso em relação aos estigmas. Quem está no poder dita quem serão os seus excluídos. 
No livro jornalístico “Holocausto Brasileiro” de Daniela Arbex, pude compreender que, por muitos anos em nosso país a questão do estigma foi tão forte a ponto de significar uma sentença. As pessoas tidas como anormais eram enviadas à Manicômios, e lá permaneciam, por muitas vezes, a vida toda.
 Os anormais do século XX não eram somente os acometidos por transtornos mentais, mas também pessoas que desviavam as normas da sua sociedade contemporânea. Loucos eram também os homossexuais, as adolescentes grávidas, os alcoolistas ou ainda esposas indesejadas pelos seus senhores.
Conhecendo capítulos tristes da história da loucura em nosso país, é mais fácil compreendermos como as questões de estigmas são social e politicamente construídas.
Trazemos em nossa sociedade brasileira heranças fortes dos quase 100 anos de Institutos Manicomiais, e as consequências desse pensamento excludente: ser diferente, ou ser ‘anormal’ é quase sinônimo de viver na margem. Muitas famílias ainda tendem a esconder seus integrantes tidos como diferentes, sejam filhos com problemas no neurodesenvolvimento, sejam adolescentes que ferem a si mesmos. Reconhecer e dar visibilidade aos acometidos por doenças psíquicas implica em uma forte rede de apoio profissional, familiar, e social.
Trabalho que deve visar sobretudo a não estigmatização, a incersão dos excluídos em espaços de convivência social, sendo ativos, respeitados e sobretudo compreendidos.
Para que haja compreensão faz se necessária a informação da sociedade como um todo.
Através de nossas entrevistas verificamos em dimensão quantitativa
que existe a urgente necessidade de intervenção para que o conhecimento a respeito da psicologia enquanto ciência seja amplamente difundida. O desconhecimento por parte da população entrevistada nos mostra a idéia do Profissional Psicólogo como alguém que estende a mão, e de certa forma alguém com elevado dom apenas ajuda as pessoas, algo parecido com um trabalho religioso, de missão ou propósito de vida
4. DISCUSSÃO
Através desta pesquisa, percebemos que a questão do estigma é contextual, ou seja, o que é visto com “maus olhos” hoje pode não visto desta forma amanhã e que questões políticas exercem grande peso em relação aos estigmas. Quem está no poder dita quem serão os seus excluídos. 
No livro jornalístico “Holocausto Brasileiro” de Daniela Arbex, pude compreender que, por muitos anos em nosso país a questão do estigma foi tão forte a ponto de significar uma sentença. As pessoas tidas como anormais eram enviadas à Manicômios, e lá permaneciam, por muitas vezes, a vida toda.
 Os anormais do século XX não eram somente os acometidos por transtornos mentais, mas também pessoas que desviavam as normas da sua sociedade contemporânea. Loucos eram também os homossexuais, as adolescentes grávidas, os alcoolistas ou ainda esposas indesejadas pelos seus senhores.
Conhecendo capítulos tristes da história da loucura em nosso país, é mais fácil compreendermos como as questões de estigmas são social e politicamente construídas.
Trazemos em nossa sociedade brasileira heranças fortes dos quase 100 anos de Institutos Manicomiais, e as consequências desse pensamento excludente: ser diferente, ou ser ‘anormal’ é quase sinônimo de viver na margem. Muitas famílias ainda tendem a esconder seus integrantes tidos como diferentes, sejam filhos com problemas no neurodesenvolvimento, sejam adolescentes que ferem a si mesmos.
Através de nossas entrevistas verificamos que ......
Entendemos a questão dos diagnósticos como necessários porém problemáticos, pois toda categorização ou classificação é falha pois dificilmente engloba questões culturais, subjetivas. 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dentre os grandes aprendizados que esta pesquisa nos trouxe, ressaltamos a falta de informação do senso comum quanto ao trabalho que a Psicologia desenvolve junto aos acometidos pelos transtornos mentais. O verbo ‘ajudar” ou o substantivo ‘ajuda’ foram comumente associados à Psicologia dentro de nossa pesquisa.
Fato que nos fez refletir sobre quais os motivos do trabalho tai termos? Será que somos vistos como mero apoio ou como ponte para alcançarmos um lugar melhor? Em relação aos diagnósticos em si, notamos mais abertura das pessoas no que concerne à compreensão da dor do outro. Acreditamos que isso se deve ao maior acesso da população geral à informação, e por temas como a saúde metal estarem em evidência em nossa contemporaneidade devido a pandemia mundial do Covid19.
Concluímos que há muitas questões relevantes a cerca deste tema diagnóstico em doenças mentais para serem debatidos, e que é imprescindível que trabalhemos para desmistificar a loucura. Trazer discussões sociais sobre os transtornos, como podemos reconhecer e sobretudo ajudar alguém que se encontra em sofrimento psíquico. Além é claro de enfatizar os profissionais da saúde metal como altamente aptos a tratar tais angústias humanas. Através da pesquisa pudemos também compreender que há um desejo da maioria dos respondentes por receber um diagnóstico para si ou um familiar quando necessário. 
Reforçamos aqui a problemática dos rótulos psiquiátricos categorizar os indivíduos como apenas sua patologia, e entendemos que cada um de nós é um universo além de nossos transtornos. Apesar de tecermos críticas ao o Manual de Classificação dos Transtornos Mentais (DSM) acreditamos que é hoje um instrumento útil na avaliação e na pesquisa clínica, uma ferramenta que nos auxilia na uniformização do discurso e intercambio de pesquisa entre profissionais de saúde mental de todo.
Quanto mais rígida a forma de classificação, menor a sensibilidade e as especificidades dos diagnósticos, portanto é imprescindível termos flexibilidade para compreender os indivíduos para além de descrições.
6. APÊNDICES
5.1 Roteiro de Entrevista Semiestruturada
1. Se a pessoa se corta e se fere, o que ela é para você?
Aqui gostaríamos de saber se o entrevistado responderá com algum diagnóstico
2. O que é para você a Psicologia?
Aqui objetivamos entender qual o conceito do entrevistado a respeito da Psicologia, que é um dos diagnósticos mais popularmente conhecido em nossas sociedade.
3. Como você imagina que se comporta uma pessoa com crises de ansiedade? 
Gostaríamos de saber se ela entende o que é uma crise ansiosa.
3.1 Você acredita que uma pessoa com crises de ansiedade possa viver de forma funcional? Ser mãe, pai, estudante, profissional?
Aqui queremos sair apenas dos conceitos dos transtornos mas entender como o entrevistado vê o ansioso como sujeito social.
4. Como você imagina que é uma pessoa com um diagnóstico de transtorno mental?
Nesta pergunta gostaríamos de saber o que a pessoa entende por psicopatologia, e quão grave parece ser o termo “transtorno mental” à eles.
5. O que é uma pessoa louca? E uma pessoa normal?
Aqui objetivamos entender de forma geral como o entrevistador vê a questão da loucura e da normalidade.
6. Caso alguma pessoa próxima esteja sofrendo com mania de perseguição, ideias fixas, vive cansada e se isola dos amigos e da família. Você gostaria de receber um diagnóstico, um nome para o que ela tem? Ou gostaria de receber somente o tratamento?
Com esta pergunta concluímos a entrevista objetivando compreender se a pessoa gostaria ou não de receber um diagnóstico caso alguém próximo esteja em sofrimento psíquico.
Gráfico de respostas do Formulários Google. 
Título da pergunta: Caso você ou alguém que você ama tenha algum transtorno psicológico, você gostaria de saber? Gostaria que o Psicólogo te contasse? Número de respostas: 52 respostas.
O que é a Psicologia para você?
	
O QUE ACHA DE UMA PESSOA DEPRESSIVA?
a.Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOCK, A. M. B. Psicologias: Uma Introdução ao Estudo da Psicologia. 13ª edição. Ed. Saraiva. São Paulo, 1999.
GOODWING, C. James – História da Psicologia Moderna- São Paulo: Cultrix, 2005.
Nascimento, Alves Larissa; Leão, Adriana.
Estigma social e estigma internalizado: a voz das pessoas com transtorno mental e os enfrentamentos necessários Social stigma and internalized stigma: the voice of persons with mental disorders and the confrontations requires
Manual clínico dos transtornos psicológicos: tratamento passo a passo. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
BOCK, A. M. B. Psicologias: Uma Introdução ao Estudo da Psicologia. 13ª edição. Ed. Saraiva. São Paulo, 1999.
Artigo de Revisão – DOENÇA MENTAL E ESTIGMA (Mental illness and stigma) Fábio Lopes Rocha1 , Cláudia Hara2 , Jorge Paprocki 
DIALOGANDO COM GOFFMAN: contribuições e limites sobre a deficiência A DIALOGUE WITH GOFFMAN: contributions and limits to disability Gustavo Martins Piccolo1 Enicéia Gonçalves Mendes
BREVE HISTÓRIA DAS CLASSIFICAÇÕES EM PSIQUIATRIA 1 Fernanda Martinhago2 Sandra Capon 
Uma visão panorâmica da Psicologia Científica de Wilhelm Wundt, ARAUJO de Freitas, Saulos Araujo
Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed,
Holocausto brasileiro / Daniela Arbex. 1. Ed. – São Paulo: Geração Editorial, 2013.
PILATI, Ronaldo – Ciência e pseudociência: por que acreditamos naquilo que queremos acreditar/ 1° ed., 4° reimoessão –São Paulo: Contexto, 2021. 160p.
SCOTT O. Lilienfeld – Os 50 maiores mitos populares da psicologia – 1° ed. – São Paulo, Editora Gente, 2013. F

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