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Ansiolíticos [Resumo]

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Ansiolíticos 
----------------------------------------- FARMACODINÂMICA E FARMACOCINÉTICA I -------------------------------------------- 
 
▸Ansiedade: termo geral para vários distúrbios que 
causam nervosismo, medo, apreensão e 
preocupação; 
 
Classificação dos Transtornos de 
Ansiedade 
 
 
 
▸Transtorno de Ansiedade Generalizada: ansiedade 
excessiva que não possui razão ou foco claro; 
▸Transtorno de Ansiedade Social: Medo de estar ou 
interagir com outras pessoas; 
▸Transtorno do Pânico: crises súbitas de medo 
incontrolável que ocorrem associadamente a sintomas 
somáticos (sudorese, taquicardia, dores no peito, 
tremores e sensação de asfixia); 
▸Fobias: medos intensos de objetos e situações; 
▸Transtorno do Estresse Pós traumático: ansiedade 
desencadeada por lembrança de experiências 
estressantes passadas; 
▸Transtorno Obsessivo-Compulsivo: caracterizado 
como comportamento com rituais compulsivos 
dominado por ansiedade irracional; 
 
Classes de Fármacos no 
Tratamento da Ansiedade 
 
▸Antidepressivos: Inibidores seletivos da recaptura de 
serotonina (5-HT), ISRSs (p. ex. Fluroxetina, Paroxetina 
e Sertralina) e inibidores da recaptura de 5-
HT/Norepinefrina (INRSs, p. ex. Venlafaxina) são 
eficazes no tratamento de transtorno da ansiedade 
generalizada, fobias, transtorno da ansiedade social e 
transtorno do estresse pós-traumático; 
▸Benzodiazepínicos: Utilizados para tratar a ansiedade 
aguda. Podem ser coadministrados com ISRS; 
▸Buspirona: Agonista do receptor 5-HT1a, eficaz no 
tratamento de ansiedade generalizada, porém é 
ineficaz no tratamento de fobias ou transtorno da 
ansiedade social; 
▸Gabapentina, Pregabalina, Tiagabina e Valproato: 
Fármacos antiepiléticos, também eficazes para o 
transtorno de ansiedade generalizada; 
▸Propanolol: Antagonistas dos receptores β-
adrenérgicos; 
 
Benzodiazepínicos – Mecanismo 
de Ação 
 
 
▸O termo refere-se à porção da estrutura composta 
por um anel benzeno (A) fundido a um anel 
diazepínico de 7 membros (B). Todos os 
benzodiazepínicos importantes terapeuticamente têm 
ainda um substituinte 5-arila (C); 
 
 
ANSIEDADE
FOBIAS
ANSIEDADE 
SOCIAL
TRANSTORNO 
DO PÂNICO
TRANSTORNO 
OBSESSIVO-
COMPULSIVO
TRANSTORNO DO 
ESTRESSE PÓS-
TRAUMÁTICO
ANSIEDADE 
GENERALIZADA
Ansiolíticos 
----------------------------------------- FARMACODINÂMICA E FARMACOCINÉTICA I -------------------------------------------- 
 
▸Atuam seletivamente nos receptores GABAA que 
medeiam a transmissão sináptica inibitória em todo o 
SNC; 
▸INTENSIFICAM a resposta de GABA, facilitando a 
abertura de canais de Cloreto ativados pelo GABA. Se 
ligam a um sítio regulatório do receptor, distinto do 
sítio de ligação ao GABA e atuam alostericamente, 
aumentando a afinidade de GABA pelo receptor; 
▸NÃO AFETAM os receptores para outros 
aminoácidos, como glicina e glutamato; 
 
Efeitos dos Benzodiazepínicos 
 
▸Redução da Ansiedade e da Agressividade; 
▸Indução do sono e sedação; 
▸Redução do tônus muscular e da coordenação; 
▸Efeito anticonvulsivante; 
▸Amnésia anterógrada; 
 
Aspectos Farmacocinéticos 
 
 
 
▸São bem absorvidos quando administrados por via 
oral; 
▸Ligam-se fortemente as proteínas plasmáticas e 
sua alta lipossolubilidade faz com que se acumulem 
gradualmente na gordura corporal; 
▸A administração por via intravenosa confere em 
lenta absorção; 
▸Metabolizados e eliminados como conjugados de 
GLICURONÍDEO na urina; 
▸Vários são convertidos em metabólitos ativos (p. ex. 
N-Desmetildiazem), cuja meia-vida é de cerca de 60h. 
 
Classificação Quanto ao Tempo de Meia-Vida 
Ação Fármaco Tempo 
Ultra Curta 
Midazolam 1,9 h 
Triazolam 2,9 h 
Curta 
Oxazepam 8 h 
Alprazolam 12 h 
Lorazepam 15 h 
Longa 
Clonazepam 23 h 
Diazepam 43 h 
Flurazepam 74 h 
 
Efeitos Adversos 
 
▸Efeitos tóxicos decorrentes da superdosagem 
aguda: Menos perigosa que outros 
ansiolíticos/hipnóticos. Em superdosagem, os 
benzodiazepínicos causam sono prolongado sem 
depressão grave da respiração ou da função 
cardiovascular; 
▸Efeitos adversos que ocorrem durante o uso 
terapêutico normal: sonolência, confusão, amnésia e 
comprometimento da coordenação; 
▸Tolerância e Dependência: A suspensão indevida 
do tratamento pode causar o aumento dos sintomas 
de ansiedade, juntamente com tremores, tonturas, 
perdas de peso e sono; 
 
Fármacos Ansiolíticos 
 
Diazepam 
 
 
 
▸Absorção: Em administração oral, a absorção do 
diazepam é rápida, obtendo-se concentrações 
plasmáticas máximas entre os 30 e 90 min. É bem 
absorvido, tem uma biodisponibilidade sistémica de 70-
100%. Pode ser também administrado por via 
Ansiolíticos 
----------------------------------------- FARMACODINÂMICA E FARMACOCINÉTICA I -------------------------------------------- 
 
intravenosa em epiléticos quando não é possível 
administrar oralmente; ou no tratamento agudo da 
febre convulsa, como solução retal. Após uma injeção 
intramuscular de diazepam em pessoas saudáveis, 
alcoólicos crónicos ou em abstinência, a absorção é 
lenta (o pico de concentração plasmática ocorre após 
10-12h do início da infusão) e errática, mas completa. 
Como consequência os efeitos clínicos são atrasados 
e imprevisíveis. 
▸Distribuição: É largamente distribuído pelo 
organismo. Esta substância ativa é das mais lipofílicas 
do seu grupo farmacológico, e apresenta um volume 
de distribuição aumentado nos indivíduos do sexo 
feminino e indivíduos com mais de 70 anos de idade. 
Este volume de distribuição em estado de equilíbrio 
pode ser devido, em parte, ao prolongado tempo de 
semi-vida (3 horas). O diazepam e seus metabolitos 
unem-se extensamente às proteínas plasmáticas, 
estimando-se que a fração ligada atinja os 98%. 
Devido ainda à sua lipofília, o diazepam atravessa a 
placenta e aparece em quantidades residuais no leite 
de amamentação. A sua concentração no cérebro, 
fígado e baço ultrapassa a quantidade não ligada no 
plasma; 
▸Metabolismo: É submetido à biotransformação a 
nível hepático, sofrendo um metabolismo oxidativo 
mediado pelas isoenzimas CYP2C19 e CYP3A do 
citocromo P450, dando origem a metabolitos com 
atividade farmacológica como N-desmetildiazepam (ou 
Nordazepam), Temazepam (ou 3-hidroxiazepam) e 
Oxazepam. O Oxazepam e o Temazepam são depois 
conjugados com o Ácido glicurônico. O 
desmetildiazepam apresenta um tempo de semi-vida 
mais longo que o próprio diazepam, sendo de 
aproximadamente 60h podendo produzir efeitos 
cumulativos e prolongados quando usado 
repetidamente. 
▸Excreção: O diazepam e seus metabolitos são 
excretados principalmente na urina 
predominantemente na forma conjugada, sendo, no 
entanto, o Oxazepam conjugado com ácido 
glicurônico o produto urinário encontrado em maior 
quantidade; 
▸Efeitos Colaterais: Ataxia, disartria, fala indistinta, 
cefaleias, tremor, tonturas. Pode ocorrer amnésia 
anterógrada com dosagens terapêuticas, aumentando 
o risco nas dosagens mais elevadas. Agitação, 
irritabilidade, agressividade, delírio, ataques de raiva, 
pesadelos, alucinações, psicoses, comportamento 
inapropriado e outros efeitos comportamentais 
adversos podem estar associados à utilização de 
benzodiazepinas, estes sendo mais comuns em 
crianças e idosos. Náuseas, boca seca ou 
hipersalivação, obstipação e outras perturbações 
gastrointestinais. Depressão respiratória, incluindo 
insuficiência respiratória, icterícia, vertigens (devido a 
afecções do ouvido), reações cutâneas, doenças 
renais e urinárias como incontinência e retenção 
urinária, afecções oculares como diplopia e visão turva. 
 
Clonazepam 
 
 
 
▸Antiepiléptico, benzodiazepínico de longa duração; 
▸Usado no transtorno do pânico e para facilitar a 
abstinência de outros benzodiazepínicos; 
▸ADME: Atua como um agonista dos receptores 
cerebrais B2, aumentando o efeito do 
neurotransmissor inibitório GABA, suprimindo a 
propagação da atividade convulsiva produzida por um 
foco epiléptico. É absorvido de forma relativamente 
lenta, sua biodisponibilidade é de 82-98% e sua 
concentração plasmática máximaé de 3-12h. O grau 
de ligação às proteínas plasmáticas é de 86%. É 
metabolizado principalmente no fígado, por oxidação 
e hidroxilação. É eliminado principalmente na urina. 
Uma pequena porção é excretada inalterada; 
▸Efeitos Colaterais: Os efeitos colaterais são 
frequentes e afetam principalmente o SNC. Apenas 
50% dos pacientes apresentam sonolência transitória 
durante os primeiros dias de tratamento, seguida de 
sedação e ataxia, especialmente em idosos. Há a 
possibilidade de amnésia anterógrada. Outros efeitos 
comuns incluem: tontura, dor de cabeça, confusão, 
depressão, disartria, alterações na libido, tremor, 
incontinência e retenção urinária, náusea, vômito, 
Ansiolíticos 
----------------------------------------- FARMACODINÂMICA E FARMACOCINÉTICA I -------------------------------------------- 
 
diarreia, boca seca e dor epigástrica. Ocasionalmente 
há: hepatite, icterícia, dermatite, urticária, prurido, 
leucopenia, agranulocitose, anemia, trombocitopenia, 
eosinofilia, distúrbios comportamentais, psicose, 
diplopia, distúrbios da visão, nistagmo, distúrbios 
auditivos e hipersecreção; 
 
Zolpidem 
 
 
 
▸Hipnótico não-benzodiazepínico do grupo das 
imidazopiridinas. Atua no SNC e possui propriedades 
sedativas, relaxantes e ansiolíticas; 
▸Promove um efeito sedativo em doses muito 
inferiores àquelas necessárias para obtenção de um 
efeito anticonvulsivante, relaxante muscular ou 
ansiolítico. Esses efeitos são devidos a uma atividade 
agonista seletiva sobre um receptor GABA ômega, 
que modula a abertura do canal de cloro. O zolpidem 
é um agonista preferencial da subclasse de 
receptores ômega 1; 
▸ADME: Após administração oral, apresenta uma 
biodisponibilidade de aproximadamente 70%, com as 
concentrações plasmáticas máximas sendo 
alcançadas entre 0,5 e 3 h. A ligação às proteínas 
plasmáticas é da ordem de 92%. É metabolizado no 
fígado e eliminado na forma de metabólitos inativos, 
na urina (aproximadamente 60%) e nas fezes 
(aproximadamente 40%), não possuindo efeito 
indutivo sobre as enzimas hepáticas. A meia-vida 
plasmática é, em média, de 2,4 horas (0,7 a 3,5 horas). 
▸Efeitos Colaterais: Dentre as causas mais comuns, 
estão: alucinações, agitação, pesadelos, depressão, 
sonolência, dor de cabeça, tontura, insônia 
exacerbada, distúrbios cognitivos tais como amnésia 
anterógrada, diarreia, náusea, vômito e dor abdominal, 
dor nas costas, infecção do trato respiratório superior 
ou inferior e fadiga; 
 
 
 
Buspirona 
 
 
 
▸Indicado no tratamento de distúrbios de ansiedade, 
como o transtorno de ansiedade generalizada e no 
alívio em curto prazo dos sintomas de ansiedade, 
acompanhados ou não de depressão; 
▸Interage com os sistemas da serotonina, 
norepinefrina, acetilcolina e dopamina do cérebro. 
Intensifica a atividade das vias noradrenérgicas e 
dopaminérgicas específicas e reduz a atividade da 
serotonina e da acetilcolina, além de possuir alta 
afinidade pelos receptores de serotonina (5 HT1A); 
▸ADME: É rapidamente absorvido via oral, atingindo 
níveis sanguíneos máximos em 60-90 min. após a 
ingestão. Cerca de 95% de buspirona se liga às 
proteínas plasmáticas. Os valores da meia-vida variam 
de 2-33h. Após uma única dose de buspirona, 29 a 
63% da dose é excretada na urina, num período de 
24h, principalmente na forma de metabólitos; e 
excreção fecal de 18 a 38% da dose. A buspirona é 
metabolizada principalmente por oxidação, 
produzindo vários derivados hidroxilados e 1-
pirimidinilterazina, mediada pelo citocromo P450 
(CYP3A4); 
▸Efeitos Colaterais: Nervosismo, insônia, distúrbios de 
psiquiátricos de atenção, depressão, estado 
confusional, desordens do sono, raiva, tontura, cefaleia, 
sonolência, taquicardia, dor torácica, congestão nasal, 
dor faringolaríngea, náusea, dor abdominal, boca seca, 
diarreia, constipação, vômito, suor frio, erupção 
cutânea, dor musculoesquelética fadiga e astenia 
sendo os efeitos mais comuns.

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