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1 1 2 Alfabetização de Jovens e Adultos Mirleide Vieira de Oliveira, ANDRADE[footnoteRef:1] [1: RA: 2021314261, Aluna de Pós-Graduação em Alfabetização e Letramento. E-mail: mirleide70@hotmail.com ] A Lei de Diretrizes e Base (LDB) define que a Educação de Jovens e Adultos (EJA) se destina àqueles que “não tiveram acesso aos estudos ou continuidade deles nos ensinos Fundamental e Médio na idade própria. ” BRASIL, (2013). De acordo com SOUZA (2012), Alunos da EJA possui uma grande experiência de vida e que os conteúdos a serem ministrados a esses alunos devem ter ligação com essas vivências. Atualmente, diante das rápidas transformações ocorridas na realidade vivida, a EJA requer profissionais docentes que possuam a sensibilidade de compreender a realidade do aluno, e a partir deste entendimento elaborar planos e ações para efetivamente construir o conhecimento. Neste sentido o professor deve mais do que nunca atuar como um mediador entre a realidade e a construção dos conhecimentos, reconhecendo as potencialidades e necessidades do aluno para então, conduzir a relação ensino-aprendizagem da melhor maneira possível. De acordo com MENDES (2014), Aquino (2007) nos traz o “contínuo pedagógico andragógico de aprendizagem”. Que diz respeito a capacidade do educador de promover a seus alunos acesso aos processos mentais de aprendizagem de forma didática e equilibrada, integrando e respeitando as individualidades de cada estudante. Agora se tratando de alfabetização de Jovens e Adultos, uma alternativa de início é a exploração do nome próprio, já que o mesmo é bastante significativo para os alunos, seguindo por seu sobrenome, verificando se sabem a quantidade de letras necessárias para escrever seu nome e sobrenome. Essa atividade serve como uma avaliação diagnóstica e oferece indicações ao professor sobre os conhecimentos de seus alunos. É válido propor também uma sondagem, escolhendo sempre palavras que pertencem a um mesmo campo semântico do cotidiano dos educandos, por exemplo: lista de ferramentas usadas no trabalho e receitas de bolos, isto é, realizar atividade que permita escrita espontânea. Com essas informações, o professor poderá organizar o planejamento de suas próximas aulas. Por fim, temos a avaliação na EJA, que deve ir além das provas, pois há circunstâncias que devem ser consideradas, desde o desenvolvimento educacional até o crescimento pessoal de cada indivíduo. A avaliação deve ser gradativa e cumulativa, ou seja, o aluno deve ser avaliado como um todo e não por aquilo que ele consegue apresentar em provas escritas ou objetivas, mas, procurar também analisar a sua capacidade de interpretação, de diálogo e de debate diante de temas que são de seu interesse. Para ser válida, toda educação, toda ação educativa deve necessariamente estar precedida de uma reflexão sobre o homem e de uma análise do meio de vida concreto do homem concreto a quem queremos educar (ou melhor dito: a quem queremos ajudar a educar-se). (FREIRE, 1980, pp. 33-34). Portanto, se um profissional buscar conhecer a turma e utilizar de estratégias criativas adequando seu planejamento ás vivencias de seus alunos conseguirá explorar ao máximo seus conhecimentos prévios e alcançará êxito na ação pedagógica e terá um ótimo aproveitamento das aulas. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica para Educação de Jovens e Adultos. Brasília: MEC, 2013. SOUZA. M. A., de. Educação de Jovens e Adultos. Curitiba: Intersaberes, 2012. MENDES. M. C.S. . Andragogia: Um novo olhar sobre a formação docente. Rio de Janeiro, 2014. Disponível em: < http://www.abed.org.br/hotsite/20-ciaed/pt/anais/pdf/46.pdf >. Acesso em: 15 mai. 2021. FREIRE, Paulo. O Homem e Sua Experiência/Alfabetização e Conscientização. In: FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo, 1980.
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