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Manejo reprodutivo de bovinos

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MANEJO REPRODUTIVO 
 MANEJO REPRODUTIVO DE MATRIZES LEITEIRAS 
 Introdução: importância do enquadramento dos ciclos produ�vos no intervalo ideal de até 365 dias 
 Quanto mais curtos os ciclos, mais ciclos podem ser realizados dentro da vida ú�l do animal. Além disso, 
 quando os ciclos são curtos, há um melhor aproveitamento da melhor fase da lactação (1ª metade) e mais 
 gerações de descendentes, com isso progredir no seu programa de melhoramento gené�co. 
 Subdivisões do intervalo de partos (IDP) = Período de serviço + período de gestação 
 PS: Parto até uma nova concepção; 
 PG: Concepção até o parto a termo. 
 Definição e obje�vos fundamentais do manejo reprodu�vo: 
 Período de serviço e intervalo de partos 
 Número de serviços por concepção 
 O manejo reprodu�vo é o conjunto de procedimentos que tem por finalidade direcionar as ações de 
 ro�na para obter a melhor eficiência reprodu�va , que se reflete em um menor período de serviço , o qual 
 idealmente deve ser inferior a 85 dias . Isso resulta em um intervalo de parto de 365 dias ou menos, já que 
 a gestação é por volta de 280 dias . 
 Um outro obje�vo importante é reduzir o número de serviços por concepção , isto é, reduzir o 
 número de coberturas ou inseminações até que haja uma concepção. O ideal seria que o número de 
 serviços por concepção fosse igual a 1, mas alguns fenômenos podem interferir nesse cenário idealizado. 
 Por conta disso, o valor aceitável é representado por um número ≤ 1,4, ou seja, a cada 140 doses de sêmen, 
 uma vaca produziu 100 bezerros. 
 Revisão: Fisiologia do parto, delivramento, puerpério e retorno à a�vidade reprodu�va pós-parto 
 a) Caracterís�cas do sistema reprodutor feminino durante do período gestacional 
 Durante a fase gestacional, o animal está sobre o domínio do hormônio progesterona (pro: a favor; 
 gesteron: gestação), ele quem induz as modificações do sistema reprodutor feminino, tornando 
 favorável ao desenvolvimento da gestação. Na espécie bovina, a progesterona é produzida 
 principalmente pelo corpo lúteo , existe produção placentária, mas a espécie bovina é dependente do 
 CL para manutenção da gestação . Caso haja luteólise durante a gestação, o animal aborta. A quan�dade 
 de progesterona produzida pela placenta não é suficiente para a manutenção da gestação nos bovinos 
 (eles são corpo lúteo dependente). A progesterona provoca duas modificações funcionais que são 
 importantes para manutenção da gestação. 
 ● Comportamento da camada muscular 
 A primeira delas é a dessensibilização da musculatura uterina (miométrio) aos efeitos da oxitocina. 
 Logo, a ordenha ou amamentação de um bezerro não representa um risco a gestação em 
 desenvolvimento, pois a oxitocina só vai atuar nas glândulas mamárias. 
 ● Formação e manutenção do selo cervical 
 A segunda modificação é relacionada as células do reves�mento superficial da cérvix, elas são 
 es�muladas a produzir um muco mais viscoso que o habitual , o tampão vaginal ou selo vaginal, o 
 qual vai preencher os espaços entre os anéis cervicais para evitar a penetração de agressores por 
 meio de via ascendent e. 
 ● Outras influencias hormonais importantes 
 Há produção de serotonina pelo feto e pela placenta, com a fetal sendo maior. A serotonina 
 es�mula as células do trofoblasto do componente fetal, fomentando a produção de colágeno, o 
 qual é depositado na interface entre os tecidos fetal e materno, fazendo com que haja uma maior 
 adesão, favorecendo o acontecimento de intercâmbios . Assim, garan�ndo o aporte de oxigênio e de 
 nutrientes e garan�do a re�rada de resíduos metabólicos dos tecidos fetais . Além disso, essa 
 serotonina inibe a criação de metaloproteinases, como a colagenase, impedindo a destruição do 
 colágeno e tornando-o estável . 
 b) Eventos que desencadeiam o fim da gestação 
 ● Estresse fetal 
 Durante o final da gestação, o feto já ocupa grande parte da cavidade abdominal, o que torna esse espaço 
 restrito para a livre movimentação fetal. Além disso, a placenta se torna insuficiente para atender as 
 demandas fetais, como mais oxigênio e mais nutrientes, visto o seu tamanho e desenvolvimento. Ademais, 
 o feto também vai produzir resíduos metabólicos , excretas, que necessitam ser eliminadas, todavia a 
 placenta não consegue mais arcar com o elevado volume de resíduos que precisam ser excretados. Como o 
 feto cresce progressivamente , com o tempo ele vai desenvolver estresse crônico , por não mais estar 
 confortável a vida intrauterina, levando a produção de ACTH . Esse estresse es�mula o hipotálamo a 
 produzir CRH, o fator de liberação da cor�cotrofina. O CRH atua na parte distal da adeno-hipófise e 
 es�mula as células cromófilas basófilas cor�cotróficas a produzirem o ACTH. O ACTH se desloca pela 
 corrente sanguínea até a glândula Adrenal e es�mula os espongiocitos da zona fasciculada a produzirem o 
 Cor�sol , um glicocor�coide também conhecido como hormônio do estresse crônico. 
 ● Alteração no padrão de produção de hormônios pela placenta 
 Por ser um hormônio esteroide, atravessando membranas com facilidade, ele vai começar a afetar o 
 organismo fetal, alterando o comportamento dos sistemas enzimá�cos placentários. O cor�sol vai a�var as 
 enzimas hidroxilase, liase e aromatase , ou seja, agora a progesterona produzida pela placenta vai agora se 
 metabolizada em Estradiol . Provocando uma mudança no padrão hormonal, a produção de progesterona 
 vai cair e os níveis séricos de estradiol vão aumentar, ambos oriundos da placenta. 
 c) Consequências das alterações placentárias: 
 ● Síntese de PGF2α e luteólise 
 Há uma síntese PGF2α (Prostaglandina F2-alfa) pelo endométrio , que por sua vez há de provocar a 
 luteólise . Ele vai causar uma vasoconstrição, diminuindo o aporte sanguíneo do corpo lúteo (CL). 
 Estudos recentes contestam que a produção seja pelo endométrio, na verdade a produção seria 
 originada de células do trofoblasto que migram para o epitélio materno para realizar esse papel. 
 Agora nem o CL , nem a placenta estão dando con�nuidade a produção de progesterona . 
 ● Contra�lidade miometrial 
 Como houve redução dos níveis de progesterona e elevação do estradiol, os receptores para 
 oxitocina no miométrio se sensibilizam , logo, ele se tornará responsivo a oxitocina, ou seja, 
 contrá�l . 
 ● Dissolução do tampão vaginal 
 Também com a diminuição da progesterona e aumento do estradiol, ocorre uma mudança no 
 padrão de secreção das células superficiais da cérvix , deixando de produzir a secreção espessa e 
 viscosa, conhecida como tampão vaginal, e secretando agora uma secreção mais fluída, a qual 
 expulsa o tampão vaginal, ou seja, provoca a dissolução do tampão vaginal . 
 ● Produção de relaxina e seus efeitos sobre o canal de parto 
 Além da dissolução do tampão vaginal, a alteração do padrão de produção de hormônios vai 
 provocar um aumento na produção de relaxina . Esse hormônio vai promover o relaxamento dos 
 ligamentos que mantem a estrutura do canal do parto , para que ele se torne mais flexível e permita 
 a passagem do bezerro sem dificuldade. Esse relaxamento inclui a sínfise pélvica , os ligamentos que 
 mantém conectados os ossos dapelve (Íleo, Ísquio e Púbis) e o ligamento sacro-isquiá�co . 
 ● Mudanças vasculares e amadurecimento dos placentomas 
 A relaxina também vai es�mular a colagenase , para realizar uma separação entre os componentes 
 fetais e maternos . 
 d ) Desenvolvimento do parto eutócico (2-3h, sendo de 30 em 30min haja algum progresso no parto) 
 ● Posicionamento fetal e insinuação no canal de parto 
 O posicionamento fetal ideal para o parto é a posição de mergulho , com os membros anteriores e a 
 cabeça direcionadas a favor do canal do parto. 
 ● Es�mulo mecânico e resposta hormonal da vaca 
 A região do canal do parto possui muitos receptores que comunicam a região da cérvix com o 
 hipotálamo. Quando o feto se insinua pelo canal de parto , os receptores enviam sinais para o 
 hipotálamo , que hão de desencadear a liberação de oxitocina pela hipófise posterior , entrando em 
 pico e contraindo intensamente a musculatura lisa do útero e, com auxílio da musculatura estriada 
 esquelé�ca do abdômen, provocam a iminente expulsão do feto . 
 ● Exposição e ruptura de anexos: efeito lubrificante 
 Há primeiramente uma exposição dos anexos fetais , sendo o alantoide o primeiro deles e rompendo 
 facilmente, liberando seu conteúdo líquido . Após ele vem o saco amnió�co , um pouco mais espesso 
 que o alantoide e de aparência translúcida ou opaca, rompe-se posteriormente e libera o líquido 
 amnió�co , lubrificando a passagem do feto . A vaca , então, se levanta, bebe o liquido e realiza o 
 reflexo de Flehmen , para reconhecer os feromônios inerentes ao feto , em condições normais. Essas 
 ações de beber o liquido e realizar o reflexo de Flehmen acentuam ainda mais as contrações , logo o 
 feto começa a se projetar pelo canal de parto e ele se torna incapaz de respirar (quando em posição 
 de mergulho). 
 ● Hipóxia e agitação fetal 
 As contrações provocam um estrangulamento do cordão umbilical , assim provocando a hipóxia. 
 Como consequência, o feto se agita e essa agitação provoca mais liberação de oxitocina . 
 ● Contrações involuntárias + C. voluntárias : expulsão fetal e ruptura do cordão umbilical 
 As contrações em conjunto provocam a expulsão fetal progressiva . Após a passagem dos membros 
 anteriores e da cabeça, mais ou menos com o feto expulso até a linha da escápula, a vaca se 
 levanta , o neonato cai no chão e a vaca vem lambê-lo. Como a placenta ainda está aderida ao 
 endométrio, ocorre um es�ramento do cordão umbilical até que haja ruptura . 
 e) Delivramento 
 ● Descolamento de vilos coriônicos 
 ● Expulsão dos anexos fetais 
 Durante o período final do processo de parto, houve uma redução substancial da produção de serotonina 
 fetal e placentária . Logo, não há mais um es�mulo para produção de colágeno , na verdade há um es�mulo 
 da colagenase , a qual vai degradar o colágeno presente entre os tecidos maternos e fetais. Além disso, 
 também há um processo imunológico acontecendo nesse momento. Os MHC 1 do feto não estavam se 
 desenvolvendo durante as fases iniciais da gestação, já durante as fases finais eles começam a se expressar, 
 dando origem a uma resposta imunológica por parte da vaca . Dessa forma, começa a haver uma migração 
 leucocitária para esse local e uma maior degradação do colágeno ali presente, contribuindo para expulsão 
 da placenta , após o parto. 
 O delivramento é um resultado do comprome�mento da vascularização associado à resposta imune da 
 mãe e à a�vidade da colagenase . 2h é a duração ideal , até 12h após o parto considera-se que o sistema 
 imune consegue controlar possíveis infecções provenientes da não expulsão da placenta . Todavia acima de 
 12h, já é considerada uma retenção de placenta. Em hipótese alguma deve-se puxar a placenta , o 
 descolamento mecânico provoca ruptura de componentes e lesões que podem comprometer a carúncula 
 uterina e tornar o animal inapto a reprodução em ciclos produ�vos posteriores, pois uma carúncula 
 destruída não admite a inserção de vilosidades coriônicas do co�lédone. 
 f) Período puerperal: puerpério, eliminação de lóquios e involução uterina 
 Puerpério é o período de tempo que se inicia do parto até o retorno da a�vidade ovariana . Durante esse 
 período vai ocorrer a involução uterina , a progressiva eliminação de lóquios e aos poucos o organismo volta 
 ao seu estado original. Os lóquios tem inicialmente a cor marrom , parecido com chocolate, e é cons�tuído 
 de secreções uterinas, células de descamações e qualquer resíduo tecidual. Com os dias que se sucedem, 
 os lóquios vão se clareando até se tornar uma secreção transparente , muco, denotando a limpeza do útero 
 em relação a como estava no parto. 
 Importância do conhecimento dos eventos que resultam no parto a termo 
 Porque ao conhecer o fenômeno do parto, é possível dis�nguir quando é necessária uma intervenção. 
 Ademais, é necessário saber que toda tenta�va de interromper ou modificar o parto tem como 
 consequência um retardo no período de serviço, portanto um prolongamento no intervalo de parto. 
 Anestro pós-parto: 
 ● Fisiológico 
 Em um período de 8 a 10 dias após o parto , o animal se encontra refratário aos efeitos de 
 gonadotrofinas hipofisárias , logo o ovário não fica responsivo. Na prá�ca, o período de duas 
 semanas após o parto é considerado o período de anestro, mas a par�r da segunda semana, já é 
 para exis�r alguma a�vidade ovariana, mesmo que não resulte em uma prenhez. 
 ● Patológico 
 Acima de 2 semanas já é considerado um anestro patológico . 
 As causas infecciosas se devem a problemas de retardo da involução uterina. Se há problemas de 
 infecção uterina , não há uma boa produção de prostaglandina , logo não vai lisar completamente o 
 corpo lúteo gestacional , provocando uma perduração do anestro gestacional , devido a liberação de 
 progesterona em pequenas doses que vão atuar inibindo a liberação das gonadotrofinas 
 hipofisárias. 
 As causas nutricionais se devem pelo baixo nível de nutrição que os animais se encontram, logo 
 como os animais tratam a reprodução como úl�ma prioridade , as demandas que vem primeiro 
 como a produção e a manutenção são atendidas em primeiro plano. 
 As causas hormonais são aquelas relacionadas a secreção de opioides endógenos (beta-endorfinas), 
 como as próprias variações individuais entre um animal e outro. 
 Um mês após o parto, já é comum ver a�vidade ovariana. 
 Ciclo estral bovino: fases, durações e eventos associados (21 dias) 
 ● Proestro 
 Nos bovinos ela dura cerca de 3 dias , é uma fase de crescimento folicular acentuada , quando o 
 folículo dominante se torna cada vez maior em concomitância a produção de estradiol . 
 ● Estro 
 É a fase em que o estradiol produzido no proestro está tão elevado que modifica o comportamento 
 do animal , a vaca começa a buscar o acasalamento e tem como duração de 2 até 24h essa fase, na 
 maioria das vezes de 12 a 18h . O cio é encerrado no momento em que ela para de demonstrar 
 interesse pelo acasalamento. Obs: apenas a fêmea que está no cio aceita a monta. 
 ● Metaestro 
 Dura aproximadamente 6 dias , sendo nas primeiras horas ( 10 a 12h ) dessa fase que vai ocorrer a 
 ovulação econsequentemente a formação de um CL , o qual é maturado até plenamente alcançar 
 sua maturidade (completamente desenvolvido – ‘florescente’) no sexto dia e produz altos índices de 
 progesterona , quando se encerra a fase. 
 ● Diestro 
 Dura 11 dias e é referente ao período de estabilidade do CL, produzindo progesterona em altas 
 concentrações. Caso haja gestação , o embrião vai produzir interferon-tau para inibir a produção de 
 prostaglandina , todavia se não houver o endométrio vai produzir PGF2-alfa e lisar o CL , para 
 começar o ciclo novamente. 
 Possíveis resultados das primeiras ondas de desenvolvimento folicular: 
 ● Atresia 
 ● Formação de cistos foliculares 
 ● Ovulação 
 As ondas de crescimento folicular se iniciam com um fenômeno denominado de emergência ou 
 recrutamento , no qual um grupo de pequenos folículos começa a se desenvolver . Nessa fase eles não são 
 dependentes de gonadotrofinas hipofisárias, eles são es�mulados por fatores locais . Durante essa fase os 
 folículos produzem a�vina , a qual es�mula a liberação de FSH pela hipófise. Após isso, os folículos entram 
 em outra fase: a de seleção ou de divergência , na qual o FSH começa a atuar sob esses folículos 
 es�mulando seu crescimento . Um desses folículos , maior que os outros, começa a acumular IGF-1 livre , 
 fazendo com que esse folículo tenha maior responsividade ao FSH do que os outros folículos. Quando ele 
 a�nge esse status ele começa a produzir inibina, a qual vai inibir a secreção de FSH pela adeno-hipófise , 
 esse fenômeno é chamado de dominância . Os folículos sem IGF-1 em grandes concentrações, precisavam 
 de mais FSH, e como a secreção dele diminuiu, eles vão entrar em atresia . Todavia, o CL ainda está 
 produzindo progesterona em altos níveis, o que inibe a secreção de LH pela hipófise, logo, mesmo o folículo 
 dominante também se degenera ao fim . Após isso, inicia-se uma nova onda de desenvolvimento folicular: 
 recrutamento, seleção e dominância . Entretanto, como houve uma luteólise , a secreção de progesterona 
 reduziu , tornando possível a secreção de LH pela hipófise e, consequentemente, ocorre a ovulação do 
 folículo dominante . Vacas podem apresentar de 1 a 4 ondas foliculares (mais comum 2 ou 3) entre um ciclo 
 estral e outro. 
 Como resultado das ondas foliculares podem acontecer atresia, formação de cisto ou a ovulação . Em geral 
 as primeiras ondas foliculares pós-parto são anovulatórias, resultam em atresia. Também há formação de 
 cistos, caso os níveis de FSH forem muito elevados e não haja uma secreção sa�sfatória de LH. Esses cistos 
 podem resultar em um animal ninfomaníaco, o qual entra em ciclos curtos com cios prolongados, devido a 
 produção de estradiol pelo cisto, ou em um cisto folicular luteínico, no qual as céls da teca sofrem 
 luteinização antes de ovulação, então esse cisto vai produzir progesterona e as vezes alguns andrógenos, 
 causando um longo período de anestro no animal. 
 Período de espera voluntária (PEV) 
 Possui dois conceitos: an�go e novo. O an�go conceituava-se como sendo um prazo que se dá a vaca entrar 
 em a�vidade cíclica ovariana por si só, caso ela não entre o profissional iria u�lizar de exame ginecológico 
 para acompanhá-la mais de perto. O novo conceitua-se como sendo o momento depois do parto a par�r 
 do qual se autoriza o animal a ser inseminado ou coberto . Não é mais um conceito fisiológico, mas um de 
 gestão. A par�r do PEV ela é considerada uma vaca apta. 
 Medidas prá�cas que visam a redução do período de serviço em rebanhos bovinos 
 1) Acompanhamento ginecológico no período pós-puerperal 
 Período em que deve ser realizado : 4 semanas após parto 
 Parâmetros avaliados: 
 ▪ Caracterís�cas dos cornos uterinos : 
 Simetria 🡪 deve exis�r . Vacas idosas podem ter discreta assimetria (bastante su�l). 
 S = simetria; +AS = corno esquerdo maior; AS+ = corno direito maior 
 Diâmetro 🡪 os cornos de uma vaca saudável e com cornos involuídos devem ter entre 1cm (caneta 
 bic) e 1,5(pincel de quadro). Vacas jovens chegam a ter a espessura do dedo mínimo. Enquanto vacas 
 velhas chegam à espessura de um dedão. 
 G1 = calibre de um dedo; G2 = calibre de 2 dedos; G3 = 3 dedos; G4 = antebraço; G5 = possível 
 delimitar com a mão; G6 = não é possível delimitar útero. 
 Contra�lidade 🡪 diz respeito à responsividade ao es�mulo. Com a manipulação é comum que ele 
 fique firme, borrachudo. O útero pode também pode ser flácido, sem apresentar contra�lidade. K1 = 
 relaxado; K2= intermédio; K3 = firme, contraído. 
 A contra�lidade uterina é reflexo da a�vidade ovariana, cl produzindo progesterona deixa o útero 
 flácido, já se o animal es�ver com folículo pre ovulatório com alta produção de estrógeno, o útero 
 estará contraído . 
 ▪ Presença de estruturas nos ovários : 
 Folículos 🡪 ovário do tamanho de ovo de pombo ou codorna. Um ovário no tamanho de ovo de pato 
 pode significar presença de cistos. Folículos pré ovulatórios ao toque parecem bolhas de queimadura 
 Corpos lúteos 🡪 Corpos lúteos são mais firmes ao toque, apresentam “cintura” 
 ▪ Informações adicionais : odores indesejáveis, presença e caracterís�cas de secreções, condições do 
 oviduto, patologias (cistos, aderências, ...) 
 Lóquio deve ser de coloração marrom até límpido, porém não tem odor percep�vel. Colorações 
 turvas, purulentas, brancas ou esverdeadas são indica�vos de infecção 
 2) Detecção de estro 
 Duração e sinais de estro em bovinos 🡪 dura cerca de 12 a 18h, e é caracterizado por: o 
 animal anda mais/se desloca mais; diminuição do consumo de alimento; animal fica agitado/ansioso; 
 ocorre queda da produção em reflexo da diminuição do consumo de alimento ou da própria 
 agitação; vocalização intensa; micção frequente, urina em pequenas quan�dades e com mais 
 frequencia; liberação de muco pela genitália externa é suges�vo de cio; aceitação da monta de outras 
 vacas, e de touros (sinal mais confiável);: 
 Métodos de detecção de cio 🡪 existem vários métodos de detecção de cio: podometro, um 
 disposi�vo eletrônico colocado como uma tornozeleira que indica se a vaca está andando mais que o 
 normal; kamar, um tubo com �nta vermelha de um lado e um tubo vazio do outro separados por uma 
 válvula e é colocado na garupa da vaca, de forma que quando o animal permite ser montado estoura 
 a válvula e a �nta passa poro outro lado; estrotec, adesivo colocado na garupa que vai perdendo a cor 
 com a fricção de quando algum animal monta na vaca; chalk, giz que é colocado na garupa do animal, 
 se o animal for avistado com a �nta borrada significa que está aceitando monta; existem mecanismos 
 mais caros, como sensores de pressão colocados na garupa da vaca, que sinalizam para um chip 
 quando a vaca aceita monta. 
 Uso de rufiões (machos ou fêmeas androgenizadas) 
 3) Controle de doenças infecciosas que afetam órgãos reprodu�vos 
 4) Acompanhamento do manejo nutricional e condição corporal do rebanho 
 Manejo nutricional + manejo sanitário + exames ginecológicos = obtenção de bons índices reprodu�vos 
 Sistemas de acasalamento (concepção) 
 1) Monta natural 
 ● Descrição 
 Procedimento 🡪 O touro permanecesolto com as vacas a todo tempo, realizando a monta sempre 
 que a fêmea entra em cio 
 Relação numérica entre reprodutores de matrizes 🡪 1 touro para a cada 25 vacas 
 ● Vantagens 
 Aplicabilidade a qualquer sistema de criação 
 Maior aproveitamento dos cios 
 ● Limitações 
 Perda de controle de eventos reprodu�vos 
 Impossibilidade de planejamento da distribuição de partos 
 Restrição ao uso de reprodutores de raças especializadas 
 Dificuldade de controle de enfermidades 
 Limitação à adoção de um programa de melhoramento 
 Acidentes com vacas e tratadores 
 2) Monta controlada 
 ● Descrição 
 Procedimento 🡪 O touro con�nua cobrindo as vacas, mas de maneira ordenada e organizada. Ele fica 
 em uma baia separada das vacas, quando alguma apresenta sinais de estro, ela é levada até o curral 
 do touro para a realização da monta 
 Relação numérica entre reprodutores de matrizes 🡪 (1:40). 
 ● Vantagens 
 Possibilidade de controles reprodu�vos 
 Planejamento dos partos 
 Maior facilidade na criação de touros de raças especializadas 
 ● Limitações 
 Dificuldade de controle de enfermidades 
 Limitação à adoção de um programa de melhoramento 
 Acidentes com vacas e tratadores 
 Observação: Pode cons�tuir uma etapa preparatória ao uso de inseminação ar�ficial 
 3) Inseminação Ar�ficial (IA) 
 Consiste na deposição de sêmen, previamente colhido, processado e conservado em condições 
 controladas, no local ideal e no momento ideal para a concepção. 
 ● Vantagens 
 Baixo custo de manutenção dos equipamentos e das doses 
 Prevenção de acidentes com as vacas e com os tratadores 
 Prevenção de doenças reprodu�vas 
 Possibilidade de escolher o sexo da cria (sêmen sexado) 
 Possibilidade de criar várias raças, pois só o sêmen é necessário 
 Planejamento dos partos 
 Contribui para o sucesso dos programas de melhoramento 
 Democra�zação do melhoramento gené�co 
 Direcionamento dos cruzamentos para reduzir as distocias 
 ● Requerimentos básicos 
 Equipamentos como bo�jão de nitrogênio aplicador, cortador de palhete, bainha, luva de palpação 
 etc. 
 Recursos humanos (Treinamento) 
 ● Procedimento 
 Acompanhamento do estro 
 Momento ideal para realização da IA 🡪 assim que a vaca para de aceitar monta, no fim do 
 cio. 
 Bases da técnica: 
 Manipulação retal do sistema reprodutor feminino 
 Higienização da genitália externa 
 Introdução de equipamento e transposição da cérvix 
 Deposição do sêmen 
 Conclusão do procedimento 
 Situações especiais 
 Inseminação Ar�ficial em Tempo Fixo (IATF) 🡪 sincronização de cios. d0- GnRH, d7 ou d8 – 
 prostaglandina, d9 ou d10- GnRH, estradiol ou LH, d10 ou d11- inseminação de todas as vacas. 
 Uso de sêmen sexado 🡪 
 Biotécnicas aplicadas à bovinocultura comercial (MOET, FIV, etc.) 
 Confirmação de prenhez: 
 ● Importância 
 ● Métodos e períodos ideais 
 Distribuição de parições ao longo do ano 
 Concentração de parições em uma determinada época do ano: o exemplo do sistema neozelandês 
 Índices reprodu�vos comumente aplicados à bovinocultura leiteira 
 Índices reprodu�vos Ideal Metas Indicam problemas 
 Idade ao primeiro parto (meses) 24 24-36 > 42 
 Período de serviço (dias) 70 - 85 80 a 130 > 140 
 Intervalo entre partos (meses) 12 12 a 14 > 14 
 Taxa de detecção do cio (%) 90 70 a 80 < 50 
 Vacas em cio 60 dias após o parto (%) > 90 > 80 < 80 
 Dias p/ observação do primeiro cio pós-parto < 40 40 a 60 > 60 
 Serviços por concepção 1,4 1,5 a 1,7 > 2,5 
 Taxa de concepção ao 1 o serviço (%) 65 50 a 60 < 40 
 Vacas com PS > 120 dias (%) < 5 < 10 > 15 
 Taxa de natalidade (%) > 85 75 a 85 < 70 
 Taxa de mortalidade de bezerros (%) < 3 < 6 > 10 
 Taxa de ocorrência de aborto (%) < 7 < 10 > 10 
 Percentual de vacas gestantes (%) 50 - 55 
 MANEJO REPRODUTIVO DE MATRIZES DE CORTE 
 Introdução 
 Conceito de estação de monta 
 Vantagens da estação de monta: 
 ● Sincronização das medidas de manejo 
 ● Programação dos nascimentos e desmames para as épocas mais favoráveis do ano. 
 ● Uniformização dos lotes de animais para recria ou comercialização 
 ● Seleção pela fer�lidade das matrizes. 
 ● Favorecimento da a�vidade reprodu�va dos machos 
 Períodos de estação de monta: Fatores determinantes da época ideal 
 ● Condições climá�cas e disponibilidade de alimento nas pastagens 
 ● Condições ambientais no nascimento e desmame de bezerros 
 ● Disponibilidade de recursos humanos 
 ● Finalidade da produção: animais puros ou comerciais 
 Épocas mais indicadas para estação de monta: 
 ● Região Centro-Oeste e Sudeste: novembro-dezembro-janeiro 
 ● Região Nordeste (CE): abril-maio-junho 
 Estação de nascimentos 
 ● Região Centro-Oeste e Sudeste: agosto-setembro-outubro 
 ● Região Nordeste (CE): janeiro-fevereiro-março 
 Desmame: 6 a 7 meses (executado em época de pastos com menor qualidade: cuidados especiais) 
 ● Região Centro-Oeste e Sudeste: fevereiro-março-abril 
 ● Região Nordeste: julho-agosto-setembro 
 Estratégias para implantação de uma estação de monta: 
 ● Introdução grada�va a par�r da tendência normal 
 ● Avaliação da condição corporal, a�vidade cíclica ovariana e integridade da glândula mamária das 
 fêmeas antes do início da estação. 
 ● Avaliação do estado sanitário das matrizes 
 ● Preparação dos reprodutores: 
 Avaliação sanitária (especialmente doenças associadas à reprodução) 
 Exame andrológico e teste de libido 
 Avaliação de condição corporal e adaptabilidade ao ambiente 
 Observação: Manejo de touros recém-adquiridos. 
 ● Uso de Inseminação Ar�ficial e introdução de rufiões no rebanho 
 ● Medidas especiais para vacas primíparas e novilhas 
 ● Programação do fim da estação de monta e realização do diagnós�co de gestação 
 ● Descarte de fêmeas 
 ● Desmame 
 Observações: 
 ● Rigor na seleção para fer�lidade 
 ● Aleitamento interrompido (Método Shang)

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