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Transtorno de Ansiedade Generalizada (1)

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Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)
A preocupação é algo normal, que está presente em nossas vidas. Nós nos preocupamos saudavelmente com as coisas do cotidiano, como a saúde, o trabalho e a segurança da família.
Mas, quando essa preocupação toma um tamanho exagerado é sinal de que algo está fora do controle. Ansiedade persistente e irreprimível merece atenção especial, pois ela pode ser Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), afirmam os psicólogos.
“Vivemos numa sociedade urgente, rápida e ansiosa”. Nunca as pessoas tiveram uma mente tão agitada e estressada. Com uma sociedade cada vez mais propensa a desenvolver o transtorno de ansiedade generalizada, precisamos tornar o assunto de conhecimento geral, dando amplo espaço de discussão, para facilitar o tratamento e incentivar o trabalho multidisciplinar; o enfermeiro precisa estar familiarizado para contribuir no tratamento.
A ansiedade nem sempre é maléfica, pois é um estado de tensão que nos anima, impele, provoca reações, sem ela poderíamos ser vítimas do tédio e possuir uma mente engessada ou encarcerada pela mesmice. Mas quando a ansiedade assume sintomas psíquicos negativos contínuos e intensos, como a irritabilidade, humor depressivo, angustia, baixo liminar para frustações, fobias, preocupações crônicas, apreensão contínua, obsessão, velocidade exacerbada dos pensamentos, torna-se doença (CURY, 2016).
Transtorno de Ansiedade Generalizada ou TAG é um distúrbio que envolve preocupação e tensão excessiva, seja por qual for o assunto. Dinheiro, saúde, trabalho, família: tudo é motivo para que questões simples tomem proporções gigantescas.
Isso acontece porque, na visão de quem sofre com a doença, não existem pequenos problemas. Não foi à toa que Freud o explicou como “neurose da angústia”.
O TAG dificilmente ocorre sozinho. Como companhia, vêm alguns outros distúrbios como depressão, fobias ou síndrome do pânico.
“A ansiedade é reconhecida como patologia quando se torna desproporcional ao estímulo em que o sujeito é submetido.” A TAG é um tipo de ansiedade, mas se difere por sua intensidade e prejuízo social, ficando longe de um simples sintoma de ansiedade (CAVALER; GOBBI, 2013). As manifestações de ansiedade, no TAG oscilam, mas não ocorrem na forma de ataques e não são vinculados a determinadas situações. A melhora do paciente começa a ocorrer quando este passa a enfrentar situações que evitava. O uso de medicamentos em médio ou longo prazo e a psicoterapia cognitiva comportamental são os componentes principais do tratamento. O enfermeiro, nesse processo, deve incentivar e apoiar o paciente a enfrentar seus medos, contribuindo para que o mesmo não desista do tratamento, porém sem ultrapassar as orientações médicas (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA, 2008).
Conforme previsto no artigo 2º, § único, I, da Lei 10.216/2001, é direito do portador de transtorno mental ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades (BRASIL, 2001). A cartilha Direito a Saúde Mental define que “As pessoas com transtornos mentais devem ser tratadas de modo que se percebam acolhidas e valorizadas no seu modo de ser, ouvidas e reconhecidas em suas necessidades e vontades – inclusive em seu próprio projeto de tratamento – de modo a permitir e promover melhorias em sua vida” (BRASIL, 2012).
Com a pandemia da Covid-19, as medidas de isolamento social tiveram um impacto não apenas nas questões financeiras, mas também na sáude física e emocional. 
Muitas pessoas acabaram ganhando mais peso por falta dos exercícios físicos, uma alimentação desequilibrada e ansiedade. Somado a tudo isso veio também a depressão, a ansiedade em excesso, o estresse cotidiano com a dupla ou tripla jornada dentro de casa e até mesmo os ataques de pânico.
Para a psicóloga do Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin), Polliana Araújo, o isolamento e o distanciamento de amigos e parentes gera angústia e um sentimento de impotência. “O medo da perda de um ente querido pode gerar ataques de pânico. Não temos controle sobre o que acontece com o outro. Para tentarmos saciar essa ansiedade, recorremos à comida”.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 9,3% dos brasileiros têm algum transtorno de ansiedade, como Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Fobias, o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), o Estresse Pós-Traumático e os Ataques de Pânico. Com a pandemia, os casos de ansiedade aumentaram em 80%, de acordo com levantamento da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Não devemos deixar de praticar exercícios, mesmo confinados e em isolamento. Para diminuir o estresse e a ansiedade, há várias opções como  assistir vídeos-aulas que estão disponíveis em canais de Youtube e aplicativos para smartfones. A dica também, segundo os especialistas, é fazer exercícios de alongamento durante o dia.
Alimentar-se de forma saudavel, adotando frutas e verduras no cardápio; beber muita  água e ter uma boa noite de sono também são fundamentais. A meditação pode ajudar na concentração e relaxamento, diminui a ansiedade e melhora o sistema imunológico. Aproveitar o tempo para ler livros, assistir filmes e seriados e focar em coisas que ajudem a passar por esse momento difícil.
O trabalho do enfermeiro em saúde mental e psiquiátrica envolve parceria com o paciente e a família. É necessário que o enfermeiro tenha compromisso com o trabalho interdisciplinar e tenha conhecimento suficiente para atuar nos diferentes serviços de saúde mental, de acordo com cada situação e condições do paciente, deve-se respeitar e considerar a história de vida de cada paciente, mantendo contato terapêutico, mais direto com o paciente e seus familiares. Os enfermeiros envolvidos com o cuidado e atendimento de pacientes, podem não perceber as necessidades do indivíduo além daquelas fisicamente demonstradas. É preciso atenção aos sintomas apresentados, pois, muitas vezes o TAG é facilmente camuflado. É fundamental que a equipe de saúde esteja preparada para estabelecer um relacionamento de empatia e confiança com o paciente, para assim facilitar o atendimento e uma recuperação satisfatória.
REFERÊNCIAS
Transtorno da Ansiedade Generalizada: TAG Disponível em: https://www.psicologoeterapia.com.br/blog/ansiedade-generalizada/ > Acesso em: 28. Maio. 2021.
BALAN, A. K. C; RAVELLI, R.C.R.. ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA. Disponível em: http://www.fap.com.br/anais/congresso-multidisciplinar-2017/comunicacao-oral/ciencias-saude/0151.pdf. Acesso em: 28. Maio. 2021.
CAVALER, Camila Maffioleti. GOBBI, Sergio Leonardo. Transtorno de Ansiedade Generalizada. 2º Simpósio de Integração científica e Tecnológica do Sul Catarinense. 2013. Disponível em: https://periodicos.ifsc.edu.br/index.php/rtc/article/viewFile/1260/738. Acesso em 28. Maio. 2021.
IMED. O impacto causado na saúde mental pela pandemia da covid-19. Disponível em: https://imed.org.br/o-impacto-causado-na-saude-mental-pela-pandemia-da-covid-19/ Acesso em: 28. Maio. 2021.
BRASIL. Lei 10.216 de 06 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10216.htm acesso em: 28 de Maio de 2021.

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