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1 ESTÔMAGO PLURICAVITÁRIO O estômago dos ruminantes domésticos é composto por quatro câmaras (Rúmen, retículo, omaso e abomaso). Todas as quatro câmaras se derivam de uma construção gástrica fusiforme durante o desenvolvimento embrionário sem contribuição do esôfago, o que já havia sido proposto antigamente devido revestimento aglandular dos proventrículos. As diferentes câmaras podem ser identificadas com expansões dessa construção fusiforme no embrião em estágios iniciais. Elas apresentam taxas de crescimento desiguais durante desenvolvimento embrionário e fetal. No momento do nascimento, o abomaso é a maior parte do estômago, o que é adequado, já que é a única parte com função imediata para a recepção e a digestão de leite, desviando os proventrículos. Embora sua forma e sua estrutura sejam semelhantes às de um adulto e sua capacidade já alcance 60% do abomaso de um adulto, ainda são necessários alguns dias após o nascimento para que a mucosa amadureça e funcione adequadamente. Esse período de tempo é muito importante para garantir a reabsorção de anticorpos do colostro nas primeiras 24 horas depois do parto. Após cerca de três semanas, quando o bezerro começa a ingerir alimentos sólidos, o rúmen e o retículo começam a apresentar um crescimento rápido; por volta da 8° semana, eles já ultrapassaram o abomaso e por volta da 12° semana, eles apresentam o dobro do tamanho. Ao mesmo tempo, o interior do estômago se altera: padrão reticulado do revestimento do retículo surge juntamente com os pilares do rúmen. As proporções definitivas e a topografia se estabelecem dos 3 aos 12 meses de idade, dependendo da dieta. O rúmen situa-se na metade esquerda do abdome, o retículo na parte cranial e o omaso, na metade direita. Dependendo do tamanho do animal, a capacidade total do estômago bovino adulto é de 60 a 100 litros, 80% dos quais se referem ao rúmen. O rúmen e o retículo estão tão intimamente relacionados quanto à estrutura e função que eles também são chamados de compartimento ruminorreticular. A divisão dos dois é marcada por uma inflexão da parede, a qual se projeta internamente, a P prega ruminorreticular.
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