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Fundamentos do trabalho Exercício 1

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1) Comente o significado da frase "seja homem, minha filha!” da epígrafe do texto.
R: O pai utilizou essa frase como uma crítica bem humorada enquanto conversava com sua filha, incentivando-a a ter coragem para enfrentar situações difíceis. 
Ou seja, tenha coragem, seja forte.
2) Em que sentido dizemos que o animal vive em harmonia com a natureza?
R: Os animais vivem em harmonia com a natureza porque os instintos animais são regidos por 
leis biológicas, o que torna possível prever as reações típicas de cada espécie. Isso significa que 
sua atividade é determinada por condições biológicas que lhe permitem adaptar-se ao meio em que vive
3) O que o conhecimento de casos de crianças que foram privadas do convívio humano faz pensar sobre como nos tornamos humanos?
R: Diferente dos animais, que possuem sempre os mesmos atos (variando de espécie para espécie), que não mudam ao longo do tempo, nós, humanos, precisamos da educação para nos tornarmos propriamente humanos. A educação é feita através do contato com outros da mesma espécie, com experiências vividas e conhecimentos adquiridos. Quando somos privados disso, como comprovado por casos de crianças que cresceram isoladas ou que não tiveram contato direto com o mundo, crescemos como animais.
4) Conforme o texto, o que devemos entender por cultura e qual o papel da linguagem e o 
trabalho no seu contexto?
R: A cultura, segundo o texto, é a transformação da natureza, ou seja, são as intervenções 
que realizamos sobre o mundo, graças à nossa inteligência abstrata. E para que a cultura possa ser plenamente produzida, a linguagem simbólica, que faz o uso dos símbolos como palavras, números e notas musicais é necessária para que o conhecimento adquirido possa ser bem entendido por todos e mais importante, possa ser passada à frente.
5) Considerando a definição de trabalho, explique por que temos de concluir que os animais não trabalham, sendo esta uma prerrogativa exclusiva do ser humano:
R: Os animais não possuem a mesma capacidade intelectual dos seres humanos, portanto, não praticam ações com algum tipo de finalidade consciente.
Dessa forma, passam a ir contra a definição de trabalho, que é a capacidade de transformar o meio em que vive como a si mesmo.
6) Como podemos entender o pensar e o agir humano, sua capacidade inventiva e suas transgressões, para explicar seu comportamento cada vez mais distanciado do mundo natural?
R: A capacidade inventiva do ser humano tende a desalojá-lo do "já feito", em busca daquilo que "ainda não é". Portanto, é um ser da ambigüidade em constante busca de si mesmo. Dessa forma, é também um ser histórico, capaz de compreender o passado e projetar o futuro. Saber aliar tradição e mudança, continuidade e ruptura, interdição e transgressão é um desafio constante enfrentado na construção de uma sociedade melhor.
7) O que significa dizer que nos seres humanos até mesmo as atividades mais básicas como dormir, se alimentar ou ter relações sexuais, são ações permeadas por fatores culturais?
R: A partir de um momento na história da humanidade o comportamento humano começou a serregulado pelos mitos, pelas religiões, pela ética e pela estética. O que significa que nossos atos estão sendo avaliados e julgados como certo ou errado, bons ou maus, belos ou não, etc, constantemente.
E isso é válido até para as ações que poderiam ser consideradas naturais, como dormir, comer e terrelações sexuais. Porém, essas ações não podem ser consideradas puramente naturais/instintivas, devido à presença de diferentes culturas em suas raízes. Cada continente, país, cidade, família possui hábitos e costumes diferentes, que vêm sendo passados de geração em geração. 
Isso acaba fazendo com que ações simples, como as citadas acima, carreguem críticas, opiniões e crenças construídas ao longo do tempo, ou seja, fatores culturais.
8) Mudanças ocorridas na história promovem diferentes concepções de ser humano. Cite Alguns exemplos relacionando diferentes concepções e seus contextos:
R: Na sua longa caminhada, o ser humano construiu as mais diversas representações de si próprio, de acordo com as situações e dificuldades enfrentadas na luta pela sobrevivência e na tentativa de explicar o mundo que o cerca. Mesmo sem estar claramente explicitado, um conceito de humanidade subjaz em cada forma de agir. Ou seja, ao examinar a fundo qualquer teoria ou atividade humana, podemos encontrar a idéia de humanidade a ela subjacente. Certamente, esse conceito de humanidade varia conforme a cultura, caso consideres-mos, por exemplo, o cidadão da pólis grega, o nobre medieval, o índio ou o indivíduo das megalópoles modernas.
Por exemplo, nas sociedades tribais, ou ainda nas culturas tradicionalistas da Antiguidade, como o Egito e a China, essa indignação não chega a ser problemática, já que a tradição define os modelos de idéias e condutas a serem transmitidos pelos depositários do saber, sejam eles o xamã, o sacerdote, o escriba ou o mandarim. Quando a cultura sofre crises, com a ruptura de antigas certezas, o questionamento obriga as pessoas a buscarem novas representações de si mesmas. Foi o que aconteceu, por exemplo, na Grécia, onde após uma série de transformações, tais como o aparecimento das cidades e o incremento do comércio, a reflexão filosófica entre o choque com a tradição mítica. A busca filosófica, resultante da incerteza, expressa-se bem nas máximas de Sócrates, "Só sei que nada sei" e "Conhece-te a ti mesmo”, que em ultima análise, representam o projeto da razão nascete de estabelecer critérios não- religiosos para o conhecimento.
9) Qual a divergência fundamental entre Platão e Aristóteles, de um lado, e, de outro, Karl Marx sobre a existência de uma natureza humana?
R: Para Platão, a verdadeira realidade se encontra no Mundo das Idéias. Todos os seres, inclusive os humanos, são apenas cópias imperfeitas dos arquétipos que lá se encontram, e aperfeiçoam-se à medida que se aproximam do modelo ideal. Já para Aristóteles, o ser é constituído de matéria e forma, e sua natureza essencial se realiza aos poucos, em direção ao pleno desenvolvimento.
Portanto, ambos, Platão e Aristóteles, acreditavam que a plenitude humana coincidia com o aperfeiçoamento da razão. Porém, Karl Marx, pensador alemão do século XIX, possuía um pensamento totalmente contrário aos dois filósofos da Grécia Antiga. Marx acreditava que o ser humano é prático e definido pela educação e pelo trabalho coletivo. Ou seja, não existe, de um lado, a essência e, de outro, a existência humana. As pessoas criam valores e definem objetivos de vida a partir dos desafios encontrados nas atividades pelas quais produzem sua própria existência.

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