Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fisioterapia respiratória 6º período 1 ANOTAÇÕES EM AULA 4 gases que compõem a atmosfera Nitrogênio (N2) Oxigênio (O2) Vapor de água (H2O) Gás carbono (CO2) Pressão parcial Pressão parcial de um gás é a força ou pressão exercida por cada gás isoladamente fazendo parte de uma mistura gasosa sobre a parede do local em que está contido. Nitrogênio → 597 mmHg Oxigênio → 159 mmHg Vapor de água → 3,85 mmHg Gás carbono → 0,15 mmHg A pressão do ar atmosférico a nível do mar total é de 760 mmHg ou 1.034 centímetros de água. (PB) Concentração Nitrogênio → 78,62% Oxigênio → 20,84% (arredonda para 21%) Vapor de água → 0,5% Gás carbono → 0,04% OBS: quanto mais concentrado, maior a pressão parcial exercida por ele. OBS: na oxigenoterapia tem que ser superior a 21% (acima da concentração do ar ambiente). Gases nos alvéolos PAO2 → 100 mmHg (porque é diluído, perdendo seu espaço para o H2O e para o CO2) PAC02 → 40 mmHg PAN2 → 573 mmHg PAHO2 → 47 mmHg Propriedades dos gases Descobrir a pressão parcial do oxigênio nos alvéolos 𝑃𝐴𝑂2 = 21 100 𝑋 (760 − 47) − 40 0,8 21/100 → é a concentração do oxigênio 760 → PB 47 → é PAHO2 40 → PACO2 0,8 → Índice respiratório (R) Índice de correção/respiratório 𝑉𝐶𝑂2 𝑉𝑂2 VCO2 → é a produção metabólica de gás carbônico p/min em repouso (200 ml) VO2 → é o consumo de oxigênio pelos tecidos p/min (250 ml) Siglas PIO2 → pressão inspirada de oxigênio FIO2 → fração inspirada de oxigênio PAO2 → pressão parcial do oxigênio a nível alveolar PB → a pressão do ar atmosférico a nível do mar total R → índice respiratório SaO2 → é uma medida da proporção de hemoglobina disponível que está realmente carreando oxigênio. Normal: maior de 95% (gasometria) SpO2 → saturação periférica (pulso) de oxigênio (oxímetro). Diferença de PAO2 e PaO2 O “A” representa pressão parcial alveolar de oxigênio e “a” representa pressão arterial de oxigênio. A troca gasosa Hematose ⇒ difusão simples ⇒ de maior concentração para menor concentração. Lei de Fick A velocidade de transporte de um gás através de uma camada te tecido (barreira hemato-gasosa) constituída de epitélio alveolar (células pneumocitos do tipo 1 e 2. O tipo 2 produz o surfactante que está envolvido na estabilidade dos alvéolos), espaço intersticial, endotélio capilar é diretamente proporcional a diferença de pressão parcial dos dois lados da camada de tecido, da sua área e inversamente proporcional a sua espessura. Fisioterapia respiratória 6º período 2 Quando o oxigênio entra no sangue PaO2 → 100mmHg (normalidade de 80 a 100 mmHg) PaCO2 → 40 mmHg SaO2 → 97% Retorno venoso PvO2 → 40 mmHg PvCO2 → 45 mmHg SvO2 → 73% OBS: gás carbono é 20x mais difusivo que o oxigênio. Ele é mais solúvel e passa com mais facilidade na barreira. OBS: quanto mais perto o alvéolo do capilar, melhor é a troca. Perfusão → passagem de sangue pelo capilar Gasometria → medida dos gases no sangue Transporte do oxigênio O oxigênio se une (é carreado) a hemoglobina para chegar aos tecidos. Uma pequena parte fica livre no plasma. PaO2 → pressão parcial (80-100) ⇒ oxigênio livre no plasma SaO2 → saturação (acima de 95%) ⇒ ligado na molécula de hemoglobina. Hipoxemia → diminuição do oxigênio no sangue (SaO2 abaixo de 90% ou PaO2 abaixo de 60) Hipoxia → diminuição do oxigênio nos tecidos. Conteúdo arterial de oxigênio Disponibilidade máxima de oxigênio para os tecidos 𝐶𝑎𝑂2 = (0,003 𝑥 𝑃𝑎𝑂2) + (𝐻𝑏 𝑥 1,34 𝑥 𝑆𝑎𝑂2) 𝐶𝑣𝑂2 = (0,003 𝑥 𝑃𝑣𝑂2) + (𝐻𝑏 𝑥 1,34 𝑥 𝑆𝑣𝑂2) 𝐶(𝑎 − 𝑣)𝑂2 𝐷𝑂2 = 𝐶𝑎𝑂2 𝑥 𝐷𝐶 CaO2 – conteúdo arterial de oxigênio. Para cada 100 ml de sangue: ✓ Para cada milímetro de mercúrio estão dissolvidos 0,003 ml de oxigênio. 0,003 𝑥 100 = 0,3 ✓ Em 100 ml de sangue existem aproximadamente 15 gramas de hemoglobina (Hb) ✓ Cada grama de hemoglobina pode carrear 1,34 ml de oxigênio. 15 𝑥 1,34 = 20,1 20,1 𝑥 0,97 = 19,497 19,497 + 0,3 = 19,797 Arredonda para 8 (19,8) OBS: 0,97 é a SaO2 (97%) CvO2 – conteúdo venoso de oxigênio. 0,003 𝑥 40 = 0,12 15 𝑥 1,34 = 20,1 20,1 𝑥 0,73 = 14,673 14,673 + 0,12 = 14,793 Arredonda para 8 (14,8) 19,8 − 14,8 = 5 𝑚𝑙 OBS: 0,73 é a SvO2 (73%) DO2 → entrega de O2 para os tecidos DC → debito cardíaco OBS: DC é FC (frequência cardíaca) x VS (volume sistólico) VALOR NORMAL → 5 – 6 L/min Fisioterapia respiratória 6º período 3 Vias aéreas é dividida em 23 gerações OBS: à medida que elas vão se dividindo vão se tornando mais numerosas e menores. Traqueia → 0 Brônquio principal (direito e esquerdo) → 1 OBS: o brônquio principal direito é mais curto, diâmetro maior e mais verticalizado. O esquerdo é mais comprido, mais horizontalizado e tem um diâmetro menor. OBS: Bifurcação da traqueia → carina (marco anatômico) OBS: na intubação deve ficar de 2-4 cm acima da carina. Brônquios lobares (direito e esquerdo) → 2 Brônquios segmentares → 3 Brônquios subsegmentares → 4 Bronquíolos → 5 Bronquíolos terminais → 16 OBS: até a 16 geração o ar está sendo conduzido. Espaço morto anatômico → o ar da via aérea de condução. Não participa da troca (30%). Bronquíolos respiratórios → 17 – 19 Ductos alveolares → 20 – 22 Sacos alveolares → 23 OBS: 17 – 19 zona de transição respiratória. OBS: 20 – 23 fazem parte da zona de troca gasosa OBS: à medida que as vias áreas vão do centro para a periferia as vias áreas vão tendo seu diâmetro cada vez menor, mais curtas e muito mais numerosa. OBS: Vias aéreas central são maiores, comprimento maior, menos numerosas e área total menor. OBS: Vias aéreas periféricas são menores, mais curtas, mais numerosas e sua área total muito maior. São facilmente colapsáveis. Troca gasosa → troca de gases. Oxigênio entrando e gás carbono saindo. Do compartimento alveolar para o sanguíneo. OBS: 70% chega no compartimento de troca. OBS: para haver troca é necessário que tenha ventilação (ar) e perfusão (sangue). Espaço morto alveolar → ventilação sem perfusão (patológico). Espaço morto anatômico + espaço morto alveolar → espaço morto fisiológico Espaço morto fisiológico → volume de ar que não participa da troca gasosa. Áreas ventiladas e não perfundida. Ventilação Volume de ar que entra e sai do aparelho respiratório. Inspiração Expiração OBS: dinâmico e cíclico de renovação do ar. Fisioterapia respiratória 6º período 4 Ventilação regional Se permite ventilar mais as regiões dependes da gravidade, onde a pressão pleural é maior. OBS: A pressão pleural é negativa (em condições normais). OBS: quanto mais negativo a pressão da pleura, mais distendido será o tecido. OBS: as regiões mais dependentes da gravidade ela tem maior pressão. A pressão na base é maior (menos negativo) Capacidade residual funcional (CRF) → representa o volume de ar que permanece nos pulmões após uma expiração normal. OBS: os alvéolos que estão no ápice estão sobre influência da pressão intra-pleural do ápice. E o alvéolo da base está sobre influência da pressão intra-pleural da base. Como a pressão na base é menos negativa, estira menos o alvéolo. O alvéolo de ápice é mais distendido e com mais volume de ar. OBS: quanto mais negativo for a pressão na pleura, mais o tecido pulmonar é estirado. Características de alvéolos de ápice São em menor número; São mais distendidos; Apresentam maior volume de repouso; Apresentam menor variação ventilatória. Características de alvéolos de base São mais numerosos; Menos distendidos; Menor volume de repouso; Maior variação ventilatória. Relembrando... 70% do volume no ápice 30% do volume na base OBS: a base se permite variar mais OBS: a distribuição não será igual OBS: a base se permite ventilar mais (porque o alvéolo está menos distendido, a pressão pleural é maior) OBS: ventila mais as regiões que são mais dependentes da gravidade. OBS: a base é a região mais dependente da gravidade. Ápice – não dependente Base – dependente – ventila mais Por exemplo, em um pulmão atelectasiado teria que colocar o pulmão para cima, porque a pressão intra-pleural vai ser mais negativa, vai distender, Fisioterapia respiratória 6º período 5 mais chances de entrar ar nele para que ele não feche. Ventilação local A ventilação local depende da complacência e da resistência do sistema respiratório. Complacência → representa uma medida de distensibilidade de um corpo elástico. Elastância → representa a oposição a deformação ou inverso matemático da complacência Resistência → das vias aéreas. OBS: capacidade de distender (complacência) OBS: Tendencia do pulmão retornar (elasticidade). Se opõe a complacência. OBS: a tendencia do pulmão é retornar. OBS: quando inspiramos temos que vencer a resistência das vias aéreas e temos eu distender o componente elástico. Constante de tempo É o tempo que uma unidade alveolar leva para encher ou esvaziar. Sendo assim, a constante de tempo pode ser normal, rápida ou lenta. 𝐶𝑇 = 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑎𝑐𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑥 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 Volumes OBS: 4 volumes e 4 capacidades OBS: capacidades tem sua origem na soma dos volumes. Volume corrente (VC) → é o volume de ar que entra ou sai do aparelho respiratório ⇒ 500 ml. OBS: essa medida pode ser feita tanto na inspiração e na expiração. Volume de reserva inspiratória (VRI) → é o máximo de ar que pode ser inspirado a partir de uma inspiração normal ⇒ 3.000 ml Volume de reserva expiratória (VRE) → é o volume máximo de ar que pode ser expirado a partir de uma expiração normal ⇒ 1.500 ml Volume residual (VR) → volume de ar que permanece nos pulmões após uma expiração máxima ⇒ 1.000 ml Capacidades Pulmonares Capacidade inspiratória (CI) → é o volume máximo de ar que pode ser inspirado a partir de uma expiração normal ⇒ Soma do VC + VRI ⇒ 3.500 ml OBS: capacidade do paciente em expandir o pulmão. Capacidade residual funcional (CRF) → é o volume de ar que permanece nos pulmões após uma expiração normal ⇒ soma do VRE + VR ⇒ 2.500 ml Capacidade vital (CV) → volume máximo de ar que pode ser expirado a partir de uma inspiração máxima ⇒ soma VC, VRI e VRE ⇒ 5.000 ml Capacidade pulmonar total (CPT) → soma de todos os volumes pulmonares. ⇒ 6.000 ml. Troca gasosa Ventilar; Difundir; Relação ventilação e perfusão (V/Q) Perfusão → passagem do sangue para o capilar. Fisioterapia respiratória 6º período 6 OBS: Quando o sangue passa pelo capilar, esse capilar está sendo perfundido e os alvéolos ventilados. Em pé ou sentado sobre a ação da gravidade a maior perfusão (sangue) nessa posição é na base do pulmão. Ou seja, ventila e perfundi mais a base. (em situações normais). Porém, no ápice a relação V/Q é maior. Decúbito lateral direito → pulmão direito ventila mais Decúbito dorsal → região posterior ventila mais. Relação ventilação / perfusão Relação é uma razão matemática, entre a quantidade de ar e quantidade de sangue naquela região. OBS: a nossa relação V/Q é próxima de 1. OBS: a quantidade de ar nos pulmões é proporcional a quantidade de sangue, gerando uma proporção quase igual entre ar e sangue. Relação V/Q no ápice → aumentada ⇒ tem mais ar e pouco sangue. ✓ V/Q maior que 1 → pouca perfusão e maior ventilação. Relação V/Q na base → diminuída ⇒ tem mais sangue. ✓ V/Q menor que 1 → muita perfusão e pouca ventilação Parte de cima → numerador ⇒ ventilação Parte de baixo → denominador ⇒ perfusão. OBS: quem domina é o denominador. OBS: na base tem mais capilares, tem mais fluxo sanguíneo pela ação da gravidade. Sendo assim, perfunde mais na base. OBS: o fluxo de ar na base também é maior que no ápice. OBS: se coletarmos uma amostra do ápice e uma amostra da base, o ápice tem uma oxigenação maior, pois tem mais ventilação que perfusão. (o oxigênio vem da ventilação) Fisioterapia respiratória 6º período 7 Ato da ventilação espontânea OBS: o ar entra e sai por gradiente de pressão (diferença de pressão). Sempre do compartimente mais interno em relação ao mais externo ou do meio intracavitário ao meio extra-cavitário. Gradiente de pressão transtorácico → representa a diferença de pressão entre pleura e boca ou superfície corpórea. OBS: representa a diferença de pressão através da parede do tórax. OBS: diferença da pressão interna (pleura) em relação a diferença externa (boca) Gradiente de pressão transpulmonar → representa a diferença de pressão entre alvéolo e pleura. OBS: este gradiente de pressão é responsável pela expansão pulmonar. OBS: técnicas de expansão pulmonar é baseada nesse gradiente. OBS: para expandir pulmão esse gradiente precisa aumentar. OBS: nos expandimos os pulmões de duas maneiras ⇒ queda de pressão pleural (fisiológica) ou aumento da pressão alveolar (antifisiológica). Gradiente de pressão transrespiratório → representa a diferença de pressão entre alvéolo e boca. OBS: este gradiente representa o fluxo de ar entrando ou saindo das vias aéreas. Gradiente de pressão transmural → representa a diferença de pressão entre vias aéreas e pleura. OBS: gradiente responsável por manter as vias aéreas abertas. OBS: pré inspiratório significa que o ar foi expirado porem ainda não foi feito a inspiração. ✓ - 5 pressão da pleura (sempre negativa) ✓ 0 de pressão dentro do alvéolo e dentro da boca significa que não tem fluxo aéreo (volume de ar em movimento). Ou seja, é uma “pausa” na entrada e saída do ar. ✓ 5 é a diferença de pressão entre vias aéreas e pleura (gradiente responsável por manter as vias aéreas abertas). Ou seja: 0 − (−5) = 5 ✓ -7 significa que a pressão entre as pleuras diminui ainda mais. ✓ -2 significa que aumentou o diâmetro do tecido fazendo a pressão dentro do alvéolo cair gerando fluxo. OBS: Quando a pressão do alvéolo fica menor que a pressão da boca (atmosfera), temos uma diferença de pressão, gera fluxo, a pressão dentro do alvéolo aumenta e quando se iguala ao valor atmosférico o ar cessa OBS: pressões iguais não geram fluxo. OBS: Quanto maior a diferença pressórica maior a tendencia de aumento da taxa de fluxo. Fisioterapia respiratória 6º período 8 Inspiração Diafragma contrai ⇒ Tórax expande ⇒ Puxa a pleura parietal junto aumentando o espaço entre as pleuras ⇒ Cai a pressão entre as pleuras tornando mais negativa ⇒ puxa o tecido elástico ⇒ aumenta o diâmetro ⇒ faz a pressão dentro do alvéolo cair ⇒ caindo a pressão alveolar ⇒ gera fluxo ⇒ ar entra. Expiração O diafragma relaxa ⇒ parede torácica deprime ⇒ pleuras se aproxima ⇒ aumenta a pressão entre as pleuras ⇒ tecido elástico retrai ⇒ o diâmetro do alvéolo diminui ⇒ a pressão dentro do alvéolo aumenta ⇒ pressão dentro do alvéolo maior que a atmosfera ⇒ gera fluxo ⇒ sai ar. Termos Taquipneico → aumento da frequência cardíaca. Eupneico → frequência respiratória normal. Bradipneico → diminuiçãoda frequência respiratória. Apneia → pausa da ventilação após uma expiração. Apneuse → pausa da ventilação após uma inspiração. Para expansão pulmonar → aumento da pressão transpulmonar: Diminuição da pressão pleural (fisiológico) Aumento da pressão alveolar (antifisiológico). Fisioterapia respiratória 6º período 9 Posição prona e mecanismos de ação Racional posição prona É um posicionamento terapêutico, melhora a troca gasosa. ✓ Indivíduo em decúbito dorsal ✓ A região do dorso é a região dependente e a região ventral não dependente. ✓ Ação da gravidade agindo de cima para baixo. Sendo assim a região dorsal (posterior) sofre o peso da gravidade. OBS: tem mais alvéolos no dorso. Ou seja, a maior parte deles estão sobre o peso da gravidade. E os poucos alvéolos que tem na região ventral estão distendidos. Muitos alvéolos poucos distendidos Poucos alvéolos distendidos. OBS: a caixa torácica é mais larga no dorso e mais estreita na ventral. ✓ Indivíduo em decúbito ventral ✓ Região do dorso (mais larga, onde possui mais alvéolos) para cima. ✓ Região ventral se torna dependente da gravidade. OBS: a maior área do pulmão (dorso) fica na região não dependente da gravidade, onde a ação sobreposta é menor. Sendo assim, tem mais alvéolos distendidos OBS: a área ventral que é estreita, agora sofre o peso da gravidade, tem seus poucos alvéolos poucos distendidos. Muitos alvéolos distendidos Poucos alvéolos menos distendidos. Os alvéolos no ápice são mais distendidos pois estão sobre influência de uma pressão intrapleural mais negativa. Os alvéolos da base são menos distendidos pois estão sobre influência de uma pressão intrapleural menos negativa. OBS: quando inspiramos os alvéolos da base vão se permitir encher mais. OBS; quanto mais negativo, mais estirado é o tecido. Em supino (DD) teremos diferença de 3.8. Em prono (DV) teremos a diferença de 1.7 OBS: essa diferença gera a diferença no tamanho dos alvéolos. OBS: quanto maior for essa diferença, vai ter mais alvéolos na parte de cima mais distendidos (não dependente) e alvéolos na parte de baixo menos distendidos (mais dependente) Fisioterapia respiratória 6º período 10 OBS: se temos uma diferença, um valor de pressão pequena, a tendencia do valor da pressão intrapleural seja muito próxima. Se temos um valor muito próximo o tamanho dos alvéolos será próximo (mais parecidos um com os outros) OBS: na pronação faz uma ventilação mais homogenia. ✓ Individuo em decúbito dorsal, sobre a ação da gravidade, o peso do coração sobre os lobos inferiores do pulmão (compressão) ✓ Individuo em decúbito ventral, o peso do coração se desloca em direção ao esterno. ✓ Em prono (DV) temos um pulmão mais homogêneo. A pressão é menor ✓ Em supino (DD) temos um pulmão heterogêneo. Perfusão Passagem de sangue pelo capilar A perfusão é maior na base. Na base tem mais capilares e alvéolos que no ápice Tem mais alvéolos e capilares na região do dorso do que no ventre. ✓ Em decúbito dorsal | supino OBS: temos mais alvéolos no dorso, mais capilares, a perfusão é maior. Porem, na posição em decúbito dorsal, sobre a ação da gravidade, eles estão mais comprimidos. ✓ Em decúbito ventral | prono OBS: surpreendentemente, a perfusão ainda continua sendo maior no dorso, mesmo agora sendo na região não dependente da gravidade. Fisioterapia respiratória 6º período 11 Mecânica respiratória A tendencia do pulmão é retornar ✓ Por ser uma estrutura elástica ✓ Tensão superficial do liquido que reveste os alvéolos Sistema respiratório ⇒ parede torácica e pulmão OBS: nossos alvéolos são estruturas frágeis que podem facilmente ser colapsados e tem água. OBS: a tensão superficial do liquido gera a diminuição da área ou do volume. OBS: o pulmão tende a voltar pelo tecido elástico e por ter água dentro dos alvéolos, ela se expõe ao ar, causa uma tensão na superfície, fazendo a parede do alvéolo se fechar. OBS: a barreira hemato-gasosa tem as células pneumocitos tipo II que produz o surfactante e lança dentro dos alvéolos, para que impeça o colabamento do pulmão. Surfactante ⇒ diminui drasticamente a tensão superficial do liquido que reveste os alvéolos mantendo a estabilidade alveolar. Ele age de acordo com o diâmetro dos alvéolos. Sistema de defesa Sistema mucociliar, 1º linha de defesa. Cílios (células ciliadas) Muco brônquico (células caliciformes junto com as glândulas da submucosa) OBS: o muco brônquico é um mecanismo depurativo eficaz para depurar muco da via aérea central. OBS: o nosso trato respiratório é revestido por células epiteliais e existe uma fina camada de muco brônquico que reveste o epitélio. OBS: normalmente o muco brônquico (normal) é fino e ele tem na sua parte superior mais pegajosa (camada gel). E sua parte inferior (sol) é mais liquida, mais fluida. OBS: quando o material estranho vem no gás inalado, a intenção e que fique preso na camada mais superior do muco brônquico, e os cílios vão empurrar para serem deglutidos e o cílios volta pela camada liquida. Fisioterapia respiratória 6º período 12 OBS: o muco é viscoelástico. Ou seja, ele é um corpo deformável. Ele pode ter suas características modificadas por infecções respiratórias, etc. Reologia ⇒ é a parte da física que estuda os corpos deformáveis que não são puramente líquidos e nem puramente sólidos. Se o sistema mucociliar esta incapaz de fazer sua função, existe o mecanismo da tosse. Tosse Movimento expulsivo violento. OBS: ato reflexo. 2º linha de defesa. Fases: OBS: inspiração maior que a do volume corrente. Para uma pressão, velocidade maior. OBS: a contração dos músculos expiratórios aumenta a pressão intrapleural e aumenta a pressão dentro dos alvéolos, cria uma diferença de pressão entre boca e alvéolos, a glote abre gera fluxo, ar sai. OBS: o ato de tosse é violento exatamente para deformar e deslocar o muco. Então precisa ser um fluxo veloz para que ele seja arrastado. OBS: quanto maior for a diferença, maior o fluxo. OBS: quanto mais longe o muco tiver das vias aéreas superiores, mais difícil fica a saída. Resistência das vias aéreas OBS: aonde existe a maior resistência das vias aéreas é nas vias aéreas central de maior calibre. OBS: as pequenas vias aéreas oferecem pequena resistência por ser muitas. OBS: o fluxo que está na via aérea periférica é débil, muito distribuído. Ele não tem velocidade suficiente para gerar atrito para conseguir arrastar esse muco da periferia para o centro. O que acontece é que essa massa de ar que está na periferia vai chegando aos poucos na via aérea central, quando chega na via aérea central (aonde é mais estreito) ganha velocidade e arrasta o muco brônquico que estiver na via aérea central. Ponto de igual pressão → ocorre quando a pressão intrabronquica se iguala a pressão pleural. Colapso dinâmico das vias aéreas → ocorre quando a pressão intrabronquica é menor que a pressão pleural Pressão de condução → representa a pressão máxima ou total que conduz o ar dos alvéolos em direção a boca. É representada pela soma da pressão pleural com a pressão de retração elástica pulmonar. OBS: é a pressão máxima disponível para fazer o gás fluir dos alvéolos em direção a boca. Lado esquerdo – pulmão saudável Lado direito – pulmão de um DPOC (enfisema pulmonar) Foi solicitado que fizesse uma expiração forçada em nível de volume residual Fisioterapiarespiratória 6º período 13 Individuo normal +20 ⇒ pressão intrapleural OBS: quando fazemos uma expiração forçada com auxílio dos músculos expiratórios, a pressão intrapleural vai aumentar tanto, que fica positiva. + 30 ⇒ pressão de condução OBS: é um valor hipotético para demostrar que quem gera essa força motriz para deslocar gás do alvéolo em direção a boca. ➢ Força externa compressiva da pleura (+20) ➢ Pressão de retração do corpo elástico do pulmão (+10) +20 + +10 = +30 → pressão de condução OBS: à medida que o gás vai saindo em direção a boca, a pressão vai diminuindo. (pressão intrabronquica - +25 ⇒ + 20 ⇒ +15 ⇒ +10 ⇒ +5 ⇒ 0) Diferença pressórica → 5 (para manter a via aérea aberta). Pressão intrapleural – pressão intrabronquica (+20 - +25 = 5) Ponto de igual pressão Pressão intrapleural e pressão intrabronquica (+20 / +20) Acima do ponto de igual pressão acontece o colapso dinâmico das vias aéreas (estreitar) (ocorre quando a pressão intrabronquica é menor que a pressão pleural) Pressão de fora maior que a pressão de dentro Existe um gradiente de pressão de 5 (para fechar a via aérea) Pressão intrapleural – pressão intrabronquica (+20 - +15 = 5) OBS: a via aérea de maior calibre (central) é aonde o ponto de igual pressão aparece. Quando essa pressão se tornou menor que a pressão intrapleural aconteceu já na via aérea central. OBS: uma via aérea central é grande, ela tem tecido cartilaginoso de sustentação, então por mais que a pressão externa seja maior que a pressão interna, haverá um estreitamento, mas, não haverá colapso. OBS: quando a gente tosse, a via aérea central se estreita favorecendo o processo de retirada de secreção. OBS: se a secreção está na via aérea central, quando há um estreitamento dessa via aérea, aumenta a superfície de contato da massa aérea que está atritando nesse local, aumentando a chance desse muco ser deformado e deslocado por essa massa aérea. Individuo com DPOC - enfisema OBS: os sacos alvéolos estão frouxos, houve destruição dos septos interalveolares e o componente elástico do tecido está frouxo. + 20 ⇒ pressão intrapleural + 25 ⇒ pressão de condução OBS: força externa compressiva da pleura (+20) OBS: pressão de retração elástica é menor (+5) +20 + +5 = +25 → pressão de condução OBS: Ponto de igual pressão fica na via aérea periférica (mais próximo dos alvéolos). As vias aéreas periféricas são pequenas e curtas sem sustentação com mais facilidade ao colapso. Freno labial → coloca uma resistência na saída do ar → aumenta a pressão intrabronquica → deslocamento do ponto de igual pressão da periferia para a região central → o fluxo de ar aumenta (elimina mais ar) Equipamentos Peak flow → dispositivo primariamente utilizado para mensurar o grau de obstrução em vias aéreas OBS: pico de fluxo (expiratório) Fisioterapia respiratória 6º período 14 Perfil de pacientes → obstrutivos DPOC Asma brônquica Bronquiectasia Fibrose cística OBS: quanto mais limitada a passagem de fluxo pelo trato respiratório, menor vai ser o pico de fluxo expiratório. OBS: também podemos usar esse dispositivo para outro perfil de pacientes → restritivo ➢ Polineuropatias OBS: utilizado para avaliar o pico de fluxo de tosse nesses pacientes. Esse dispositivo mede o fluxo numa unidade de litros por minuto. Existe um valor de corte na literatura que é 270 L/min. OBS: o paciente com características de fraqueza muscular que gera um pico de fluxo de tosse menor que 270 L/min não é suficiente para eliminar muco do trato respiratório. Medidas • Zona verde → pico de fluxo > 80% do seu melhor pessoal. OBS: ou do seu valor previsto na tabela. • Zona amarela → pico de fluxo 50 – 80% do seu melhor pessoal “ATENÇÃO” • Zona vermelha → pico de fluxo abaixo de 50% do seu melhor pessoal. “PERIGO” EXEMPLO Homem | 50 anos | 180 cm 80% 𝑑𝑒 576 = 460 50% 𝑑𝑒 576 = 288 Execução Paciente sentado, solicitar uma inspiração lenta e profunda até atingir a CPT (capacidade pulmonar total), e logo após, com a boca no bucal, expirar rapidamente como se quisesse colocar todo o ar para fora no primeiro segundo. → Avaliada 3x → Considera a maior das 3 medidas Monovacuômetro → dispositivo capaz de mensurar de forma indireta a força dos músculos respiratórios. Desta forma, esse dispositivo mede diretamente a pressão máxima através da força dos músculos respiratórios contra uma via aérea ocluída. OBS: medida de pressão negativa e positiva OBS: pressão máxima a partir do esforço máximo do paciente. Pressão inspiratória máxima (Pi Max) Pressão expiratória máxima (Pe Max) Execução Pi Max → solicitar ao paciente uma expiração lenta e prolongada até o nível do volume residual com o circuito aberto e logo após com o circuito fechado realizar uma inspiração forçada sustentada até pelo menos 2 segundos. Fisioterapia respiratória 6º período 15 Pe Max → solicitar ao paciente uma inspiração lenta até atingir a capacidade pulmonar total com o circuito aberto e logo após com o circuito fechado o paciente realiza uma expiração forçada e sustentada até 2 segundos. Esta manobra deverá ser feita 3 vezes com um tempo entre as manobras de até 1 minuto e utilizaremos como referência a maior medida. OBS: o lado positivo (manômetro) mede a expiratória e o lado negativo mede a pressão inspiratório (vácuo). EXEMPLO: homem de 49 anos Pi Max: 116 80% - 92,8 60% - 69,6 40% - 46,4 20% - 23,2 Pe Max: 125 80%=100,4 60%=75,03 40%=50,02 20%= 25,1 Ventilometro → dispositivo de alta precisão que pode medir alguns volumes e algumas capacidades pulmonares OBS: Medida periférica e central Central – ml Periférica – L 17 litros e 950 ml Capacidade inspiratória → volume máximo de ar que pode ser inspirado a partir expiração normal. OBS: analisar através dessa capacidade, a capacidade de expansão pulmonar OBS: para pacientes restritivos → Menor que 80% do previsto é considerado capacidade inspiratória baixa. EXEMPLO Homem de 49 anos e 1.82 de altura Fisioterapia respiratória 6º período 16 3050 mililitros 80% 2440 ml Paciente fez 5 litros e 200 ml (OTIMO)
Compartilhar