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Caderno de respiratória

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Fisioterapia respiratória 
6º período 
1 
 
ANOTAÇÕES EM AULA 
 
4 gases que compõem a atmosfera 
 Nitrogênio (N2) 
 Oxigênio (O2) 
 Vapor de água (H2O) 
 Gás carbono (CO2) 
 
Pressão parcial 
 
Pressão parcial de um gás é a força ou pressão 
exercida por cada gás isoladamente fazendo parte 
de uma mistura gasosa sobre a parede do local em 
que está contido. 
 Nitrogênio → 597 mmHg 
 Oxigênio → 159 mmHg 
 Vapor de água → 3,85 mmHg 
 Gás carbono → 0,15 mmHg 
 
A pressão do ar atmosférico a nível do mar total é 
de 760 mmHg ou 1.034 centímetros de água. (PB) 
 
Concentração 
 Nitrogênio → 78,62% 
 Oxigênio → 20,84% (arredonda para 21%) 
 Vapor de água → 0,5% 
 Gás carbono → 0,04% 
 
OBS: quanto mais concentrado, maior a pressão 
parcial exercida por ele. 
 
OBS: na oxigenoterapia tem que ser superior a 
21% (acima da concentração do ar ambiente). 
 
Gases nos alvéolos 
 PAO2 → 100 mmHg (porque é diluído, 
perdendo seu espaço para o H2O e para o 
CO2) 
 PAC02 → 40 mmHg 
 PAN2 → 573 mmHg 
 PAHO2 → 47 mmHg 
 
Propriedades dos gases 
 
Descobrir a pressão parcial do oxigênio nos 
alvéolos 
 
 
𝑃𝐴𝑂2 =
21
100
𝑋 (760 − 47) −
40
0,8
 
 
 
 
 
21/100 → é a concentração do oxigênio 
760 → PB 
47 → é PAHO2 
40 → PACO2 
0,8 → Índice respiratório (R) 
 
Índice de correção/respiratório 
 
𝑉𝐶𝑂2
𝑉𝑂2
 
 
VCO2 → é a produção metabólica de gás 
carbônico p/min em repouso (200 ml) 
VO2 → é o consumo de oxigênio pelos tecidos 
p/min (250 ml) 
 
Siglas 
 PIO2 → pressão inspirada de oxigênio 
 FIO2 → fração inspirada de oxigênio 
 PAO2 → pressão parcial do oxigênio a nível 
alveolar 
 PB → a pressão do ar atmosférico a nível 
do mar total 
 R → índice respiratório 
 SaO2 → é uma medida da proporção de 
hemoglobina disponível que está realmente 
carreando oxigênio. 
Normal: maior de 95% (gasometria) 
 SpO2 → saturação periférica (pulso) de 
oxigênio (oxímetro). 
 
Diferença de PAO2 e PaO2 
 
O “A” representa pressão parcial alveolar de 
oxigênio e “a” representa pressão arterial de 
oxigênio. 
 
A troca gasosa 
 
Hematose ⇒ difusão simples ⇒ de maior 
concentração para menor concentração. 
 
Lei de Fick 
 
A velocidade de transporte de um gás através de 
uma camada te tecido (barreira hemato-gasosa) 
constituída de epitélio alveolar (células 
pneumocitos do tipo 1 e 2. O tipo 2 produz o 
surfactante que está envolvido na estabilidade dos 
alvéolos), espaço intersticial, endotélio capilar é 
diretamente proporcional a diferença de pressão 
parcial dos dois lados da camada de tecido, da sua 
área e inversamente proporcional a sua espessura. 
 
Fisioterapia respiratória 
6º período 
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Quando o oxigênio entra no sangue 
 PaO2 → 100mmHg (normalidade de 80 a 
100 mmHg) 
 PaCO2 → 40 mmHg 
 SaO2 → 97% 
 
Retorno venoso 
 PvO2 → 40 mmHg 
 PvCO2 → 45 mmHg 
 SvO2 → 73% 
 
 
OBS: gás carbono é 20x mais difusivo que o 
oxigênio. Ele é mais solúvel e passa com mais 
facilidade na barreira. 
 
OBS: quanto mais perto o alvéolo do capilar, 
melhor é a troca. 
 
 Perfusão → passagem de sangue pelo 
capilar 
 Gasometria → medida dos gases no 
sangue 
 
Transporte do oxigênio 
 
O oxigênio se une (é carreado) a hemoglobina 
para chegar aos tecidos. Uma pequena parte fica 
livre no plasma. 
 PaO2 → pressão parcial (80-100) ⇒ 
oxigênio livre no plasma 
 SaO2 → saturação (acima de 95%) ⇒ 
ligado na molécula de hemoglobina. 
 
 
 Hipoxemia → diminuição do oxigênio no 
sangue (SaO2 abaixo de 90% ou PaO2 
abaixo de 60) 
 Hipoxia → diminuição do oxigênio nos 
tecidos. 
 
Conteúdo arterial de oxigênio 
 Disponibilidade máxima de oxigênio para 
os tecidos 
 
𝐶𝑎𝑂2 = (0,003 𝑥 𝑃𝑎𝑂2) + (𝐻𝑏 𝑥 1,34 𝑥 𝑆𝑎𝑂2) 
𝐶𝑣𝑂2 = (0,003 𝑥 𝑃𝑣𝑂2) + (𝐻𝑏 𝑥 1,34 𝑥 𝑆𝑣𝑂2) 
𝐶(𝑎 − 𝑣)𝑂2 
𝐷𝑂2 = 𝐶𝑎𝑂2 𝑥 𝐷𝐶 
 
CaO2 – conteúdo arterial de oxigênio. 
Para cada 100 ml de sangue: 
✓ Para cada milímetro de mercúrio estão 
dissolvidos 0,003 ml de oxigênio. 
 
0,003 𝑥 100 = 0,3 
 
✓ Em 100 ml de sangue existem 
aproximadamente 15 gramas de 
hemoglobina (Hb) 
✓ Cada grama de hemoglobina pode carrear 
1,34 ml de oxigênio. 
 
15 𝑥 1,34 = 20,1 
20,1 𝑥 0,97 = 19,497 
19,497 + 0,3 = 19,797 
Arredonda para 8 
(19,8) 
 
OBS: 0,97 é a SaO2 (97%) 
 
CvO2 – conteúdo venoso de oxigênio. 
0,003 𝑥 40 = 0,12 
15 𝑥 1,34 = 20,1 
20,1 𝑥 0,73 = 14,673 
14,673 + 0,12 = 14,793 
Arredonda para 8 
(14,8) 
 
19,8 − 14,8 = 5 𝑚𝑙 
 
OBS: 0,73 é a SvO2 (73%) 
 
 DO2 → entrega de O2 para os tecidos 
 DC → debito cardíaco 
 
OBS: DC é FC (frequência cardíaca) x VS (volume 
sistólico) 
VALOR NORMAL → 5 – 6 L/min 
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Vias aéreas é dividida em 23 gerações 
 
OBS: à medida que elas vão se dividindo vão se 
tornando mais numerosas e menores. 
 
 Traqueia → 0 
 Brônquio principal (direito e esquerdo) → 1 
 
OBS: o brônquio principal direito é mais curto, 
diâmetro maior e mais verticalizado. O esquerdo é 
mais comprido, mais horizontalizado e tem um 
diâmetro menor. 
 
OBS: Bifurcação da traqueia → carina (marco 
anatômico) 
 
OBS: na intubação deve ficar de 2-4 cm acima da 
carina. 
 
 Brônquios lobares (direito e esquerdo) → 2 
 Brônquios segmentares → 3 
 Brônquios subsegmentares → 4 
 Bronquíolos → 5 
 Bronquíolos terminais → 16 
 
OBS: até a 16 geração o ar está sendo conduzido. 
 
Espaço morto anatômico → o ar da via aérea de 
condução. Não participa da troca (30%). 
 
 Bronquíolos respiratórios → 17 – 19 
 Ductos alveolares → 20 – 22 
 Sacos alveolares → 23 
 
OBS: 17 – 19 zona de transição respiratória. 
 
OBS: 20 – 23 fazem parte da zona de troca gasosa 
 
OBS: à medida que as vias áreas vão do centro 
para a periferia as vias áreas vão tendo seu 
diâmetro cada vez menor, mais curtas e muito 
mais numerosa. 
 
OBS: Vias aéreas central são maiores, 
comprimento maior, menos numerosas e área total 
menor. 
 
OBS: Vias aéreas periféricas são menores, mais 
curtas, mais numerosas e sua área total muito 
maior. São facilmente colapsáveis. 
 
 
 
Troca gasosa → troca de gases. Oxigênio entrando 
e gás carbono saindo. Do compartimento alveolar 
para o sanguíneo. 
 
OBS: 70% chega no compartimento de troca. 
 
OBS: para haver troca é necessário que tenha 
ventilação (ar) e perfusão (sangue). 
 
Espaço morto alveolar → ventilação sem perfusão 
(patológico). 
 
Espaço morto anatômico + espaço morto alveolar 
→ espaço morto fisiológico 
 
Espaço morto fisiológico → volume de ar que não 
participa da troca gasosa. Áreas ventiladas e não 
perfundida. 
 
Ventilação 
 
Volume de ar que entra e sai do aparelho 
respiratório. 
 Inspiração 
 Expiração 
 
OBS: dinâmico e cíclico de renovação do ar. 
 
 
 
 
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Ventilação regional 
 
Se permite ventilar mais as regiões dependes da 
gravidade, onde a pressão pleural é maior. 
 
OBS: A pressão pleural é negativa (em condições 
normais). 
 
OBS: quanto mais negativo a pressão da pleura, 
mais distendido será o tecido. 
 
OBS: as regiões mais dependentes da gravidade 
ela tem maior pressão. 
 
 
A pressão na base é maior (menos negativo) 
 
 
 
Capacidade residual funcional (CRF) → representa 
o volume de ar que permanece nos pulmões após 
uma expiração normal. 
 
OBS: os alvéolos que estão no ápice estão sobre 
influência da pressão intra-pleural do ápice. E o 
alvéolo da base está sobre influência da pressão 
intra-pleural da base. Como a pressão na base é 
menos negativa, estira menos o alvéolo. O alvéolo 
de ápice é mais distendido e com mais volume de 
ar. 
 
OBS: quanto mais negativo for a pressão na 
pleura, mais o tecido pulmonar é estirado. 
 
 
Características de alvéolos de ápice 
 São em menor número; 
 São mais distendidos; 
 Apresentam maior volume de repouso; Apresentam menor variação ventilatória. 
 
Características de alvéolos de base 
 São mais numerosos; 
 Menos distendidos; 
 Menor volume de repouso; 
 Maior variação ventilatória. 
 
Relembrando... 
 
70% do volume no ápice 
30% do volume na base 
 
OBS: a base se permite variar mais 
 
OBS: a distribuição não será igual 
 
OBS: a base se permite ventilar mais (porque o 
alvéolo está menos distendido, a pressão pleural é 
maior) 
 
OBS: ventila mais as regiões que são mais 
dependentes da gravidade. 
 
OBS: a base é a região mais dependente da 
gravidade. 
 
 
 
Ápice – não dependente 
Base – dependente – ventila mais 
 
Por exemplo, em um pulmão atelectasiado teria 
que colocar o pulmão para cima, porque a pressão 
intra-pleural vai ser mais negativa, vai distender, 
Fisioterapia respiratória 
6º período 
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mais chances de entrar ar nele para que ele não 
feche. 
 
 
Ventilação local 
 
A ventilação local depende da complacência e da 
resistência do sistema respiratório. 
 Complacência → representa uma medida 
de distensibilidade de um corpo elástico. 
 Elastância → representa a oposição a 
deformação ou inverso matemático da 
complacência 
 Resistência → das vias aéreas. 
 
OBS: capacidade de distender (complacência) 
 
OBS: Tendencia do pulmão retornar (elasticidade). 
Se opõe a complacência. 
 
OBS: a tendencia do pulmão é retornar. 
 
OBS: quando inspiramos temos que vencer a 
resistência das vias aéreas e temos eu distender o 
componente elástico. 
 
 
 
Constante de tempo 
 
É o tempo que uma unidade alveolar leva para 
encher ou esvaziar. Sendo assim, a constante de 
tempo pode ser normal, rápida ou lenta. 
 
𝐶𝑇 = 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑎𝑐𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑥 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 
 
Volumes 
 
 
OBS: 4 volumes e 4 capacidades 
OBS: capacidades tem sua origem na soma dos 
volumes. 
 
 Volume corrente (VC) → é o volume de ar 
que entra ou sai do aparelho respiratório ⇒ 
500 ml. 
 
OBS: essa medida pode ser feita tanto na 
inspiração e na expiração. 
 
 Volume de reserva inspiratória (VRI) → é o 
máximo de ar que pode ser inspirado a 
partir de uma inspiração normal ⇒ 3.000 ml 
 
 Volume de reserva expiratória (VRE) → é o 
volume máximo de ar que pode ser 
expirado a partir de uma expiração normal 
⇒ 1.500 ml 
 
 Volume residual (VR) → volume de ar que 
permanece nos pulmões após uma 
expiração máxima ⇒ 1.000 ml 
 
Capacidades Pulmonares 
 
 Capacidade inspiratória (CI) → é o volume 
máximo de ar que pode ser inspirado a 
partir de uma expiração normal ⇒ Soma do 
VC + VRI ⇒ 3.500 ml 
 
OBS: capacidade do paciente em expandir o 
pulmão. 
 
 Capacidade residual funcional (CRF) → é o 
volume de ar que permanece nos pulmões 
após uma expiração normal ⇒ soma do 
VRE + VR ⇒ 2.500 ml 
 
 Capacidade vital (CV) → volume máximo de 
ar que pode ser expirado a partir de uma 
inspiração máxima ⇒ soma VC, VRI e VRE 
⇒ 5.000 ml 
 
 Capacidade pulmonar total (CPT) → soma 
de todos os volumes pulmonares. ⇒ 6.000 
ml. 
 
Troca gasosa 
 Ventilar; 
 Difundir; 
 Relação ventilação e perfusão (V/Q) 
 
Perfusão → passagem do sangue para o capilar. 
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OBS: Quando o sangue passa pelo capilar, esse 
capilar está sendo perfundido e os alvéolos 
ventilados. 
 
 
Em pé ou sentado sobre a ação da gravidade a 
maior perfusão (sangue) nessa posição é na base 
do pulmão. Ou seja, ventila e perfundi mais a base. 
(em situações normais). Porém, no ápice a relação 
V/Q é maior. 
 
 Decúbito lateral direito → pulmão direito 
ventila mais 
 Decúbito dorsal → região posterior ventila 
mais. 
 
Relação ventilação / perfusão 
 
 
 
Relação é uma razão matemática, entre a 
quantidade de ar e quantidade de sangue naquela 
região. 
 
OBS: a nossa relação V/Q é próxima de 1. 
 
OBS: a quantidade de ar nos pulmões é 
proporcional a quantidade de sangue, gerando 
uma proporção quase igual entre ar e sangue. 
 
 Relação V/Q no ápice → aumentada ⇒ tem 
mais ar e pouco sangue. 
 
✓ V/Q maior que 1 → pouca perfusão e maior 
ventilação. 
 
 Relação V/Q na base → diminuída ⇒ tem 
mais sangue. 
 
✓ V/Q menor que 1 → muita perfusão e pouca 
ventilação 
 
Parte de cima → numerador ⇒ ventilação 
Parte de baixo → denominador ⇒ perfusão. 
 
OBS: quem domina é o denominador. 
 
 
 
 
 
 
OBS: na base tem mais capilares, tem mais fluxo 
sanguíneo pela ação da gravidade. Sendo assim, 
perfunde mais na base. 
 
OBS: o fluxo de ar na base também é maior que 
no ápice. 
 
OBS: se coletarmos uma amostra do ápice e uma 
amostra da base, o ápice tem uma oxigenação 
maior, pois tem mais ventilação que perfusão. (o 
oxigênio vem da ventilação) 
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Ato da ventilação espontânea 
 
OBS: o ar entra e sai por gradiente de pressão 
(diferença de pressão). Sempre do compartimente 
mais interno em relação ao mais externo ou do 
meio intracavitário ao meio extra-cavitário. 
 
 Gradiente de pressão transtorácico → 
representa a diferença de pressão entre 
pleura e boca ou superfície corpórea. 
 
OBS: representa a diferença de pressão através 
da parede do tórax. 
 
OBS: diferença da pressão interna (pleura) em 
relação a diferença externa (boca) 
 
 Gradiente de pressão transpulmonar → 
representa a diferença de pressão entre 
alvéolo e pleura. 
 
OBS: este gradiente de pressão é responsável 
pela expansão pulmonar. 
 
OBS: técnicas de expansão pulmonar é baseada 
nesse gradiente. 
 
OBS: para expandir pulmão esse gradiente precisa 
aumentar. 
 
OBS: nos expandimos os pulmões de duas 
maneiras ⇒ queda de pressão pleural (fisiológica) 
ou aumento da pressão alveolar (antifisiológica). 
 
 Gradiente de pressão transrespiratório → 
representa a diferença de pressão entre 
alvéolo e boca. 
 
OBS: este gradiente representa o fluxo de ar 
entrando ou saindo das vias aéreas. 
 
 Gradiente de pressão transmural → 
representa a diferença de pressão entre 
vias aéreas e pleura. 
 
OBS: gradiente responsável por manter as vias 
aéreas abertas. 
 
 
 
OBS: pré inspiratório significa que o ar foi expirado 
porem ainda não foi feito a inspiração. 
 
✓ - 5 pressão da pleura (sempre negativa) 
 
✓ 0 de pressão dentro do alvéolo e dentro da 
boca significa que não tem fluxo aéreo 
(volume de ar em movimento). Ou seja, é 
uma “pausa” na entrada e saída do ar. 
 
✓ 5 é a diferença de pressão entre vias 
aéreas e pleura (gradiente responsável por 
manter as vias aéreas abertas). Ou seja: 
0 − (−5) = 5 
 
✓ -7 significa que a pressão entre as pleuras 
diminui ainda mais. 
 
✓ -2 significa que aumentou o diâmetro do 
tecido fazendo a pressão dentro do alvéolo 
cair gerando fluxo. 
 
OBS: Quando a pressão do alvéolo fica menor que 
a pressão da boca (atmosfera), temos uma 
diferença de pressão, gera fluxo, a pressão dentro 
do alvéolo aumenta e quando se iguala ao valor 
atmosférico o ar cessa 
 
OBS: pressões iguais não geram fluxo. 
 
OBS: Quanto maior a diferença pressórica maior a 
tendencia de aumento da taxa de fluxo. 
 
 
 
 
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Inspiração 
 
Diafragma contrai ⇒ Tórax expande ⇒ Puxa a 
pleura parietal junto aumentando o espaço entre 
as pleuras ⇒ Cai a pressão entre as pleuras 
tornando mais negativa ⇒ puxa o tecido elástico ⇒ 
aumenta o diâmetro ⇒ faz a pressão dentro do 
alvéolo cair ⇒ caindo a pressão alveolar ⇒ gera 
fluxo ⇒ ar entra. 
 
 
Expiração 
 
O diafragma relaxa ⇒ parede torácica deprime ⇒ 
pleuras se aproxima ⇒ aumenta a pressão entre 
as pleuras ⇒ tecido elástico retrai ⇒ o diâmetro do 
alvéolo diminui ⇒ a pressão dentro do alvéolo 
aumenta ⇒ pressão dentro do alvéolo maior que a 
atmosfera ⇒ gera fluxo ⇒ sai ar. 
 
 
 
 
 
 
Termos 
 
Taquipneico → aumento da frequência cardíaca. 
Eupneico → frequência respiratória normal. 
Bradipneico → diminuiçãoda frequência 
respiratória. 
Apneia → pausa da ventilação após uma 
expiração. 
Apneuse → pausa da ventilação após uma 
inspiração. 
 
 
 
 
 
Para expansão pulmonar → aumento da pressão 
transpulmonar: 
 
 Diminuição da pressão pleural (fisiológico) 
 Aumento da pressão alveolar 
(antifisiológico). 
 
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Posição prona e mecanismos de ação 
 
Racional posição prona 
 
É um posicionamento terapêutico, melhora a troca 
gasosa. 
 
 
 
✓ Indivíduo em decúbito dorsal 
✓ A região do dorso é a região dependente e 
a região ventral não dependente. 
✓ Ação da gravidade agindo de cima para 
baixo. Sendo assim a região dorsal 
(posterior) sofre o peso da gravidade. 
 
OBS: tem mais alvéolos no dorso. Ou seja, a maior 
parte deles estão sobre o peso da gravidade. E os 
poucos alvéolos que tem na região ventral estão 
distendidos. 
 Muitos alvéolos poucos distendidos 
 Poucos alvéolos distendidos. 
 
OBS: a caixa torácica é mais larga no dorso e mais 
estreita na ventral. 
 
 
 
✓ Indivíduo em decúbito ventral 
✓ Região do dorso (mais larga, onde possui 
mais alvéolos) para cima. 
✓ Região ventral se torna dependente da 
gravidade. 
 
OBS: a maior área do pulmão (dorso) fica na 
região não dependente da gravidade, onde a ação 
sobreposta é menor. Sendo assim, tem mais 
alvéolos distendidos 
 
OBS: a área ventral que é estreita, agora sofre o 
peso da gravidade, tem seus poucos alvéolos 
poucos distendidos. 
 
 Muitos alvéolos distendidos 
 Poucos alvéolos menos distendidos. 
 
 
 
 Os alvéolos no ápice são mais distendidos 
pois estão sobre influência de uma pressão 
intrapleural mais negativa. 
 Os alvéolos da base são menos 
distendidos pois estão sobre influência de 
uma pressão intrapleural menos negativa. 
 
OBS: quando inspiramos os alvéolos da base vão 
se permitir encher mais. 
 
OBS; quanto mais negativo, mais estirado é o 
tecido. 
 
Em supino (DD) teremos diferença de 3.8. 
 
Em prono (DV) teremos a diferença de 1.7 
 
OBS: essa diferença gera a diferença no tamanho 
dos alvéolos. 
 
OBS: quanto maior for essa diferença, vai ter mais 
alvéolos na parte de cima mais distendidos (não 
dependente) e alvéolos na parte de baixo menos 
distendidos (mais dependente) 
 
Fisioterapia respiratória 
6º período 
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OBS: se temos uma diferença, um valor de 
pressão pequena, a tendencia do valor da pressão 
intrapleural seja muito próxima. Se temos um valor 
muito próximo o tamanho dos alvéolos será 
próximo (mais parecidos um com os outros) 
 
OBS: na pronação faz uma ventilação mais 
homogenia. 
 
 
 
✓ Individuo em decúbito dorsal, sobre a ação 
da gravidade, o peso do coração sobre os 
lobos inferiores do pulmão (compressão) 
✓ Individuo em decúbito ventral, o peso do 
coração se desloca em direção ao esterno. 
 
 
 
✓ Em prono (DV) temos um pulmão mais 
homogêneo. A pressão é menor 
✓ Em supino (DD) temos um pulmão 
heterogêneo. 
 
Perfusão 
 
Passagem de sangue pelo capilar 
 
 A perfusão é maior na base. 
 Na base tem mais capilares e alvéolos que 
no ápice 
 Tem mais alvéolos e capilares na região do 
dorso do que no ventre. 
 
 
 
✓ Em decúbito dorsal | supino 
 
OBS: temos mais alvéolos no dorso, mais 
capilares, a perfusão é maior. Porem, na posição 
em decúbito dorsal, sobre a ação da gravidade, 
eles estão mais comprimidos. 
 
 
 
✓ Em decúbito ventral | prono 
 
OBS: surpreendentemente, a perfusão ainda 
continua sendo maior no dorso, mesmo agora 
sendo na região não dependente da gravidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Mecânica respiratória 
 
 A tendencia do pulmão é retornar 
✓ Por ser uma estrutura elástica 
✓ Tensão superficial do liquido que reveste os 
alvéolos 
 
Sistema respiratório ⇒ parede torácica e pulmão 
 
 
 
 
 
OBS: nossos alvéolos são estruturas frágeis que 
podem facilmente ser colapsados e tem água. 
 
 
 
OBS: a tensão superficial do liquido gera a 
diminuição da área ou do volume. 
 
OBS: o pulmão tende a voltar pelo tecido elástico e 
por ter água dentro dos alvéolos, ela se expõe ao 
ar, causa uma tensão na superfície, fazendo a 
parede do alvéolo se fechar. 
 
OBS: a barreira hemato-gasosa tem as células 
pneumocitos tipo II que produz o surfactante e 
lança dentro dos alvéolos, para que impeça o 
colabamento do pulmão. 
 
Surfactante ⇒ diminui drasticamente a tensão 
superficial do liquido que reveste os alvéolos 
mantendo a estabilidade alveolar. Ele age de 
acordo com o diâmetro dos alvéolos. 
 
Sistema de defesa 
 
 
 
Sistema mucociliar, 1º linha de defesa. 
 Cílios (células ciliadas) 
 Muco brônquico (células caliciformes junto 
com as glândulas da submucosa) 
 
OBS: o muco brônquico é um mecanismo 
depurativo eficaz para depurar muco da via aérea 
central. 
 
OBS: o nosso trato respiratório é revestido por 
células epiteliais e existe uma fina camada de 
muco brônquico que reveste o epitélio. 
 
OBS: normalmente o muco brônquico (normal) é 
fino e ele tem na sua parte superior mais pegajosa 
(camada gel). E sua parte inferior (sol) é mais 
liquida, mais fluida. 
 
OBS: quando o material estranho vem no gás 
inalado, a intenção e que fique preso na camada 
mais superior do muco brônquico, e os cílios vão 
empurrar para serem deglutidos e o cílios volta 
pela camada liquida. 
 
Fisioterapia respiratória 
6º período 
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OBS: o muco é viscoelástico. Ou seja, ele é um 
corpo deformável. Ele pode ter suas características 
modificadas por infecções respiratórias, etc. 
 
Reologia ⇒ é a parte da física que estuda os 
corpos deformáveis que não são puramente 
líquidos e nem puramente sólidos. 
 
Se o sistema mucociliar esta incapaz de fazer sua 
função, existe o mecanismo da tosse. 
 
Tosse 
 
Movimento expulsivo violento. 
 
OBS: ato reflexo. 2º linha de defesa. 
 
Fases: 
 
 
 
OBS: inspiração maior que a do volume corrente. 
Para uma pressão, velocidade maior. 
 
OBS: a contração dos músculos expiratórios 
aumenta a pressão intrapleural e aumenta a 
pressão dentro dos alvéolos, cria uma diferença de 
pressão entre boca e alvéolos, a glote abre gera 
fluxo, ar sai. 
 
OBS: o ato de tosse é violento exatamente para 
deformar e deslocar o muco. Então precisa ser um 
fluxo veloz para que ele seja arrastado. 
 
OBS: quanto maior for a diferença, maior o fluxo. 
 
OBS: quanto mais longe o muco tiver das vias 
aéreas superiores, mais difícil fica a saída. 
 
Resistência das vias aéreas 
 
 
OBS: aonde existe a maior resistência das vias 
aéreas é nas vias aéreas central de maior calibre. 
 
OBS: as pequenas vias aéreas oferecem pequena 
resistência por ser muitas. 
 
OBS: o fluxo que está na via aérea periférica é 
débil, muito distribuído. Ele não tem velocidade 
suficiente para gerar atrito para conseguir arrastar 
esse muco da periferia para o centro. O que 
acontece é que essa massa de ar que está na 
periferia vai chegando aos poucos na via aérea 
central, quando chega na via aérea central (aonde 
é mais estreito) ganha velocidade e arrasta o muco 
brônquico que estiver na via aérea central. 
 
 
 
Ponto de igual pressão → ocorre quando a pressão 
intrabronquica se iguala a pressão pleural. 
 
Colapso dinâmico das vias aéreas → ocorre 
quando a pressão intrabronquica é menor que a 
pressão pleural 
 
Pressão de condução → representa a pressão 
máxima ou total que conduz o ar dos alvéolos em 
direção a boca. É representada pela soma da 
pressão pleural com a pressão de retração elástica 
pulmonar. 
 
OBS: é a pressão máxima disponível para fazer o 
gás fluir dos alvéolos em direção a boca. 
 
 
 
 Lado esquerdo – pulmão saudável 
 Lado direito – pulmão de um DPOC 
(enfisema pulmonar) 
 
Foi solicitado que fizesse uma expiração forçada 
em nível de volume residual 
 
Fisioterapiarespiratória 
6º período 
13 
 
Individuo normal 
 
 +20 ⇒ pressão intrapleural 
 
OBS: quando fazemos uma expiração forçada com 
auxílio dos músculos expiratórios, a pressão 
intrapleural vai aumentar tanto, que fica positiva. 
 
 + 30 ⇒ pressão de condução 
 
OBS: é um valor hipotético para demostrar que 
quem gera essa força motriz para deslocar gás do 
alvéolo em direção a boca. 
➢ Força externa compressiva da pleura (+20) 
➢ Pressão de retração do corpo elástico do 
pulmão (+10) 
 
+20 + +10 = +30 → pressão de condução 
 
OBS: à medida que o gás vai saindo em direção a 
boca, a pressão vai diminuindo. 
(pressão intrabronquica - +25 ⇒ + 20 ⇒ +15 ⇒ +10 
⇒ +5 ⇒ 0) 
 
Diferença pressórica → 5 
(para manter a via aérea aberta). 
Pressão intrapleural – pressão intrabronquica 
(+20 - +25 = 5) 
 
Ponto de igual pressão 
Pressão intrapleural e pressão intrabronquica 
(+20 / +20) 
 
Acima do ponto de igual pressão acontece o 
colapso dinâmico das vias aéreas (estreitar) 
(ocorre quando a pressão intrabronquica é menor 
que a pressão pleural) 
 
Pressão de fora maior que a pressão de dentro 
 
Existe um gradiente de pressão de 5 
(para fechar a via aérea) 
Pressão intrapleural – pressão intrabronquica 
(+20 - +15 = 5) 
 
OBS: a via aérea de maior calibre (central) é 
aonde o ponto de igual pressão aparece. Quando 
essa pressão se tornou menor que a pressão 
intrapleural aconteceu já na via aérea central. 
 
OBS: uma via aérea central é grande, ela tem 
tecido cartilaginoso de sustentação, então por mais 
que a pressão externa seja maior que a pressão 
interna, haverá um estreitamento, mas, não haverá 
colapso. 
OBS: quando a gente tosse, a via aérea central se 
estreita favorecendo o processo de retirada de 
secreção. 
 
OBS: se a secreção está na via aérea central, 
quando há um estreitamento dessa via aérea, 
aumenta a superfície de contato da massa aérea 
que está atritando nesse local, aumentando a 
chance desse muco ser deformado e deslocado 
por essa massa aérea. 
 
Individuo com DPOC - enfisema 
 
OBS: os sacos alvéolos estão frouxos, houve 
destruição dos septos interalveolares e o 
componente elástico do tecido está frouxo. 
 
 + 20 ⇒ pressão intrapleural 
 
 + 25 ⇒ pressão de condução 
 
OBS: força externa compressiva da pleura (+20) 
OBS: pressão de retração elástica é menor (+5) 
 
+20 + +5 = +25 → pressão de condução 
 
OBS: Ponto de igual pressão fica na via aérea 
periférica (mais próximo dos alvéolos). As vias 
aéreas periféricas são pequenas e curtas sem 
sustentação com mais facilidade ao colapso. 
 
Freno labial → coloca uma resistência na saída do 
ar → aumenta a pressão intrabronquica → 
deslocamento do ponto de igual pressão da 
periferia para a região central → o fluxo de ar 
aumenta (elimina mais ar) 
 
 
 
Equipamentos 
 
Peak flow → dispositivo primariamente utilizado 
para mensurar o grau de obstrução em vias aéreas 
 
 
 
OBS: pico de fluxo (expiratório) 
 
Fisioterapia respiratória 
6º período 
14 
 
Perfil de pacientes → obstrutivos 
 DPOC 
 Asma brônquica 
 Bronquiectasia 
 Fibrose cística 
 
OBS: quanto mais limitada a passagem de fluxo 
pelo trato respiratório, menor vai ser o pico de fluxo 
expiratório. 
 
OBS: também podemos usar esse dispositivo para 
outro perfil de pacientes → restritivo 
➢ Polineuropatias 
 
OBS: utilizado para avaliar o pico de fluxo de tosse 
nesses pacientes. 
 
Esse dispositivo mede o fluxo numa unidade de 
litros por minuto. Existe um valor de corte na 
literatura que é 270 L/min. 
 
OBS: o paciente com características de fraqueza 
muscular que gera um pico de fluxo de tosse 
menor que 270 L/min não é suficiente para eliminar 
muco do trato respiratório. 
 
Medidas 
 
 
 
• Zona verde → pico de fluxo > 80% do seu melhor 
pessoal. 
 
OBS: ou do seu valor previsto na tabela. 
 
• Zona amarela → pico de fluxo 50 – 80% do seu 
melhor pessoal “ATENÇÃO” 
 
• Zona vermelha → pico de fluxo abaixo de 50% do 
seu melhor pessoal. “PERIGO” 
 
EXEMPLO 
 
Homem | 50 anos | 180 cm 
 
80% 𝑑𝑒 576 = 460 
 
50% 𝑑𝑒 576 = 288 
 
Execução 
 
Paciente sentado, solicitar uma inspiração lenta e 
profunda até atingir a CPT (capacidade pulmonar 
total), e logo após, com a boca no bucal, expirar 
rapidamente como se quisesse colocar todo o ar 
para fora no primeiro segundo. 
→ Avaliada 3x 
→ Considera a maior das 3 medidas 
 
Monovacuômetro → dispositivo capaz de mensurar 
de forma indireta a força dos músculos 
respiratórios. Desta forma, esse dispositivo mede 
diretamente a pressão máxima através da força 
dos músculos respiratórios contra uma via aérea 
ocluída. 
 
 
 
OBS: medida de pressão negativa e positiva 
 
OBS: pressão máxima a partir do esforço máximo 
do paciente. 
 
 Pressão inspiratória máxima (Pi Max) 
 Pressão expiratória máxima (Pe Max) 
 
Execução 
 
Pi Max → solicitar ao paciente uma expiração lenta 
e prolongada até o nível do volume residual com o 
circuito aberto e logo após com o circuito fechado 
realizar uma inspiração forçada sustentada até 
pelo menos 2 segundos. 
 
Fisioterapia respiratória 
6º período 
15 
 
Pe Max → solicitar ao paciente uma inspiração 
lenta até atingir a capacidade pulmonar total com o 
circuito aberto e logo após com o circuito fechado 
o paciente realiza uma expiração forçada e 
sustentada até 2 segundos. 
 
Esta manobra deverá ser feita 3 vezes com um 
tempo entre as manobras de até 1 minuto e 
utilizaremos como referência a maior medida. 
 
OBS: o lado positivo (manômetro) mede a 
expiratória e o lado negativo mede a pressão 
inspiratório (vácuo). 
 
 
 
 
 
EXEMPLO: homem de 49 anos 
 
Pi Max: 116 
80% - 92,8 
60% - 69,6 
40% - 46,4 
20% - 23,2 
 
Pe Max: 125 
 
80%=100,4 
60%=75,03 
40%=50,02 
20%= 25,1 
 
Ventilometro → dispositivo de alta precisão que 
pode medir alguns volumes e algumas 
capacidades pulmonares 
 
 
 
 
 
OBS: Medida periférica e central 
 
 Central – ml 
 Periférica – L 
 
17 litros e 950 ml 
 
 
 
Capacidade inspiratória → volume máximo de ar 
que pode ser inspirado a partir expiração normal. 
 
OBS: analisar através dessa capacidade, a 
capacidade de expansão pulmonar 
 
OBS: para pacientes restritivos 
 
→ Menor que 80% do previsto é considerado 
capacidade inspiratória baixa. 
 
EXEMPLO 
 
Homem de 49 anos e 1.82 de altura 
Fisioterapia respiratória 
6º período 
16 
 
 
3050 mililitros 
 
80% 2440 ml 
 
Paciente fez 5 litros e 200 ml (OTIMO)

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