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Lesões traumáticas de membros superiores

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Fratura de clavícula 
 Comum em todas as idades: 
→ RN - durante o parto. 
→ Crianças - queda. 
→ Adultos - acidente. 
 Geralmente de baixa gravidade. 
 Habitualmente não precisa de cirurgia (consolidação por 
calo ósseo). 
Tratamento 
 RN e crianças → conservador → consolidação rápida 
e remodelação óssea. 
 Adultos → depende do caso → função, desvios, 
expostas, lesão associada. 
Obs: toda fratura exposta é cirúrgica por conta da 
contaminação!! 
Fratura do úmero proximal 
 3 a 5% de todas as fraturas. 
 Incidência aumenta após 50 anos (~= 80% em 
mulheres). 
 85% dessas fraturas não ocorrem grande 
deslocamento entre os  fragmentos que mantém se 
reduzidos às custas da integridade das inserções 
tendinosas do manguito rotador, cápsula articular e 
periósteo → se o desvio é muito grande prejudica a 
anatomia e a vascularização, precisando de cirurgia. 
Obs: fêmur (maioria cirúrgico) → úmero (maioria 
conservador). 
 Conceito em 4 partes 
Tratamento 
1. Fratura minimamente desviada: 
• Menor que 1cm ou 45° de deslocamento. 
• São estáveis e de tratamento conservador. 
• Utiliza-se imobilização com tipoia (+/- 3 semanas com 
controle radiográfico). 
• Deve-se iniciar um programa de exercícios o mais breve 
possível (assim que a dor melhorar) 
I. Fratura em 2 partes: 
• Redução + fixação interna (percutânea ou absoluta) → 
quando o desvio for significativo. 
• Fratura do tubérculo maior → quando o desvio for >5mm 
deve fazer a fixação percutânea ou aberta 
II. Fratura em 3 partes: 
• Fraturas do colo cirúrgico associado a uma das 
tuberosidades. 
• Tratamento é a redução aberta com fixação estável. 
III. Fratura em 4 partes: 
• Desvio descrito por Neer → mais frequente em idosos 
com estrutura óssea fragilizada. 
• A circulação é comprometida com índice de necrose 
avascular em 25% dos casos. 
• Tratamento em idosos → artroplasia. 
• Tratamento em jovens → osteossíntese (melhor qualidade 
óssea). 
Fratura do cotovelo fratura supracondiliana (crianças) 
 Comum dos 4 aos 8 anos de idade. 
 Queda com MM. SS. Estendidos. 
 Dor e deformidade. 
 Urgência ortopédica. 
 MUITO GRAVE → por quê?? 
→ equimose. 
→ perda do contorno normal do braço. 
→ perda de circulação. 
→ lesão neurológica. 
→ risco de amputação. 
→ risco de síndrome compartimental. 
→ risco de lesão vascular. 
→ risco de defeito no crescimento ósseo. 
Operação com URGÊNCIA!!! 
Fratura de antebraço galho verde (crianças) 
 Não existe no adulto, somente na criança. 
 Não é grave → na grande maioria das vezes melhora 
mesmo sem o tratamento. 
Lesão traumática dos 
membros superiores 
 Tratamento →  conservador (tala gessada axilo palmar). 
Obs: aceita bastante o desvio 
Fraturas do rádio distal (punho) 
Fratura – torus (crianças) 
 Fratura inocente. 
 Muitas vezes não diagnosticada. 
  Tratamento conservador com gesso (axilo palmar e 
antibraquio-palmar). 
 Fratura incompleta sem desvio da metáfise do rádio 
distal. 
Fratura – colles (idosos) 
 Idosos → maioria mulheres. 
 Relacionada a osteoporose. 
Estabilidade - escolha do tratamento 
 Estáveis: redução + gesso. 
 Instáveis: cirurgia. 
 Critérios de La Fontaine: 
→ fraturas com grande desvio. 
→ cominiução dorsal. 
→ angulação dorsal >20°. 
→ comprometimento articular. 
Tratamento 
 Redução + fixação percutânea 
→ fraturas sem cominuição. 
 Cirurgia aberta + fixação com placa. 
 Fixação externa → fraturas muito instáveis e 
cominutas. 
 Complicações: 
→ consolidação viciosa (colar torto). 
→ artrose pós-traumática. 
→ pseudoartrose. 
→ diminuição do arco do movimento 
Fratura do escafoide 
 Adultos jovens. 
 Queda com a mão espalmada (punho em hiperextensão). 
 Poucos sinais clínicos → tratadas como simples 
contusão. 
 4/5 dos ossos estão cobertos por cartilagem → 
restando uma pequena área para penetração dos vasos 
para nutrição → alta incidência de necrose do 
fragmento próximas após a fratura. 
Diagnóstico 
 Dor na tabaqueira anatômica. 
 Sinais: dor à palpação do escafoide, na tabaqueira 
anatômica ou em seu tubérculo e/ou dor à compressão 
axial do polegar. 
 Dificuldade na visualização em raio-x → na suspeita → 
imobilizar e tratar como fratura. 
Tratamento 
 Conservador → gesso axilopalmar. 
 Cirúrgico (maioria) → desvio >1mm 
Complicações 
 Necrose → problemas circulatórios. 
 Consolidação viciosa → osso perde sua forma original e 
a relação com os ossos vizinhos leva à osteoporose, 
predispondo às instabilidades do carpo. 
 Pseudoartrose → falha no diagnóstico, pouco tempo de 
imobilização ou tratamento tardio. 
Fratura do metacarpo 
 Maiores desvios → 4º e 5º (30° e 50°). 
 Diáfise → não aceita desvio rotacional. 
 Base → estável. 
 Tratamento: 
→ conservador: garrafa → 4 semanas. 
→ cirúrgico: fio de k, parafuso, placa mini e fixador 
externo. 
Outras lesões luxação do ombro 
 Luxação gleno-umeral. 
 A articulação gleno-umeral é a mais suscetível a luxação 
por ser a articulação mais instável do esqueleto. 
DIAGNÓSTICO 
 Imagem. 
 Artroscopia. 
Tratamento 
 Recidivas: 
→ 100% até 10 anos. 
→ 94% dos 10 aos 20 anos. 
→ 79% dos 20 aos 30 anos. 
→ 50% dos 30 aos 40 anos. 
→ 14% acima dos 40 anos. 
 Tratamento: cirúrgico via artroscopia ou aberta → 
visando reparo labral e retensionamento da cápsula 
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