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APX3 Discurso de Poder

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Questão 1 (4,0 pontos) 
Com base no texto da AULA 1, proponho as seguintes reflexões que são essenciais na compreensão do conteúdo da nossa disciplina como um todo. Qual a diferença entre FALA e DISCURSO? O que diferencia um discurso de PODER de um discurso POLÍTICO? 
De acordo com o conteúdo da disciplina, fala é um conjunto de palavras, coisas ditas, a manifestação da língua, ou seja, a razão de ser do contexto social. Já discurso, são princípios, valores e significados que estão por trás da fala. Dessa forma, podemos dizer que o discurso pode construir interpretações ou, até mesmo, produzir interpretações de uma fala. 
Socialmente, a prática discursiva é uma organização de falas onde a verdade poderá virar mentira ou vice-versa. Para exemplificar, durante a disputa eleitoral para a Presidência da República, vários candidatos oscilaram em seus discursos. Veicularam ideias e conforme as reações de parte do eleitorado, viram-se obrigados a “mudar o foco” do discurso de acordo com a conveniência e desejos do senso comum.
Discurso de poder e discurso político são estruturas linguísticas onde podemos identificar dispersão, aparecimento ou desaparecimento de enunciados e, também, o caso de pessoas que falam uma coisa, mas fazem outra completamente diferente em contextos mais ou menos similares.
 A principal diferença é que as palavras empregadas no discurso de poder expressam significados diferentes daquelas usadas no discurso político. 
Assim, discursar é fazer política. A fala é apenas uma ferramenta empregada nessa ação. Entretanto, é fundamental estabelecer diferenças entre discurso e fala, também, no paradigmático caso, é pertinente distinguir discurso de poder e discurso político. 
Questão 2 (3,0 pontos) 
De acordo com o conteúdo trabalhado na AULA 9, é possível afirmar que existe algum fator que possa ser determinante para que alguém cometa um delito? Existe um consenso sobre o conceito de normalidade? 
Como vimos até aqui, não há fatores determinantes para que alguém cometa um delito. A Psicologia compreende o delito como um fato que tem origens biopsicossociais, não devendo ser reduzido a nenhum dos fatores separadamente. Dessa forma, dentro do critério da Psicologia, o que leva uma pessoa a cometer um crime é a soma do contexto social e a interação com vários fatores como: meio ambiente, alteração comportamental, aspecto social e familiar.
Diante de uma alteração comportamental é fácil compreender o conceito de normalidade. Entretanto, não há um consenso quanto a forma de perceber os fatores determinantes. Os tipos de comportamento ou estado emocional considerado normal ou anormal variam muito com a idade, o desenvolvimento psicológico, o ambiente ou cultura em que uma pessoa vive e com as tradições e costumes. Nesse sentido, o conceito de normalidade varia de acordo com cada cultura e, principalmente, pelo que é aceito pela sociedade.
 
 
Questão 3 (3,0 pontos)
Com base nas AULAS 6 e 7 avalie criticamente as regras e os princípios de Direito administrativo que regulamentam as formas de intervenção do Estado na propriedade, detendo-se mais especificamente à questão da desapropriação por utilidade/ necessidade pública ou interesse social.
Desapropriação trata-se do procedimento jurídico que o poder público possui para restringir prerrogativas, inerentes ao direito do proprietário, em prol do interesse público. Pode ser amigável ou judicial. Na primeira modalidade, há acordo entre o proprietário e o Poder Público em relação ao valor pago a título de indenização. Na segunda, o ente expropriante (isto é, aquele responsável pela desapropriação) deve ingressar com uma ação de desapropriação, para que o juiz fixe o valor de indenização considerado justo.
Em regra, a própria doutrina jurídica sobre o tema considera que tais critérios não representam parâmetros para fixar uma indenização justa. Partindo-se da pressuposição de que o pagamento não é feito imediatamente, uma vez que o Poder Público quita as condenações judiciais que se sujeita através de precatórios. 
Assim, o Estado age através dos mecanismos que lhe conferem uma posição de superioridade em relação à outra parte. Ou seja, o Direito de propriedade pode ceder à vontade do Estado em situações declaradas pelo Poder Público como de utilidade/ necessidade pública ou de interesse social, mesmo quando seja respeitada a função social de sua existência, qual seja, servir de moradia ou de local de trabalho.

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