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Cirurgias do sistema digestório

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CIRURGIAS DO SISTEMA 
DIGESTÓRIO 
Mv. Dr. Leonardo Dias Mamão 
Anatomia do sistema digestório
Boca
Glândulas salivares
esôfago
Fígado
pâncreas
Intestino grosso
Intestino delgadoEstômago
Reto
Anatomia cirúrgica do estômago
Cárdia
Artérias gástricas
Artérias gástrica 
curta e 
gastroepiplóicas
Anatomia cirúrgica do intestino
Estômago
Duodeno descendente
Flexura caudal
Duodeno ascendente
Ceco
Cólon ascendente
Cólon Transverso
Cólon Descendente
Reto
Jejuno
Íleo
Principais patologias
• Fístula oronasal congênita; 
• Mucocele; 
• Dilatação vólvulo gástrica; 
• Corpos estranhos;
• Neoplasias intestinais; 
• Intussuscepção; 
• Prolapso retal;
Fístula oronasal congênita
Fístula oronasal congênita
- Comunicação anormal entre a cavidade oral e nasal; 
- Pode envolver o palato mole, palato duro, pré-maxila e ou lábio; 
- Estes defeitos ocorrem quando não há a fusão do palato 
durante o desenvolvimento fetal (com 25 – 28 dias de gestação 
ocorre o fechamento); 
- Pode ocorrer por uso de medicações (corticóide, metronidazol, 
AS, antifúngicos,...)
Fístula oronasal congênita
• Classificações: 
- Uni ou bilateral; 
- Fenda palatina primária (Lábio leporino); 
- Fenda palatina secundária (Palato duro e/ou mole); 
- Fenda palatina completa (lábio leporino até o palato mole);
Fístula oronasal congênita
Fístula oronasal congênita
- Alguns neonatos são incapazes de mamar, e morrem após o 
nascimento; 
- Contaminação da cavidade nasal com saliva e alimentos; 
- Sinais de rinite e outras infecções respiratórias;
Fístula oronasal congênita
- Cães (braquicefálicos) mais afetados que gatos; 
- Raças puras: maior incidência; 
- Pequinês, buldogues, schnauzer miniatura, beagle, cocker e 
duchshunds (gatos siameses); 
- Fêmeas são mais acometidas;
Fístula oronasal congênita
• Diagnóstico: 
- Anamnese: 
➢Histórico de dificuldade de mamar; 
➢Regurgitação; 
➢Drenagem de leite pela cavidade nasal; 
➢Engasgos, tosse e/ou espirros; 
➢Crescimento deficiente; 
➢Sinais de infecções respiratórias;
Fístula oronasal congênita
- Exame físico: 
➢Diagnóstico definitivo; 
➢Inspeção da cavidade oral do nascimento; 
➢Pacientes magros, com falha de desenvolvimento; 
➢Auscultação de ruídos respiratórios (pneumonia aspirativa); 
- Radiografia e ultrassom: Normalmente não são necessários 
(casos de pneumonia pode-se realizar raio x);
Fístula oronasal congênita Fístula oronasal congênita
Fístula oronasal congênita Fístula oronasal congênita Fístula oronasal congênita
Fenda palatina adquirida
Síndrome do gato paraquedista
Fístula oronasal congênita
• Tratamento: 
- Cirúrgico; 
- Neonatos devem ser alimentados por sonda orogástrica 
até ter idade para a cirurgia; 
- Se apresentar pneumonia (antibióticos, fluido, oxigênio...); 
- Pacientes pediátricos não devem ficar em jejum por mais 
de 4 – 8 horas;
Sondagem orogástrica
Tratamento cirúrgico
- Fenda palatina primária (lábio leporino): 
➢ Z plastia; 
- Fenda palatina secundária: 
• Palato duro: 
➢Menor que 1 cm largura: Flapes bipediculares deslizantes; 
➢Maior que 1 cm largura: Flapes sobrepostos; 
• Palato mole: 
➢Dividir a mucosa oral da nasal: Estafilorrafia (sutura em dois planos); 
• CUIDADO COM A ARTÉRIA PALATINA MAIOR;
Fechamento de lábio leporino Z plastia
Z plastia Flapes bipediculares deslizantes Flapes bipediculares deslizantes
Flapes bipediculares deslizantes
Flapes bipediculares deslizantes
Flapes sobrepostos Estafilorrafia (palato mole)
Pontos-chave para o sucesso do tratamento cirúrgico
• Retalho deve ser amplo (pelo menos 2 vezes o tamanho do 
defeito); 
• Não haver tensão; 
• Reavivar as bordas; 
• Boa antissepsia; 
• Preservar a artéria palatina maior; 
• Sutura em padrão isolado; 
• Uso de fios absorvíveis;
Fístula oronasal congênita
• Pós-operatório: 
- Alimentação por sonda esofágica (7 – 14 dias); 
- Analgesia (Tramadol: 5 mg/Kg cães; 1-2 mg Kg gatos; 5 dias); 
- Antibióticoterapia: Stomorgyl; Clindamicina; 
- Antiinflamatório: Maxicam (0,1 mg/Kg, 3 dias); 
- Reavaliação periódica; 
- A utilização de fios absorvíveis evita a remoção dos pontos;
Fístula oronasal congênita
• Complicações: 
- Deiscência e cicatrização incompleta (tensão; suprimento 
sanguíneo fraco, tecido traumatizado, movimentação da língua 
contra a ferida,...); 
- Deiscência tardia pode estar associado ao estresse induzido 
por crescimento no reparo; 
- SEMPRE AVISAR O PROPRIETÁRIO QUE PODE SER 
NECESSÁRIO MAIS DE UMA CIRURGIA;
Fístula oronasal congênita
• Prognóstico: 
- Com o procedimento cirúrgico, o prognóstico é bom; 
- Em neonatos, o prognóstico é reservado a desfavorável; 
- Animais que apresentarem defeitos do palato, terão 
frequentemente rinite e pneumonias (Reservado);
Mucocele Mucocele
• Coleção de saliva que extravasou de uma glândula ou um 
duto salivar danificado, e foi circundado por tecido de 
granulação; 
- Mucocele cervical: coleção de saliva nas estruturas mais 
profundas do espaço intermandibular, no ângulo mandibular ou 
na região cervical superior;
Mucocele
- Mucocele sublingual (Rânula): coleção de salivar no tecido 
sublingual caudal às aberturas dos dutos sublingual e 
mandibular; 
- Mucocele faríngea: coleção de saliva em tecidos adjacentes à 
faringe; 
- Mucocele zigomática: coleção de saliva ventralmente ao globo 
ocular;
Mucocele
- Mucoceles salivares NÃO são cistos; 
➢Cistos são cavidades revestidas por epitélio; 
➢Mucoceles são revestidos por tecido de granulação, induzido 
secundariamente a uma inflamação causada pela saliva livre nos 
tecidos; 
- Raramente a causa é identificada; 
- Traumatismos contusos (coleiras enforcadores), corpos 
estranhos e sialólitos (cálculos);
Mucocele
- Mais comum na área intermandibular e na área sublingual; 
- Cães são mais afetados que gatos; 
- Poodles, pastores alemães e dachshunds são mais 
acometidas; 
- Machos são mais predispostos; 
- Qualquer idade;
Diagnóstico
- Anamnese e sinais clínicos: 
- Depende da localização; 
- Massa indolor, flutuante e de desenvolvimento gradual 
(Diferente de tumores e abscessos); 
- Apreensão anormal de alimentou ou sangramento oral 
(Rânula);
Diagnóstico
- Desconforto respiratórios e disfagia (mucoceles faríngeas); 
- Exoftalmia e estrabismo (mucocele zigomática); 
- Algumas são difícil determinar o lado afetado (indicado colocar 
o animal em decúbito dorsal, geralmente a mucocele tende a ir 
para o lado afetado);
Diagnóstico
- Radiografia: 
- Raramente ajudam (exceto na presença de sialólitos, corpos 
estranhos ou neoplasias); 
- Ultrassom: 
- Sem valor diagnóstico; 
- Laboratoriais: 
- Paracentese (aspirado de saliva é diagnóstico definitivo);
Mucocele cervical
Mucocele cervical Rânula Diagnóstico diferencial
- Neoplasias; 
- Abscesso cervical; 
- Corpo estranho; 
- Hematoma; 
- Linfonodos císticos ou neoplásicos; 
- Cistos;
Tratamento
- Não indicado drenagens repetidas (complicará a cirurgia, risco 
de contaminação, abscedação ou fibrose); 
- Cirurgia é o tratamento de escolha;
Tratamento cirúrgico
• Mucocele cervical: 
- Excisão Glândulas salivares mandibulares e sublinguais e seus 
ductos; 
- SEMPRE excisar juntas, pois a gl. sublingual está intimamente 
associada com o ducto da gl. Mandibular (a remoção de uma 
traumatiza a outra); 
- Sem risco de xerostomia (secura excessiva da boca);
Tratamento cirúrgico
Tratamento cirúrgico Tratamento cirúrgico
• Mucocele sublingual (Rânulas): Marsupialiação 
- Drene a rânula e incise-a; 
- Suture o tecido de granulação que reveste a mucosa sublingual 
(marsupialização) para estimular a drenagem por vários dias; 
- Cicatrização rápida por segunda intensão;
Marsupialiação (Rânula)
Pós operatório
- Se colocado dreno, realizar curativos diariamente (e remove-lo dependendo 
da quantidade de secreção; 24 – 72 horas); 
- Alimentação pastosa nos primeiros dias; 
- Analgesia (Tramadol: 5 mg/Kg cães; 1-2 mg Kg gatos; 5 dias); 
- Antibióticoterapia: Enrofloxacina, cefalexina;- Antiinflamatório: Maxicam (0,1 mg/Kg, 3 dias); 
- Remoção da sutura com 10 dias;
Complicações
- Formação de seroma; 
- Infecções; 
- Recorrência da mucocele; 
- Ressecção de linfonodos; 
- Lesão de vasos e nervos;
Mucocele
• Prognóstico: 
- Prognóstico excelente se a cirurgia for realizada corretamente e 
a excisão das glândulas e dutos forem completos;
Dilatação vólvulo gástrica Dilatação vólvulo gástrica
• Aumento do tamanho do estômago associado com rotação em 
seu eixo mesentérico; 
• Dilatação simples: refere-se a um estômago ingurgitado com ar 
ou espuma, mas não está mal posicionado; 
- Sinônimos: Torção gástrica, timpanismo, DVG;
Dilatação vólvulo gástrica
- Síndrome aguda, grave e com alta taxa de mortalidade 
(Considerada a principal urgência cirúrgica); 
- Aumento do estômago associa-se com obstrução no 
escoamento gástrico (obstrução de causa desconhecida); 
- O estômago dilatado impede os meios fisiológicos de remoção 
de ar (eructação, vômito e esvaziamento pilórico);
Dilatação vólvulo gástrica
- Acúmulo de gás, líquido ou ambos gera o aumento gástrico; 
- O gás é proveniente da aerofagia (principal) e fermentação 
bacteriana; 
- O líquido provém da secreção gástrica normal e transudação de 
fluidos para o interior do lúmen gástrico como resultado de 
congestão venosa;
Etiologia
• Desconhecida; 
- Exercícios após ingestão de grandes porções de alimento 
altamente processados ou água podem colaborar; 
- Outras possíveis causas (predisposição anatômica, íleo 
paralítico, traumatismo, distúrbios de motilidade gástrica, vômito 
e estresse);
Fatores predisponentes
- Cães do sexo masculino, raças grandes e de meia-idade a 
idosos; 
- Estar abaixo do peso; 
- Ingerir uma refeição ao dia; 
- Comer rapidamente; 
- Temperamento estressado;
Fatores predisponentes
- Apresentar o tórax mais fundo e estreito (altera a relação 
anatômica, prejudicando a capacidade de eructação); 
- Frouxidão dos ligamentos hepatoduodenal e hepatogástrico; 
- Alimentar cães à partir de comedouros elevados; 
- Parente de primeiro grau com DVG (retirar da reprodução);
Fisiopatologia
- O estômago gira geralmente no sentido horário; 
- Pode haver rotação de 90 – 360 graus (mais comum 220 – 
270); 
- Duodeno e piloro se movem ventralmente para a esquerda da 
linha média, e ficam deslocados entre o esôfago e estômago; 
- Baço geralmente se desloca para o lado ventral direito;
Fisiopatologia
- Compressão das veias cava caudal e porta pela distensão; 
- Diminui o retorno venoso e o débito cardíaco gerando isquemia 
miocárdica; 
Fisiopatologia
- Reduz a pressão venosa central, volume de ejeção, pressões 
arteriais médias e débito cardíaco; 
- Choque obstrutivo e perfusão tecidual inadequada afetam 
vários órgãos (rins, coração, pâncreas, estômago, intestino 
delgado,...);
Fisiopatologia
- Pode ocorre necrose gástrica; 
- Muitos animais tem arritmias (complexos ventriculares 
prematuros), contribuindo para mortalidade. 
- Lesão de reperfusão gera sérios danos teciduais aumentando 
ainda mais a mortalidade;
Diagnóstico
- Anamnese: 
➢Histórico de distensão progressiva do abdômen; 
➢Início agudo; 
➢Animal em decúbito e deprimido; 
➢Pode manifestar dor e dorso arqueado; 
➢Esforços de vômito improdutivo e hipersalivação;
Diagnóstico
- Exame físico: 
➢Aumento de tamanho com timpânismo abdominal; 
➢Difícil palpar o abdômen (esplenomegalia); 
➢Sinais clínicos associados à choque (pulso periférico fraco, 
taquicardia, aumento de TPC, mucosas pálidas, dispnéia,...);
Diagnóstico
- Radiografia: 
➢Permite o diagnóstico; 
➢Necessária para diferenciar dilatação simples de torção; 
➢ Observação do “sinal de C reverso” na projeção latero-lateral; 
➢Ar livre abdominal (ruptura gástrica); 
“CUIDADO AO POSICIONAR O ANIMAL”
Diagnóstico
- Radiografia:
Diagnóstico
- Radiografia:
Diagnóstico
- Radiografia:
Diagnóstico
- Achados laboratoriais: 
➢Hemograma raramente útil (CID – Trombocitopenia); 
➢Hiperlactatemia (acidose metabólica); 
➢Acidose respiratória (secundária a compressão do tórax);
Diagnóstico diferencial
- Vólvulo intestinal; 
- Torção esplênica; 
- Ruptura diafragmática (se o estômago ficar herniado);
Tratamento médico inicial
- OBJETIVO: ESTABILIZAÇÃO DO PACIENTE; 
- Descompressão gástrica; 
- Terapia de choque: 
* Aumentar o debito cardíaco e a melhorar a perfusão tecidual; 
Tratamento médico inicial
- Cateterização de duas veias de grande calibre e realização de 
fluidoterapia agressiva; 
➢Em choque hipovolêmico: 60 - 90 ml/Kg de ringer lactato em 15 
minutos; 
➢Manter 20 ml/Kg/h;
Tratamento médico inicial
- Solução salina hipertônica 7,5% - auxilia no aumento rápido da 
volemia (4 ml/Kg); - somente se o animal estiver hidratado; 
- Para manter a pressão oncótica e melhor perfundir as aéreas 
isquêmicas (Voluven, 10-20ml kg, por 10-15 minutos); 
* Uso controverso; 
- Se após tudo isso, ainda apresentar hipotensão: 
* Vasopressores (dopamina, dobutamina,…);
Tratamento médico inicial
- Descompressão gástrica: 
* Punção percutânea com cateteres de grande calibre; 
* Sondagem orogástrica (sedação/anestesia); 
- Ideal a descompressão lenta (minimizar a síndrome de 
reperfusão);
Tratamento médico inicial
- Realizar lavagem gástrica; 
➢Observação de sangue no fluido é indicativo de necrose gástrica 
(intervenção imediata); 
- Caso não consiga introduzir a sonda (realizar a mudança da 
posição do paciente); 
➢Se não conseguir, intervenção cirúrgica imediata;
Descompressão/ lavagem gástrica Tratamento médico inicial
- Oxigenioterapia; 
- Antibiótico de amplo espectro (Ex. Enrofloxacina, ampicilina, 
ceftriaxona, metronidazol,...); 
- Corticóides: uso controverso; (usado precocemente pode 
aumentar o tempo entre a hipoxia tecidual e as lesões celulares 
que ela causa);
Tratamento médico inicial
- Analgesia (metadona, tramadol,...); 
- Monitoração eletrocardiográfica: 
➢Complexos ventriculares prematuros; 
➢Tratar com bolus de lidocaína (0,1 ml/Kg); 
- Suplementação de bicarbonato (somente baseado na gasometria); 
“ Somente o tratamento médico, risco de 80% de recidiva”; 
- SEMPRE O TRATAMENTO SERÁ CIRÚRGICO!
Tratamento cirúrgico
- Realizado tão logo o paciente esteja estabilizado (mesmo que o 
estômago tenha sido descomprimido); 
- Três objetivos: 
➢Inspecionar o estômago e o baço (identificar e remover tecidos 
necrosados); 
➢Descomprimir o estômago e corrigir qualquer mal posicionamento; 
➢Aderir o estômago na parede corporal para evitar recorrência;
Tratamento cirúrgico
- Reposicione o estômago (girar no sentido anti-horário); 
- Descomprimir o estomago; 
- Caso não tenha sido possível a sondagem, a manipulação 
intraoperatória permitirá a passagem; 
- Palpar o esôfago intra-abdominal para assegurar que o 
estômago esteja na posição correta;
Tratamento cirúrgico
- Avaliar o baço e o ligamento gastroesplênico: 
➢Necrose ou infarto esplênico; 
➢Se na palpação da artéria esplênica, não apresentar pulso, realizar 
esplenectomia;
Tratamento cirúrgico Tratamento cirúrgico
- Necrose gástrica (remoção do tecido); 
- Caso não tenha certeza da viabilidade do tecido, invagine o 
tecido anormal; 
- Evitar entrar no lúmen gástrico; 
- Realização da gastropexia;
Tratamento cirúrgico
- Necrose gástrica (remoção do tecido);
Tratamento cirúrgico
• Gastropexia: 
- Objetiva-se aderir permanentemente o estômago na parede 
corporal; 
- Existem várias técnica: 
➢Com sonda; 
➢Circuncostal; 
➢Flape muscular (incisional); 
➢Alça de cinto;
Tratamento cirúrgico
• Gastropexia com sonda (Gastrostomia): 
- Rápida e relativamente simples; 
- Permite descompressão gástrica pós-operatória e colocação de 
alimentação e medicação diretamente no estômago; 
- Para formar a aderência permanente, deixar a sonda na posição por 
7 – 10 dias; 
- Colocação inadequada, risco de extravasamento de conteúdo e 
peritonite;
Tratamento cirúrgico
• Gastropexia com sonda:
Tratamento cirúrgico
• Gastropexia circuncostal:- Vantagens: 
- Forma a aderência mais forte que as outras técnicas; 
- Como não entra no lúmen gástrico, risco de vazamento e 
contaminação diminuem (em relação à com sonda); 
- Desvantagens: 
- Técnica mais difícil; 
- Risco de pneumotórax e fratura de costela;
Tratamento cirúrgico
• Gastropexia circuncostal:
Tratamento cirúrgico
• Gastropexia Flape muscular: 
- Vantagens: 
- Fácil e rápido de se realizar; 
- Não abre o lúmen gástrico; 
- Desvantagens: 
- Menos fortes que a circuncostal;
Tratamento cirúrgico
• Gastropexia Flape muscular:
Tratamento cirúrgico
• Gastropexia Flape muscular:
Tratamento cirúrgico
• Gastropexia alça de cinto: 
- Iguais as da técnica de flape muscular; 
- Vantagens: 
- Fácil e rápido de se realizar; 
- Não abre o lúmen gástrico; 
- Desvantagens: 
- Menos fortes que a circuncostal;
Tratamento cirúrgico
• Gastropexia alça de cinto:
Gastropexia alça de cinto Gastropexia alça de cinto
Gastropexia alça de cinto Gastropexia alça de cinto Gastropexia alça de cinto
Gastropexia alça de cinto Gastropexia alça de cinto Pós-operatório 
- Monitorar rigorosamente o equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-base; 
- Pacientes hipocalêmicos (suplementar potássio); 
- Jejum por 12 – 24 horas (após, iniciar a alimentação líquida/pastosa 
de forma progressiva); 
- Gastrite e hemorragia secundária à isquemia são comuns (Ex. 
Ondansetrona, plasil, sucralfato, omeprazol, ranitidina,...);
Pós-operatório 
- Podem desenvolver anemia e hipoproteinemia (monitorar as 
alterações laboratoriais); 
- Manter o animal por até 48 horas após a cirurgia no 
eletrocardiograma: 
➢Arritmias ventriculares no pós operatório são comum – Bolus lidocaína; 
➢Corrigir antes a hipocalemia e os demais desequilíbrios ácido-base (caso 
contrario, não terá efeito a utilização da lidocaína); 
➢Cuidado com intoxicação p lidocaína (tremores, vômitos, convulsão);
Complicações
- Peritonite e sepse (nova intervenção cirúrgica); 
- Coagulação intravascular disseminada; 
➢Necessário terapia com heparina; 
- Óbito;
Prognóstico
- Reservado; 
- Taxas de mortalidade de até 45%; 
- Necrose ou perfuração gástrica ou demora na cirurgia 
(prognóstico ruim); 
- Aumento de lactato no pré-operatório é um indicador de 
necrose gástrica (menor que 6 mmol/L sugere-se não ter 
necrose – prognóstico melhor);
Recomendações aos tutores
- Oferecer várias refeições pequenas por dia; 
- Evitar estresse durante a alimentação (se necessário, separar 
animais); 
- Restrinja exercícios antes e depois das refeições; 
- Não utilize comedouros elevados; 
- Não cruze cães com histórico familiar de DVG; 
- Aos primeiros sinais, procurar o Médico Veterinário o mais rápido 
possível; 
- Gastropexia profilática ?????
Corpos estranhos
Corpos estranhos
• Qualquer coisa ingerida por um animal que não pode ser digerida 
(pedras, plástico, tecidos,...) ou que são digeridas lentamente 
(ossos,...); 
- Pode ser encontrado em qualquer parte do TGI; 
- Risco obstrução parcial ou total; 
* Obstruções parciais permitem a passagem limitada de fluido e gás, enquanto 
as obstruções totais não (maior gravidade); 
- Corpos estranhos lineares (linha, barbante, fios de tecido, pano ou fio 
dental): mais comum em gatos (costumam prender na base da língua);
Corpos estranhos lineares Corpos estranhos lineares Corpos estranhos
- Corpos estranhos rombos e pequenos podem atravessar o TGI sem 
danos; 
- Objetos estranhos no cólon geralmente são eliminados sem 
dificuldade (a menos que seja pontiagudos);
Corpo estranho intestinal
Aerofagia e produção de gás
Refluxo
Vômito, eructação
↓ peristaltismo
↑ Bactérias
Perdas hidroeletrolíticas
Distensão gasosa e 
hídrica
Secreções digestórias
Flatulência e 
diarreia
Aumento da 
secreção 
intestinal
Diminuição da 
absorção da parede 
intestinal
Congestão venosa, edema, 
ruptura da barreira de 
mucosa
Diagnóstico
- Apresentação clínica: 
• Animais jovens(menor de 4 anos), hiperativos e brincalhões; 
- Apresentam vômito agudo ou persistente;
Diagnóstico
- Anamnese: 
➢Apresentação depende da localização, do tipo de obstrução (parcial 
ou total), da duração e integridade intestinal; 
➢Geralmente início agudo; 
➢Vômito, anorexia, depressão; 
➢Algumas vezes diarreia e dor abdominal; 
➢Ocasionalmente o proprietário relata ter visto a ingestão;
Diagnóstico
- Exame físico: 
➢Distensão abdominal, diarreia, dor, postura anormal, choque; 
➢Obstruções superiores podem causar graves quadros de desidratação 
(vômito); 
➢Palpação abdominal pode identificar massa intestinal anormal com 
alças contendo gás e fluido; 
➢Visualização de corpos estranho lineares na base da língua 
(principalmente gatos);
Diagnóstico
- Radiografia: 
• Corpos estranhos radiopacos podem ser diagnosticado em Rx 
simples; 
• Podem ser necessários estudos contrastados; 
“NÃO USAR CONTRASTE DE BÁRIO em suspeita de perfuração”; 
• Aumento de gás intraluminal; 
• Intestino pregueado (corpo estranho linear); 
• SEMPRE realizar radiografias repetidas, imediatamente antes da 
cirurgia (o corpo estranho pode ter se movido);
Corpo estranho esofágico
Corpo estranho esofágico Corpo estranho esofágico Corpo estranho esofágico
Corpos estranhos gástricos Corpos estranhos gástricos Corpos estranhos gástricos
Corpo estranho intestinal
Raio x corpo estranho Linear Corpo estranho intestinal
Corpo estranho intestinal Corpo estranho intestinal Corpo estranho intestinal
Corpo estranho intestinal
Corpo estranho intestinal Corpo estranho intestinal
Diagnóstico
- Exames laboratoriais: 
• Depende da gravidade; Inespecífico; 
- Endoscopia: 
• Método de diagnóstico e tratamento dependendo do tipo e local do 
corpo estranho; 
➢Limitado ao esôfago, estômago e duodeno descendente; 
➢Reconhecimento de corpo estranho linear alojado no piloro;
Corpo estranho esofágico Diagnóstico
- Ultrassom: 
➢Junto ao raio x permite melhor avaliação e estabelecimento do 
diagnóstico; 
➢Identificação de objetos estranhos; 
➢Avaliação da motilidade; 
➢Sinais de peritonite (líquido livre, mesentério reativo,…).
Diagnóstico diferencial
• CE gástricos: 
- Neoplasias gástricas; 
- Obstrução pilórica (Ex. hipertrofia 
ou estenose); 
- Ulcerações gástricas;
• CE intestinais: TODAS AS 
CAUSAS DE OBSTRUÇÃO; 
- Intussuscepção; 
- Vólvulo; 
- Estenose; 
- abscesso; 
- Granulomas; 
- Neoplasias; 
- Mal formações congênitas;
Tratamento
• Cirúrgico: 
• Depende da localização do CE; 
• Esofagotomia; 
- Acesso esôfago cervical: Incisão cervical na linha média ventral; 
- Esôfago torácico: toracotomia intercostal; 
• Gastrotomia; 
• Enterectomia; 
• Enterectomia/enteroanastomose;
Tratamento cirúrgico
• Sempre inspecionar todo o trato gastrointestinal, durante a cirurgia; 
• Considerar a possibilidade do esôfago estar lacerado, ou a 
probabilidade do objeto se alojar no esôfago, possibilidade de 
aspiração do objeto; 
• Cirurgia esofágica acarreta mais risco que a de estômago; 
• Objetos pequenos e com bordas arredondadas (pode-se tentar induzir 
vômito);
Tratamento cirúrgico
- Animais assintomáticos com obstrução parcial podem ser monitorados 
por raio x quanto à decida (dependendo do corpo estranho); 
➢Se o objeto ficar parado por até 8 horas no mesmo local, já é indicativo de 
cirurgia; 
- A maioria dos corpos estranhos podem ser removidas por meio de 
enterotomia; 
- Necrose ou perfuração intestinal (enterectomia); 
 
Tratamento cirúrgico
- Se o CE for linear NÃO PUXAR (deve-se abrir em vários locais para a 
remoção do mesmo); 
- Se estiver presente por um longo período, pode ficar incrustado na 
mucosa (necessidade de enterectomia); 
- Cuidado com a tração excessiva do CE ao tentar remove-lo pois pode 
causar laceração iatrogênica; 
 
Pré-operatório
- Identificar e corrigir as anormalidades metabólicas e de ácido-base; 
- Jejum alimentar por 12 horas; 
- Administração de antibióticos; 
- Analgesia;
Pós-operatório
- Manter o animal internado em monitoração (correçãodo equilíbrio 
hídrico, eletrolítico e de ácido-base); 
- Se apresentando vômito (ondansetrona, maropitant, omeprazol,...); 
- Manter jejum nas primeiras 12 – 24 horas após a cirurgia; 
- Reintrodução gradual de alimento (iniciar com dieta líquida);
Pós-operatório
- Analgesia depende do tipo de intervenção (Tramadol: 5 mg/Kg cães; 
1-2 mg Kg gatos; 5 dias); 
- Antibióticoterapia: Enrofloxacina, Metronidazol, Amoxicilina,... 
- Antiinflamatório: Maxicam (0,1 mg/Kg, 5 dias p cães/3 dias p gatos); 
- Remoção da sutura cutânea com 10 dias;
Corpos estranhos gástricos
Corpos estranhos gástricos Corpo estranho intestinal
Corpo estranho intestinal
Corpo estranho intestinal Corpo estranho intestinal Corpo estranho intestinal
Corpo estranho Corpo estranho Linear Corpo estranho Linear
Corpo estranho linear Corpo estranho intestinal Corpo estranho intestinal
Corpo estranho intestinal Corpo estranho intestinal
Prognóstico
• Se estiver no estômago e o mesmo não tiver sido perfurado (Com 
perfuração, prognóstico reservado); 
• Bom sem peritonite a as ressecções intestinais extensas; 
 
• Maior mortalidade em animais com sinais clínicos mais exacerbados, 
corpo estranho linear, ou necessidade de mais de uma incisão 
gastrointestinal;
Neoplasia intestinal Neoplasia intestinal
• Acometem uma das camadas da parede intestinal, glândulas, 
células ou vasos linfáticos associados; 
• A maioria são malignas; 
• Mais frequentes no reto e cólon (cães) e ID (felino); 
• Podem causar obstrução mecânica intramural; 
• Invadem mais comumente camada muscular, comprometendo o 
diâmetro e reduzindo a distensibilidade;
Neoplasia intestinal
• No momento do diagnóstico, a doença já encontra-se avançada 
(com presença de metástase – principais locais são pulmão, 
fígado e baço); 
• Adenocarcinomas e linfomas são os mais comuns; 
- A maioria tem etiologia desconhecida; 
- Linfomas em felinos pode ser causado pelo FeLV ou FIV; 
- Pólipos são encontrados no duodeno (felino) e reto (canino); 
- Leiomiossarcoma intestinal podem acometer cães idosos;
Diagnóstico 
- Anamnese; 
- Exame físico; 
- Radiografia (tórax e abdômen); 
- Ultrassom (eleição – identifica a alteração); 
- Endoscopia; 
- Achados laboratoriais; 
- Biópsia (diagnóstica o tumor);
Neoplasia intestinal
• Diagnóstico diferencial: 
- Todas as causas de obstrução (idem corpos estranhos);
Tratamento
- Ressecção cirúrgica (enterectomia); 
- Quimioterapia (linfoma com FIV/FeLV não tem boa resposta); 
➢ Linfoma não é recomendado a remoção cirúrgica (somente a biópsia – 
tumor sistêmico) a não ser que o animal tenha obstrução intestinal. 
- Muitos tumores estão em estágio avançado para permitir a completa 
ressecção no momento do diagnóstico; 
- Se metástases a cirurgia é paliativa;
Neoplasia intestinal Neoplasia intestinal Neoplasia intestinal
Neoplasia intestinal Neoplasia intestinal Neoplasia intestinal
Neoplasia intestinal
Pós-operatório 
- Manutenção do equilíbrio hídroeletrolítico e de ácido-base; 
- Antibióticos; 
- Analgésicos; 
- Antiinflamatório; 
- Antieméticos; 
- Jejum 12 – 24 horas; 
- Reintrodução gradual de alimento; 
- Retirada dos pontos cirúrgicos 10 dias após;
Prognóstico
- Tumores benignos e pólipos que são excisados completamente, 
prognóstico excelente; 
- Adenocarcinoma localizado onde é possível a remoção completa 
(bom); 
- Sobrevida: aproximadamente 1 – 2 anos; 
- Linfoma em pacientes FelV positivo (ruim); 
- Tumores inoperáveis (ruim);
Intussuscepção Intussuscepção
• Invaginação de um segmento intestinal (intussuscepto) no 
interior do lúmen de um segmento adjacente (intussuscepiente); 
- Pode ocorrer em qualquer porção (Intussuscepção ileocólicas e 
jejunojejunais são mais comuns); 
- Associadas à enterites (parasitárias, infecciosas virais ou bacterianas, 
alterações dietéticas, corpos estranhos, massas,...); 
- Após cirurgias (íleo paralítico, aderências, mal funcionamento 
anastomótico);
Intussuscepção
- Não se encontra a causa na maioria das vezes; 
- Normalmente o intussuscepto é uma porção proximal (mas pode 
ocorrer o contrário) - Segue o peristaltismo normal; 
- Pode ocorrer em múltiplos locais e as vezes, duplas invaginações no 
mesmo local; 
- Inicialmente causa obstrução intestinal parcial, que progride para total; 
- Vasos envolvidos colabam;
Intussuscepção
- A parede se torna edematosa, isquêmica e túrgida; 
- Sangue extravasa no interior do lúmen e serosa sofre 
fissuras; 
- Desvitalização intestinal, com contaminação da cavidade; 
- Sepse, choque e óbito;
Diagnóstico 
- Apresentação clínica: 
➢Cães são mais acometidos; Animais jovens; 
➢Filhotes com parvovirose;
Diagnóstico
- Anamnese: 
➢A maioria tem histórico de que estavam doentes, mudaram de 
ambiente ou realizaram cirurgias recentes; 
➢Gravidade dos sinais depende da localização, do acometimento, da 
integridade vascular e duração; 
➢Hematoquezia, vômito, dor abdominal,... 
Diagnóstico
- Exame físico: 
➢Palpação de uma alça intestinal espessada e alongada, “em forma de 
salsicha” é altamente sugestivo; 
➢Algumas vezes, intussuscepções podem protruir a partir do reto e 
podem ser confundidas com prolapso retal (ileocólicas); 
➢Diagnóstica palpando a área ao redor do tecido;
Diagnóstico
- Radiografia: 
➢Identificação de massa de tecido mole tubular; 
- Ultrassonografia: 
➢Diagnóstico definitivo; 
➢Lesão em alvo (no corte transversal, visualiza-se anéis hiperecóicos e 
hipoecóicos concêntricos); 
• Diagnóstico diferencial: Todas as causas de obstrução;
Intussuscepção
Intussuscepção Intussuscepção Intussuscepção
Tratamento
- Cirúrgico: 
- Redução manual (tração suave); 
- Em animais com o intestino viável, realizar a enteropexia 
(pregueamento intestinal) para evitar recorrência; 
- Se a porção intestinal estiver inviável ou não for possível a 
redução manual, enterectomia e enteroanastomose;
Redução manual Pregueamento intestinal
Intussuscepção Intussuscepção Intussuscepção
Intussuscepção Intussuscepção Intussuscepção
Intussuscepção jejunojejunal Intussuscepção íleocolica Intussuscepção
Intussuscepção Intussuscepção Intussuscepção
Pós-operatório
- Manutenção do equilíbrio hídroeletrolítico e de ácido-base; 
- Antibióticos; 
- Analgésicos; 
- Antiinflamatório; 
- Antieméticos; 
- Jejum 12 – 24 horas; 
- Reintrodução gradual de alimento; 
- Retirada dos pontos cirúrgicos 10 dias após;
Prognóstico 
- Depende da causa, localização, completitude (parcial ou total) e duração; 
- Reservada; 
- Animais podem morrer 3 – 4 dias (enterotoxemia, hipovolemia e 
desequilíbrios); 
- Prognóstico bom com redução manual sem comprometimento; 
- Remoção de grandes porções intestinais, risco de estenose e síndrome 
do intestino curto;
Prolapso retal
Prolapso retal
• Protrusão da mucosa retal à partir do ânus; 
• Associado principalmente à endoparasitismo ou enterites 
em animais jovens; 
• Neoplasias e hérnias perineais em animais de meia-idade à 
idosos;
Prolapso retal
• Qualquer afecção que cause tenesmo; 
• Fraqueza dos tecidos conjuntivos ou músculos perineais, 
contrações peristálticas descoordenadas e inflamação ou edema 
da mucosas retal;
Prolapso retal
• Afecções associadas: 
- Endoparasitismo; 
- Enterite; 
- Copos estranhos intestinais; 
- Distocia; 
- Urolitíase;
- Constipação; 
- Defeitos congênitos; 
- Neoplasias; 
- Frouxidão esfinctéria; 
- Prostatopatias;
Prolapso retal
• Prolapso pode ser incompleto: 
- Envolve somente a mucosa; 
• Prolapso completo: 
- Todas as camadas e toda a circunferência retal; 
- Quantidade de eversão aumenta com o esforço contínuo;
Prolapso retal
• Tecido prolapsado fica edematoso, impedindo a retração 
espontânea; 
• Escoriações, sangramento, ressecamento e necrose;
Sinais predisponentes
- Acomete em cães e gatos; 
- Sem predileção racial (gatos da raça Manx são mais 
acometidos, por apresentarem frouxidão anal); 
- Acometem animais de qualquer idade (mais comum em animaisjovens);
Diagnóstico
- Anamnese: 
- Histórico de esforços ou cirurgias perineais recentes; 
- Exame físico: 
➢Protrusão da mucosa retal; 
➢Grau de prolapso varia (mm – cm); 
- Radiografias e ultrassom: 
- Ajuda a identificar a causa do prolapso; 
- Achados laboratoriais: 
- Inespecíficos;
Prolapso retal Prolapso retal
Prolapso retal Diagnóstico diferencial
- Intussuscepção ileocólica; 
➢Diferencia-se na palpação retal (em caso de intussucepção, é 
possível a inserção de um dedo ou sonda lisa ao longo da 
massa prolapsada, o que não é possível no prolapso retal);
Tratamento médico 
- Dependem da causa, do grau de prolapso, da cronicidade e se é 
recorrente ou não; 
- Prolapso agudo é mais facilmente tratado que o crônico; 
➢Crônico pode exigir ressecção;
Tratamento médico 
- Recomendado redução manual (Boa resposta); 
➢Prolapsos agudos, sem danos teciduais; 
➢Realizar lavagens com SF fria, massagens e lubrificação; 
➢Sutura suficientemente apertada para manter a redução do prolapso, 
sem interferir na eliminação de fezes pastosas;
ANESTESIA
Redução manual do prolapso retal Tratamento cirúrgico
- Prolapsos não redutíveis ou gravemente traumatizados 
devem ser amputados; 
- Deve-se realizar a colopexia quando o prolapso retal 
recidiva repetidamente após redução manual ou 
amputação;
Pré-operatório
• Redução do prolapso deve ser IMEDIATA (evitar 
traumatismos); 
- Antibióticos antes da indução anestésica; 
- Lavagem do tecido exposto com solução salina estéril fria e 
lubrificante hidrossolúvel;
Amputação do prolapso retal Pós-operatório
- Tratar a causa do prolapso para evitar recidivas; 
- Opióides epidurais eliminam o tenesmo e dor no pós operatório; 
- Analgésicos, anti-inflamatórios e antibiótico; 
- Dieta pobre em fibras (bolsa de fumo): 
➢Amolecedores fecais por 2 – 3 semanas; 
➢Remoção da sutura: 3 – 5 dias (redução manual); 
➢1 – 2 dias (pós cirúrgico);
Complicações
- Tenesmo, disquezia, hematoquezia e recorrência; 
- Hemorragia, vazamento, estenose anal, infecções, deiscência e 
incontinência fecal; 
- Animais com recorrência, deve fazer a colopexia;
Prognóstico
- Prognóstico de prolapsos crônicos sem redução manual ou 
cirurgia é ruim; 
- Animais tratados cirurgicamente tem bom prognóstico, desde 
que trata a causa primária;
Dúvida?

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