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Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso Alex Dinis Júnior – 8º Período @vet.baka INTRODUÇÃO Vamos relembrar… • Assepsia – Método de esterilização, objetos e superfícies, ex: auto-clave • Antissepsia – Método preventivo de desinfecção em organismos vivos • Esterilização – Processo que visa destruir todas as formas de vida microbianas que possam contaminar materiais e objetos • Tempos Cirúrgicos – Diérese (dividir, cortar, separar), hemostasia (prevenir, ou impedir sangramento), exérese (remoção de estruturas anatômicas) e síntese (remoção de tecido morto e sutura). PARAMENTAÇÃO – Conjunto de barreiras contra a invasão de microorganismos para proteção de exposição dos profissionais a sangue e outros fluídos orgânicos do paciente. • Gorro e máscara • Lavagem de dedos, mãos e antebraços • Seguir sentido dos dedos ao cotovelo • 30 a 40 lavagens • Não tocar em nada • Vestir avental • Calçar luvas MESA DE INSTRUMENTOS http://www.instagram.com/vet.baka http://www.instagram.com/vet.baka Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso Alex Dinis Júnior – 8º Período @vet.baka DERMATOPLASTIAS Cirurgia plástica da pele para corrigir anormalidades congênitas, traumáticas ou neoplásicas Epiderme é fina em camada com pelos e mais espessa na com menos pelos, avascularizada. Derme é vascularizada, mais espessa. Nutre e sustenta a epiderme. Possui vasos sanguíneos e linfáticos, nervos, folículos pilosos, glândulas, dutos e fibras musculares lisas. !! Cães e gatos não possuem vasos musculocutâneos, possuem a pele solta. Artérias e veias se ramificam a partir dos vasos cutâneos. Cicatrização de Ferimentos – Relaciona-se com eventos físicos, químicos e celulares, iniciando imediatamente após lesão ou incisão, além de fatores do hospedeiro (idade, nutrição, patologias) e do ferimento em si (materiais estranhos, antissépticos, calor e umidade para cicatrização mais rápida). Decisão da síntese – Se relaciona com o tempo da lesão (6 a 8hrs), contaminação, dano tecidual, suprimento sanguíneo, estado do paciente e localização do ferimento. Estágios da Cicatrização: • Fase inflamatória: 5 dias, aumento da permeabilidade vascular, quimiotaxia de células circulatórias, liberação de citocinas, fatores de crescimento e ativação celular. • Fase de debridamento: Exsudato, neutrófilos 6hrs após lesão que evitam infecção e realizam fagocitose, monócitos 12hrs após lesão que tornam-se macrófagos, secretam colagenase, removem tecido necrosado, bactérias e materiais estranhos. • Fase de reparo: 3 a 5 dias, fios de fibrina no coágulo, máximo de colágeno de duas a três semanas. Síntese de colágeno e fibroblastos diminuem, borda da ferida progredindo de 0,4 a 1mm/dia. • Fase de maturação: 17 a 20 dias, colágeno já foi depositado adequadamente com 80% da força tecidual normal recuperada. Capilares diminuem e a cicatriz se torna pálida. Tratamento de Feridas Abertas – Devem ser cobertas com atadura seca imediatamente após lesão, evitando contaminação e hemorragias. Classifica-se em contaminado (reação inflamatória por contato de material contaminado) ou infectado (sinais de infecção como edemas, vermelhidão, dor, alteração de temperatura e pus). Tratamento de feridas penetrantes apenas com minuciosa avaliação cirúrgica. Tricotomia (óleo natural na ferida para não cair pelo), lavagem abundante (alta pressão e seringa), sutura apenas com tecido de granulação viável. Sempre utilizar antibióticos com a melhor apresentação e classe antibiótica para o tipo e local da ferida. Ex: Cefalosporina e cefalexina bons para pele. http://www.instagram.com/vet.baka http://www.instagram.com/vet.baka Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso Alex Dinis Júnior – 8º Período @vet.baka Tipos de Ferimentos Abertos: • Abrasão: Superficial, arranhão ou ralada. Sem muito sangramento. • Laceração: Corte profundo. Sangramento rápido e extenso. • Avulsão: Ruptura parcial ou completa da pele, sangramento rápido e extenso. • Perfuração: Pequeno buraco causado por objeto longo e pontudo. Não sangram muito, mas podem danificar órgãos. • Esmagamento, queimaduras, etc.. Ataduras – Atuam na limpeza e controle do ferimento. Reduz edema e hemorragia, elimina espaço morto e imobiliza tecido lesado. Minimizam cicatriz, absorvem e caracterizam secreções. Camada de Contato Primária – Toca a superfície do ferimento. Deve permitir movimentos, limpeza e manuseio. Tipos de Curativos de Contato Primário: • Aderente: Líquidos transparentes em camada criando barreira entre pele, ferimento e ambiente. • Aderente Seco: Tecido necrosado, exsudato de baixa viscosidade, gaze seca. Desvantagens de remoção dolorosa, células viáveis removidas e ressecamento. • Aderente Úmido: Tecido necrosado, exsudato de baixa viscosidade, gaze embebida em solução salina estéril. Absorve mais rápido que a seca, mais confortável. Desvantagem de remoção dolorosa, proliferação bacteriana, maceração tecidual e remoção. • Não Aderente: Não grudam na superfície da ferida, fase de reparo na cicatrização, retém umidade e impede a desidratação. Promove epitelização, gaze com pomada. • Oclusivo: Camada adesiva e hidrocolóide, ferimentos com leito de granulação, epitelização inicial e troca de 2 a 3 dias. • Semioclusivo: Absorve exusado e isola da pele adjacente saudável. Camada Intermediária Secundária – Absorvente, remove e retém agentes prejudiciais como sangue e exsudato. Acolchoa, sustenta e segura a primária. Camada Externa Terciária – Mantém as outras camadas, protege da contaminação externa. Gaze em rolo e esparadrapo. Tipos de Ataduras – Absorvente, aderente (úmidas-secas, úmidas-úmidas, secas-secas), não aderentes, oclusivas, amarradas, estabilizadoras, pós operatórias ou de ferimento fechado, de pressão e de alívio. Alivio de Tensão – Divulsionar pele profundamente, preservar plexosubdérmico e vasos cutâneos. Corte de pele com lâmina de bisturi, evitar instrumentos de esmagamento e sangramento excessivo com hemostasia. Tipos de Flapes: • Pediculados: Flapes são “línguas” de epiderme e derme destacadas parcialmente de locais doadores para cobrir defeitos. • Locais: Mais frequente, zona doadora próxima ao defeito. Indicada em pescoço, tronco e região proximal de membros. Práticos e resultado estético bom. • Enxertos Distantes: Pouco frequente, zona doadora distante do defeito e desconfortável, resultado estético ruim. • Rotacional: Forma semicircular, cobrem defeitos triangulares. • Transposição: Locais e retangulares, largura do flape equivalente ao defeito. • Axial: Artéria e veia na base. Melhor perfusão, exige planejamento e medição. Na artéria temporal superficial, para defeitos na cabeça e região maxilofacial, centrado sobre arco zigomático. http://www.instagram.com/vet.baka http://www.instagram.com/vet.baka Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso Alex Dinis Júnior – 8º Período @vet.baka AFECÇÕES CIRÚRGICAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO Tonsilectomia – Remoção das tonsilas. Indicada em casos de neoplasia (biópsias ou remoção), carcinoma de células escamosas e linfossarcoma. Tonsilas aumentadas podem ser sinal de obstrução de via aérea ou disfagia. Utiliza-se ponto absorvível, analgésico e antibiótico para menor alteração no pós-operatório. Glossectomia – Remoção da língua. Indicada em casos de neoplasiana margem ou base da língua, como carcinoma de células escamosas, melanoma maligno, mielobastoma das células granulares e mastocitoma. Se atentar com pintas na língua do animal. Amputação de 40 a 60% rostral. Em casos de amputação da base, animal pode ter dificuldades para sugar água e alimentos. Tumores Orais – Mais comum em gengiva, mucosa bucal e labial, língua, tonsilas e elementos dentários, nessa respectiva ordem. Em cães, é mais comum melanoma, CCE e fibrossarcoma, benignos epúlides. Em gatos, CCE, benignos são raros. Tratamento periodontal auxilia na prevenção de diversas doenças além de diagnósticos. Melanoma – Comum em cães, raro em gatos. Ocorre bastante em gengiva, com invasão local precoce. Metástase em linfonodos e pulmões, 80% dos casos. Radioterapia é o tratamento mais indicado, imunoterapia e quimioterapia pouco ou nenhum resultado. Carcinoma de Células Escamosas CCE – Mais comum em gatos. Atinge gengiva, lábios, língua e tonsilas. Massas vermelhas friáveis, vasculares e ulceradas. Orofaringe rostral (invasite com potencial metastático baixo) ou caudal (mais infiltrativos e metástases mais rápido). Em cães, são localmente invasivos com baixa taxa de metástase. CCE Gengival felino tem prognóstico pior que de cães. CCE tonsilares crescem rapidamente, com invasão local precoce e alta taxa de metástase. Fibrossarcoma – Acomete mais cães. Gengiva, maxilar e palato duro. Infiltração local, metástase distante rara. Osteossarcoma tem 10% dos tumores sendo mandibulares e maxilares. Epúlides – Benigno, representa cerca de 30% dos casos de neoplasias orais sendo rara em gatos. Massas gengivais firmes (ligamento periodontal) ou fibromastosas (fibromatosas, ossificante e acantomatosas). Ameloblastomas – Benignos, surgem da lâmina dentária e cães jovens. Papilomas – Benignos, papilomavírus, acometendo mucosa bucal e gengiva. Regridem espontaneamente em dois meses. Apresentação Clínica: • Predisposição de Raças: Boxers, pastores alemães, golden retrievers, cocker e poodles. • Idade: 7 a 10 anos • Papilomatose: 1 ano ou menos • Geralmente diagnosticado em estágio avançado com tratamento periodontal http://www.instagram.com/vet.baka http://www.instagram.com/vet.baka Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso Alex Dinis Júnior – 8º Período @vet.baka • Sinais Clínicos: Anorexia, perda de peso, perda de dentes, salivação e corrimento nasal • CCE Tonsilar: Obstrução orofaríngea com dispneia, anorexia, tosse ou salivação • Inchaço Cervical: Metástase linfonodais • Exame Físico: Porção rostral visualizados, tonsilas e orofaríngeo com sedação/anestesia • Tratamento: CCAF, biópsia. Irá depender do tipo, local, extensão e estágio tumoral, além da idade e saúde do paciente que podem gerar limitações do tratamento • Pós Operatório: Analgesia, monitorar alimentação e necessidade de esofagostomia, avaliar metástase e reicidiva local • Complicações: Recorrência tumoral, deiscência de ferida por tensão na linha de sutura, bisturi elétrico ou necrose isquêmica de flape de mucosa • Prognóstico: Depende do tipo e comportamento biológico tumorais. Mucoceles Salivares – Coleção de saliva que vazou de uma glândula ou ducto salivar danificado. Circundada por tecido de granulação, podendo ser mucocele cervical, sublingual, faríngea e zigomática. !! Mucoceles complexas envolvem dois ou mais tipos. Apresentação Clínica: • Fisiopatogenia: Raramente se identifica a causa, podendo ser traumatismos (enforcadores), corpos estranhos e sialólitos • Predisposição: Mais comum em cães • Sinais Clínicos: Dependem da localização, maior incidência de mucoceles cervicais ou intermandibulares. Massa indolor, flutuante e de desenvolvimento gradual. Sublingual com apreensão anormal e sangramento oral • Faríngeas: Desconforto respiratório e disfagia • Exame Físico: Mucoceles com aspecto mole e flutuante. Tumores e abscessos firmes. Em decúbito dorsal permite que a mucocele tenda para o lado afetado. Mucoceles sublinguais com saliva avermelhada e trauma dental. Mucocele zigomática com exoftalmia, inchaço periorbitário e neuropatia óptica • Radiografia: Siálolitos, corpo estranho ou neoplasias. Raio-x do tórax para verificar metástase. Sialografia com contraste no duto salivar é possível mas é difícil • Paracentese: Condições assépticas, fluído mucóide, claro, amarelado ou tingido com sangue, com contagem celular baixa • Tratamento: Excisão da glânduladucto envolvida e drenagem da mucocele • Complicações: Seroma, infecção e recorrência de mucocele. Corpos Estranhos Esofágicos – Esôfago conecta faringe ao estômago, corpos estranhos podem obstruir. Apresentação Clínica: • Fisiopatogenia: Mais comum casos de ossos grandes demais ou com bordas pontiagudas presas a mucosa esofágica. A presença do CE estimula o peristaltismo, podendo ocorrer necrose por pressão de mucosa, esofagite, perfuração, pneumonia por aspiração ou alimento que não ultrapassa por regurgitação. Objetos pontiagudos podem perfurar parede e grandes vasos da base cardíaca, gerando hemorragia grave. Fístula com traquéia, brônquios, parênquima pulmonar ou pele. • Predisposição: Cães mais afetados, principalmente de porte pequeno. Mais comum nos primeiros anos de vida. • Sinais Clínicos: Engasgo, sialorréia, mímica de vômito, inapetência, depressão, desidratação e dispneia. Início agudo de regurgitação. • Diagnóstico: Variam conforme duração, localização e tipo de obstrução podendo ser parcial ou total. Anorexia pela má condição corporal e pneumonia por aspiração com ausculta ruidosa. Raio-x e endoscopia. • Diferencial: Anomalia de anel vascular, neoplasias, estenoses por esofagite, hérnias hiatais, megaesôfago e divertículos esofágicos. • Tratamento: Endoscopia procedimento ouro no diagnóstico e tratamento. Contra-indicado em objetos incrustados na parede esofágica. • Pós Operatório: Analgesia, ATB, cuidados com alimentação e esofagostomia se necessário. Protetor gástrico, selante e antiemético. • Complicações: Esofagite, necrose isquêmica, deiscência, infecção, fístulas e estenose. http://www.instagram.com/vet.baka http://www.instagram.com/vet.baka Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso Alex Dinis Júnior – 8º Período @vet.baka Corpos Estranhos Gástricos – Não digerido ou lentamente digerido. Apresentação Clínica: • Predisposição: Animais jovens. • Sinais Clínicos: Êmese por obstrução de escoamento, distensão gástrica e irritação da mucosa. Pode ser assintomático, sendo descoberto por achados acidentais. Dor abdominal, desidratação, peritonite. • Diagnóstico: Inspeção da cavidade oral, ventral à lingua. Raio-x, endoscopia diagnóstica ou terapêutica. Dilatação Vólvulo Gástrica – Aumento de tamanho do estômago associado com rotação em seu eixo mesentérico. Apresentação Clínica: • Predisposição: Anatômica. Exercícios após ingestão de grande quantidade de alimentado processado ou água. Traumatismos. Raças de peito profundo e grande, meia idade a idosos. • Fisiopatogenia: Aumento de estômago e obstrução de escoamento gástrico funcional ou mecânica. Acúmulo de gás e/ou fluídos. Rotação de 90º a 360º. Duodeno e piloro se movem ventralmente para a esquerda. Compreesão das veias cava caudal e portal, diminui retorno venoso e débito cardíaco. Isquemia miocárdica. • Sinais Clínicos e Anamnese: Vômito, estresse. Histórico de abdômen timpânico. Distensão progressiva. Animal em decúbito e reprimido, com abdômen distendido. Dor e dorso arqueado, esforço de vômito improdutivo,hipersalivação e inquietação. • Diagnóstico: Radiografia, diferenciar dilatação simples de dilatação mais vólvulo. Descompressão anterior a radiografia. • Diagnóstico Diferencial: Vôlvulo de intestino delgado, torção esplênica, ruptura diafragmática e ascite. • Pré Operatório: Estabilizar o animal, fluídos isotônicos 90ml/kg/h. Solução salina hipertônica 7%, 4 a 5ml/kg de 5 a 15 min. Antibiótico de largo espectro (cefazolina 22mg/kg) e oxigenioterapia. Coleta de sangue e hemogasometria. Descompressão gástrica percutânea, tubo estomacal quando possível e lavagem com água morna. • Paciente em Choque: Pulsos periféricos fracos, taquicardia, TPC prolongado, mucosas pálidas e dispneia. • Objetivos do Tratamento Cirúrgico: Inspeção do estômago e baço, remover tecidos danificados. Descompressão e reposicionamento de estômago. Adesão de estômago na parede muscular, evitar reicidiva. • Pós Operatório: Fluidoterapia, transfusão de plasma (hipoproteinemia), transfusão de sangue, antibioticoterapia, analgésicos, jejum hídrico e alimentar e antagonistas de receptores de H2 (cimetidina e ranitidina). • Complicações: Choque após cirurgia decorrentes dos tratamentos inadequados. Combinação de anestésicos, choque séptico- endotóxico, ruptura gástrica e arritmias ventriculares de 12 a 36 horas após. Desequilíbrio eletrolítico, hipoproteinemia devido a inflamação associada a peritonite ou gastrite, anemia, esofagite. Falhas na técnica cirúrgica, deiscência dos pontos e peritonite. Cirurgia do Intestino – Enterotomia (incisão no intestino) ou enterectomia (retirada de alguma parte ou segmento do intestino). Apresentação Clínica: • Indicações: Obstruções, traumatismo, malposicionamento, infecções e diagnóstico. http://www.instagram.com/vet.baka http://www.instagram.com/vet.baka Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso Alex Dinis Júnior – 8º Período @vet.baka • Diagnóstico: Radiografia (gás fluído anormais, massas, corpo estranho e deslocamento intestinal), contraste (perfuração intestinal) e US (espessura da parede intestinal, aparência e simetria, peristaltismo, padrões de conteúdo intestinal, localização e extensão da lesão). • Doenças Específicas: Corpos estranhos intestinais, neoplasias (maioria malignas – adenocarcinomas em cães, leiomiossarcoma, linfoma em gatos e pólipos), intussuscepção, vólvulo e torção intestinais e megacólon. Hérnia Perineal – Músculos perineais se separam, permitindo que o conteúdo retal, pélvico e/ou abdominal desloque a pele perineal. Observa-se esforço e fraqueza, atrofia muscular uni ou bilateral. Raro em gatos, predisposição com animais machos a partir de cinco anos. Prolapso Retal – Protrusão de mucosa retal a partir do ânus. Pode indicar parasitose, tumores ou hérnias perineais. Tenesmo. Pode ocorrer prolapso completo ou incompleto. AFECÇÕES CIRÚRGICAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Estenose das Narinas – Aberturas anormalmente estreitas. Cartilagens colabam medialmente, gerando um fluxo aéreo restrito (dispneia). É uma cirurgia que sangra muito normalmente. Apresentação Clínica: • Predisposição: Animais braquicefálicos (estenose de narinas, prolongamento de palato mole e eversão de sáculos laringianos) e em animais com anormalidades anatômicas e funcionais. Cães mais acometidos que gatos. • Sinais Clínicos: Respiração difícil e ruidosa. Esforço de vômito e expectoração de catarro. Problemas de engolição. Intolerância ao exercício, cianose. Excitação, estresse e aumento de calor piora os sinais. • Radiografia: Anormalidades cardiopulmonar adjacentes, espessamento de palato e diâmetro traqueal. Realizada para verificarmos sinais de alterações e quadros agravados. • Tratamento Médico: Controle de peso e restrição de exercícios. Sedação e oxigenioterapia em desconforto respiratório intenso, manter animal calmo e deitado. • Tratamento Cirúrgico: Síndrome braquicefálica passa por procedimentos múltiplos. Ressecção tecidual em cunha. Alongamento de Palato Mole – Se estende por mais de 1 a 3mm caudalmente a ponta da epiglote. Aumenta esforço inspiratório. Apresentação Clínica: • Predisposição: Animais braquicefálicos, anormalidade congênita. • Sinais Clínicos: Problema para engolir (pneumonia por aspiração). Qualquer sexo. Respiração difícil e ruidosa. Esforço de vômito, engasgo com catarro. Intolerância ao exercício e cianose. Piora com estresse, exercício, calor, peso acima do ideal e umidade. http://www.instagram.com/vet.baka http://www.instagram.com/vet.baka Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso Alex Dinis Júnior – 8º Período @vet.baka • Exame Físico: Ronco dificulta ausculta. Aumento no esforço inspiratório. Avaliação de orofaringe com sedação ou anestesia. • Tratamento Médico: Controle de peso, restrição de exercício, sedação e oxigênio. • Tratamento Cirúrgico: Bom resultado com animais jovens até 4 anos, após isso é comum ocorrer colabamento de cartilagem laringiana. Decúbito esternal, suspensão da mandíbula onde o queixo não deve apoiar na mesa. Ressecção com tesoura ou bisturi. No pós operatório, verificar inchaço e recomendar dieta pastosa gelada nos primeiros dias. O procedimento sangra bastante, recomenda-se já ir realizando ponto interrompido simples para auxiliar na hemostasia. Eversão de Sacos Laringianos – Prolapso da mucosa que reveste criptas laringianas. Diagnosticado menos frequentemente, por endoscopia. É o primeiro estágio do colabamento laringiano. Aumento na resistência do fluxo, pressão negativa para mover o ar com vias aéreas obstruídas. Apresentação Clínica: • Predisposição: Animais braquicefálicos. • Sinais Clínicos: Respiração estridulosa, desconforto respiratório. Estridor mais proeminente na inspiração. Anestesia geral para avaliar laringe. • Tratamento Médico: Redução do peso, restrição e exercícios, sedação e oxigenação. • Tratamento Cirúrgico: Estenose da narina e alongamento do palato. Paralisia de Laringe – Falha completa ou parcial das cartilagens artienóides e das pregas vocais em se abduzir durante a inspiração. Disfunção dos músculos laringianos e obstrução respiratória superior. Apresentação Clínica: • Predisposição: Raças grandes (labrador), machos. Incomum em gato ou cães pequenos. • Sinais Clínicos: Estridor inspiratório progressivo. Alteração vocal, intolerância a exercícios. Paralisia em 1/3 de colapso traqueal. Respiração trabalhosa, ofegantes e hipertermia observada no animal. • Radiografia: Descartar outras causas. Edema pulmonar pós-obstrução e endoscopia. • Tratamento Médico: Redução de peso. Acompanhar vida sedentária e aliviar desconforto respiratório agudo. • Tratamento Cirúrgico: Aumentar a glote. Lateralização aritenóidea. Decúbito lateral ou dorsal e tosa de toda região cervical. Incisão ventral a veia jugular na borda caudal mandibular, retraindo músculo platisma e paratidauricular. Retrai o músculo esternocefálico e jugular externa dorsalmente, logo após o músculo esternoióideo ventralmente. Desarticule a articulação cricoteróidea e realiza sutura no processo muscular da cartilagem aritenoide e caudal a cartilagem cricóide. Impelir a cartilagem artinóide lateralmente, conferir abdução via intra-oral e realizar a aproximação de músculo tireofaringeo. Sutura em subcutâneo e pele. • Pós Operatório: Analgesia, monitoração de engasgo ou tosse. Oferecer apenas alimentos pastosos. Restrição a exercícios de 6 a 8 semanas, observa-se latido discreto e rouco. Colabamento Traqueal – Obstrução traqueal causada por flacideze achatamento cartilaginosos. Etiologia desconhecida. Diminuição de glicoproteína e glicosaminoglicanas. Cartilagem perde sua rigidez e ocorre colabação dorsoventral. http://www.instagram.com/vet.baka http://www.instagram.com/vet.baka Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso Alex Dinis Júnior – 8º Período @vet.baka Apresentação Clínica: • Predisposição: Cães toy e miniatura. Cães maiores por trauma e uso de enforcadores. Meia-idade a idosos. • Sinais Clínicos: Progridem com a idade, sinais mais graves em cães obesos. Engasgo após a tosse. Piora com exercícios, estresse, calor e estímulos nocivos (fumaça e alérgenos). • Exame Físico e Diagnóstico: Reflexo de tosse positivo. Laringoscopia e traqueoscopia. 50% apresenta colabamento bronquial. Radiografia mostra 60% dos casos são graves. Fluoroscopia avalia movimentação traqueal e brônquios. • Tratamento Médico: Casos leves tem menos de 50% de colabamento. Antitussígenos, antibióticos, broncodilatadores. Redução de peso e exercícios, resposta transitória. • Tratamento Cirúrgico: Sinais moderados a graves. Sustentar as cartilagens e músculo traqueais. Colocação de anés individuais e próteses de anés espirais. Decúbito dorsal com pescoço estendido e tricotomia. Anéis de polipropileno (seringa). Incisão da pele e subcutâneo, laringe ao manúbrio. Separar músculos esternoiódeo e esternocefálico. Inspeção da traqueia. Posicione o anel na face ventral da traqueia. Fixe a prótese com suturas. Sutura ao redor das cartilagens e envolvendo músculo traqueal em pelo menos uma delas. Aproximação dos músculos esternoiodeo e esternocefálico, sutura em subcutâneo e pele. Toracotomia – Incisando as costelas, rompe- se o esterno e realiza abordagem que irá depender da exposição exigida. Em decúbito lateral, incisão de pele no espaço intercostal, subcutâneo e músculo troncocutâneo. Músculo grande dorsal com tesoura (costelas craniais são mais retraídas que caudais). Transeccione músculo escaleno e peitoral. Músculo serrátil serrado ventral e músculo intercostal interno. Pleura, afastador de finochietto e toracorrafia (pré-colocação de 4 a 8 suturas ao redor das costelas). Amarra-se todas as suturas, e sutura os músculos serrátil ventral, escaleno, peitoral e músculo grande dorsal. Remove-se o ar residual e realiza sutura em subcutâneo e pele. Lobectomia Parcial – Identifica-se o tecido pulmonar. Coloca-se um par de pinças esmagadoras proximal a lesão. Padrão de sutura contínua e absorvível. Excise o pulmão entre a sutura e as pinças. Reposicione o pulmão na cavidade e preencha com solução salina pré-aquecida. Infle os pulmões e verifique vazamento, não pode ter ar vazando. Remova o fluído antes da miorrafia. Lobectomia Total – Isole a artéria pulmonar que supre o lobo afetado e aplique uma ligadura de material de sutura absorvível ou não. Coloque uma segunda ligadura de maneira semelhante. Transeccione a artéria entre as ligaduras. Ligue a veia pulmonar de maneira semelhante, e após ligue o brônquio principal. Reposicione o pulmão na cavidade e a preencha com solução salina pré-aquecida. Infle os pulmões e verifique vazamento. Remova o fluído antes da miorrafia. Traumatismo Na Parede Torárica – Fratura de várias costelas e peito móvel. Traumatismos contusos ou penetrantes. Dor e alteração respiratória. Enfisema subcutâneo. http://www.instagram.com/vet.baka http://www.instagram.com/vet.baka Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso Alex Dinis Júnior – 8º Período @vet.baka • Avaliação: Radiográfica para verificação de hemorragias, contusões pulmonares e pneumotórax. Achados laboratoriais inespecíficos. Lesões cardíacas são frequentemente desprezadas. • Tratamento Médico: Contusão pulmonar, mobilizar o segmento pelo posicionamento do paciente com lado afetado para baixo. • Tratamento Cirúrgico: Raramente exigem cirurgia, casos de traumatismo intratorácico, defeito de continuidade e concavidade. Hérnias Diafragmáticas Traumáticas – Ruptura de diafragma. Desconforto respiratório significativo. Crônicas podem ser assintomáticas. Na radiografia, nota-se perda da linha diafragmática, silhueta cardíaca, deslocamento de campos pulmonares. • Tratamento Médico: Estabilização do paciente. Oxigenioterapia, decúbito esternal e membros torácicos elevados para auxílio na ventilação. • Tratamento Cirúrgico: Mortalidade alta em casos de cirurgia sem estabilização ou hérnias com mais de 1 ano. Avaliação minuciosa em herniação gástrica. Incisão abdominal na linha ventral, reposicionamento dos órgãos. Sutura do defeito com padrão contínuo, removendo o ar da cavidade pleural. Miorrafia, sutura em subcutâneo e pele. Pneumotórax – Acúmulo de ar ou gás dentro do espaço pleural. Pode ser aberto (comunicação entre pleura e ambiente externo, projétil, mordeduras, fraturas costais), fechado (vazamento do parênquima pulmonar, árvore brônquica ou esôfago) ou ainda espontâneo (vazamento de ar a partir do pulmão sem trauma, secundário de pneumonia, abscessos e outros). • Sinais Clínicos e Diagnóstico: Cianose, pode apresentar enfisema subcutâneo. Radiografia após toracocentese. • Tratamento Médico: Toracocentese, scalp ou dreno. Traumático cicatriza em cinco dias, espontâneo necessita de cirurgia e ferimento aberto por curativo oclusivo. • Tratamento Cirúrgico: Pleurodese. Identifique e remova o pulmão doente. Lobestomias parciais, abrasão pleural com gaze seca. Solução salina e avaliação da formação de bolhas, sonda e remoção de ar residual. Quilotórax – Coleção de quilo espaço pleural. Fluxo ou pressões anormais no duto torácico, exsudação de quilo em vasos linfáticos. Pode afetar qualquer espécie, idade ou sexo. • Sinais Clínicos e Diagnóstico: Tosse, dispneia e abafamento de bulhas timpânicas, além de depressão e anorexia. Radiografia para verificação de derrame pleural ou doença parenquimatosa pulmonar. Achados laboratoriais de amostra EDTA para citologia. • Tratamento Médico: Tratar doença subjacente. Toracocentese intermitente. Sondas torácicas após cirurgia com acúmulo de líquido raro, sendo raro. Dieta pobre em gordura. Idiopática sem tratamento eficaz. • Tratamento Cirúrgico: Ligadura do duto torácico, resolução de 50% do problema. Anostomose linfaticovenosas abdominais para transporte de quilo para o sistema nervoso. Linfangiografia mesentérica para assegurar ligadura total do duto torácico. Piotórax – Inflamação da cavidade torácica, com resultante acúmulo de pus. Mais comum em gatos machos que brigam. • Sinais Clínicos e Diagnóstico: Excluir doenças imunossupressoras. Cultura e antibiograma, bactérias anaeróbias mais frequentes. Várias semanas do traumatismo até início de sinais como desconforto respiratório, anorexia e febre. Radiografia para verificação de derrame pleural e achados laboratoriais em casos de infecção, para análise do líquido. • Tratamento Médico: Agressivo, com sonda torácica. Duas a três lavagens por dia, 20ml/kg, permanecer na cavidade por uma hora e removendo após. Antibiótico sistêmico e antibiograma, mínimo 4 a 6 semanas. • Tratamento Cirúrgico: Em doenças subjacentes, torção de lobo pulmonar e abscesso. Coleta de material intratorácico. Lavagem abundante antes da toracorrafia. http://www.instagram.com/vet.baka http://www.instagram.com/vet.baka Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso Alex Dinis Júnior – 8º Período @vet.baka OFTALMOLOGIA Ceratoconjuntivite Seca – Doença ocularinflamatória crônica, comum no cão, determinada pela deficiência das camadas aquosa, mucínica, lipídica ou pela evaporação excessiva da lágrima. A maioria é mal diagnosticada como uma simples conjuntivite. Apresentação Clínica: • Sinais Clínicos: Olho vermelho, secreção mucosa, opacidade e pigmentação da córnea, vascularização e blefarite. • Diagnóstico: Teste lacrimal de Schirmer, cães 15-25mm/min e gatos 3 a 32mm/min. • Etiologia: Infecciosa, congênita, por fármacos, iatrogênica, metabólica, genética, auto-imune, trauma, radioterapia e neurogênica. • Tratamento Clínico: Estimulantes de lágrima (auto-imune), substitutos de lágrima, antiinflamatórios, antibióticos, ácidos graxos e piloparpina 2% (neurogênica). • Tratamento Cirúrgico: Plugs de colágeno ou silicone, oclusão de ponto lacrimal, transposição de ducto parotídeo e transplante de glândulas salivares. !! Córnea de canino e bovino mais espessas no centro. Felino e equino mais espessas no limbo. Ceratite Ulcerativa – Uma das afecções oculares mais frequentes em cães e gatos, se caracteriza pela solução de continuidade do epitélio da córnea levando à exposição do estroma subjacente. Apresentação Clínica: • Sinais Clínicos: Blefarospasmo, fotofobia, lacrimejamento, dor e prurido ocular. Devemos investigar anormalidades em cílios, pálpebras, filme pré-corneano, corpo estranho, edema corneano, distrofia epitelial e herpesvírus. • Tratamento: Objetivo de evitar infecção, antibióticos. Controlar a inflamação e dor com cautela. Evitar traumas com colar protetor. Devemos remover a causa e entender que não existe receita de bolo, avaliando as necessidades terapêuticas de cada paciente. Glaucoma – Classifica-se em primário (causa principal), secundário (causado por alguma patologia secundária) e congênito (recém nascidos e filhotes), sendo um grupo de doenças que tem como maior fator de risco a elevação da pressão intraocular e que apresentam uma neuropatia óptica caracterizada pela morte de células ganglionares retinianas e seus axônios. http://www.instagram.com/vet.baka http://www.instagram.com/vet.baka Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso Alex Dinis Júnior – 8º Período @vet.baka Apresentação Clínica: • Efeitos do Aumento da Pio – Aumento do bulbo ocular, quebra da bomba endotelial e edema. Buftalmia, reflexo de piscar, evaporação do filme lacrimal, ceratite por exposição, úlcera córnea, ceratite pigmentar. • Tratamento Médico – Diminuir a PIO para manter a visão e qualidade de vida do paciente, prevenir danos e tirar dor. • Tratamento Cirúrgico – Gonioimplantes, ciclofotocoagulação a laser. AFECÇÕES CIRÚRGICAS DO SISTEMA URINÁRIO Ureteres Ectópicos – Anomalia congênita na embriogênese. Um ou ambos ureteres drenam externamente à bexiga. Pode ser lesão intra ou extramurais. Apresentação Clínica: • Predisposição: Raro em gatos. Fêmeas mais comum que machos, animais mais velhos e raças como Huskies siberianos, golden retrievers, labrador, poodles e terriers. • Anamnese: Incontinência urinária constante ou intermitente. Podem apresentar micção normal ou gotejamento urinário. • Exame Físico: Umedecimento dos pelos perivulvares. Odor, irritação ou queimaduras por urina. Hímen persistente e pielonefrites. • Diagnóstico: Radiografia para avaliação de rins, bexiga e próstata. Urografia excretora. Cistografia retrógrada, pneumocistografia, vaginocospia e cistocospia em fêmeas. US para determinação dos ureteres ectópicos. • Diagnóstico Diferencial: Incontinência comportamental, por urgência de inflamação ou infecção, distúrbios neurogênicos, obstrução anatômica de escoamento, incontinência esfinctérica uretral. • Tratamento Médico: Agonistas alfa- adrenérgicos, fenilpropanolamina ou efedrina, imipramina ou dietilestilbestrol. Aumentar tônus esfinctérico uretral. • Complicações: Obstrução uretral por edema. Insuficiência renal e obstrução subsequente. • Prognóstico: 30 a 55% continuam incontinentes após cirurgia. Em Huskies, incidência de incompetência esfinctérica. Cálculos Renais e Ureterais – Os urólitos de estruvita são os mais comuns, seguidos dos de oxalato de cálcio, urato, silicato, cistina e mistos. Cálculos ureterais geram obstrução. Apresentação Clínica: • Predisposição: Alguns fatores contribuem para a formação de urólitos, como pH urinário, infecções, alta concentração de cristalóides na urina e diminuição na concentração urinária de inibidores de cristalização. Raças como schnauzer, shih-tzu, lhasa apso, yorkshire, pug, dálmata e basset hound. Fêmeas e cães de meia-idade a idosos mais predispostos. • Anamnese: Histórico de urolitíase, obstrução ou infecção. Análise de cálculos. • Exame Físico: Assintomáticos. Hematúria em gatos. Pielonefrite, poliúria, polidipsia, letargia, depressão, febre e anorexia. Destruição renal e obstrução, uremia e cistite. • Diagnóstico: Radiografia, maioria sendo achados acidentes e radiopacos. Avaliação de http://www.instagram.com/vet.baka http://www.instagram.com/vet.baka Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso Alex Dinis Júnior – 8º Período @vet.baka ureteres, bexiga e uretra. US para avaliar anormalidades, hidronefrose e hidroureter. Hepatopatias podem se relacionar com cálculos de urato, e insuficiência renal com uropatia obstrutiva ou pielonefrite. • Diagnóstico Diferencial: Infecção crônica do trato urinário quando tem sinais como hematúria e outros. • Tratamento Médico: Tratar possíveis causas como infecções, desvios portassistêmicos ou anormalidades metabólicas. Dietoterapia ou agentes farmacológicos, desobstrução. • Tratamento Cirúrgico: Estabilização do paciente. Remoção da obstrução ou infecção. Nefrotomia e pielolitomia. Os cálculos sempre devem ser enviados para análise. • Complicações: Insuficiência renal, hemorragia, extravasamento urinário e estenose ureteral. Neoplasias Renais e Ureterais – Nefroblastomas (maligno de desenvolvimento rápido que surgem de elementos embrionários renais), adenomiossarcomas embrionários, nefromas e tumores de Wilms. Apresentação Clínica: • Predisposição: Tumores primários incomuns em cães e gatos. Em gatos é comum ocorrer linfoma. Em pastor alemão, dermatofibrose associada a cistoadenocarcinomas renais. Pode ocorrer metástase pulmonar ou renais. Machos mais acometidos, meia-idade a idosos. Nefroblastomas e sarcomas renais em jovens. • Anamnese: Anorexia, depressão, perda de peso, tamanho abdominal aumentado pela massa renal. Dispnéia pode indicar metástase pulmonar, hemangiomas e hematúria. • Exame Físico: Massas pálpaveis, rim aumentado firme e nodular. Achados inespecíficos como claudicação – que pode indicar metástase óssea. • Diagnóstico: Radiografia para verificar aumento renal, tórax para verificar metástase. US específico. Exames laboratoriais podem indicar azotemia e anemia, além de hematúria na urinálise macroscópica e microscópica. • Diagnóstico Diferencial: Renomegalia, hidronefrose, doença policística e abscesso. Aumento abdominal pode ser baço ou fígado. • Tratamento: Estabilização do paciente. Nefrectomia em casos malignos e unilaterais, quimio e radioterapia em metástase ou gatos com linfomas, dependendo da avaliação. • Complicações: Hemorragia, extravasamento urinário e insuficiência renal. • Prognóstico: Ruim, raramente diagnosticados cedo. Natureza maligna e agressiva. Uroabdômen / Uroperitônio – Ruptura vesical. Pode ocorrer espontaneamente, por tumor, cistite ou obstrução uretral. Pode ocorrer também por traumatismo abdominal, cistocenteses e complicações cirúrgicas. ApresentaçãoClínica: • Predisposição: Acomete mais machos, onde a obstrução tem alto risco de ruptura. • Sinais Clínicos: São vagos, podendo apresentar azotemia, vômito, anorexia, depressão, letargia, hematúria, disúria e dor abdominal. Urina pode estar em volume e aspecto normal. • Exame Físico: Palpação, inchaço ou acúmulo de fluído. Equimoses, hematúria e disúria. • Diagnóstico: RX e US para verificar redução ou ausência de bexiga e aumento retroperitoneal. Cistouretrografia. Achados laboratoriais com hipercalemia, azotemia, nível de creatinina aumentado e peritonite séptica. • Diagnóstico Diferencial: Peritonite, vômitos, derrame abdominal, peritonite séptica ou biliar, pâncreas, baço, fígado e estômago. • Tratamento Médico: Drenagem abdominal, estabilização, correção dos desequilíbrios, cultura e antibiograma para infecção. • Tratamento Cirúrgico: Anastomose primária, reimplantação na bexiga. • Complicações: Vazamento urinário, deiscência, peritonite. • Prognóstico: Excelente a reservado. http://www.instagram.com/vet.baka http://www.instagram.com/vet.baka Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso Alex Dinis Júnior – 8º Período @vet.baka Cálculos Vesicais e Uretrais – Predisposição em dálmatas (urato, transporte hepático de ácido úrico defeituoso) e pastor alemão (sílica, distúrbio hereditário de transporte tubular renal). Apresentação Clínica: • Predisposição: Mais comum em cadelas, em machos comum obstrução. Cães de meia idade, estruvita em filhotes. Em gatos, oxalato de cálcio e estruvita. • Gatos: Síndrome urológica felina, caixa de areia deve estar sempre limpa e em número adequado além de localizações estratégicas. • Sinais Clínicos: Hematúria, polaciúria, estrangúria. Incontinência, azotemia. • Exame Físico: Parede vesical espessada, cálculos palpáveis, sinais compatíveis com ITU. Obstrução com dor abdominal anorexia, vômito e depressão. Cistocentese de alívio. • Diagnóstico: RX e US para quantificar e localizar. Oxalato de Ca e Estruvita radiopacos, Urato/Cistina radio transparentes. Cistouretrografia, avaliar rins e ureteres. Achados laboratoriais com perfil bioquímicos com eletrólitos, cultura urinária sendo comum infecção com piúria, hematúria, proteinúria ou bacteriúria. Insuficiência renal por pielonefrite crônica ou insuficiência hepática – urato. • Diagnóstico Diferencial: Infecção crônica do trato urinário, neoplasias e inflamação granulomatosa. • Tratamento Médico: Descompressão vesical e urohidropropulsão. • Tratamento Cirúrgico: Cistotomia e uretrostomia, enviar cálculos para análise. • Complicações: Vazamento urinário, hemorragia e estenose uretral. Incomuns. Pode haver recorrência de cálculos. Prolapso Uretral – Incomum, ocorre após excitação sexual excessivas e infecções geniturinárias. Apresentação Clínica: • Predisposição: Mais comum em raças como buldogues ingleses jovens, boston retriever e yorkshire terrier. • Anamnese: Protrusão avermelhada na ponta do pênis. Sangramento peniano intermitente com piora quando cão se excita. Prolapso intermitente, ocorrendo na ereção. Histórico de lambeduras ou traumatismos. • Exame Físico: Exposição do pênis, ereção peniana com protrusão que aumenta de tamanho. Necrose de uretra prolapsada, http://www.instagram.com/vet.baka http://www.instagram.com/vet.baka Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso Alex Dinis Júnior – 8º Período @vet.baka exame de prepúcio e verificação de balanopostite ou neoplasia. • Exames Laboratoriais e Diagnósticos Diferenciais: Anemia em casos de sangramentos intermitentes ou crônicos. Urinálise, excluir ITU. Exclusão de coagulopatias. Uretrites, fratura do osso peniano, cálculos uretrais, estenoses uretrais e neoplasias prepuciais, penianas ou uretrais. Lesões prostáticas. • Tratamento Médico: Redução com cotonete e cateter lubrificado. Sutura de bolsa de fumo, monitoração e recuperação espontânea. • Tratamento Cirúrgico: Ressecção cirúrgica, redução do prolapso e orquiectomia. • Complicações: Hemorragia. Evitar excitação. Incorrência é incomum. Neoplasias Vesicais e Uretrais – Mais comum em cães (vesicais) e linfossarcoma renal em gatos. Diferença no metabolismo de triptofano e de metabólitos carcinogênicos. Maioria dos tumores vesicais são malignos. Apresentação Clínica: • Predisposição: Acomete mais cães que gatos. Idosos, cadelas e animais com mais de 10kgs. • Anamnese: Histórico de hematúria, polaciúria, estrangúria, disúria, incontinência, poliúria, polidipsia, claudicação e dispnéia. • Exame Físico: Massas uretral ou abdominal. Prostatomegalia, distensão vesical, dor abdominal, fraqueza, linfadenopatia, tosse e dispnéia, claudicação. • Diagnóstico: Urografia de contraste positivo, urografia excretora. Cistografia de contraste duplo, US e citoscopia. Achados laboratoriais por hemograma, perfil bioquímico e urinálise. • Diagnóstico Diferencial: Hematúria e bacteriúria, urolitíase, prostatopatia, cistite polipóide, cistite estéril em gatos, uretropatia infiltrativa não-neoplásica. • Tratamento Médico: Estabilização, piroxicam em cães para carcinoma. • Tratamento Cirúrgico: Instrumentais contaminados transferem células neoplásicas. Excisão cirúrgica, anastomose e uretrostomia. Avaliar local da lesão, algumas inoperáveis. • Complicações: Vazamentos e obstruções urinárias, pielonefrite, IR, disfunção neurológica, anormalidades eletrolíticas, acidose metabólica e diarréia. • Prognóstico: Reservado, risco de metástase. Tumores uretrais tem melhor prognóstico. AFECÇÕES CIRÚRGICAS DE SISTEMA REPRODUTIVO FEMININO Neoplasias Mamárias – Incomuns em machos, mas pode ocorrer. Em gatas 90% dos casos são malignos, enquanto em cadelas são cerca de 50%. Disseminam em vasos linfáticos (pulmões, adrenais, rins, coração, fígado, ossos, cérebro e pele), de causa desconhecida (hormônio dependente? Castração previne?). • Lumpectomia: Remoção de uma mama ou parte dela; • Mastectomia Simples: Excisão da glândula mamária inteira; • Mastectomia Regional: Excisão da glândula envolvida e das glândulas adjacentes; • Mastectomia Unilateral: Remoção de todas glândulas mamárias de um lado; • Mastectomia Bilateral: Remoção simultânea de ambas as cadeias mamárias. !! Na veterinária não é realizado análise, focamos primeiramente na palpação. A punção da neoplasia pode estimular ela pela região altamente linfática, cada animal é avaliado conforme o caso, não existe receita de bolo. Predisposição – Cadelas e gatas de meia idade a idosas, não castradas. Raças como poodles, boston terrier, fox terrier, dachshunds, samoiedas, golden retrievers e spaniels. Administração de progesterona. Em gatas, diferenciar hiperplasia (administração de progestágenos em jovens), recorrência comum. !! Mastectomia Bilateral normalmente é realizada somente em gatas pela pele mais elástica. Já em cadelas, o pós operatório é complicado e dolorosol. http://www.instagram.com/vet.baka http://www.instagram.com/vet.baka Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso Alex Dinis Júnior – 8º Período @vet.baka Exame Físico – Massa pálpável móvel ou não, mais comum em glândulas caudais. Aumento de linfonodo, ulceração e claudicação (pode indicar metástase óssea). Exames Complementares – Radiografia e US, descarte de metástases. Achados laboratoriais, síndrome paraneoplásica, citologia (neoplasias mistas), histologia (sempre realizar!!!) e imuno-histoquímica. Tratamento – Médico ineficaz. Cirúrgico como tratamento de escolha (excetocarcinoma inflamatória), excisando todas neoplasias (realizar histopatológico). Se necessário dois tempos cirúrgicos, realizar intervalo de quatro semanas. Ovariohisterectomia previa a mastectomia (evita disseminação de células). Realizar ligaduras na artéria epigástrica superficial cranial e caudal. !! Em cirurgias oncológicos, prefere-se a usar fios não absorvíveis não-filamentosos, para diminuir a chance de “espalhar” células neoplásicas. Pós Operatório – Analgesia e atadura abdominal. Remoção de pontos de 10-15 dias. Neoplasias Uterinas – Predisposição de meia idade a idosas. Maior parte é assintomática, mas pode estar correlacionado com ciclos estrais anormais, corrimento vaginal (mucóide ou hemorrágico), distensão abdominal e comprensão de cólon, bexiga e uretra. • Leiomioma: Tumor benigno de músculo liso; • Leiomiossarcoma: Tumor maligno de musculatura lisa; • Adenocarcinomas: Tumores malignos das glândulas uterinas. Exames Complementares – US para avaliação da massa, biópsia guiada. Vaginoscopia e raio- x tórax para verificar metástase. Tratamento – Médico ineficaz. Cirúrgico com ovariohisterectomia. Prognóstico excelente quando se tem alterações benignas. Piometra – Geralmente associada com hiperplasia endometrial cística. Progesterona estimula o crescimento e atividade secretora das glândulas endometriais e reduz atividade miometrial. Tecido glandular uterino acumula fluído, e quando a drenagem uterina é prejudicada ocorre colonização bacteriana, gerando a piometra. Pode ter cérvix aberta (secreção vaginal) ou fechada (mais perigosa, acúmulo e risco de sepse). • Piometra: Acúmulo de material purulento dentro do útero; • Hidrometra: Acúmulo de material aquoso; • Mucometra: Acúmulo de secreção mucóide. Predisposição – Estrógenos e anticoncepcionais aumentam receptores de progesterona. Gatas são menos frequentes de terem essa alteração, pelo tecido luteral exigir cópula ou indução. Escherichia coli. Acomete mais cadelas de 6 a 11 anos e nulíparas. Sinais Clínicos – Corrimento vaginal, apatia, febre, vômito, diarréia, poliúria e distensão abdominal, além de outros sinais de infecção. Exames Complementares – US para verificar aumento de volume do útero. Cultura e antibiograma, citologia vaginal. Tratamento – Médico em fêmeas de alto valor reprodutivo com risco alto de complicações, chances de infertilidade e recorrência no próximo cio. Cirúrgico com OHE. Piometra de Coto – Falha cirúrgica por resquícios hormonais ou estruturas. Prolapso e Hiperplasia Vaginal – Prolapso é uma protrusão da mucosa, hiperplasia é um aumento originado de um coto de mucosa. Estimulação estrogênica, no estro ou proestro podendo ocorrer também em pós parto. Em casos de edema se resolve espontaneamente, podendo ter reicidiva no próximo ciclo estral. http://www.instagram.com/vet.baka http://www.instagram.com/vet.baka Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso Alex Dinis Júnior – 8º Período @vet.baka Predisposição – Extremamente raro em gatas. Geralmente acomete cadelas novas. Exames Complementares – Citologia vaginal para estimulação estrogênica e citologia aspirativa descartar neoplasias. Tratamento – Médico se protrusão não for circular retirando o animal do acasalamento. Cirúrgico com OHE, ressecção do tecido danificado ou necrosado e episiotomia. Prolapso Uterino – Eversão e protrusão de porção do útero através da cérvix para o interior da vagina. Ocorre durante ou após o parto. Tratamento cirúrgico com OHE e redução atráves de celiotomia. AFECÇÕES CIRÚRGICAS DE SISTEMA REPRODUTIVO MASCULINO Hiperplasia Prostática – Aumento benigno do tamanho da próstata. Hormônios androgênicos e alteração do envelhecimento normal. Sinais de constipação, tenesmo, alteração na forma fecal ou disúria, podendo ocorrer pressão no diafragma (hérnia perineal). Predisposição – Cães inteiros de 8 a 9 anos de idade, maior parte sendo assintomática. Tratamento – Médico em bons reprodutores com finasterida (esteróide sintético). Cirúrgico com orquiectomia, principalmente animais assintomáticos. Até quatro meses nota-se bons resultados. Prostatectomia parcial por questões reprodutoras. Prostatite – Infecção da próstata, com ou sem abscesso. Comum em cães. Abscessos Prostáticos – Acúmulos localizados de material purulento dentro do parênquima prostático. Pode ocorrer ruptura, comum em idosos e podendo gerar sepse e infecções. Sinais Clínicos – Polidipsia, poliúria, dor, febre e hematúria. Palpação retal dolorosa. Exames Complementares – US, leucocitose e desvio a esquerda, cultura e antibiograma. Tratamento – Médico com antibióticos, fluidoterapia e suporte nutricional. Cirúrgico quando há risco de ruptura e sepse, risco à vida. Terapia iniciada imediatamente, drenar abscesso, orquiectomia e prostatectomia. Cistos Prostáticos – Cavidade não séptica preenchida por fluido ou ligada a próstata. Neoplasias Prostáticas – Carcinomas de origem do tecido epitelial, Leimiossarcoma em músculo liso e Hemangiossarcoma com estruturas vasculares. Mais comum em cães machos castrados. Não é causada por hormônios testiculares, idade entre 8 a 10 anos. Tamanho aumenta assimetricamente. Tratamento – Médico com pouca eficácia com quimioterapia e radioterapia. Cirúrgico raramente obtém êxito. Prognóstico ruim. Neoplasias Testiculares e Escrotais – Escrotais mais comuns (mastocitoma e melanoma). Melanomas mais comuns em cães, tendem a ser benignos na pele. Malignos com alta recorrência local e metástases distantes. Sertoliomas e seminomas, neoplasias testiculares mais comuns. Escrotais benignos e criptorquidas malignos. Predisposição em cães idosos e criptorquidas. Exames Complementares – US para verificar neoplasias escrotais e testiculares. http://www.instagram.com/vet.baka http://www.instagram.com/vet.baka Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso Alex Dinis Júnior – 8º Período @vet.baka Tratamento – Médico com quimio ou radioterapia em casos de mastocitoma. Cirúrgico confere melhor chance de bom prognóstico. Remoção de ambos testículos em neoplasias testiculares, ablação escrotal em neoplasias escrotais. Hérnias Umbilicais e Abdominais – Externa (defeitos na parede abdominal externa, permite protrusão do conteúdo abdominal como anel inguinal, anel femoral ou escroto) ou internas (por todo anel tecidual dentro do abdômen ou tórax, hernia diafragmática ou hérnia hiatal) e umbilicais (ocorrem por todo anel umbilical). Hérnias Verdadeiras – Envolto por saco peritoneal. Hérnias Falsas – Protrusão do órgão para fora de uma abertura abdominal normal. Não contém saco herniário. Tratamento – Redutível ou não, perigo de estrangulamento. Cirúrgico geralmente aguarda final de protocolo de vacina. • Hérnias Inguinais – Protrusões de órgãos ou tecidos pelo canal inguinal; • Hérnias Escrotais – Defeitos do anel inguinal; • Hérnias Femorais – Canal femoral. !! Anormalidades congênitas ou pós traumatismos. Recomenda a castração até que conheça a genética da afecção. Uni ou bilateral. Hérnias escrotais e femorais são raras. Hérnias inguinais mais comum em fêmeas. AFECÇÕES CIRÚRGICAS ODONTOLÓGICAS Compreende cavidade oral, dentes e demais estruturas. Sempre que um animal for para atendimento, devemos avaliar a cavidade oral para identificar em estágio inicial. Profilaxia – Detecção precoce dos problemas e eliminação de causas de futuras condições patológicas. Devemos sempre fazer exame oral em todo animal que vier a ser contido e educar os proprietários sobre escovação,cuidados e o manejo ideal ao pet. !! O tártaro fica preso ao esmalte dentário. Cinomose causa grande desgaste ao esmalte, deixando o paciente predisposto a alterações periodontais. ARCADA DENTÁRIA Decíduos Definitivos Gatos 26 30 Cães 28 42 !! Até por volta de 10 meses é normal acontecer a troca de dentes. Após isso, pode ser necessário a extração para remover os dentes remanescentes Contenção – Contenção farmacológica. Todos os procedimentos odontológicos devem ser realizados sob anestesia geral inflamatória, evitando pneumonia aspirativa. ATB – Procedimento necessário antes e depois a maioria das intervenções, para controle de infecção primária e prevenção de secundárias, como artrite e endocardite. Amoxicilina, clavulanato, metronidazol para combate a bactérias gram-positivas. Indicações – Achados clínicos ao exame oral, sinais e alterações notadas como mau hálito, dificuldade em mastigar, tumefações na cabeça, salivação anormal, corrimento oral ou nasal, fraturas dentárias, má oclusão ou crescimento dental excessivo e outros. Principais Causas – Desenvolvimento defeituoso de tecidos calcificados (infecções, traumas, deficiências nutricionais e enfermidades), ação de microorganismos patogênicos, degeneração de tecidos duros ou moles, dietas inadequadas, má oclusão e trauma. http://www.instagram.com/vet.baka http://www.instagram.com/vet.baka Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso Alex Dinis Júnior – 8º Período @vet.baka Alterações Periodontais – Cárie dental (incidência baixa pela dieta não cariogênica. Causada por características anatômicas dos dentes, incomum por ter menor contato entre dentes vizinhos e outros). • Doença Periodontal I – Adaptação a situações de constante estresse, destruição e remodelação. Desenvolvimento de mecanismos fisiológicos de defesa para garantir a sanidade tecidual. Existe relação direta entre a textura da dieta, problemas orais e saúde sistêmica. Quanto mais fino o dente, mais “doente” ele está. • Doença Periodontal II – Má oclusão, lesões traumáticas, apinhamento e rotação dental, persistência de dentes decíduos. Superfícies dentais ásperas, facilitando acúmulo residual e bacteriano. • Doença Periodontal III – Determinado pelo predomínio bacteriano, produzindo alterações pela formação de massas coloniais e placa bacteriana. Invasão direta de tecidos, liberação de toxinas lesivas, produção de enzimas destrutivas e estímulo a reações antígeno-anticorpo. • Doença Periodontal IV: Lesões provocadas pela placa bacteriana, com gengivite, periodontite. Complicações Periodontais – Disseminação da infecção por tecidos, originando celulite e osteomielite localizada. Disseminação da infecção para ouvido, pulmões e estômago. Disseminação de bactérias e toxinas no sangue, insuficiência renal, infecção hepática e pancreática, artrite e endocardite. Tipos de Tratamento: • Periodontal: Remoção de cálculo supragengival, curetagem do sulco gengival, raspagem para aplainamento, gingivectomia e polimento com pasta profilática fluoretada. • Exodontia: Remoção de dentes em casos de infecção periodontal severa, abscessos peri-apicais com ou sem fístula e fraturais dentais com necrose pulpar. Sindesmotomia (separar o dente da gengiva), luxação, remoção, hemostasia, curetagem alveolar e sutura da gengiva. !! Fístula Oronasal Pós Exodontia pode ser uma complicação, sinais de espirro e secreção nasal hemo-purulenta. Terapia com curetagem alveolar, ressecção do bordo gengival e reparação do defeito. • Endodontia: Tratamento de canal. Remoção parcial ou completa da polpa dental. Fraturas, pulpite e necrose pulpar, casos que dê para evitar exodontia de dentes problemáticos. Danos causados por trauma, deterioração ou perda da estrutura de sustentação, com vasodilatação, vasoconstrição, bloqueio ao aporte nutricional. Acesso à câmara pulpar e ao canal radicular com broca, odontometria, isolamento do campo operatório, extirpação do tecido pulpar necrosado, desinfecção do canal radicular, limagem, desinfecção do canal e da câmara pulpar, secagem, obturação do canal radicular e restauração. • Dentistica Restauradora: Reposição de tecido dental perdido ou removido. Materiais de amálgama, compósitos, resinas e cimento de ionômero de vidro. Restauração após tratamento de dentes fraturados, lesões reabsorvitivas, lesões cariosas e defeitos de esmalte. !! Avaliação radiográfica é sempre necessária, sendo um ótimo método de diagnóstico, acompanhamento e avaliação odontológica http://www.instagram.com/vet.baka http://www.instagram.com/vet.baka Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso Alex Dinis Júnior – 8º Período @vet.baka AFECÇÕES CIRÚRGICAS ONCOLÓGICAS O Que é o Câncer? – Doença comum na clínica de cães e gatos, caracterizado pela proliferação e crescimento celular descontrolado. Inicia-se pela transformação de uma única célula precursora e pela quebra de mecanismos genéticos normais que controlam o crescimento, divisão e diferenciação celular. Etiologia – Fatores extrínsecos cerca de 80% dos casos, como irradiação solar, agentes químicos ou infecções virais. Fatores intrínsecos como alterações genéticas, efeitos hormonais e idade. !! Pode ter uma grande variedade de mecanismos envolvidos. Tumores benignos ocupam espaços, e malignos podem ter risco de metástase. Tumores Benignos: • Possui maturação morfológica e características funcional, bem diferenciadas; • Crescimento lento e com períodos de latência onde nenhum crescimento é observado; • Cresce por expansão e geralmente encapsulados; • Não tem potencial metastático; • Lesões que ocupam espaço, podendo ter efeitos mínimos ou risco para vida dependendo da localização. Tumores Malignos: • Possui uma variedade de diferenciação bem a pouco diferenciada. Uma perda acentuada de diferenciação é anaplasia; • Possui uma variedade na taxa de crescimento; • Tem crescimento inicialmente por expansão e posteriormente invasão. Não existe encapsulamento e seus limites são pouco definidos; • Variedade na capacidade de metástases, podendo ocorrer via hematógena, linfática ou trans-serosa; • Risco de vida devido efeitos destrutivos do tumor nos tecidos e órgãos vitais, habilidade para metástases. http://www.instagram.com/vet.baka http://www.instagram.com/vet.baka Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso Alex Dinis Júnior – 8º Período @vet.baka Carcinogênese – Na primeira fase INICIAÇÃO, uma única célula sofre alterações genotípicas irreversivelmente por meio da ação de agentes cancerígenos, químicos, físicos ou biológicos. Na segunda fase PROMOÇÃO, a célula iniciada passa a se multiplicar com o estímulo de agentes promotores e passam a ter autonomia e clones. Na terceira fase PROGRESSÃO, clones com potencial de invasão tecidual e metástase. Paciente Oncológico – Desfazer noções negativas sobre a doença, onde boa parte não tem nenhuma alteração na qualidade de vida. Terapias paliativas e cura são possíveis. !! Sistema DLC: Diagnóstico do tumor, Localização do tumor e sua extensão e Condição do paciente !! Sistema TNM: T tumor primário, sua extensão e característica, N ausência ou presença de metástases em linfonodos regionais e M ausência ou presença de metástases a distância Estadiamento Clínico: • Qual tipo de câncer? Citologia ou histopatologia; • Onde está localizado? Exame físico, exameslaboratoriais e exames de imagem. Doenças concomitantes em pacientes geriatras; • O que esperar de seu comportamento? Características clínicas, patológicas e moleculares da neoplasia. • Origem? Tamanho? Metástase? Taxa de crescimento? Gravidade? !! Tumores com mesma classificação e extensão apresentam evolução clínica, resposta terapêutica e prognóstico semelhantes Tratamento Cirúrgico – Vantagens de curar casos de doença localizada. Não tem efeitos carcinogênicos, não causa resistência biológica e fornece avaliação local com segurança. Auxilia no estadiamento. Desvantagens de não atuar de modo específico em tecidos comprometidos pela malignidade, verificar margens seguras. Pode trazer risco ou morbidade ao paciente. Pode causar deformidades ou perdas de funções. Não cura em casos de doenças disseminadas, metástases. Objetivos de definição do diagnóstico, ressecção e tratamento definitivo (neoplasias sólidas e únicas), citorredução prévia (quimioterapia e radioterapia), controle de dor e profilaxia (castração precoce). Finalidade Diagnóstica – Coleta de Material: • Biópsia Incisional: Obtenção de amostras por meio de incisão. Tesoura, bisturi ou punch. Lesões na derme e epiderme, pode favorecer disseminação da neoplasia. Pode coletar por endoscopia; • Biópsia Excisional: Abrange diagnóstico e tratamento. Remove a massa completa, margem de segurança de 2 a 3cm. Enviar em totalidade para histopatológico; http://www.instagram.com/vet.baka http://www.instagram.com/vet.baka Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso Alex Dinis Júnior – 8º Período @vet.baka Cirurgia Curativa – Aumentar tempo de sobrevida. Erradicar tumor, margens cirúrgicas livres. 2 a 3cm independente do tamanho na neoplasia. Na cavidade oral, 1cm. Linfadenectomia – Evidência de comprometimento. Mapeamento linfático com corantes. Linfonodo sentinela recebe primeiro células malignas do tumor primário. Cirurgia Paliativa – Objetivo de melhorar a qualidade de vida do animal, sem prolongar a sobrevivência. Não interfere no prognóstico nem confere a cura da doença. Porém, objetiva melhora de dor, hemorragia, obstruções e outros. Criocirurgia – Indicada na aplicação de diferentes órgãos, empregada na dermatologia, granulomas, piodermatites, cistos e neoplasias. Crionecrose – Resposta a temperatura negativa extrema. Desidratação celular, estase vascular, isquemia e necrose. Criotratamento – Benignas com dois ciclos no intervalo de 14 dias. Malignos com três ciclos no intervalo de 21 dias. Quanto mais rápido o congelamento e lento o descongelamento, maior necrose celular. Tempo de 30s a 20min. Quimioterapia Antineoplásica – Tratamento de tumores que não podem passar por cirurgia ou radioterapia. Controle de reicidivas e progressão de metástases. Aplicação sistêmica ou regional de fármacos que destroem células neoplásicas e a proliferação. Não seletivos, atacam células sadias. Quimioterapia Curativa – Remissão do tumor sem uso de outra terapia coadjuvante. Neoplasias hematopoiéticas, TVT. Quimioterapia Neoadjuvante – Redução parcial do tumor, antes do tratamento cirúrgico ou radioterápico. Ressecção segura de tumores extensos e invasivos. Tratamento de micrometástases possivelmente presentes no momento do diagnóstico. Quimioterapia Adjuvante – Após tratamento cirúrgico. Elimina células residuais, pacientes que apresentam risco moderado a acentuado de reicidiva ou metástase. Quimioterapia Paliativa – Melhorar a qualidade da sobrevida. Diminuição dos sinais clínicos ocasionados pelo tumor. Eletroquimioterapia – Potencializada pela eletroporação da membrana citoplasmática por meio de pulsos elétricos. Maior penetração potencializada dos fármacos quimioterápicos no citoplasma celular. AFECÇÕES CIRÚRGICAS ORTOPÉDICAS Exame Ortopédico – A saúde deve ser avaliada no geral devido a anestesia. Animais traumatizados com fraturas de ossos longos geralmente apresentam lesões concomitantes de tecidos moles. O exame se inicia pela observação dos sinais de claudicação e associação ao histórico. Observar paciente em estação, atrofia muscular, caminhada, trote e http://www.instagram.com/vet.baka http://www.instagram.com/vet.baka Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso Alex Dinis Júnior – 8º Período @vet.baka corrida. Avaliar cada membro de maneira individual (tutor costuma atribuir a claudicação ao membro errado) e avaliar a dor. Desenvolver um padrão (membros torácicos aos pélvicos, unhas até porções proximais, iniciar em membro saudável etc) e selecionar região para radiografia (se necessário analgesia ou sedação). Coaptação de Fraturas – Fraturas instáveis devem ser coaptadas para evitar maiores lesões em tecidos moles, utilizando talas externas (apoio temporário ao membro), bandagem (robert jones, para lesões abaixo de joelho e cotovelo, ehmer para suporte do peso ao membro pélvico e reduzir luxação coxofemoral ou velpeau para suporte de peso de membro torácico, luxação de ombro e fraturas escapulares) ou talas metálicas em calhas (lesões distal a radio e ulna, carpo ou tarso, falanges). Orientações Sobre Talas – Membro flexionado, não usar mais que duas semanas. Acompanhar inchaço de dedos, lesões isquêmicas e se molhar, deve-se trocar. Classificação de Fraturas – Planejar tratamento adequado conforme o tipo da fratura, observando fatores como: Fratura aberta ao meio externo? Grau de dano? Deslocamento de fragmentos? Tipo de fratura? Fragmentos poderão ser reconstruídos? Localização da fratura? http://www.instagram.com/vet.baka http://www.instagram.com/vet.baka Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso Alex Dinis Júnior – 8º Período @vet.baka Tratamento de Fraturas – União óssea, retorno do paciente a função normal. Seleção do implante conforme idade, aspecto nutricional e colaboração dos tutores. !! Para reduzir uma fratura transversa, deve-se levantar os segmentos ósseos do tecido mole ao redor até que as superfícies da fratura estejam em oposição. Enquanto mantém-se o contato, lentamente reposicionar os segmentos à posição normal. !! Para reduzir segmentos ósseos sobrepostos de uma fratura transversa, cuidadosamente aplicar uma alavanca entre os segmentos ósseos em sobreposição. Usar o material para aplicar suavamente uma pressão e auxiliar a distração e redução dos segmentos ósseos. Fixadores – Podem ser externos circulares, híbridos, pinos intra-medulares, pim, pinos de steinmann, fios de kirschner, hastes bloqueadas e placas e parafusos. Osteocondrite Dissecante – Ocorre em ombros, joelhos e cotovelos. Retalho da cartilagem é levantado na superfície da articulação. Acomete cães de porte grande e gigante em fase de crescimento, frequentemente bilateral. Tem causa desconhecida, podendo ser multifatorial, ou hereditário. Falha da ossificação e formação epifisária em ossos longos. • Exame Físico: Deslocar ombro por meio de uma amplitude total do movimento. Crepitação e edema raramente presentes. Atrofia muscular e dor ao movimento durante exame físico. • Diagnóstico: Radiografia simples, evidenciado na projeção lateral e fragmento articular. Sinal precoce com achatamento da cabeça caudal do úmero. • Tratamento: Médico com benefício a curto prazo, controle de peso e analgesia. Cirúrgico com artroscopia e artrotomia. • Pós Operatório: Atividade limitada por 30 dias, para cicatrização de tecidos moles. Fisioterapia em tecidos de amplitude. Retornoas atividades normais em até 60 dias, chance de doença articular degenerativa. Displasia do Cotovelo – Principal causa de claudicação de membros torácicos em cães. Fortes evidências sobre hereditariedade, sugerido castração. Deve-se radiografar ambos os ombros, para posterior remoção de fragmentos de ossos e cartilagens da articulação. Pode também ocorrer osteocondrose, fragmentação do processo coronóide e má união do processo ancôneo. Displasia Coxofemoral – Desenvolvimento anormal da articulação do quadril. Subluxação ou luxação da cabeça do fêmur nos pacientes jovens. Doença articular degenerativa leve a grave em idosos. Luxação ou subluxação da cabeça do fêmur com acetábulo. • Etiologia: Multifatorial, fatores hereditários ou ambientais. Superfície articular reduzida, esgotamento prematuro da cartilagem articular, apresentando dor e claudicação. • Predisposição: Cães de porte grande, idosos com osteoartrite ou jovens com lassidão do quadril. Histórico de dificuldade em levantar, intolerância a exercícios, claudicação intermitente e atrofia de musculatura pélvica. • Exame Físico: Dor durante extensão, rotação externa e abdução de membro pélvico. Sedação para avaliação adequada. Em cães idosos, dor durante extensão do quadril, http://www.instagram.com/vet.baka http://www.instagram.com/vet.baka Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso Alex Dinis Júnior – 8º Período @vet.baka redução da amplitude do movimento e atrofia muscular. • Diagnóstico: Por imagem, raio-x ventrodorsal da pelve com membros distendidos com animal sedado ou anestesiado. Ruptura de Ligamento Cruzado Cranial – Realizar o teste do sinal de gaveta. • Predisposição: Ocorre em cães jovens e grandes, por lesões traumáticas. Lesões agudas com início de claudicação abrupta, sem apoio de membro e melhora de 8 a 10 semanas sem tratamento. Lesões crônicas com claudicação prolongada, com sustentação do membro, dificuldade em sentar e levantar. • Exame Físico: Teste de gaveta positivo e de compressão da tíbia, dor a extensão de membro. Pode haver atrofia de membro. Luxação Medial de Patela – Deslocamento patelar no sulco troclear. Claudicação em animais de raças pequenas. Deslocamento medial do quadríceps. Torção ou arqueamento lateral do fêmur distal. Instabilidade rotacional do joelho. Pode variar de Grau I (mais leve) a Grau IV (mais grave). • Predisposição: Raças pequenas e miniaturas. Luxação medial é mais comum, mas pode ocorrer também lateralmente. Animal com claudicação intermitente, mantendo membro pélvico flexionado por alguns passos. • Exame Físico: Provocar a luxação medial. Achados variam com grau de luxação, sendo Grau I (assintomático), Grau II (pisam em falso), Grau III (pisada em falso a claudicação) ou Grau IV (caminham com membros pélvicos encolhidos). • Diagnóstico: Radiografia em graus III e IV apresentando deslocamento medial da patela. Graus I e II normalmente patela está na tróclea. Diagnóstico diferencial para necrose asséptica da cabeça do fêmur, ruptura do ligamento cruzado e luxação coxofemoral. • Tratamento: Médico em cães idosos e assintomáticos, com controle de peso e acompanhamentos regulares. Cirúrgico em casos de desgaste precoce da articulação, anormalidades biomecânicas. Aprofunda-se o sulco troclear, transposicionamento a crista da tíbia para realinhar a mecânica da extensão. Neutralizar forças mecânicas que arrastam a patela fora do sulco troclear. http://www.instagram.com/vet.baka http://www.instagram.com/vet.baka
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