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CLÍNICA CIRÚRGICA DE PEQUENOS ANIMAIS

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Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka 
 
 
Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais 
Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso 
 
Alex Dinis Júnior – 8º Período 
@vet.baka 
 
INTRODUÇÃO 
Vamos relembrar… 
• Assepsia – Método de esterilização, 
objetos e superfícies, ex: auto-clave 
• Antissepsia – Método preventivo de 
desinfecção em organismos vivos 
• Esterilização – Processo que visa destruir 
todas as formas de vida microbianas que 
possam contaminar materiais e objetos 
• Tempos Cirúrgicos – Diérese (dividir, 
cortar, separar), hemostasia (prevenir, ou 
impedir sangramento), exérese (remoção 
de estruturas anatômicas) e síntese 
(remoção de tecido morto e sutura). 
PARAMENTAÇÃO – Conjunto de barreiras 
contra a invasão de microorganismos para 
proteção de exposição dos profissionais a 
sangue e outros fluídos orgânicos do paciente. 
• Gorro e máscara 
• Lavagem de dedos, mãos e antebraços 
• Seguir sentido dos dedos ao cotovelo 
• 30 a 40 lavagens 
• Não tocar em nada 
• Vestir avental 
• Calçar luvas 
MESA DE INSTRUMENTOS 
 
 
 
 
 
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 Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka 
 
 
Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais 
Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso 
 
Alex Dinis Júnior – 8º Período 
@vet.baka 
 
DERMATOPLASTIAS 
Cirurgia plástica da pele para corrigir anormalidades 
congênitas, traumáticas ou neoplásicas 
Epiderme é fina em camada com pelos e mais 
espessa na com menos pelos, avascularizada. 
Derme é vascularizada, mais espessa. Nutre e 
sustenta a epiderme. Possui vasos sanguíneos 
e linfáticos, nervos, folículos pilosos, 
glândulas, dutos e fibras musculares lisas. 
!! Cães e gatos não possuem vasos 
musculocutâneos, possuem a pele solta. Artérias e 
veias se ramificam a partir dos vasos cutâneos. 
 
Cicatrização de Ferimentos – Relaciona-se 
com eventos físicos, químicos e celulares, 
iniciando imediatamente após lesão ou 
incisão, além de fatores do hospedeiro (idade, 
nutrição, patologias) e do ferimento em si 
(materiais estranhos, antissépticos, calor e 
umidade para cicatrização mais rápida). 
Decisão da síntese – Se relaciona com o 
tempo da lesão (6 a 8hrs), contaminação, dano 
tecidual, suprimento sanguíneo, estado do 
paciente e localização do ferimento. 
Estágios da Cicatrização: 
 
 
 
• Fase inflamatória: 5 dias, aumento da 
permeabilidade vascular, quimiotaxia de 
células circulatórias, liberação de 
citocinas, fatores de crescimento e 
ativação celular. 
• Fase de debridamento: Exsudato, 
neutrófilos 6hrs após lesão que evitam 
infecção e realizam fagocitose, monócitos 
12hrs após lesão que tornam-se 
macrófagos, secretam colagenase, 
removem tecido necrosado, bactérias e 
materiais estranhos. 
 
 
• Fase de reparo: 3 a 5 dias, fios de fibrina 
no coágulo, máximo de colágeno de duas 
a três semanas. Síntese de colágeno e 
fibroblastos diminuem, borda da ferida 
progredindo de 0,4 a 1mm/dia. 
• Fase de maturação: 17 a 20 dias, 
colágeno já foi depositado 
adequadamente com 80% da força 
tecidual normal recuperada. Capilares 
diminuem e a cicatriz se torna pálida. 
Tratamento de Feridas Abertas – Devem ser 
cobertas com atadura seca imediatamente 
após lesão, evitando contaminação e 
hemorragias. Classifica-se em contaminado 
(reação inflamatória por contato de material 
contaminado) ou infectado (sinais de infecção 
como edemas, vermelhidão, dor, alteração de 
temperatura e pus). Tratamento de feridas 
penetrantes apenas com minuciosa avaliação 
cirúrgica. Tricotomia (óleo natural na ferida para 
não cair pelo), lavagem abundante (alta pressão 
e seringa), sutura apenas com tecido de 
granulação viável. Sempre utilizar antibióticos 
com a melhor apresentação e classe 
antibiótica para o tipo e local da ferida. Ex: 
Cefalosporina e cefalexina bons para pele. 
 
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 Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka 
 
 
Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais 
Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso 
 
Alex Dinis Júnior – 8º Período 
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Tipos de Ferimentos Abertos: 
• Abrasão: Superficial, arranhão ou ralada. 
Sem muito sangramento. 
• Laceração: Corte profundo. Sangramento 
rápido e extenso. 
• Avulsão: Ruptura parcial ou completa da 
pele, sangramento rápido e extenso. 
• Perfuração: Pequeno buraco causado por 
objeto longo e pontudo. Não sangram 
muito, mas podem danificar órgãos. 
• Esmagamento, queimaduras, etc.. 
Ataduras – Atuam na limpeza e controle do 
ferimento. Reduz edema e hemorragia, 
elimina espaço morto e imobiliza tecido 
lesado. Minimizam cicatriz, absorvem e 
caracterizam secreções. 
Camada de Contato Primária – Toca a 
superfície do ferimento. Deve permitir 
movimentos, limpeza e manuseio. 
Tipos de Curativos de Contato Primário: 
• Aderente: Líquidos transparentes em 
camada criando barreira entre pele, 
ferimento e ambiente. 
• Aderente Seco: Tecido necrosado, 
exsudato de baixa viscosidade, gaze seca. 
Desvantagens de remoção dolorosa, 
células viáveis removidas e ressecamento. 
• Aderente Úmido: Tecido necrosado, 
exsudato de baixa viscosidade, gaze 
embebida em solução salina estéril. 
Absorve mais rápido que a seca, mais 
confortável. Desvantagem de remoção 
dolorosa, proliferação bacteriana, 
maceração tecidual e remoção. 
• Não Aderente: Não grudam na superfície 
da ferida, fase de reparo na cicatrização, 
retém umidade e impede a desidratação. 
Promove epitelização, gaze com pomada. 
• Oclusivo: Camada adesiva e hidrocolóide, 
ferimentos com leito de granulação, 
epitelização inicial e troca de 2 a 3 dias. 
• Semioclusivo: Absorve exusado e isola da 
pele adjacente saudável. 
 
Camada Intermediária Secundária – 
Absorvente, remove e retém agentes 
prejudiciais como sangue e exsudato. 
Acolchoa, sustenta e segura a primária. 
Camada Externa Terciária – Mantém as 
outras camadas, protege da contaminação 
externa. Gaze em rolo e esparadrapo. 
Tipos de Ataduras – Absorvente, aderente 
(úmidas-secas, úmidas-úmidas, secas-secas), não 
aderentes, oclusivas, amarradas, 
estabilizadoras, pós operatórias ou de 
ferimento fechado, de pressão e de alívio. 
 
Alivio de Tensão – Divulsionar pele 
profundamente, preservar plexosubdérmico e 
vasos cutâneos. Corte de pele com lâmina de 
bisturi, evitar instrumentos de esmagamento e 
sangramento excessivo com hemostasia. 
Tipos de Flapes: 
• Pediculados: Flapes são “línguas” de 
epiderme e derme destacadas 
parcialmente de locais doadores para 
cobrir defeitos. 
• Locais: Mais frequente, zona doadora 
próxima ao defeito. Indicada em pescoço, 
tronco e região proximal de membros. 
Práticos e resultado estético bom. 
• Enxertos Distantes: Pouco frequente, 
zona doadora distante do defeito e 
desconfortável, resultado estético ruim. 
• Rotacional: Forma semicircular, cobrem 
defeitos triangulares. 
• Transposição: Locais e retangulares, 
largura do flape equivalente ao defeito. 
• Axial: Artéria e veia na base. Melhor 
perfusão, exige planejamento e medição. 
Na artéria temporal superficial, para 
defeitos na cabeça e região maxilofacial, 
centrado sobre arco zigomático. 
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 Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka 
 
 
Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais 
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Alex Dinis Júnior – 8º Período 
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AFECÇÕES CIRÚRGICAS DO 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
Tonsilectomia – Remoção das 
tonsilas. Indicada em casos de 
neoplasia (biópsias ou remoção), 
carcinoma de células escamosas e 
linfossarcoma. Tonsilas 
aumentadas podem ser sinal de 
obstrução de via aérea ou disfagia. 
Utiliza-se ponto absorvível, 
analgésico e antibiótico para menor 
alteração no pós-operatório. 
Glossectomia – Remoção da língua. 
Indicada em casos de neoplasiana 
margem ou base da língua, como 
carcinoma de células escamosas, 
melanoma maligno, mielobastoma 
das células granulares e 
mastocitoma. Se atentar com 
pintas na língua do animal. 
Amputação de 40 a 60% rostral. Em 
casos de amputação da base, 
animal pode ter dificuldades para 
sugar água e alimentos. 
 
Tumores Orais – Mais comum em gengiva, 
mucosa bucal e labial, língua, tonsilas e 
elementos dentários, nessa respectiva ordem. 
Em cães, é mais comum melanoma, CCE e 
fibrossarcoma, benignos epúlides. Em gatos, 
CCE, benignos são raros. Tratamento 
periodontal auxilia na prevenção de diversas 
doenças além de diagnósticos. 
Melanoma – Comum em cães, raro em gatos. 
Ocorre bastante em gengiva, com invasão 
local precoce. Metástase em linfonodos e 
pulmões, 80% dos casos. Radioterapia é o 
tratamento mais indicado, imunoterapia e 
quimioterapia pouco ou nenhum resultado. 
 
 
 
Carcinoma de Células Escamosas CCE – Mais 
comum em gatos. Atinge gengiva, lábios, 
língua e tonsilas. Massas vermelhas friáveis, 
vasculares e ulceradas. Orofaringe rostral 
(invasite com potencial metastático baixo) ou 
caudal (mais infiltrativos e metástases mais 
rápido). Em cães, são localmente invasivos 
com baixa taxa de metástase. CCE Gengival 
felino tem prognóstico pior que de 
cães. CCE tonsilares crescem 
rapidamente, com invasão local 
precoce e alta taxa de metástase. 
Fibrossarcoma – Acomete 
mais cães. Gengiva, maxilar 
e palato duro. Infiltração 
local, metástase distante 
rara. Osteossarcoma tem 
10% dos tumores sendo 
mandibulares e maxilares. 
Epúlides – Benigno, representa 
cerca de 30% dos casos de 
neoplasias orais sendo rara em 
gatos. Massas gengivais firmes 
(ligamento periodontal) ou 
fibromastosas (fibromatosas, 
ossificante e acantomatosas). 
Ameloblastomas – Benignos, surgem da 
lâmina dentária e cães jovens. 
Papilomas – Benignos, papilomavírus, 
acometendo mucosa bucal e gengiva. 
Regridem espontaneamente em dois meses. 
Apresentação Clínica: 
• Predisposição de Raças: Boxers, pastores 
alemães, golden retrievers, cocker e poodles. 
• Idade: 7 a 10 anos 
• Papilomatose: 1 ano ou menos 
• Geralmente diagnosticado em estágio 
avançado com tratamento periodontal 
 
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Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais 
Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso 
 
Alex Dinis Júnior – 8º Período 
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• Sinais Clínicos: Anorexia, perda de peso, perda 
de dentes, salivação e corrimento nasal 
• CCE Tonsilar: Obstrução orofaríngea com 
dispneia, anorexia, tosse ou salivação 
• Inchaço Cervical: Metástase linfonodais 
• Exame Físico: Porção rostral visualizados, 
tonsilas e orofaríngeo com sedação/anestesia 
• Tratamento: CCAF, biópsia. Irá depender do 
tipo, local, extensão e estágio tumoral, além 
da idade e saúde do paciente que podem 
gerar limitações do tratamento 
• Pós Operatório: Analgesia, monitorar 
alimentação e necessidade de esofagostomia, 
avaliar metástase e reicidiva local 
• Complicações: Recorrência tumoral, 
deiscência de ferida por tensão na linha de 
sutura, bisturi elétrico ou necrose isquêmica 
de flape de mucosa 
• Prognóstico: Depende do tipo e 
comportamento biológico tumorais. 
Mucoceles Salivares – Coleção de 
saliva que vazou de uma glândula 
ou ducto salivar danificado. 
Circundada por tecido de 
granulação, podendo ser mucocele 
cervical, sublingual, faríngea e zigomática. !! 
Mucoceles complexas envolvem dois ou mais tipos. 
Apresentação Clínica: 
• Fisiopatogenia: Raramente se identifica a 
causa, podendo ser traumatismos 
(enforcadores), corpos estranhos e sialólitos 
• Predisposição: Mais comum em cães 
• Sinais Clínicos: Dependem da localização, 
maior incidência de mucoceles cervicais ou 
intermandibulares. Massa indolor, flutuante e 
de desenvolvimento gradual. Sublingual com 
apreensão anormal e sangramento oral 
• Faríngeas: Desconforto respiratório e disfagia 
• Exame Físico: Mucoceles com aspecto mole e 
flutuante. Tumores e abscessos firmes. Em 
decúbito dorsal permite que a mucocele tenda 
para o lado afetado. Mucoceles sublinguais 
com saliva avermelhada e trauma dental. 
Mucocele zigomática com exoftalmia, inchaço 
periorbitário e neuropatia óptica 
• Radiografia: Siálolitos, corpo estranho ou 
neoplasias. Raio-x do tórax para verificar 
 
 
 
metástase. Sialografia com contraste no duto 
salivar é possível mas é difícil 
• Paracentese: Condições assépticas, fluído 
mucóide, claro, amarelado ou tingido com 
sangue, com contagem celular baixa 
• Tratamento: Excisão da glânduladucto 
envolvida e drenagem da mucocele 
• Complicações: Seroma, infecção e recorrência 
de mucocele. 
Corpos Estranhos Esofágicos – Esôfago 
conecta faringe ao estômago, corpos 
estranhos podem obstruir. 
Apresentação Clínica: 
• Fisiopatogenia: Mais comum casos de ossos 
grandes demais ou com bordas pontiagudas 
presas a mucosa esofágica. A presença do CE 
estimula o peristaltismo, podendo ocorrer 
necrose por pressão de mucosa, esofagite, 
perfuração, pneumonia por aspiração ou 
alimento que não ultrapassa por regurgitação. 
Objetos pontiagudos podem perfurar parede e 
grandes vasos da base cardíaca, gerando 
hemorragia grave. Fístula com traquéia, 
brônquios, parênquima pulmonar ou pele. 
• Predisposição: Cães mais afetados, 
principalmente de porte pequeno. Mais 
comum nos primeiros anos de vida. 
• Sinais Clínicos: Engasgo, sialorréia, mímica de 
vômito, inapetência, depressão, desidratação 
e dispneia. Início agudo de regurgitação. 
• Diagnóstico: Variam conforme duração, 
localização e tipo de obstrução podendo ser 
parcial ou total. Anorexia pela má condição 
corporal e pneumonia por aspiração com 
ausculta ruidosa. Raio-x e endoscopia. 
• Diferencial: Anomalia de anel vascular, 
neoplasias, estenoses por esofagite, hérnias 
hiatais, megaesôfago e divertículos esofágicos. 
• Tratamento: Endoscopia procedimento ouro 
no diagnóstico e tratamento. Contra-indicado 
em objetos incrustados na parede esofágica. 
• Pós Operatório: Analgesia, ATB, cuidados com 
alimentação e esofagostomia se necessário. 
Protetor gástrico, selante e antiemético. 
• Complicações: Esofagite, necrose isquêmica, 
deiscência, infecção, fístulas e estenose. 
 
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Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais 
Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso 
 
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Corpos Estranhos Gástricos – Não digerido ou 
lentamente digerido. 
Apresentação Clínica: 
• Predisposição: Animais jovens. 
• Sinais Clínicos: Êmese por obstrução de 
escoamento, distensão gástrica e irritação da 
mucosa. Pode ser assintomático, sendo 
descoberto por achados acidentais. Dor 
abdominal, desidratação, peritonite. 
• Diagnóstico: Inspeção da cavidade oral, 
ventral à lingua. Raio-x, endoscopia 
diagnóstica ou terapêutica. 
 
 
Dilatação Vólvulo Gástrica – Aumento de 
tamanho do estômago associado com rotação 
em seu eixo mesentérico. 
Apresentação Clínica: 
• Predisposição: Anatômica. Exercícios após 
ingestão de grande quantidade de alimentado 
processado ou água. Traumatismos. Raças de 
peito profundo e grande, meia idade a idosos. 
• Fisiopatogenia: Aumento de estômago e 
obstrução de escoamento gástrico funcional 
ou mecânica. Acúmulo de gás e/ou fluídos. 
Rotação de 90º a 360º. Duodeno e piloro se 
movem ventralmente para a esquerda. 
Compreesão das veias cava caudal e portal, 
diminui retorno venoso e débito cardíaco. 
Isquemia miocárdica. 
• Sinais Clínicos e Anamnese: Vômito, estresse. 
Histórico de abdômen timpânico. Distensão 
progressiva. Animal em decúbito e reprimido, 
com abdômen distendido. Dor e dorso 
arqueado, esforço de vômito improdutivo,hipersalivação e inquietação. 
• Diagnóstico: Radiografia, diferenciar dilatação 
simples de dilatação mais vólvulo. 
Descompressão anterior a radiografia. 
 
 
• Diagnóstico Diferencial: Vôlvulo de intestino 
delgado, torção esplênica, ruptura 
diafragmática e ascite. 
• Pré Operatório: Estabilizar o animal, fluídos 
isotônicos 90ml/kg/h. Solução salina 
hipertônica 7%, 4 a 5ml/kg de 5 a 15 min. 
Antibiótico de largo espectro (cefazolina 
22mg/kg) e oxigenioterapia. Coleta de sangue e 
hemogasometria. Descompressão gástrica 
percutânea, tubo estomacal quando possível e 
lavagem com água morna. 
• Paciente em Choque: Pulsos periféricos 
fracos, taquicardia, TPC prolongado, mucosas 
pálidas e dispneia. 
• Objetivos do Tratamento Cirúrgico: Inspeção 
do estômago e baço, remover tecidos 
danificados. Descompressão e 
reposicionamento de estômago. Adesão de 
estômago na parede muscular, evitar reicidiva. 
• Pós Operatório: Fluidoterapia, transfusão de 
plasma (hipoproteinemia), transfusão de 
sangue, antibioticoterapia, analgésicos, jejum 
hídrico e alimentar e antagonistas de 
receptores de H2 (cimetidina e ranitidina). 
• Complicações: Choque após cirurgia 
decorrentes dos tratamentos inadequados. 
Combinação de anestésicos, choque séptico-
endotóxico, ruptura gástrica e arritmias 
ventriculares de 12 a 36 horas após. 
Desequilíbrio eletrolítico, hipoproteinemia 
devido a inflamação associada a peritonite ou 
gastrite, anemia, esofagite. Falhas na técnica 
cirúrgica, deiscência dos pontos e peritonite. 
 
 
Cirurgia do Intestino – Enterotomia (incisão no 
intestino) ou enterectomia (retirada de alguma 
parte ou segmento do intestino). 
Apresentação Clínica: 
• Indicações: Obstruções, traumatismo, 
malposicionamento, infecções e diagnóstico. 
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• Diagnóstico: Radiografia (gás fluído anormais, 
massas, corpo estranho e deslocamento intestinal), 
contraste (perfuração intestinal) e US (espessura 
da parede intestinal, aparência e simetria, 
peristaltismo, padrões de conteúdo intestinal, 
localização e extensão da lesão). 
• Doenças Específicas: Corpos estranhos 
intestinais, neoplasias (maioria malignas – 
adenocarcinomas em cães, leiomiossarcoma, 
linfoma em gatos e pólipos), intussuscepção, 
vólvulo e torção intestinais e megacólon. 
 
Hérnia Perineal – Músculos perineais se 
separam, permitindo que o conteúdo retal, 
pélvico e/ou abdominal desloque a pele 
perineal. Observa-se esforço e fraqueza, 
atrofia muscular uni ou bilateral. Raro em 
gatos, predisposição com animais machos a 
partir de cinco anos. 
Prolapso Retal – Protrusão de mucosa retal a 
partir do ânus. Pode indicar parasitose, 
tumores ou hérnias perineais. Tenesmo. Pode 
ocorrer prolapso completo ou incompleto. 
 
 
AFECÇÕES CIRÚRGICAS DO 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
 
 
 
 
 
Estenose das Narinas – Aberturas 
anormalmente estreitas. Cartilagens 
colabam medialmente, gerando um fluxo 
aéreo restrito (dispneia). É uma cirurgia 
que sangra muito normalmente. 
Apresentação Clínica: 
• Predisposição: Animais braquicefálicos 
(estenose de narinas, prolongamento de palato 
mole e eversão de sáculos laringianos) e em 
animais com anormalidades anatômicas e 
funcionais. Cães mais acometidos que gatos. 
• Sinais Clínicos: Respiração difícil e ruidosa. 
Esforço de vômito e expectoração de catarro. 
Problemas de engolição. Intolerância ao 
exercício, cianose. Excitação, estresse e 
aumento de calor piora os sinais. 
• Radiografia: Anormalidades cardiopulmonar 
adjacentes, espessamento de palato e 
diâmetro traqueal. Realizada para verificarmos 
sinais de alterações e quadros agravados. 
• Tratamento Médico: Controle de peso e 
restrição de exercícios. Sedação e 
oxigenioterapia em desconforto respiratório 
intenso, manter animal calmo e deitado. 
• Tratamento Cirúrgico: Síndrome 
braquicefálica passa por procedimentos 
múltiplos. Ressecção tecidual em cunha. 
 
Alongamento de Palato Mole – Se estende 
por mais de 1 a 3mm caudalmente a ponta da 
epiglote. Aumenta esforço inspiratório. 
Apresentação Clínica: 
• Predisposição: Animais braquicefálicos, 
anormalidade congênita. 
• Sinais Clínicos: Problema para engolir 
(pneumonia por aspiração). Qualquer sexo. 
Respiração difícil e ruidosa. Esforço de vômito, 
engasgo com catarro. Intolerância ao exercício 
e cianose. Piora com estresse, exercício, calor, 
peso acima do ideal e umidade. 
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Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais 
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• Exame Físico: Ronco dificulta ausculta. 
Aumento no esforço inspiratório. Avaliação de 
orofaringe com sedação ou anestesia. 
• Tratamento Médico: Controle de peso, 
restrição de exercício, sedação e oxigênio. 
• Tratamento Cirúrgico: Bom resultado com 
animais jovens até 4 anos, após isso é comum 
ocorrer colabamento de cartilagem laringiana. 
Decúbito esternal, suspensão da mandíbula 
onde o queixo não deve apoiar na mesa. 
Ressecção com tesoura ou bisturi. No pós 
operatório, verificar inchaço e recomendar 
dieta pastosa gelada nos primeiros dias. O 
procedimento sangra bastante, recomenda-se 
já ir realizando ponto interrompido simples 
para auxiliar na hemostasia. 
 
 
 
Eversão de Sacos Laringianos – Prolapso da 
mucosa que reveste criptas laringianas. 
Diagnosticado menos frequentemente, por 
endoscopia. É o primeiro estágio do 
colabamento laringiano. Aumento na 
resistência do fluxo, pressão negativa para 
mover o ar com vias aéreas obstruídas. 
Apresentação Clínica: 
• Predisposição: Animais braquicefálicos. 
• Sinais Clínicos: Respiração estridulosa, 
desconforto respiratório. Estridor mais 
proeminente na inspiração. Anestesia geral 
para avaliar laringe. 
• Tratamento Médico: Redução do peso, 
restrição e exercícios, sedação e oxigenação. 
• Tratamento Cirúrgico: Estenose da narina e 
alongamento do palato. 
 
 
 
Paralisia de Laringe – Falha completa ou 
parcial das cartilagens artienóides e das 
pregas vocais em se abduzir durante a 
inspiração. Disfunção dos músculos 
laringianos e obstrução respiratória superior. 
Apresentação Clínica: 
• Predisposição: Raças grandes (labrador), 
machos. Incomum em gato ou cães pequenos. 
• Sinais Clínicos: Estridor inspiratório 
progressivo. Alteração vocal, intolerância a 
exercícios. Paralisia em 1/3 de colapso 
traqueal. Respiração trabalhosa, ofegantes e 
hipertermia observada no animal. 
• Radiografia: Descartar outras causas. Edema 
pulmonar pós-obstrução e endoscopia. 
• Tratamento Médico: Redução de peso. 
Acompanhar vida sedentária e aliviar 
desconforto respiratório agudo. 
• Tratamento Cirúrgico: Aumentar a glote. 
Lateralização aritenóidea. Decúbito lateral ou 
dorsal e tosa de toda região cervical. Incisão 
ventral a veia jugular na borda caudal 
mandibular, retraindo músculo platisma e 
paratidauricular. Retrai o músculo 
esternocefálico e jugular externa dorsalmente, 
logo após o músculo esternoióideo 
ventralmente. Desarticule a articulação 
cricoteróidea e realiza sutura no processo 
muscular da cartilagem aritenoide e caudal a 
cartilagem cricóide. Impelir a cartilagem 
artinóide lateralmente, conferir abdução via 
intra-oral e realizar a aproximação de músculo 
tireofaringeo. Sutura em subcutâneo e pele. 
• Pós Operatório: Analgesia, monitoração de 
engasgo ou tosse. Oferecer apenas alimentos 
pastosos. Restrição a exercícios de 6 a 8 
semanas, observa-se latido discreto e rouco. 
Colabamento Traqueal – Obstrução 
traqueal causada por flacideze 
achatamento cartilaginosos. Etiologia 
desconhecida. Diminuição de 
glicoproteína e glicosaminoglicanas. 
Cartilagem perde sua rigidez e ocorre 
colabação dorsoventral. 
 
 
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Apresentação Clínica: 
• Predisposição: Cães toy e miniatura. Cães 
maiores por trauma e uso de enforcadores. 
Meia-idade a idosos. 
• Sinais Clínicos: Progridem com a idade, sinais 
mais graves em cães obesos. Engasgo após a 
tosse. Piora com exercícios, estresse, calor e 
estímulos nocivos (fumaça e alérgenos). 
• Exame Físico e Diagnóstico: Reflexo de tosse 
positivo. Laringoscopia e traqueoscopia. 50% 
apresenta colabamento bronquial. Radiografia 
mostra 60% dos casos são graves. Fluoroscopia 
avalia movimentação traqueal e brônquios. 
 
• Tratamento Médico: Casos leves tem menos 
de 50% de colabamento. Antitussígenos, 
antibióticos, broncodilatadores. Redução de 
peso e exercícios, resposta transitória. 
• Tratamento Cirúrgico: Sinais moderados a 
graves. Sustentar as cartilagens e músculo 
traqueais. Colocação de anés individuais e 
próteses de anés espirais. Decúbito dorsal com 
pescoço estendido e tricotomia. Anéis de 
polipropileno (seringa). Incisão da pele e 
subcutâneo, laringe ao manúbrio. Separar 
músculos esternoiódeo e esternocefálico. 
Inspeção da traqueia. Posicione o anel na face 
ventral da traqueia. Fixe a prótese com 
suturas. Sutura ao redor das cartilagens e 
envolvendo músculo traqueal em pelo menos 
uma delas. Aproximação dos músculos 
esternoiodeo e esternocefálico, sutura em 
subcutâneo e pele. 
 
 
 
 
Toracotomia – Incisando as costelas, rompe-
se o esterno e realiza abordagem que irá 
depender da exposição exigida. Em decúbito 
lateral, incisão de pele no espaço intercostal, 
subcutâneo e músculo troncocutâneo. 
Músculo grande dorsal com tesoura (costelas 
craniais são mais retraídas que caudais). 
Transeccione músculo escaleno e peitoral. 
Músculo serrátil serrado ventral e músculo 
intercostal interno. Pleura, afastador de 
finochietto e toracorrafia (pré-colocação de 4 a 
8 suturas ao redor das costelas). Amarra-se 
todas as suturas, e sutura os músculos serrátil 
ventral, escaleno, peitoral e músculo grande 
dorsal. Remove-se o ar residual e realiza 
sutura em subcutâneo e pele. 
Lobectomia Parcial – Identifica-se o tecido 
pulmonar. Coloca-se um par de pinças 
esmagadoras proximal a lesão. Padrão de 
sutura contínua e absorvível. Excise o pulmão 
entre a sutura e as pinças. Reposicione o 
pulmão na cavidade e preencha com solução 
salina pré-aquecida. Infle os pulmões e 
verifique vazamento, não pode ter ar 
vazando. Remova o fluído antes da miorrafia. 
Lobectomia Total – Isole a artéria pulmonar 
que supre o lobo afetado e aplique uma 
ligadura de material de sutura absorvível ou 
não. Coloque uma segunda ligadura de 
maneira semelhante. Transeccione a artéria 
entre as ligaduras. Ligue a veia pulmonar de 
maneira semelhante, e após ligue o brônquio 
principal. Reposicione o pulmão na cavidade e 
a preencha com solução salina pré-aquecida. 
Infle os pulmões e verifique vazamento. 
Remova o fluído antes da miorrafia. 
Traumatismo Na Parede Torárica – Fratura de 
várias costelas e peito móvel. Traumatismos 
contusos ou penetrantes. Dor e alteração 
respiratória. Enfisema subcutâneo. 
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• Avaliação: Radiográfica para verificação de 
hemorragias, contusões pulmonares e 
pneumotórax. Achados laboratoriais 
inespecíficos. Lesões cardíacas são 
frequentemente desprezadas. 
• Tratamento Médico: Contusão pulmonar, 
mobilizar o segmento pelo posicionamento do 
paciente com lado afetado para baixo. 
• Tratamento Cirúrgico: Raramente exigem 
cirurgia, casos de traumatismo intratorácico, 
defeito de continuidade e concavidade. 
Hérnias Diafragmáticas Traumáticas – 
Ruptura de diafragma. Desconforto 
respiratório significativo. Crônicas podem ser 
assintomáticas. Na radiografia, nota-se perda 
da linha diafragmática, silhueta cardíaca, 
deslocamento de campos pulmonares. 
• Tratamento Médico: Estabilização do 
paciente. Oxigenioterapia, decúbito esternal e 
membros torácicos elevados para auxílio na 
ventilação. 
• Tratamento Cirúrgico: Mortalidade alta em 
casos de cirurgia sem estabilização ou hérnias 
com mais de 1 ano. Avaliação minuciosa em 
herniação gástrica. Incisão abdominal na linha 
ventral, reposicionamento dos órgãos. Sutura 
do defeito com padrão contínuo, removendo o 
ar da cavidade pleural. Miorrafia, sutura em 
subcutâneo e pele. 
Pneumotórax – Acúmulo de ar ou 
gás dentro do espaço pleural. Pode 
ser aberto (comunicação entre pleura e 
ambiente externo, projétil, mordeduras, 
fraturas costais), fechado (vazamento 
do parênquima pulmonar, árvore brônquica ou 
esôfago) ou ainda espontâneo (vazamento de ar 
a partir do pulmão sem trauma, secundário de 
pneumonia, abscessos e outros). 
• Sinais Clínicos e Diagnóstico: Cianose, pode 
apresentar enfisema subcutâneo. Radiografia 
após toracocentese. 
• Tratamento Médico: Toracocentese, scalp ou 
dreno. Traumático cicatriza em cinco dias, 
espontâneo necessita de cirurgia e ferimento 
aberto por curativo oclusivo. 
 
 
 
 
• Tratamento Cirúrgico: Pleurodese. Identifique 
e remova o pulmão doente. Lobestomias 
parciais, abrasão pleural com gaze seca. 
Solução salina e avaliação da formação de 
bolhas, sonda e remoção de ar residual. 
Quilotórax – Coleção de quilo espaço pleural. 
Fluxo ou pressões anormais no duto torácico, 
exsudação de quilo em vasos linfáticos. Pode 
afetar qualquer espécie, idade ou sexo. 
• Sinais Clínicos e Diagnóstico: Tosse, dispneia e 
abafamento de bulhas timpânicas, além de 
depressão e anorexia. Radiografia para 
verificação de derrame pleural ou doença 
parenquimatosa pulmonar. Achados 
laboratoriais de amostra EDTA para citologia. 
• Tratamento Médico: Tratar doença 
subjacente. Toracocentese intermitente. 
Sondas torácicas após cirurgia com acúmulo 
de líquido raro, sendo raro. Dieta pobre em 
gordura. Idiopática sem tratamento eficaz. 
• Tratamento Cirúrgico: Ligadura do duto 
torácico, resolução de 50% do problema. 
Anostomose linfaticovenosas abdominais para 
transporte de quilo para o sistema nervoso. 
Linfangiografia mesentérica para assegurar 
ligadura total do duto torácico. 
Piotórax – Inflamação da cavidade torácica, 
com resultante acúmulo de pus. Mais comum 
em gatos machos que brigam. 
• Sinais Clínicos e Diagnóstico: Excluir doenças 
imunossupressoras. Cultura e antibiograma, 
bactérias anaeróbias mais frequentes. Várias 
semanas do traumatismo até início de sinais 
como desconforto respiratório, anorexia e 
febre. Radiografia para verificação de derrame 
pleural e achados laboratoriais em casos de 
infecção, para análise do líquido. 
• Tratamento Médico: Agressivo, com sonda 
torácica. Duas a três lavagens por dia, 
20ml/kg, permanecer na cavidade por uma 
hora e removendo após. Antibiótico sistêmico 
e antibiograma, mínimo 4 a 6 semanas. 
• Tratamento Cirúrgico: Em doenças 
subjacentes, torção de lobo pulmonar e 
abscesso. Coleta de material intratorácico. 
Lavagem abundante antes da toracorrafia. 
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OFTALMOLOGIA 
 
Ceratoconjuntivite Seca – Doença ocularinflamatória crônica, comum no cão, 
determinada pela deficiência das camadas 
aquosa, mucínica, lipídica ou pela evaporação 
excessiva da lágrima. A maioria é mal 
diagnosticada como uma simples conjuntivite. 
Apresentação Clínica: 
• Sinais Clínicos: Olho vermelho, secreção 
mucosa, opacidade e pigmentação da córnea, 
vascularização e blefarite. 
• Diagnóstico: Teste lacrimal de Schirmer, cães 
15-25mm/min e gatos 3 a 32mm/min. 
• Etiologia: Infecciosa, congênita, por fármacos, 
iatrogênica, metabólica, genética, auto-imune, 
trauma, radioterapia e neurogênica. 
 
 
• Tratamento Clínico: Estimulantes de lágrima 
(auto-imune), substitutos de lágrima, 
antiinflamatórios, antibióticos, ácidos graxos e 
piloparpina 2% (neurogênica). 
• Tratamento Cirúrgico: Plugs de colágeno ou 
silicone, oclusão de ponto lacrimal, 
transposição de ducto parotídeo e transplante 
de glândulas salivares. 
 
!! Córnea de canino e bovino mais espessas no 
centro. Felino e equino mais espessas no limbo. 
Ceratite Ulcerativa – Uma das afecções 
oculares mais frequentes em cães e gatos, se 
caracteriza pela solução de continuidade do 
epitélio da córnea levando à exposição do 
estroma subjacente. 
Apresentação Clínica: 
• Sinais Clínicos: Blefarospasmo, fotofobia, 
lacrimejamento, dor e prurido ocular. 
Devemos investigar anormalidades em cílios, 
pálpebras, filme pré-corneano, corpo 
estranho, edema corneano, distrofia epitelial e 
herpesvírus. 
• Tratamento: Objetivo de evitar infecção, 
antibióticos. Controlar a inflamação e dor com 
cautela. Evitar traumas com colar protetor. 
Devemos remover a causa e entender que não 
existe receita de bolo, avaliando as 
necessidades terapêuticas de cada paciente. 
Glaucoma – Classifica-se em primário (causa 
principal), secundário (causado por alguma 
patologia secundária) e congênito (recém 
nascidos e filhotes), sendo um grupo de 
doenças que tem como maior fator de risco a 
elevação da pressão intraocular e que 
apresentam uma neuropatia óptica 
caracterizada pela morte de células 
ganglionares retinianas e seus axônios. 
 
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Apresentação Clínica: 
• Efeitos do Aumento da Pio – Aumento do 
bulbo ocular, quebra da bomba endotelial e 
edema. Buftalmia, reflexo de piscar, 
evaporação do filme lacrimal, ceratite por 
exposição, úlcera córnea, ceratite pigmentar. 
• Tratamento Médico – Diminuir a PIO para 
manter a visão e qualidade de vida do 
paciente, prevenir danos e tirar dor. 
• Tratamento Cirúrgico – Gonioimplantes, 
ciclofotocoagulação a laser. 
 
AFECÇÕES CIRÚRGICAS DO 
SISTEMA URINÁRIO 
 
 
Ureteres Ectópicos – Anomalia congênita na 
embriogênese. Um ou ambos ureteres 
drenam externamente à bexiga. Pode ser 
lesão intra ou extramurais. 
Apresentação Clínica: 
• Predisposição: Raro em gatos. Fêmeas mais 
comum que machos, animais mais velhos e 
raças como Huskies siberianos, golden 
retrievers, labrador, poodles e terriers. 
• Anamnese: Incontinência urinária constante 
ou intermitente. Podem apresentar micção 
normal ou gotejamento urinário. 
• Exame Físico: Umedecimento dos pelos 
perivulvares. Odor, irritação ou queimaduras 
por urina. Hímen persistente e pielonefrites. 
• Diagnóstico: Radiografia para avaliação de 
rins, bexiga e próstata. Urografia excretora. 
Cistografia retrógrada, pneumocistografia, 
vaginocospia e cistocospia em fêmeas. US para 
determinação dos ureteres ectópicos. 
 
• Diagnóstico Diferencial: Incontinência 
comportamental, por urgência de inflamação 
ou infecção, distúrbios neurogênicos, 
obstrução anatômica de escoamento, 
incontinência esfinctérica uretral. 
• Tratamento Médico: Agonistas alfa-
adrenérgicos, fenilpropanolamina ou 
efedrina, imipramina ou dietilestilbestrol. 
Aumentar tônus esfinctérico uretral. 
• Complicações: Obstrução uretral por edema. 
Insuficiência renal e obstrução subsequente. 
• Prognóstico: 30 a 55% continuam 
incontinentes após cirurgia. Em Huskies, 
incidência de incompetência esfinctérica. 
Cálculos Renais e Ureterais – Os urólitos 
de estruvita são os mais comuns, 
seguidos dos de oxalato de cálcio, urato, 
silicato, cistina e mistos. Cálculos 
ureterais geram obstrução. 
 
Apresentação Clínica: 
• Predisposição: Alguns fatores contribuem para 
a formação de urólitos, como pH urinário, 
infecções, alta concentração de cristalóides na 
urina e diminuição na concentração urinária 
de inibidores de cristalização. Raças como 
schnauzer, shih-tzu, lhasa apso, yorkshire, pug, 
dálmata e basset hound. Fêmeas e cães de 
meia-idade a idosos mais predispostos. 
• Anamnese: Histórico de urolitíase, obstrução 
ou infecção. Análise de cálculos. 
• Exame Físico: Assintomáticos. Hematúria em 
gatos. Pielonefrite, poliúria, polidipsia, 
letargia, depressão, febre e anorexia. 
Destruição renal e obstrução, uremia e cistite. 
• Diagnóstico: Radiografia, maioria sendo 
achados acidentes e radiopacos. Avaliação de 
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ureteres, bexiga e uretra. US para avaliar 
anormalidades, hidronefrose e hidroureter. 
Hepatopatias podem se relacionar com 
cálculos de urato, e insuficiência renal com 
uropatia obstrutiva ou pielonefrite. 
• Diagnóstico Diferencial: Infecção crônica do 
trato urinário quando tem sinais como 
hematúria e outros. 
• Tratamento Médico: Tratar possíveis causas 
como infecções, desvios portassistêmicos ou 
anormalidades metabólicas. Dietoterapia ou 
agentes farmacológicos, desobstrução. 
• Tratamento Cirúrgico: Estabilização do 
paciente. Remoção da obstrução ou infecção. 
Nefrotomia e pielolitomia. Os cálculos sempre 
devem ser enviados para análise. 
• Complicações: Insuficiência renal, hemorragia, 
extravasamento urinário e estenose ureteral. 
 
Neoplasias Renais e Ureterais – 
Nefroblastomas (maligno de desenvolvimento 
rápido que surgem de elementos embrionários 
renais), adenomiossarcomas embrionários, 
nefromas e tumores de Wilms. 
Apresentação Clínica: 
• Predisposição: Tumores primários incomuns 
em cães e gatos. Em gatos é comum ocorrer 
linfoma. Em pastor alemão, dermatofibrose 
associada a cistoadenocarcinomas renais. 
Pode ocorrer metástase pulmonar ou renais. 
Machos mais acometidos, meia-idade a idosos. 
Nefroblastomas e sarcomas renais em jovens. 
• Anamnese: Anorexia, depressão, perda de 
peso, tamanho abdominal aumentado pela 
massa renal. Dispnéia pode indicar metástase 
pulmonar, hemangiomas e hematúria. 
• Exame Físico: Massas pálpaveis, rim 
aumentado firme e nodular. Achados 
inespecíficos como claudicação – que pode 
indicar metástase óssea. 
 
• Diagnóstico: Radiografia para verificar 
aumento renal, tórax para verificar metástase. 
US específico. Exames laboratoriais podem 
indicar azotemia e anemia, além de hematúria 
na urinálise macroscópica e microscópica. 
• Diagnóstico Diferencial: Renomegalia, 
hidronefrose, doença policística e abscesso. 
Aumento abdominal pode ser baço ou fígado. 
• Tratamento: Estabilização do paciente. 
Nefrectomia em casos malignos e unilaterais, 
quimio e radioterapia em metástase ou gatos 
com linfomas, dependendo da avaliação. 
• Complicações: Hemorragia, extravasamento 
urinário e insuficiência renal. 
• Prognóstico: Ruim, raramente diagnosticados 
cedo. Natureza maligna e agressiva. 
Uroabdômen / Uroperitônio – Ruptura 
vesical. Pode ocorrer espontaneamente, por 
tumor, cistite ou obstrução uretral. Pode 
ocorrer também por traumatismo abdominal, 
cistocenteses e complicações cirúrgicas. 
ApresentaçãoClínica: 
• Predisposição: Acomete mais machos, onde a 
obstrução tem alto risco de ruptura. 
• Sinais Clínicos: São vagos, podendo apresentar 
azotemia, vômito, anorexia, depressão, 
letargia, hematúria, disúria e dor abdominal. 
Urina pode estar em volume e aspecto normal. 
• Exame Físico: Palpação, inchaço ou acúmulo 
de fluído. Equimoses, hematúria e disúria. 
• Diagnóstico: RX e US para verificar redução ou 
ausência de bexiga e aumento retroperitoneal. 
Cistouretrografia. Achados laboratoriais com 
hipercalemia, azotemia, nível de creatinina 
aumentado e peritonite séptica. 
• Diagnóstico Diferencial: Peritonite, vômitos, 
derrame abdominal, peritonite séptica ou 
biliar, pâncreas, baço, fígado e estômago. 
• Tratamento Médico: Drenagem abdominal, 
estabilização, correção dos desequilíbrios, 
cultura e antibiograma para infecção. 
• Tratamento Cirúrgico: Anastomose primária, 
reimplantação na bexiga. 
• Complicações: Vazamento urinário, 
deiscência, peritonite. 
• Prognóstico: Excelente a reservado. 
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Cálculos Vesicais e Uretrais – Predisposição 
em dálmatas (urato, transporte hepático de ácido 
úrico defeituoso) e pastor alemão (sílica, 
distúrbio hereditário de transporte tubular renal). 
Apresentação Clínica: 
• Predisposição: Mais comum em cadelas, em 
machos comum obstrução. Cães de meia 
idade, estruvita em filhotes. Em gatos, oxalato 
de cálcio e estruvita. 
• Gatos: Síndrome urológica felina, caixa de 
areia deve estar sempre limpa e em número 
adequado além de localizações estratégicas. 
• Sinais Clínicos: Hematúria, polaciúria, 
estrangúria. Incontinência, azotemia. 
• Exame Físico: Parede vesical espessada, 
cálculos palpáveis, sinais compatíveis com ITU. 
Obstrução com dor abdominal anorexia, 
vômito e depressão. Cistocentese de alívio. 
• Diagnóstico: RX e US para quantificar e 
localizar. Oxalato de Ca e Estruvita 
radiopacos, Urato/Cistina radio transparentes. 
Cistouretrografia, avaliar rins e ureteres. 
Achados laboratoriais com perfil bioquímicos 
com eletrólitos, cultura urinária sendo comum 
infecção com piúria, hematúria, proteinúria ou 
bacteriúria. Insuficiência renal por pielonefrite 
crônica ou insuficiência hepática – urato. 
• Diagnóstico Diferencial: Infecção crônica do 
trato urinário, neoplasias e inflamação 
granulomatosa. 
• Tratamento Médico: Descompressão vesical e 
urohidropropulsão. 
• Tratamento Cirúrgico: Cistotomia e 
uretrostomia, enviar cálculos para análise. 
• Complicações: Vazamento urinário, 
hemorragia e estenose uretral. Incomuns. 
Pode haver recorrência de cálculos. 
 
 
 
 
Prolapso Uretral – Incomum, ocorre após 
excitação sexual excessivas e infecções 
geniturinárias. 
 
Apresentação Clínica: 
• Predisposição: Mais comum em raças como 
buldogues ingleses jovens, boston retriever e 
yorkshire terrier. 
• Anamnese: Protrusão avermelhada na ponta 
do pênis. Sangramento peniano intermitente 
com piora quando cão se excita. Prolapso 
intermitente, ocorrendo na ereção. Histórico 
de lambeduras ou traumatismos. 
• Exame Físico: Exposição do pênis, ereção 
peniana com protrusão que aumenta de 
tamanho. Necrose de uretra prolapsada, 
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exame de prepúcio e verificação de 
balanopostite ou neoplasia. 
• Exames Laboratoriais e Diagnósticos 
Diferenciais: Anemia em casos de 
sangramentos intermitentes ou crônicos. 
Urinálise, excluir ITU. Exclusão de 
coagulopatias. Uretrites, fratura do osso 
peniano, cálculos uretrais, estenoses uretrais e 
neoplasias prepuciais, penianas ou uretrais. 
Lesões prostáticas. 
• Tratamento Médico: Redução com cotonete e 
cateter lubrificado. Sutura de bolsa de fumo, 
monitoração e recuperação espontânea. 
• Tratamento Cirúrgico: Ressecção cirúrgica, 
redução do prolapso e orquiectomia. 
• Complicações: Hemorragia. Evitar excitação. 
Incorrência é incomum. 
Neoplasias Vesicais e Uretrais – Mais comum 
em cães (vesicais) e linfossarcoma renal em 
gatos. Diferença no metabolismo de 
triptofano e de metabólitos carcinogênicos. 
Maioria dos tumores vesicais são malignos. 
Apresentação Clínica: 
• Predisposição: Acomete mais cães que gatos. 
Idosos, cadelas e animais com mais de 10kgs. 
• Anamnese: Histórico de hematúria, polaciúria, 
estrangúria, disúria, incontinência, poliúria, 
polidipsia, claudicação e dispnéia. 
• Exame Físico: Massas uretral ou abdominal. 
Prostatomegalia, distensão vesical, dor 
abdominal, fraqueza, linfadenopatia, tosse e 
dispnéia, claudicação. 
• Diagnóstico: Urografia de contraste positivo, 
urografia excretora. Cistografia de contraste 
duplo, US e citoscopia. Achados laboratoriais 
por hemograma, perfil bioquímico e urinálise. 
• Diagnóstico Diferencial: Hematúria e 
bacteriúria, urolitíase, prostatopatia, cistite 
polipóide, cistite estéril em gatos, uretropatia 
infiltrativa não-neoplásica. 
• Tratamento Médico: Estabilização, piroxicam 
em cães para carcinoma. 
• Tratamento Cirúrgico: Instrumentais 
contaminados transferem células neoplásicas. 
Excisão cirúrgica, anastomose e uretrostomia. 
Avaliar local da lesão, algumas inoperáveis. 
 
 
• Complicações: Vazamentos e obstruções 
urinárias, pielonefrite, IR, disfunção 
neurológica, anormalidades eletrolíticas, 
acidose metabólica e diarréia. 
• Prognóstico: Reservado, risco de metástase. 
Tumores uretrais tem melhor prognóstico. 
 
AFECÇÕES CIRÚRGICAS DE SISTEMA 
REPRODUTIVO FEMININO 
 
Neoplasias Mamárias – Incomuns em 
machos, mas pode ocorrer. Em gatas 90% dos 
casos são malignos, enquanto em cadelas são 
cerca de 50%. Disseminam em vasos linfáticos 
(pulmões, adrenais, rins, coração, fígado, ossos, 
cérebro e pele), de causa desconhecida 
(hormônio dependente? Castração previne?). 
• Lumpectomia: Remoção de uma mama ou 
parte dela; 
• Mastectomia Simples: Excisão da glândula 
mamária inteira; 
• Mastectomia Regional: Excisão da glândula 
envolvida e das glândulas adjacentes; 
• Mastectomia Unilateral: Remoção de todas 
glândulas mamárias de um lado; 
• Mastectomia Bilateral: Remoção simultânea 
de ambas as cadeias mamárias. 
!! Na veterinária não é realizado análise, focamos 
primeiramente na palpação. A punção da 
neoplasia pode estimular ela pela região 
altamente linfática, cada animal é avaliado 
conforme o caso, não existe receita de bolo. 
 
Predisposição – Cadelas e gatas de meia idade 
a idosas, não castradas. Raças como poodles, 
boston terrier, fox terrier, dachshunds, 
samoiedas, golden retrievers e spaniels. 
Administração de progesterona. Em gatas, 
diferenciar hiperplasia (administração de 
progestágenos em jovens), recorrência comum. 
!! Mastectomia Bilateral normalmente é realizada 
somente em gatas pela pele mais elástica. Já em 
cadelas, o pós operatório é complicado e dolorosol. 
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Exame Físico – Massa pálpável móvel ou não, 
mais comum em glândulas caudais. Aumento 
de linfonodo, ulceração e claudicação (pode 
indicar metástase óssea). 
Exames Complementares – Radiografia e US, 
descarte de metástases. Achados 
laboratoriais, síndrome paraneoplásica, 
citologia (neoplasias mistas), histologia (sempre 
realizar!!!) e imuno-histoquímica. 
Tratamento – Médico ineficaz. Cirúrgico como 
tratamento de escolha (excetocarcinoma 
inflamatória), excisando todas neoplasias 
(realizar histopatológico). Se necessário dois 
tempos cirúrgicos, realizar intervalo de quatro 
semanas. Ovariohisterectomia previa a 
mastectomia (evita disseminação de células). 
Realizar ligaduras na artéria epigástrica 
superficial cranial e caudal. 
!! Em cirurgias oncológicos, prefere-se a usar fios 
não absorvíveis não-filamentosos, para diminuir a 
chance de “espalhar” células neoplásicas. 
Pós Operatório – Analgesia e atadura 
abdominal. Remoção de pontos de 10-15 dias. 
Neoplasias Uterinas – Predisposição de meia 
idade a idosas. Maior parte é assintomática, 
mas pode estar correlacionado com ciclos 
estrais anormais, corrimento vaginal (mucóide 
ou hemorrágico), distensão abdominal e 
comprensão de cólon, bexiga e uretra. 
• Leiomioma: Tumor benigno de músculo liso; 
• Leiomiossarcoma: Tumor maligno de 
musculatura lisa; 
• Adenocarcinomas: Tumores malignos das 
glândulas uterinas. 
Exames Complementares – US para avaliação 
da massa, biópsia guiada. Vaginoscopia e raio-
x tórax para verificar metástase. 
Tratamento – Médico ineficaz. Cirúrgico com 
ovariohisterectomia. Prognóstico excelente 
quando se tem alterações benignas. 
 
Piometra – Geralmente associada com 
hiperplasia endometrial cística. Progesterona 
estimula o crescimento e atividade secretora 
das glândulas endometriais e reduz atividade 
miometrial. Tecido glandular uterino acumula 
fluído, e quando a drenagem uterina é 
prejudicada ocorre colonização bacteriana, 
gerando a piometra. Pode ter cérvix aberta 
(secreção vaginal) ou fechada (mais perigosa, 
acúmulo e risco de sepse). 
• Piometra: Acúmulo de material purulento 
dentro do útero; 
• Hidrometra: Acúmulo de material aquoso; 
• Mucometra: Acúmulo de secreção mucóide. 
Predisposição – Estrógenos e 
anticoncepcionais aumentam receptores de 
progesterona. Gatas são menos frequentes de 
terem essa alteração, pelo tecido luteral exigir 
cópula ou indução. Escherichia coli. Acomete 
mais cadelas de 6 a 11 anos e nulíparas. 
Sinais Clínicos – Corrimento vaginal, apatia, 
febre, vômito, diarréia, poliúria e distensão 
abdominal, além de outros sinais de infecção. 
Exames Complementares – US para verificar 
aumento de volume do útero. Cultura e 
antibiograma, citologia vaginal. 
Tratamento – Médico em fêmeas de alto 
valor reprodutivo com risco alto de 
complicações, chances de infertilidade e 
recorrência no próximo cio. Cirúrgico com 
OHE. 
Piometra de Coto – Falha cirúrgica por 
resquícios hormonais ou estruturas. 
Prolapso e Hiperplasia Vaginal – Prolapso é 
uma protrusão da mucosa, hiperplasia é um 
aumento originado de um coto de mucosa. 
Estimulação estrogênica, no estro ou proestro 
podendo ocorrer também em pós parto. Em 
casos de edema se resolve espontaneamente, 
podendo ter reicidiva no próximo ciclo estral. 
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Predisposição – Extremamente raro em gatas. 
Geralmente acomete cadelas novas. 
Exames Complementares – Citologia vaginal 
para estimulação estrogênica e citologia 
aspirativa descartar neoplasias. 
Tratamento – Médico se protrusão não for 
circular retirando o animal do acasalamento. 
Cirúrgico com OHE, ressecção do tecido 
danificado ou necrosado e episiotomia. 
Prolapso Uterino – Eversão e 
protrusão de porção do útero 
através da cérvix para o 
interior da vagina. Ocorre 
durante ou após o parto. 
Tratamento cirúrgico com OHE 
e redução atráves de 
celiotomia. 
 
AFECÇÕES CIRÚRGICAS DE SISTEMA 
REPRODUTIVO MASCULINO 
 
Hiperplasia Prostática – Aumento benigno do 
tamanho da próstata. Hormônios 
androgênicos e alteração do envelhecimento 
normal. Sinais de constipação, tenesmo, 
alteração na forma fecal ou disúria, podendo 
ocorrer pressão no diafragma (hérnia perineal). 
Predisposição – Cães inteiros de 8 a 9 anos de 
idade, maior parte sendo assintomática. 
Tratamento – Médico em bons reprodutores 
com finasterida (esteróide sintético). Cirúrgico 
com orquiectomia, principalmente animais 
 
assintomáticos. Até quatro meses nota-se 
bons resultados. Prostatectomia parcial por 
questões reprodutoras. 
Prostatite – Infecção da próstata, com ou sem 
abscesso. Comum em cães. 
 
Abscessos Prostáticos – Acúmulos localizados 
de material purulento dentro do parênquima 
prostático. Pode ocorrer ruptura, comum em 
idosos e podendo gerar sepse e infecções. 
Sinais Clínicos – Polidipsia, poliúria, dor, febre 
e hematúria. Palpação retal dolorosa. 
Exames Complementares – US, leucocitose e 
desvio a esquerda, cultura e antibiograma. 
Tratamento – Médico com antibióticos, 
fluidoterapia e suporte nutricional. Cirúrgico 
quando há risco de ruptura e sepse, risco à 
vida. Terapia iniciada imediatamente, drenar 
abscesso, orquiectomia e prostatectomia. 
Cistos Prostáticos – Cavidade não séptica 
preenchida por fluido ou ligada a próstata. 
Neoplasias Prostáticas – Carcinomas de 
origem do tecido epitelial, Leimiossarcoma 
em músculo liso e Hemangiossarcoma com 
estruturas vasculares. Mais comum em cães 
machos castrados. Não é causada por 
hormônios testiculares, idade entre 8 a 10 
anos. Tamanho aumenta assimetricamente. 
Tratamento – Médico com pouca eficácia com 
quimioterapia e radioterapia. Cirúrgico 
raramente obtém êxito. Prognóstico ruim. 
Neoplasias Testiculares e Escrotais – Escrotais 
mais comuns (mastocitoma e melanoma). 
Melanomas mais comuns em cães, tendem a 
ser benignos na pele. Malignos com alta 
recorrência local e metástases distantes. 
Sertoliomas e seminomas, neoplasias 
testiculares mais comuns. Escrotais benignos 
e criptorquidas malignos. Predisposição em 
cães idosos e criptorquidas. 
 
Exames Complementares – US para verificar 
neoplasias escrotais e testiculares. 
 
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Tratamento – Médico com quimio ou 
radioterapia em casos de mastocitoma. 
Cirúrgico confere melhor chance de bom 
prognóstico. Remoção de ambos testículos 
em neoplasias testiculares, ablação escrotal 
em neoplasias escrotais. 
Hérnias Umbilicais e Abdominais – Externa 
(defeitos na parede abdominal externa, permite 
protrusão do conteúdo abdominal como anel 
inguinal, anel femoral ou escroto) ou internas 
(por todo anel tecidual dentro do abdômen ou 
tórax, hernia diafragmática ou hérnia hiatal) e 
umbilicais (ocorrem por todo anel umbilical). 
Hérnias Verdadeiras – Envolto por saco 
peritoneal. 
Hérnias Falsas – Protrusão do órgão para fora 
de uma abertura abdominal normal. Não 
contém saco herniário. 
Tratamento – Redutível ou não, perigo de 
estrangulamento. Cirúrgico geralmente 
aguarda final de protocolo de vacina. 
• Hérnias Inguinais – Protrusões de órgãos 
ou tecidos pelo canal inguinal; 
• Hérnias Escrotais – Defeitos do anel 
inguinal; 
• Hérnias Femorais – Canal femoral. 
!! Anormalidades congênitas ou pós traumatismos. 
Recomenda a castração até que conheça a 
genética da afecção. Uni ou bilateral. Hérnias 
escrotais e femorais são raras. Hérnias inguinais 
mais comum em fêmeas. 
 
AFECÇÕES CIRÚRGICAS ODONTOLÓGICAS 
 
Compreende cavidade oral, dentes e demais 
estruturas. Sempre que um animal for para 
atendimento, devemos avaliar a cavidade oral 
para identificar em estágio inicial. 
 
 
 
Profilaxia – Detecção precoce dos problemas 
e eliminação de causas de futuras condições 
patológicas. Devemos sempre fazer exame 
oral em todo animal que vier a ser contido e 
educar os proprietários sobre escovação,cuidados e o manejo ideal ao pet. 
!! O tártaro fica preso ao esmalte dentário. 
Cinomose causa grande desgaste ao esmalte, 
deixando o paciente predisposto a alterações 
periodontais. 
ARCADA 
DENTÁRIA 
Decíduos Definitivos 
Gatos 26 30 
Cães 28 42 
 
!! Até por volta de 10 meses é normal acontecer a 
troca de dentes. Após isso, pode ser necessário a 
extração para remover os dentes remanescentes 
Contenção – Contenção farmacológica. Todos 
os procedimentos odontológicos devem ser 
realizados sob anestesia geral inflamatória, 
evitando pneumonia aspirativa. 
ATB – Procedimento necessário antes e 
depois a maioria das intervenções, para 
controle de infecção primária e prevenção de 
secundárias, como artrite e endocardite. 
Amoxicilina, clavulanato, metronidazol para 
combate a bactérias gram-positivas. 
Indicações – Achados clínicos ao exame oral, 
sinais e alterações notadas como mau hálito, 
dificuldade em mastigar, tumefações na 
cabeça, salivação anormal, corrimento oral ou 
nasal, fraturas dentárias, má oclusão ou 
crescimento dental excessivo e outros. 
Principais Causas – Desenvolvimento 
defeituoso de tecidos calcificados (infecções, 
traumas, deficiências nutricionais e enfermidades), 
ação de microorganismos patogênicos, 
degeneração de tecidos duros ou moles, 
dietas inadequadas, má oclusão e trauma. 
 
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Alterações Periodontais – Cárie dental 
(incidência baixa pela dieta não cariogênica. 
Causada por características anatômicas dos 
dentes, incomum por ter menor contato entre 
dentes vizinhos e outros). 
• Doença Periodontal I – Adaptação a 
situações de constante estresse, 
destruição e remodelação. 
Desenvolvimento de mecanismos 
fisiológicos de defesa para garantir a 
sanidade tecidual. Existe relação direta 
entre a textura da dieta, problemas orais 
e saúde sistêmica. Quanto mais fino o 
dente, mais “doente” ele está. 
• Doença Periodontal II – Má oclusão, 
lesões traumáticas, apinhamento e 
rotação dental, persistência de dentes 
decíduos. Superfícies dentais ásperas, 
facilitando acúmulo residual e bacteriano. 
• Doença Periodontal III – Determinado 
pelo predomínio bacteriano, produzindo 
alterações pela formação de massas 
coloniais e placa bacteriana. Invasão 
direta de tecidos, liberação de toxinas 
lesivas, produção de enzimas destrutivas 
e estímulo a reações antígeno-anticorpo. 
• Doença Periodontal IV: Lesões 
provocadas pela placa bacteriana, com 
gengivite, periodontite. 
Complicações Periodontais – Disseminação 
da infecção por tecidos, originando celulite e 
osteomielite localizada. Disseminação da 
infecção para ouvido, pulmões e estômago. 
Disseminação de bactérias e toxinas no 
sangue, insuficiência renal, infecção hepática 
e pancreática, artrite e endocardite. 
Tipos de Tratamento: 
• Periodontal: Remoção de cálculo 
supragengival, curetagem do sulco 
gengival, raspagem para aplainamento, 
gingivectomia e polimento com pasta 
profilática fluoretada. 
 
 
 
• Exodontia: Remoção de dentes em casos 
de infecção periodontal severa, abscessos 
peri-apicais com ou sem fístula e fraturais 
dentais com necrose pulpar. 
Sindesmotomia (separar o dente da 
gengiva), luxação, remoção, hemostasia, 
curetagem alveolar e sutura da gengiva. 
!! Fístula Oronasal Pós Exodontia pode ser 
uma complicação, sinais de espirro e 
secreção nasal hemo-purulenta. Terapia 
com curetagem alveolar, ressecção do 
bordo gengival e reparação do defeito. 
• Endodontia: Tratamento de canal. 
Remoção parcial ou completa da polpa 
dental. Fraturas, pulpite e necrose pulpar, 
casos que dê para evitar exodontia de 
dentes problemáticos. Danos causados 
por trauma, deterioração ou perda da 
estrutura de sustentação, com 
vasodilatação, vasoconstrição, bloqueio 
ao aporte nutricional. Acesso à câmara 
pulpar e ao canal radicular com broca, 
odontometria, isolamento do campo 
operatório, extirpação do tecido pulpar 
necrosado, desinfecção do canal 
radicular, limagem, desinfecção do canal 
e da câmara pulpar, secagem, obturação 
do canal radicular e restauração. 
• Dentistica Restauradora: Reposição de 
tecido dental perdido ou removido. 
Materiais de amálgama, compósitos, 
resinas e cimento de ionômero de vidro. 
Restauração após tratamento de dentes 
fraturados, lesões reabsorvitivas, lesões 
cariosas e defeitos de esmalte. 
!! Avaliação radiográfica é sempre necessária, 
sendo um ótimo método de diagnóstico, 
acompanhamento e avaliação odontológica 
 
 
 
 
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AFECÇÕES CIRÚRGICAS ONCOLÓGICAS 
 
O Que é o Câncer? – Doença comum na 
clínica de cães e gatos, caracterizado pela 
proliferação e crescimento celular 
descontrolado. Inicia-se pela transformação 
de uma única célula precursora e pela quebra 
de mecanismos genéticos normais que 
controlam o crescimento, divisão e 
diferenciação celular. 
 
Etiologia – Fatores extrínsecos cerca de 80% 
dos casos, como irradiação solar, agentes 
químicos ou infecções virais. Fatores 
intrínsecos como alterações genéticas, efeitos 
hormonais e idade. 
!! Pode ter uma grande variedade de mecanismos 
envolvidos. Tumores benignos ocupam espaços, e 
malignos podem ter risco de metástase. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tumores Benignos: 
• Possui maturação morfológica e 
características funcional, bem 
diferenciadas; 
• Crescimento lento e com períodos de 
latência onde nenhum crescimento é 
observado; 
• Cresce por expansão e geralmente 
encapsulados; 
• Não tem potencial metastático; 
• Lesões que ocupam espaço, podendo ter 
efeitos mínimos ou risco para vida 
dependendo da localização. 
 
Tumores Malignos: 
• Possui uma variedade de diferenciação 
bem a pouco diferenciada. Uma perda 
acentuada de diferenciação é anaplasia; 
• Possui uma variedade na taxa de 
crescimento; 
• Tem crescimento inicialmente por 
expansão e posteriormente invasão. Não 
existe encapsulamento e seus limites são 
pouco definidos; 
• Variedade na capacidade de metástases, 
podendo ocorrer via hematógena, 
linfática ou trans-serosa; 
• Risco de vida devido efeitos destrutivos 
do tumor nos tecidos e órgãos vitais, 
habilidade para metástases. 
 
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Carcinogênese – Na primeira fase INICIAÇÃO, 
uma única célula sofre alterações genotípicas 
irreversivelmente por meio da ação de 
agentes cancerígenos, químicos, físicos ou 
biológicos. Na segunda fase PROMOÇÃO, a 
célula iniciada passa a se multiplicar com o 
estímulo de agentes promotores e passam a 
ter autonomia e clones. Na terceira fase 
PROGRESSÃO, clones com potencial de 
invasão tecidual e metástase. 
Paciente Oncológico – Desfazer noções 
negativas sobre a doença, onde boa parte não 
tem nenhuma alteração na qualidade de vida. 
Terapias paliativas e cura são possíveis. 
!! Sistema DLC: Diagnóstico do tumor, Localização 
do tumor e sua extensão e Condição do paciente 
!! Sistema TNM: T tumor primário, sua extensão e 
característica, N ausência ou presença de 
metástases em linfonodos regionais e M ausência 
ou presença de metástases a distância 
 
 
Estadiamento Clínico: 
• Qual tipo de câncer? Citologia ou 
histopatologia; 
• Onde está localizado? Exame físico, 
exameslaboratoriais e exames de 
imagem. Doenças concomitantes em 
pacientes geriatras; 
 
 
• O que esperar de seu comportamento? 
Características clínicas, patológicas e 
moleculares da neoplasia. 
• Origem? Tamanho? Metástase? Taxa de 
crescimento? Gravidade? 
!! Tumores com mesma classificação e extensão 
apresentam evolução clínica, resposta terapêutica e 
prognóstico semelhantes 
 
Tratamento Cirúrgico – Vantagens de curar 
casos de doença localizada. Não tem efeitos 
carcinogênicos, não causa resistência 
biológica e fornece avaliação local com 
segurança. Auxilia no estadiamento. 
Desvantagens de não atuar de modo 
específico em tecidos comprometidos pela 
malignidade, verificar margens seguras. Pode 
trazer risco ou morbidade ao paciente. Pode 
causar deformidades ou perdas de funções. 
Não cura em casos de doenças disseminadas, 
metástases. Objetivos de definição do 
diagnóstico, ressecção e tratamento definitivo 
(neoplasias sólidas e únicas), citorredução prévia 
(quimioterapia e radioterapia), controle de dor e 
profilaxia (castração precoce). 
Finalidade Diagnóstica – Coleta de Material: 
• Biópsia Incisional: Obtenção de amostras 
por meio de incisão. Tesoura, bisturi ou 
punch. Lesões na derme e epiderme, 
pode favorecer disseminação da 
neoplasia. Pode coletar por endoscopia; 
 
 
• Biópsia Excisional: Abrange diagnóstico e 
tratamento. Remove a massa completa, 
margem de segurança de 2 a 3cm. Enviar 
em totalidade para histopatológico; 
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Cirurgia Curativa – Aumentar tempo de 
sobrevida. Erradicar tumor, margens 
cirúrgicas livres. 2 a 3cm independente do 
tamanho na neoplasia. Na cavidade oral, 1cm. 
Linfadenectomia – Evidência de 
comprometimento. Mapeamento linfático 
com corantes. Linfonodo sentinela recebe 
primeiro células malignas do tumor primário. 
Cirurgia Paliativa – Objetivo de melhorar a 
qualidade de vida do animal, sem prolongar a 
sobrevivência. Não interfere no prognóstico 
nem confere a cura da doença. Porém, 
objetiva melhora de dor, hemorragia, 
obstruções e outros. 
Criocirurgia – Indicada na aplicação de 
diferentes órgãos, empregada na 
dermatologia, granulomas, piodermatites, 
cistos e neoplasias. 
Crionecrose – Resposta a temperatura 
negativa extrema. Desidratação celular, 
estase vascular, isquemia e necrose. 
Criotratamento – Benignas com dois ciclos no 
intervalo de 14 dias. Malignos com três ciclos 
no intervalo de 21 dias. Quanto mais rápido o 
congelamento e lento o descongelamento, 
maior necrose celular. Tempo de 30s a 20min. 
Quimioterapia Antineoplásica – Tratamento 
de tumores que não podem passar por 
cirurgia ou radioterapia. Controle de reicidivas 
e progressão de metástases. Aplicação 
sistêmica ou regional de fármacos que 
destroem células neoplásicas e a proliferação. 
Não seletivos, atacam células sadias. 
 
Quimioterapia Curativa – Remissão do tumor 
sem uso de outra terapia coadjuvante. 
Neoplasias hematopoiéticas, TVT. 
Quimioterapia Neoadjuvante – Redução 
parcial do tumor, antes do tratamento 
cirúrgico ou radioterápico. Ressecção segura 
de tumores extensos e invasivos. Tratamento 
de micrometástases possivelmente presentes 
no momento do diagnóstico. 
Quimioterapia Adjuvante – Após tratamento 
cirúrgico. Elimina células residuais, pacientes 
que apresentam risco moderado a acentuado 
de reicidiva ou metástase. 
Quimioterapia Paliativa – Melhorar a 
qualidade da sobrevida. Diminuição dos sinais 
clínicos ocasionados pelo tumor. 
 
Eletroquimioterapia – Potencializada pela 
eletroporação da membrana citoplasmática 
por meio de pulsos elétricos. Maior 
penetração potencializada dos fármacos 
quimioterápicos no citoplasma celular. 
 
AFECÇÕES CIRÚRGICAS ORTOPÉDICAS 
 
Exame Ortopédico – A saúde deve ser 
avaliada no geral devido a anestesia. Animais 
traumatizados com fraturas de ossos longos 
geralmente apresentam lesões concomitantes 
de tecidos moles. O exame se inicia pela 
observação dos sinais de claudicação e 
associação ao histórico. Observar paciente em 
estação, atrofia muscular, caminhada, trote e 
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corrida. Avaliar cada membro de maneira 
individual (tutor costuma atribuir a claudicação 
ao membro errado) e avaliar a dor. Desenvolver 
um padrão (membros torácicos aos pélvicos, 
unhas até porções proximais, iniciar em membro 
saudável etc) e selecionar região para 
radiografia (se necessário analgesia ou sedação). 
 
 
Coaptação de Fraturas – Fraturas instáveis 
devem ser coaptadas para evitar maiores 
lesões em tecidos moles, utilizando talas 
externas (apoio temporário ao membro), 
bandagem (robert jones, para lesões abaixo de 
joelho e cotovelo, ehmer para suporte do peso ao 
membro pélvico e reduzir luxação coxofemoral ou 
velpeau para suporte de peso de membro 
torácico, luxação de ombro e fraturas escapulares) 
ou talas metálicas em calhas (lesões distal a 
radio e ulna, carpo ou tarso, falanges). 
 
 
 
Orientações Sobre Talas – Membro 
flexionado, não usar mais que duas semanas. 
Acompanhar inchaço de dedos, lesões 
isquêmicas e se molhar, deve-se trocar. 
Classificação de Fraturas – Planejar 
tratamento adequado conforme o tipo da 
fratura, observando fatores como: Fratura 
aberta ao meio externo? Grau de dano? 
Deslocamento de fragmentos? Tipo de 
fratura? Fragmentos poderão ser 
reconstruídos? Localização da fratura? 
 
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Tratamento de Fraturas – União óssea, 
retorno do paciente a função normal. Seleção 
do implante conforme idade, aspecto 
nutricional e colaboração dos tutores. 
!! Para reduzir uma fratura transversa, deve-se 
levantar os segmentos ósseos do tecido mole ao 
redor até que as superfícies da fratura estejam em 
oposição. Enquanto mantém-se o contato, 
lentamente reposicionar os segmentos à posição 
normal. 
!! Para reduzir segmentos ósseos sobrepostos de 
uma fratura transversa, cuidadosamente aplicar 
uma alavanca entre os segmentos ósseos em 
sobreposição. Usar o material para aplicar 
suavamente uma pressão e auxiliar a distração e 
redução dos segmentos ósseos. 
Fixadores – Podem ser externos circulares, 
híbridos, pinos intra-medulares, pim, pinos de 
steinmann, fios de kirschner, hastes 
bloqueadas e placas e parafusos. 
Osteocondrite Dissecante – Ocorre em 
ombros, joelhos e cotovelos. Retalho da 
cartilagem é levantado na superfície da 
articulação. Acomete cães de porte grande e 
gigante em fase de crescimento, 
frequentemente bilateral. Tem causa 
desconhecida, podendo ser multifatorial, ou 
hereditário. Falha da ossificação e formação 
epifisária em ossos longos. 
 
• Exame Físico: Deslocar ombro por meio 
de uma amplitude total do movimento. 
Crepitação e edema raramente presentes. 
Atrofia muscular e dor ao movimento 
durante exame físico. 
• Diagnóstico: Radiografia simples, 
evidenciado na projeção lateral e fragmento 
articular. Sinal precoce com achatamento da 
cabeça caudal do úmero. 
• Tratamento: Médico com benefício a curto 
prazo, controle de peso e analgesia. Cirúrgico 
com artroscopia e artrotomia. 
• Pós Operatório: Atividade limitada por 30 
dias, para cicatrização de tecidos moles. 
Fisioterapia em tecidos de amplitude. Retornoas atividades normais em até 60 dias, chance 
de doença articular degenerativa. 
 
Displasia do Cotovelo – Principal causa de 
claudicação de membros torácicos em cães. 
Fortes evidências sobre hereditariedade, 
sugerido castração. Deve-se radiografar 
ambos os ombros, para posterior remoção de 
fragmentos de ossos e cartilagens da 
articulação. Pode também ocorrer 
osteocondrose, fragmentação do processo 
coronóide e má união do processo ancôneo. 
Displasia Coxofemoral – Desenvolvimento 
anormal da articulação do quadril. Subluxação 
ou luxação da cabeça do fêmur nos pacientes 
jovens. Doença articular degenerativa leve a 
grave em idosos. Luxação ou subluxação da 
cabeça do fêmur com acetábulo. 
• Etiologia: Multifatorial, fatores hereditários 
ou ambientais. Superfície articular reduzida, 
esgotamento prematuro da cartilagem 
articular, apresentando dor e claudicação. 
• Predisposição: Cães de porte grande, idosos 
com osteoartrite ou jovens com lassidão do 
quadril. Histórico de dificuldade em levantar, 
intolerância a exercícios, claudicação 
intermitente e atrofia de musculatura pélvica. 
• Exame Físico: Dor durante extensão, rotação 
externa e abdução de membro pélvico. 
Sedação para avaliação adequada. Em cães 
idosos, dor durante extensão do quadril, 
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 Alex Dinis Júnior – 8º Período | @vet.baka 
 
 
Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais 
Profaª Me. Karym Christine de Freitas Cardoso 
 
Alex Dinis Júnior – 8º Período 
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redução da amplitude do movimento e atrofia 
muscular. 
• Diagnóstico: Por imagem, raio-x ventrodorsal 
da pelve com membros distendidos com 
animal sedado ou anestesiado. 
Ruptura de Ligamento Cruzado Cranial – 
Realizar o teste do sinal de gaveta. 
 
• Predisposição: Ocorre em cães jovens e 
grandes, por lesões traumáticas. Lesões 
agudas com início de claudicação abrupta, sem 
apoio de membro e melhora de 8 a 10 
semanas sem tratamento. Lesões crônicas 
com claudicação prolongada, com sustentação 
do membro, dificuldade em sentar e levantar. 
• Exame Físico: Teste de gaveta positivo e de 
compressão da tíbia, dor a extensão de 
membro. Pode haver atrofia de membro. 
 
 
 
 
Luxação Medial de Patela – Deslocamento 
patelar no sulco troclear. Claudicação em 
animais de raças pequenas. Deslocamento 
medial do quadríceps. Torção ou 
arqueamento lateral do fêmur distal. 
Instabilidade rotacional do joelho. Pode variar 
de Grau I (mais leve) a Grau IV (mais grave). 
• Predisposição: Raças pequenas e miniaturas. 
Luxação medial é mais comum, mas pode 
ocorrer também lateralmente. Animal com 
claudicação intermitente, mantendo membro 
pélvico flexionado por alguns passos. 
• Exame Físico: Provocar a luxação medial. 
Achados variam com grau de luxação, sendo 
Grau I (assintomático), Grau II (pisam em falso), 
Grau III (pisada em falso a claudicação) ou Grau IV 
(caminham com membros pélvicos encolhidos). 
• Diagnóstico: Radiografia em graus III e IV 
apresentando deslocamento medial da patela. 
Graus I e II normalmente patela está na 
tróclea. Diagnóstico diferencial para necrose 
asséptica da cabeça do fêmur, ruptura do 
ligamento cruzado e luxação coxofemoral. 
• Tratamento: Médico em cães idosos e 
assintomáticos, com controle de peso e 
acompanhamentos regulares. Cirúrgico em 
casos de desgaste precoce da articulação, 
anormalidades biomecânicas. Aprofunda-se o 
sulco troclear, transposicionamento a crista da 
tíbia para realinhar a mecânica da extensão. 
Neutralizar forças mecânicas que arrastam a 
patela fora do sulco troclear. 
 
 
 
 
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