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Pneumonia

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PNEUMONIA 
AULA 5 – PNEUMOLOGIA 
As infecções respiratórias são a terceira causa mundial de 
morte em adultos, sendo a PNEUMONIA a grande 
representante. No Brasil, ocorreram em 2013 mais de 
690.000 hospitalizações e cerca de 50.000 mortes por 
pneumonia. 
Uma das complicações do COVID é a pneumonia. 
A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) 
informa que essas doenças podem ser prevenidas. 
Resfriado e gripe são provocados por vírus. A pneumonia 
também pode ser ocasionada por vírus, mas mais 
frequentemente por bactérias. As bactérias das 
pneumonias adquiridas em hospitais são diferentes, sendo 
algumas dessas resistentes ao tratamento com antibióticos 
usuais. As pneumonias hospitalares são mais resistentes a 
determinados tipos de bactérias. 
O uso abusivo e inadequado de ANTIBIÓTICOS torna as 
bactérias resistentes ao medicamento. Profissionais de 
saúde e pacientes precisam se envolver e tentar utilizá-los 
apenas quando necessários, auxiliando assim no combate à 
resistência bacteriana. 
 
O paciente idoso, ainda mais se for diabético, na 
pneumonia, pode não fazer febre. Pode evoluir para perda 
da consciência, confusão mental. 
QUEM ESTÁ EM RISCO? 
Principalmente os idosos > 50 anos e as crianças pequenas 
< 2 anos. O risco de doenças infecciosas aumenta com o 
avançar da idade. O envelhecimento deixa frágil o sistema 
de defesa contra infecções, o sistema de defesa fica mais 
fraco. Mesmo nos indivíduos mais ativos e saudáveis, a 
capacidade de defesa do organismo se reduz como tempo, 
principalmente a partir dos 50 anos de idade. 
Os portadores de doenças crônicas do sistema respiratório, 
renal, cardiovascular, hematológico, hepático, e em 
situações que reduzem a imunidade – ausência de baço ou 
uso de certas medicações -, têm risco aumentado de 
contrair infecções. 
COMO PREVENIR? 
Lavar às mãos como frequência, evitar locais fechados, 
abafados e aglomerados. Há também vacinas contra gripe e 
pneumonia. 
Alguns fatores de riscos para adquirir PNEUMONIAS podem 
ser evitados: dentes em mau estado de conservação, 
tabagismo, ingestão abusiva de álcool, mau estado 
nutricional e não vacinação. 
Uma das causas de pneumonia em alcoólatras pode ser a 
aspirativa. 
QUANDO E COMO DEVO ME VACINAR? 
A vacina contra o vírus influenza (causador da gripe) está 
disponível em clínicas privadas e em postos de saúde. É 
indicada anualmente para crianças maiores de 6 meses de 
idade, para maiores de 60 anos e para pessoa de qualquer 
idade com outras doenças, gestantes, indígenas e 
profissionais da saúde. 
Influenza – todo ano. 
A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) 
recomenda o uso das duas vacinas contra a pneumonia 
pneumocócica: a 13-conjugada seguida meses após pela 
23-polissacarídica – pneumo 13 e 23. 
A vacina 13-conjugada já está liberada em nosso país pela 
ANVISA/MS para maiores de 50 anos, porém não está 
disponível em programas de vacinação do governo, apenas 
em clínicas particulares. 
CASO CLINICO 
IDENTIFICAÇÃO: 
→ F.L.S. 
→ 37 anos 
→ Solteiro, analfabeto, sem ocupação. 
QP: tosse produtiva e dispneia. 
HDA: Paciente com febre alta (38,7ºC) há dois dias, 
acompanhada de tosse produtiva, com escarro amarelado, 
dispneia e intensa dor em rebordo costal direito, 
ventilatório dependente. Refere que há quatro dias iniciou 
com dispneia aos esforços que aliviavam temporariamente 
com uso de Salbutamol spray 100μg. História de asma 
brônquica desde a infância. Nega obstrução ou coriza nasal. 
REVISÃO DE SISTEMAS: 
→ Sistema cardiovascular: Nega patologias 
cardiovasculares. 
→ Sistema respiratório: asma leve, com alívio dos 
sintomas com uso de broncodilatador de ação 
curta por via inalatória. 
A maioria dos pacientes com asma leve tem crise em 
épocas como no frio, das flores (liberação de polem). 
HISTÓRIA SOCIAL: F.L.S. é solteiro, mora com sua mãe 
que tem 61 anos. A casa fica em um bairro periférico, é de 
alvenaria com água tratada e saneamento básico. Renda 
mensal de aproximadamente um salário mínimo. 
MEDICAÇÕES EM USO: 
→ Salbutamol spray 100μg – uso irregular só na crise. 
→ Clorpromazina 100 mg: 01 cp de 12/12h. – 
esquizofrenia. 
→ Risperidona 2 mg: 01 cp por dia. - esquizofrenia 
→ Paracetamol 750 mg: 01 cp de 6/6 horas, quando 
há febre. 
ANTECEDENTES FAMILIARES: não tem irmãos. Pai era 
hipertenso e faleceu aos 67 anos por infarto agudo do 
miocárdio. A mãe está em tratamento para hipertensão 
arterial. 
ANTECEDENTES PESSOAS: nega etilismo, tabagismo, não 
faz atividade física regular. Tem diagnostico de 
esquizofrenia há 18 anos e está em tratamento. 
EXAME FÍSICO: 
Estado geral: mucosas normocoradas e hidratadas. 
Geral: 
Peso: 73,4 Kg; 
Altura: 1,76 m; 
IMC: 23,6 kg/m²; 
PA: 110/78 mmHg 
Frequência cardíaca: 108 bpm 
Frequência respiratória: 31 irpm 
Temperatura axilar: 39,0 ºC 
Saturação de O2: 95% 
Cardiovascular: bulhas normofonéticas, ritmo regular em 2 
tempos, sem sopros. 
Respiratório: murmúrio discretamente diminuído em base 
pulmonar direita com crepitantes inspiratórios finos na 
mesma região, macicez e frêmito vocal aumentado. 
Abdome: normotenso e depressível, sem visceromegalias 
palpável, ruídos hidroaéreos presentes. 
No caso deste paciente asmático, qual a patologia que se 
superpôs ao quadro? 
→ Pneumonia 
→ Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – não é 
tabagista 
→ Sinusite crônica. – não tem coriza nem congestão 
nasal. 
→ Resfriado comum – os sintomas apresentados são 
mais intensos. Pode ser que no inicio era um 
resfriado comum, 
→ Bronquiectasia – nesse, o paciente apresenta 
grande congestão. 
F.L.S. tem asma como quadro basal, apresentando um 
quadro febril agudo com tosse produtiva, dispneia e dor 
torácica ventilatório-dependente o que leva ao provável 
diagnóstico de pneumonia. Não há uma história de 
tabagismo para sugerir doença pulmonar obstrutiva 
crônica; o quadro é mais sintomático do que seria esperado 
em um resfriado comum. Exceto pela tosse, o paciente não 
apresenta outros sintomas sugestivos de sinusite crônica. 
 
PNEUMONIA 
A pneumonia adquirida na comunidade se caracteriza por 
febre, dispneia, dor ventilatório-dependente e tosse com 
expectoração, com intensidade e apresentação dos sinais 
dependendo da gravidade do quadro. A suspeita de 
pneumonia adquirida na comunidade é baseada 
essencialmente no quadro clínico. A realização de 
radiografia de tórax é um elemento complementar a 
história e exame clínico, podendo ser solicitada se estiver 
disponível. 
Fazemos radio-x quando tem persistência dos sintomas 
depois de 3 dias do tratamento. O diagnóstico inicial é 
clinico. 
Considerando a frequência dos agentes etiológicos mais 
comuns na pneumonia, o quadro de F.L.S., provavelmente, 
se deve à infecção por: 
→ Pseudomonas aeruginosa 
→ Streptococcus pneumoniae 
→ Staphylococcus aureus 
→ Chlamydia pneumoniae 
→ Legionella SP 
Aproximadamente 22% das pneumonias são causadas por 
Streptococcus pneumoniae. Os outros agentes etiológicos 
citados correspondem, cada um, a 16% ou menos dos 
casos. 
Segundo a classificação de gravidade para pneumonia CRB-
65, qual o escore do paciente F.L.S? 
→ 1 
Para saber se o tto vai ser ambulatorial, em casa, 
internação fazemos o critério CURB-65. 
OS CRITÉRIOS PARA CURB-65 SÃO: 
C – Nível de consciência; 
U – Ureia > 50 mg/dl; 
R – Frequência respiratória ≥ 30 ipm; 
B – Pressãosanguínea (blood pressure): PAS < 90 mmHg 
e/ou PAD ≤ 60 mmHg. 
65 – Idade maior que 65 anos. 
Nosso paciente só classifica 1 ponto referente ao FR. – 
escore=1. 
OS SEGUINTES COMPONENTES DO ESCORE NÃO 
COMPUTAM NENHUM PONTO: 
→ o paciente tem menos de 65 anos; 
 
→ não há evidência de confusão mental 
considerando que o paciente respondeu a todos os 
questionamentos durante a consulta; 
 
→ a pressão arterial sistólica é maior do que 90 
mmHg e sua pressão arterial diastólica é maior do 
que 60 mmHg 
Por outro lado, a frequência respiratória é superior a 30 
incursões respiratórias por minuto, computandoapenas um 
ponto no CRB-65. Esse resultado corresponde a uma 
mortalidade de aproximadamente 1,5%, indicando que o 
paciente pode ser tratado ambulatorialmente 
SOMATÓRIA: 
0-1: mortalidade baixa (1,5%) – baixo risco de mortalidade, 
é preferível tratamento ambulatorial. 
2: mortalidade intermediara (9,2%) –considerar tto 
hospitalar. Principalmente se for idoso, mais comorbidades. 
Maior ou igual 3: mortalidade alta. Portador de PAC grave, 
necessidade obrigatória de internação. 
Considerando o diagnóstico de pneumonia adquirida na 
comunidade e o escore de gravidade da pneumonia, qual o 
tratamento adequado para o paciente? 
→ Sulfametoxazol 800 mg + trimetoprim 160 mg, por 
via oral, de 12/12 horas 
→ Norfloxacina 400 mg, por via oral, de 12/12 horas 
→ Amoxicilina 500 mg, por via oral, de 8/8 horas 
→ Azitromicina 500 mg, por via oral, 24/24 horas 
INDICAÇÃO DE ANTIBIÓTICO PARA TRATAMENTO 
DE PNEUMONIA EM ADULTOS DE ACORDO COM O 
MINISTÉRIO DA SAÚDE: 
PACIENTES AMBULATÓRIAIS: 
Pacientes previamente saudáveis sem comorbidades e sem 
o uso de antimicrobianos dentro dos últimos três meses: 
→ Macrolídio (claritromicina, liberação prolongada, 
1.000 mg por via oral por dia no mínimo por cinco 
dias ou azitromicina, 500 mg por via oral no dia 1, 
seguidos por 250 mg por via oral a cada dia nos 
dias 2-5) 
Em caso de presença de comorbidades (ICC, DPOC, doença 
hepática ou renal, DM, alcoolismo) é preferível adicionar 
um agente alternativo de uma classe diferente: 
Fluoroquinolona respiratória (moxifloxacina oral, 400 
mg/dia ou gemifloxacina 320 mg/dia, ou levofloxacina 750 
mg diariamente no mínimo por cinco dias); 
β-lactâmico (p. ex., ceftriaxona 1-2 g IM por dia no mínimo 
por cinco dias) mais um macrolídeo (p. ex., azitromicina 500 
mg por via oral no dia 1, seguida por 250 mg por via oral 
diariamente nos dias 2-5). 
Os fármacos de escolha para pacientes previamente hígidos 
e sem comorbidades são os macrolídeos (azitromicina ou 
claritromicina). 
O plano de seguimento ambulatorial para o paciente F.L.S., 
considerando o acompanhamento do quadro atual, prevê a 
reavaliação do paciente em: 
→ 5 dias 
→ 2 dias 
→ 10 dias 
→ 14 dias 
→ 20 dias 
Considerando que o paciente tem asma com sobreposição 
do quadro de pneumonia, está indicada a reavaliação em 
dois dias a partir do início da antibioticoterapia. Ainda 
assim, o paciente ou sua responsável, devem ser orientados 
a procurar o pronto-socorro caso haja piora do quadro 
antes do retorno marcado. 
Abordagem sindrômica a partir de quadro agudo com 
febre, tosse, dispneia e do exame clínico. Diagnóstico e 
diagnóstico diferencial. Avaliação da gravidade. Manejo 
clínico, uso racional de antibióticos e necessidade de 
seguimento. Não esquecer dos fármacos sintomáticos. A 
primeiro sintoma a desaparecer é a febre. 
	caso clinico
	PNEUMONIA
	Indicação de antibiótico para tratamento de pneumonia em adultos de acordo com o Ministério da Saúde:

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