Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Paralisia de prega vocal Aluna: Amanda Lima Ribeiro Professora: Rosane Cunha Pontifícia Universidade Católica de Goiás Introdução As paralisias de pregas vocais são decorrentes de variadas causas, podendo ser sintomas secundários de outras patologias, incluindo patologias do Sistema Nervoso Central ou Periférico, traumas mecânicos de pescoço, cabeça e tórax, hipertrofia cardíaca, neoplasias, causas cirúrgicas, tóxicas, metabólicas, inflamatórias e idiopáticas. Etiologia A paralisia de pregas vocais pode resultar de lesões em núcleo ambíguo, seus tratos supra nucleares, tronco principal do vago ou nervos laríngeos recorrentes. A Paralisia pode ser Unilateral Bilateral Sinais e sintomas Nos casos de paralisia unilateral de prega vocal, observa-se tipicamente disfagia, incoordenação pneumofonoarticulatória, fadiga vocal, rouquidão, redução da intensidade, redução da extensão vocal, perda da projeção vocal e soprosidade na voz Quando ocorre bilateralmente a paralisia de pregas vocais apresenta-se tipicamente acompanhada de obstrução de via aérea. A voz pode apresentar-se aguda ou razoavelmente boa, devido à posição paramediana de ambas as pregas. Muitas vezes pode configurar uma emergência respiratória, podendo requerer entubação ou traqueostomia urgente. Diagnóstico O diagnóstico é realizado através de exames de imagem, e o primeiro passo é conversar com o paciente sobre seu histórico recente, para identificar as possíveis causas do problema. Os testes realizados são: Laringoscopia Ressonância magnética ou Tomografia computadorizada da cabeça, pescoço, tórax e tireoide Radiografia do esôfago Tratamento A correção cirúrgica da paralisia de pregas vocais é, comumente, adiada até pelo menos nove meses após seu início e é acompanhada pela esperança de alguma regeneração de nervo ou por um subseqüente retorno da função vocal. A atuação do fonoaudiólogo é imprescindível, tendo em vista que a fonoterapia acelera a reabilitação vocal, possibilita um melhor controle do equilíbrio entre os sistemas respiratório e fonatório, previne a presença de compensações indesejáveis e auxilia na adequação das funções biológicas vitais. Atuação Fonoaudiológica O tratamento fonoterápico tem por objetivo proporcionar uma compensação endolaríngea, sendo baseado no princípio de fechamento glótico compensatório pela atividade de esforço. A terapia vocal deve conduzir o paciente a evitar comportamentos de compensações hiperfuncionais a otimizar a respiração e suporte abdominal, e melhorar a força e mobilidade da musculatura intrínseca da laringe. Relaxamento cervical, fortalecimento da musculatura abdominal e torácica, atenção à respiração e variação vocal são algumas das técnicas que os autores recomendam. Atuação Fonoaudiológica Técnica de Sons plosivos Emissão repetida de “p”, “t”, “k” ou seus sonoros associados a vogais - Vai favorecer a coaptação das pregas vocais Técnica de modulação de frequência e intensidade de fala Exercícios com frases especiais para modulação/ Leitura de prosa e verso com entonação marcada - Suavizar emissão, Aumentar resistência vocal Técnica de som hiperagudo Emissão continua em falsete - Relaxar os músculos TA, contrair os músculos CT Técnica de messa di você Emissão de um som, mantendo-se frequência, qualidade e ressonância - Controle da aproximação das PPVV Atuação Fonoaudiológica Exercícios voltados para a paralisia de prega vocal emissão de fricativos e vibrantes Técnica de empuxo manobra de ataque vocal brusco treinamento da respiração deglutição incompleta sonorizada manobra postural cabeça virada para o lado fraco manobra de deglutição supraglótica manobra de deglutição super supraglótica emissão de escalas musicais fonação inspiratória Caso de Paralisia de Prega Vocal Unilateral S.A.R. 17 anos, sexo feminino, compareceu a Clinica Escola de Fonoaudiologia com queixa de que “perdeu completamente sua identidade vocal” após cirurgia de Tireoidectomia. Foi realizada a Anamnese, onde a paciente contou que realizou a cirurgia por razão da tireoide de tamanho aumentado, comprometendo a respiração e deglutição. Após, foi realizada a Avaliação de voz. Referência Bibliográfica 1 Dedivitis RA, Coelho LS. Paralisia de prega vocal em tireoidite subaguda. Rev Bras Otorrinolaringol. 2007;73(1):144. 2 GAMA, Ana Cristina Cortes et al. Alteração de mobilidade de prega vocal unilateral: avaliação subjetiva e objetiva da voz nos momentos pré e pós-fonoterapia. Cefac. São Paulo, Brazil, p. 198-216. ago. 2011. 3 STEFFEN, Luciane M.; MOSCHETTI, Maristela B.; STEFFEN, Nédio and HANAYAMA, Eliana M.. Paralisia unilateral de prega vocal: associação e correlação entre tempos máximos de fonação, posição e ângulo de afastamento. Rev. Bras. Otorrinolaringol. [online]. 2004, vol.70, n.4 [cited 2020-11-17], pp.450-455. 4 MANGILLI, Laura Davison et al. Voz, deglutição e qualidade de vida de pacientes com alteração de mobilidade de prega vocal unilateral pré e pós-fonoterapia. Rev. soc. bras. fonoaudiol. [online]. 2008, vol.13, n.2 [cited 2020-11-17], pp.103-112 Referência Bibliográfica 5 SCHWARZ, Karine et al. Voz e posição de prega vocal em homens com paralisia unilateral de prega vocal. Braz. j. otorhinolaryngol. (Impr.) [online]. 2011, vol.77, n.6 6 TIAGO, Romualdo Suzano Louzeiro et al. Paralisia de prega vocal em crianças: diagnóstico e conduta a partir de relato de caso. Rev. Bras. Otorrinolaringol. [online]. 2005, vol.71, n.3 [cited 2020-11-17], pp.382-385.
Compartilhar