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Disfonias funcionais e organofuncionais

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DISFONIAS
THAIS ARIADNE BARBOSA DA COSTA 
DISFONIA
 
A disfonia pode ser definida como toda e 
qualquer dificuldade na emissão vocal que
impeça a produção natural e harmoniosa da voz.
 
EUFONIA
Corresponde a associação harmoniosa entre os elementos 
 envolvidos na emissão vocal que resulta em sons agradáveis ao 
 nosso ouvido, emitidos sem dificuldade ou desconforto.
AFONIA
 
Ausência da voz.
 
Remember....
DISFONIA FUNCIONAL
Primária 
Secundária 
Psicogênica
DISFONIA ORGANOFUNCIONAL
DISFONIA ORGÂNICA
 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS DISFONIAS
Classificação utlizada: Behlau e Pontes 1990 a 1995
DISFONIAS FUNCIONAIS
DISFONIAS FUNCIONAIS 
Primária - uso incorreto da voz 
Secundária - inadaptações vocais
Psicogênica
 
 
Baseadas no envolvimento do
comportamento vocal na causa da
disfonia.
 
CAMPO DE ATUAÇÃO DO FONOAUDIÓLOGO 
As disfonias funcionais são consideradas como o campo de
domínio do fonoaudiólogo uma vez que a reabilitação do paciente
depende diretamente do trabalho vocal realizado.
 
 
DISFONIAS FUNCIONAIS
PRIMÁRIAS 
Uso incorreto da voz 
Ocorrem por dois fatores principais: 
falta de conhecimento vocal e modelo vocal deficiente.
FALTA DE
CONHECIMENTO VOCAL
Observado quando o indivíduo não
possui noções básicas sobre a voz.
O que pode levá-lo
inconscientemente a selecionar
ajustes motores impróprios a uma
produção vocal saudável.
ORIENTAÇÕES
Inspirar antes de falar, articular
corretamente e com a boca aberta,
não competir com ruído de fundo e
usar roupas confortáveis
(principalmente nas regiões de
pescoço e tórax).
MODELO VOCAL
DEFICIENTE 
Ocorre quando o paciente modifica
os ajustes laríngeo e supralaringeos
naturais de sua emissão,
procurando aproxima-lá de um
modelo que gostaria de ter ou que
acredita ser melhor.
EXEMPLOS
Modelos comuns são vozes
profissionais de artistas famosos,
que passam a ser imitados por
outras pessoas. Isso pode não ser
consciente e resultar em um
distúrbio psicológico com
dificuldades de aceitação pessoal
e de personalidade.
 
 
DISFONIAS FUNCIONAIS
SECUNDÁRIAS
Inadaptações Vocais 
São divididas em dois grupos:
Inadaptações anatômicas e inadaptações funcionais.
 
Inadaptações Anatômicas 
Assimetrias laríngeas
Fusão laríngea posterior incompleta 
Desvios na proporção glótica 
Alterações estruturais minimas da cobertura das pregas vocais.
Podem ser classificadas em quatro grupos:
 
1.
2.
3.
4.
 
ASSIMETRIAS LARÍNGEAS
Não existe relação direta entre simetria laríngea e voz normal, e entre
simetria laríngea e voz alterada. A assimetria laríngea é muita das vezes
um achado de exame em indivíduos sem nenhuma queixa vocal.
O uso intensivo da voz em pacientes com assimetria pode ocasionar
fadiga e alterações teciduais, além do recrutamento das estruturas
supraglóticas, como a medialização das pregas vestibulares.
 
FUSÃO LARÍNGEA POSTERIOR
INCOMPLETA
Falhas na fusão da laringe são conhecidas como: fissura faríngea
posterior.
É definida como uma mal formação congênita rara na qual ocorre uma
falha da fusão da musculatura de região posterior da laringe, podendo
envolver as cartilagens.
Quando ocorre algum comprometimento vocal pode-se observar
coaptação incompleta na região posterior da laringe.
DESVIOS NA PROPORÇÃO GLÓTICA
Valor médio de 1,3 para o sexo masculino 
Valor médio de 1,0 para o sexo feminino 
Define-se índice de proporção glótica como a relação entre o tamanho
da porção fonatória (anterior) e o tamanho da porção respiratória
(posterior) da glote.
Valores de referências: 
As alterações na proporção glótica predispõem o desenvolvimento de
lesões benignas de massa nas pregas vocais.
ALTERAÇÃO ESTRUTURAL MÍNIMA DA
COBERTURA DAS PREGAS VOCAIS
(AEMC)
Sulco vocal 4. Microdiafragma laríngeo 
Cisto Epidermoide 5. Vasculodisnesia
Ponte de mucosa 
São classificadas em diferenciadas e indiferenciadas:
Indiferenciadas: Alterações não definidas macroscopicamente e sugerem:
colabamento, redução ou ausência de uma ou várias camadas de mucosas.
Diferenciadas: Podem ser classificadas em: 
1.
2.
3.
SULCO VOCAL
Sulco oculto 
Sulco estria 
Sulco bolsa 
DEFINIÇÃO: É uma depressão na prega vocal que se dispõe paralelamente a borda
livre. 
O sulco vocal pode se apresentar de várias formas, de acordo com o grau da
invaginação da mucosa. Podendo ser:
1.
2.
3.
 
SULCO VOCAL
DEFINIÇÃO: Mais difícil de identificar. 
QUALIDADE VOCAL: O impacto vocal é minimo na voz falada habitual, podendo
haver redução da extensão vocal ou queixa de pouca resistência ao uso continuado
da voz.
TRATAMENTO: Reabilitação vocal. 
 
 
Oculto 
SULCO VOCAL
Apresenta duas variantes. 
Estria maior: Apresenta-se a imagem típica de uma depressão na prega vocal.
Qualidade de voz desagradável, rouco áspera ou bitonal. 
TRATAMENTO: Remoção cirúrgica com fonoterapia pré e pós operatória.
 Estria menor: Apresenta-se como uma linha atrófica na mucosa. Apresenta
comprometimento relacionado ao grau de adesão do sulco no ligamento vocal.
TRATAMENTO: Reabilitação vocal. 
Estria
SULCO VOCAL
Anteriormente conhecido como cisto aberto. 
QUALIDADE VOCAL: Pode haver abaulamento na prega vocal. A coaptação glótica
pode ser completa, irregular ou com fenda dupla. E o atrito das pregas vocais pode
produzir lesões secundárias que vão de reações contralaterais, pólipos, edemas ou
até mesmo a leucoplasia. 
O individuo apresenta voz rouca, de frequência fundamental grave. 
TRATAMENTO: Reabilitação vocal. E em casos de insucesso: remoção cirúrgica. 
Bolsa
CISTO EPIDERMÓIDE
DEFINIÇÃO: Também chamado de cisto profundo, cisto de inclusão epitelial ou
simplesmente cisto. O volume do cisto pode ser tão pequeno a ponto de ser
chamado de microcisto, ou grande a ponto de comprometer toda a lâmina própria.
Corresponde a uma cavidade fechada localizada profundamente no interior da prega
vocal. 
Pode ser unilateral ou bilateral ou unilateral com reação contralateral. (O que torna o
cisto facilmente confundido com os nódulos. 
CISTO EPIDERMÓIDE
QUALIDADE VOCAL: Pode ser assintomático ou levemente sintomático ou com
alteração vocal caracterizada por voz rouca e grave devido ao aumento de massa na
prega vocal. 
TRATAMENTO: Principal opção de tratamento é a reabilitação vocal. É indicado
tratamento medicamentoso e cirúrgico quando há aumento do volume do cisto ou
quando o equilíbrio fonatório não é alcançado através da reabilitação vocal. 
 
 
PONTE DE MUCOSA
Intrínseca: quando o arco se situa ao longo da prega vocal. 
Extrínseca: quando o arco se desloca da prega vocal e vai para o ventrículo
laríngeo. 
DEFINIÇÃO: Alteração rara, caracterizada como um arco de túnica de mucosa, em
forma de alça, totalmente epitelizada.
1.
2.
 
- A ponte de mucosa apresenta largura e extensão variáveis.
PONTE DE MUCOSA
QUALIDADE VOCAL: O impacto vocal da ponte da presença isolada da ponte de
mucosa pequeno, podendo o paciente apresentar leve aspereza ou fadiga vocal.
A presença do tecido rígido da ponte pode desencadear uma lesão secundária
contralateral (ex: edema, pólipos, leucoplasia).
O diagnóstico clínico é raro. Sua presença geralmente é detectada durante uma
macroscopia exploratória ou durante cirurgias de outras lesões laríngeas. 
 
PONTE DE MUCOSA
TRATAMENTO: A opção de remoção cirúrgica depende da avaliação do cirurgião
sobre a influência da ponte de mucosa no desenvolvimento de outras lesões
observadas. 
A fonoterapia no pós-operatório visa uma flexibilização de mucosa e uma redução de
compensações negativas. 
 
 
MICRODIAFRAGMA
DEFINIÇÃO: Pequena membrana mucosa na comissura anterior da laringe, dando a
impressão da pele que observamos entres os dedos das mãos. Pode ser de
localização glótica ou subglótica. Frequentemente unitário mas pode haver duas ou
três membranas, principalmente de localização subglótica.
 O impacto do microdiafragmalaríngeo depende da sua rigidez, espessura e de onde
ele está inserido.
Laríngeo 
MICRODIAFRAGMA
QUALIDADE VOCAL: Impacto vocal variável, podendo gerar uma disfonia discreta,
geralmente monossintomática com deslocamento da frequência fundamental
nos agudos. 
TRATAMENTO: Fonoterapia, que visa reduzir a frequência fundamental e abaixar a
laringe. A cirurgia raramente é indicada devido a recidivas frequentes o que acaba
gerando cicatrizes maiores que o próprio microdiafragma. 
 
Laríngeo 
VASCULODISNESIA
DEFINIÇÃO: Alteração na rede vascular da laringe. Ocorrem quase sempre
associadas a outras lesões (como cistos ou sulcos) e aparecem nas regiões de maior
alteração das camadas da lâmina própria. Não aparecem em indivíduos normais ou
com disfonias organofuncionais.
- Pode apresentar alterações de acordo com o processo inflamatório da laringe.
(exemplos: durante a síndrome pré-menstrual). 
 
 
VASCULODISNESIA
QUALIDADE VOCAL: Raramente por si só a vasculodisnesia, produz impacto
negativo importante. Quando existe é pequeno e não requer tratamento já que é
comum que a alteração vascular deixa de ser notada quando é corrigido o fator
associado.
 
 
 
Inadaptações Funcionais 
Inadaptações funcionais por incoordenação.
Inadaptações funcionais por alterações miodinâmicas.
Podem ser divididas em dois grupos: 
1.
2.
 
 
 
 
Incoordenação pneumofônica: Onde os movimentos respiratórios não
ocorrem concomitantes a demanda fonatória.
Incoordenação fonodeglutitória: Quando não há organização harmônica dos
movimentos de deglutição durante as pausas do discurso.
Podem ser agrupadas em duas categorias:
1.
2.
 
 
 
INCOORDENAÇÃO
 
Respiratórias 
Cavidades de ressonância 
Laríngeas 
Podem ser classificadas de acordo com o grupo de estruturas ou funções
envolvidas:
 
 
ALTERAÇÕES MIODINÂMICAS
 
Estão presentes todas as alterações pneumofônicas. 
O impacto vocal é geralmente pequeno, podendo ser significativo apenas nas
situações de uso profissional ou abusivo da voz. São elas:
- Insuficiência respiratória - Respiração inversa
- Insuficiência do gesto respiratório - Movimento exagerados
- Rigidez da parede da caixa torácica a fonação - Fraqueza da parede abdominal
 
ALTERAÇÕES MIODINÂMICASRespiratórias 
 
Compreendem pequenas alterações que podem ocorrer em nível de:
Cavidade bucal - Orifício bucal - Língua - Faringe - Véu palatino- Lábios e bochechas
O impacto das inadaptações de cavidade de ressonância é geralmente observado na
qualidade estética da voz, onde é observada uma voz menos bonita, com ressonância
concentrada e esteticamente menos agradável. 
ALTERAÇÕES MIODINÂMICAS
Em cavidades de Ressonância 
 
ALTERAÇÕES MIODINÂMICASLaríngeas 
Alterações posturais da laringe: Dizem respeito a posição vertical da laringe
no pescoço. 
Alterações posturais das pregas vocais: Dizem respeito as chamadas fendas
glóticas.
Alterações cinéticas do vestíbulo laríngeo: 
Podem ser dividas em três subgrupos:
1.
2.
3.
 
FENDAS GLÓTICAS
Um fechamento glótico normal e adequado é aquele que não deixa a mostra nenhum
espaço entre as pregas vocais, principalmente no sexo masculino.
As fendas glóticas são identificadas pela imagem geométrica remanescente da rima glótica
durante a fonação. 
O tamanho da fenda varia de acordo com a qualidade vocal, a frequência e a intensidade
da emissão. 
Fendas triangulares 
Fendas fusiformes 
Fendas paralelas 
Fendas duplas 
Fendas em ampulhetas 
Fendas irregulares
Os principais tipos de fendas encontrados na prática clínica são:
 
 
Apresentam um formato muito próximo a de um triângulo com base na região posterior.
Podem ser classificadas em posterior, médio-posterior e ântero-posterior. 
De modo geral as fendas triangulares sugerem insuficiência muscular e a terapia
fonoaudiológica precisa contemplar a questão muscular envolvida.
 
 
FENDAS TRIANGULARES
 
 
 
 
As fendas fusiformes também são chamadas de fendas ovais.
Formação de fuso à fonação que pode restringir-se à região anterior da prega vocal (fenda
fusiforme anterior ou ao longo de toda prega vocal (fenda fusiforme antero-posterior ou
limitar-se a parte posterior (fenda fusiforme posterior). 
FENDAS FUSIFORMES
 
Resultam de uma complexa interação de inadaptações miodinâmicas e
organofuncionais, podendo também representar uma situação de mucosa pouco
abundante.
São bastante incomuns e geram pequeno impacto vocal. 
 
 
 
FENDAS PARALELAS
 
As fendas duplas apresentam duas regiões de coaptação insuficiente, formando um
pequeno fuso na região anterior e um triângulo na região posterior. 
A voz associada a uma fenda dupla é geralmente rouco-soprosa. Pode haver fadiga
vocal e diminuição de potência e projeção com o uso da voz.
Desaparece rapidamente com fonoterapia.
 
FENDAS DUPLAS
 
Assim como nas fendas duplas, as fendas em ampulhetas apresentam duas regiões de
abertura glótica.
Frequente em casos de alteração estrutural minima com massa secundária. 
A contribuição da fonoterapia pode ser limitado. 
 
 
FENDAS AMPULHETAS
 
Apresentam coaptação glótica insuficiente pela borda livre das pregas vocais não
apresentar um traçado definido, com limite nítido, o que produz uma configuração
geométrica do espaço glótico irregular. 
 
 
 
FENDAS IRREGULARES
DISFONIAS PSICOGÊNICAS
É uma desordem funcional, pois o processo que levou ao aparecimento e a
instalação da voz disfônica tem um simbolismo direto com a função fonatória da
laringe. 
Nem todas as disfonias psicogênicas tem em sua origem fatores psicológicos
mas o estresse é o denominador comum da maior parte das desordens vocais.
As variáveis psicológicas devem ser analisadas tanto no diagnóstico como na
reabilitação. 
DISFONIAS
ORGANOFUNCIONAIS
DISFONIAS
ORGANOFUNCIONAIS 
 
 
Representam uma disfonia de
base essencialmente funcional
com lesões secundárias:
representam, na verdade, uma
etapa posterior na evolução de
uma disfonia funcional.
 
Constituídas de alterações
vocais acompanhadas de uma
série de lesões, quase
exclusivamente decorrentes de
alterações no comportamento
vocal (alterado ou inadequado).
Geralmente diagnosticadas
tardiamente, pelo atraso do
paciente na busca de ajuda
especializada ou pela não-
valorização dos sintomas do
paciente. 
 
DISFONIAS ORGANOFUNCIONAIS
Nódulos
 Pólipos
 Edema de Reinke 
 Úlcera de contato
Granuloma
 Leucoplasia
NÓDULOS VOCAIS
EmAdultos
Lesões de massa, benignas, bilaterais, de
característica esbranquiçada ou
levemente avermelhada que se
desenvolvem na região anterior das pregas
vocais
ABUSO VOCAL
Mais comuns no sexo
masculino em crianças e em
mulheres adultas jovens,
associadas a um
comportamento vocal
inadequado e abusivo.
A presença da lesão
bilateral pode impedir
que a glote se feche
completamente durante
a fonação, resultando
em fenda glótica
O processo de formação dos
nódulos inicia-se com o
desenvolvimento de edema e
vasodilatação.
QUALIDADE VOCAL
- Rouquidão e soprosidade são os principais
sinais perceptivo-auditivos indicativos da
presença de nódulos vocais.
 
- O paciente também pode se queixar de
fadiga vocal, perca de potencia da voz com o
uso, dor na laringe e no pescoço, podendo
ainda relatar dificuldades em produzir notas
agudas.
FONOTERAPIA
No tratamento dos nódulos a primeira
opção é a reabilitação vocal.
CIRURGIA
A cirurgia é realizada quando os nódulos são
antigos, fibróticos ou quando o paciente necessita
de uma mudança vocal muito rápida e não tem
tempo suficiente para se dedicar a reabilitação
PÓS-CIRÚRGICO
 
A fonoterapia deverá ser realizada
no pós-operatório, a fim de
modificar os ajustes laríngeos
inadequados e trabalhar as
questões comportamentais.
PROGNÓSTICO RECORRÊNCIA
O prognóstico do tratamento do
tratamento dos nódulos é muito
bom, tanto na reabilitação vocal
como na abordagem combinada,
cirurgia e reabilitação.Há uma certa probabilidade de
recorrência das lesões, quando
o comportamento vocal não foi
modificado ou quando a
fonoterapia não foi suficiente.
NÓDULOS VOCAIS
Na Infância
São lesões de massa bilaterais, que podem
variar quanto ao tamanho (chegando a ser
enormes), com localização na região
anterior da prega vocal
Ocorrem em ambos os sexos com
leve prevalência nos meninos,
geralmente na faixa etária dos 7 aos
9 anos podendo aparecer antes
desse período. É considerada a lesão
mais comum em crianças.
Os nódulos são associados a um
comportamento vocal excessivo e abusivo,
caracterizado por fonotrauma - falar demais,
falar muito forte, falar muito agudo, falar
muito grave, falar rapidamente, falar por
muito tempo sem intervalos, falar na
inspiração, vocalizar sob esforço, imitar sons,
ruídos e animais.
QUALIDADE VOCAL
- A qualidade vocal varia de rouca a rouco-soprosa e a incoordenação
pneumofonica pode ser muito acentuada, não somente pela presença de
nódulos mas também pelas características do padrão respiratório infantil.
 
 - Voz geralmente grave, podendo apresentar intensidade elevada constante.
Episódios de piora vocal pode, ser frequentes com o paciente chegando a afonia
no final do dia.
 
 
 
FONOTERAPIA
A fonoterapia é a conduta de eleição
para o tratamento de nódulos na
infância.
CIRURGIA
A indicação cirúrgica é rara, mas
pode ser realizada em casos de afonia
de repetição constante.
 
PROGNÓSTICO
 O prognóstico pode ser bom e com duração média de um
semestre quando ocorre conscientização e colaboração da
família ou onde a reabilitação não é aceita, os procedimentos
empregados podem ser absolutamente frustrantes e
desgastantes para o fonoaudiólogo. 
 
PÓLIPOS
São lesões de massa
geralmente unilaterais, de
tamanhos e colorações
variados. 
Podem ocorrer em diferentes
regiões da prega vocal, mais
usualmente em sua metade
anterior. 
Lesões mais frequentes em
adultos do sexo masculino, entre
35 e 45 anos de idade, sendo
extremamente raro em crianças
São geralmente unilaterais,
porém 10% dos casos podem
apresentar formações bilaterais
assimétricas.
SÉSSEIS
Base alargada e com grande
aderência na prega vocal.
 
PEDICULADOS
Conectados a prega vocal por um
estreito filamento de mucosa,
podendo, portanto, apresentar ampla
movimentação durante a respiração,
deslocando-se para a supra-glote
durante a fonação.
A gênese do pólipo é definida
a partir de um pequeno
traumatismo, que pode ser
fonatório ou não
 (ex - refluxo gastresofágico).
Pode ser definida também
como um resultado de uma
atividade física não habitual,
violenta e intensa
 
Aspiração de substancias
químicas agressivas,
atividades respiratórias
intensas, fumo e álcool
também são fatores
agravantes importantes.
 
 
Um evento único, de intenso
fonotrauma, tal como um grito
ou um urro.
CARACTERÍSTICAS
VOCAIS
- Rouquidão característica, soprosidade variável.
 
- Incoordenação pneumofonica e dificuldades na variação de intensidade e
na região das frequências mais elevadas são características vocais comuns. 
 
-Os pacientes podem referir sensação de corpo estranho na garganta. 
 
 
 
FONOTERAPIA
A fonoterapia é indicada pré e pós
cirúrgica.
CIRURGIA
O tratamento dos pólipos das pregas
vocais é quase sempre cirúrgico.
A possibilidade de regressão
espontânea ou com fonoterapia é
muito reduzida. 
 
 
PROGNÓSTICO RECORRÊNCIA
O prognóstico é bom e a voz habitual
é rapidamente recuperada. 
Recidivas de pólipos são raras e
quando ocorrem, alterações
estruturais mínimas ocultas
devem ser investigadas
EDEMA DE REINKE
 
Lesão difusa na camada superficial
da prega vocal, de coloração
rosada, caracterizada por acumulo
de fluido, de modo irregular, em
alguma região da porção
membranosa ou em toda ela. 
 
 
O edema inicial é translúcido,
passando a ser mais
consistente e avermelhado
com o passar do tempo.
 
Pode ser unilateral ou
bilateral. A ocorrência
bilateral indica uma resposta
irritativa de ambas as pregas
vocais, e não a passagem do
edema de um lado para o
outro
 
Ocorre em indivíduos adultos
de ambos os sexos, entre 45 e
65 anos de idade
Fatores causais: uso intensivo da
voz, abusos vocais variados e
tabagismo. 
A ocorrência de edema de Reinke
em fumantes é muito alta.
Embora a prevalência entre os sexos
pareça ser semelhante, mulheres
fumantes procuram atendimento com
maior frequência, principalmente quando
a voz fica virilizada e passa a ser
confundida com homem, particularmente
ao telefone. 
Não há casos descritos
 em crianças.
CARACTERÍSTICAS
VOCAIS
- Sintomas típicos incluem voz grave para a idade e sexo do paciente e
rouquidão. Pode ser observada qualidade vocal crepitante.
 
 - Queixa respiratória e incoordenação pneumofonica são observadas
apenas em casos severos. Pelo edema ser geralmente flexível, mesmo quando
volumoso, raramente ocorre dispnéia. 
 
 
CARACTERÍSTICAS
VOCAIS
- Observa-se frequentemente a movimentação do edema para cima e para
baixo, de acordo com a respiração. 
 
- O edema de Reinke apresenta fonação com coaptação glótica incompleta e
irregular, sendo frequente a presença de fenda fonatória em Y.
 
 
 
FONOTERAPIA
A fonoterapia deve abranger
orientações sobre higiene vocal,
incluindo hidratação, apoio emocional
à interrupção do cigarro e ao
controle de estresse, além de técnicas
vocais que visem à restauração do
movimento muco-ondulatório da mucosa
e recuperação do campo vocal dinâmico.
CIRURGIA
Nos casos severos, a melhor escolha
de tratamento parece ser a
combinação fono-cirurgia-fono.
 
PROGNÓSTICO
 - Nos casos discretos e moderados, é bom, com reabsorção pelo menos
parcial do edema após três meses de reabilitação, com uma sessão
semanal. 
 
- A voz típica após a cirurgia de decorticação da mucosa por edema de
Reinke é aguda, áspera, desagradável, com pouca sonoridade,
produzindo também grande fadiga vocal. 
 
ÚLCERA DE
CONTATO 
 
São escavações bilaterais, com
imagem erosiva, algumas vezes
unilateral no início do
desenvolvimento, que ocorrem na
mucosa que cobre o processo
vocal das cartilagens aritenóideas.
 
Ocorre geralmente em
indivíduos adultos, com maior
prevalência no sexo masculino
(ao redor dos 40 anos), não
havendo casos descritos na
infância.
 
 
Podem estar presentes em uma
ou ambas as pregas vocais,
sendo um distúrbio quase
exclusivo do sexo masculino,
pois as ulceras se desenvolvem
em indivíduos de vozes guturais.
 
A úlcera é geralmente encontrada
em homens cujas profissões
exigem uma presença vocal
autoritária.
Comum em pastor, padres,
políticos, policiais e advogados.
 
MEDICAMENTOSO
Inicialmente o tratamento geralmente é
medicamentoso.
 
CIRURGIA
Quando o fator é orgânico a indicação
requer procedimento cirúrgico e
posteriormente a fonoterapia.
FONOTERAPIA
Posteriormente é indicada a fonoterapia,
para modificação do comportamento
vocal, no caso do fator funcional.
GRANULOMA 
 
Lesões de massa, benignas, que podem
ser unilaterais ou bilaterais. Tem
coloração esbranquiçada, amarelada ou
avermelhada, variando sua forma,
podendo ser arredondada ou irregular.
 
São causadas por um processo
inflamatório inespecífico formado
por tecido de granulação que
ocorre primariamente no
processo vocal da cartilagem
aritenóide.
 
Ocorrem geralmente na região
posterior da laringe. Em caso
de trauma pode ser em
qualquer área.
 
Etiologia: refluxo
gastroesofágico, abuso vocal,
intubação orotraqueal
prolongada, tosse crônica,
traumas laríngeos ou até
mesmo pode ter causa
idiopática.
É comum a presença de
granuloma associado a
úlcera de contato. 
Pode apresentar uma
imagem de encaixe, com
um granuloma em uma
prega vocal e úlcera de
contato em outra.
Indivíduos autoritários e
agressivos tem maior
tendência a desenvolver
granuloma.
CARACTERÍSTICAS
VOCAIS
- Voz grave e tensa
- O paciente pode apresentar sensação de corpoestranho na garganta.
- Pigarreio constante (necessidade de limpar a garganta)
- - Também pode haver odinofagia e otalgia.
 
 
 
FONOTERAPIA
A reabilitação vocal é indicada para
mudanças no comportamento vocal.
Pode ser realizada ainda a técnica
do arrancamento.
 
CIRURGIA
A remoção cirúrgica não assegura a
resolução de problemas, já que as
recidivas são frequentes.
LEUCOPLASIA
 
 
Manchas esbranquiçadas
na mucosa da prega vocal,
brilhosa, semelhante a
camadas de gesso,
geralmente rasas;
 
 
Uni ou bilateral, pontos
isolados, áreas esparramadas,
múltiplas localizações, pode
comprometer toda a área
fonatória da prega vocal;
 
A partir dos 40 anos de idade,
prevalência em homens;
 
Tabagismo: pré-maligna ou
maligno
 
Alcoolismo, deficiências
nutricionais e infecções nas VAS
Comportamento de voz
alterado;
CARACTERÍSTICAS
VOCAIS
- Lesões afetam a cobertura: + massa e rigidez;
- Ataque vocal soproso, ou brusco, na tentativa de vencer a rigidez dos
tecidos;
- Frequência tende a se deslocar para os agudos;
- Compensação nasal, fadiga vocal, falta de resistência;
 
 
FONOTERAPIA
A reabilitação vocal é indicada quando
há alterações vocais.
 
CIRURGIA
Indicada quando o tratamento clínico no
foi eficaz.
TRATAMENTO CLÍNICO
As lesões podem ou não regredir com o
tratamento clínico.
LEUCOPLASIA CARCINOMA
 
Leucoplasias são
consideradas pré-malignas,
embora a presença de tumor
ocorra em menos
de 20% dos casos;
 
 
4% das leucoplasias bucais tornam-se carcinomas de
células escamosas após o diagnóstico, de acordo com os
exames de acompanhamentos.

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