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Enfermagem nas ações de planejamento reprodutivo

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Profa. Ms Thaís Jormanna Pereira Silva
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
DISCIPLINA DE ENSINO CLÍNICO EM SAÚDE DA MULHER TEÓRICO
2021.2
AULA 3
ENFERMAGEM NAS AÇÕES DE 
PLANEJAMENTO REPRODUTIVO
OBJETIVOS
 Conhecer as fases do ciclo de vida feminino, correlacionando-as 
com as características estruturais e hormonais de cada período.
 Compreender as fases do ciclo hormonal
 Conhecer os métodos contraceptivos, bem como suas indicações e 
contraindicações.
 Discutir aspectos éticos e legais dos direitos reprodutiivos
TÓPICOS
 Períodos do ciclo de vida feminino
 Hormônios e o ciclo menstrual
 Métodos Contraceptivos Naturais 
 Métodos Hormonais 
 Métodos de Barreira 
 Métodos Definitivos 
 Direitos Reprodutivos e a legislação vigente
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS: A QUEM SE DESTINAM?
Idade 
Reprodutiva
10-49 anos
Menarca 
Menacme
Climatério
Menopausa
Hormônios
MENARCA
✓Fim da puberdade
✓Produção de estrogênio
✓Produção de progesterona
✓Início da ovulação
✓Crescimento e desenvolvimento 
da vagina, útero e tubas
CICLO MENSTRUAL
 Processo cíclico decorrente da secreção alternada de 
quatro principais hormônios: 
➢ Estrógeno (E) e Progesterona(P) - secretados 
principalmente nos ovários
➢ Hormônio Luteinizante (LH) e Hormônio Folículo 
Estimulante (FSH) secretados pela hipófise .
Estrógenos
Estradiol,Estrona e Estriol
Hormônio = em tecidos ≠ → respostas ≠
Hormônio = → tecido em ≠ fases da vida → respostas ≠
•Ajuda na formação e desenvolvimento das mamas.
•Estimula o crescimento dos folículos ovarianos
•Mantém a espessura da parede vaginal, regula o fluxo e a
espessura das secreções do muco interno
•Ajuda a prevenir a perda óssea, atuando junto ao cálcio e
à vitamina D.
Progesterona
⚫ Produzida principalmente pelo corpus luteum (corpo amarelo), após
liberação do óvulo pelo folículo ovariano e diminutas quantidades por
outras partes do corpo,
⚫ Mantém secreção do endométrio necessária à sobrevivência do embrião e
desenvolvimento do feto
⚫ Precursora na biossíntese dos corticosteróides supra-renais (hormônios
que protegem contra o stress) e hormônios sexuais (testosterona e
estrogênio).
⚫ Quantidade inadequada de progesterona→ insuficiência do estrogênio e a
testosterona
HORMÔNIOS PRODUZIDOS NA HIPÓFISE
 Estimula a secreção de 
estrogênio
 Desenvolvimento e 
maturação dos folículos 
ovarianos
 Função varia de acordo 
com o progresso do ciclo 
menstrual:
- Contribui na maturação 
dos folículos ovarianos. 
- Desencadear a ovulação. 
-Manutenção do corpo 
lúteo após a expulsão do 
óvulo.
 Pico ocorre cerca de 48 
horas antes da ovulação.
Hormônio Folículo-
Estimulante (FSH)
Hormônio Luteinizante 
(LH)
HORMÔNIO FOLÍCULO-ESTIMULANTE
(FSH)
 Produzido pela hipófise 
 Estimula a secreção de estrogênio, responsável pelo 
desenvolvimento e maturação dos folículos ovarianos
HORMÔNIO LUTEINIZANTE (LH)
 Produzido pela hipófise e regulam a atividade dos ovários e 
testículos.
 Pico ocorre cerca de 48 horas antes da ovulação.
 Função varia de acordo com o progresso do ciclo menstrual:
- Contribui na maturação dos folículos ovarianos. 
- Desencadear a ovulação. 
-Manutenção do corpo lúteo após a expulsão do óvulo.
MENACME
 Idade fértil
 Da puberdade à menopausa.
 Declínio da chance engravidar depois dos 35 anos 
de idade.
CLIMATÉRIO
 Transição do período reprodutivo para o não reprodutivo.
CLIMATÉRIO
 Diminuição drástica estrogênio e progesterona, devido à perda 
definitiva da atividade folicular ovariana.
 Irregularidade menstrual no início da fase
 Diminuição da fertilidade 
 Alguns ciclos anovulatórios ou com corpo lúteo insuficiente. 
 Manter anticoncepção até um ano após a menopausa
 Produção de estrogênio pelo tecido adiposo (Estrona)
CLIMATÉRIO
 Diagnóstico: clínico e/ou laboratorial
FSH > 40 mUI/ml
hipofunção
ou 
falência ovariana
MENOPAUSA
 Último ciclo menstrual
 Somente reconhecida depois de passados 12 meses da sua
ocorrência.
 Em geral, entre os 45 e 55 anos.
 Quando ocorre por volta dos 40 anos, é chamada de menopausa
prematura ou precoce.
 Cuidados: evitar ganhar peso e o tabagismo, manter prática
diária de atividade física e acompanhamento ginecológico.
TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL (TRH)
 Aliviar os sintomas físicos 
(fogachos), psíquicos 
(depressão, irritabilidade) 
e genitais (secura vaginal, 
incontinência urinária) 
 Proteção contra a 
osteoporose 
 Melhor qualidade de vida
Doenças cardiovasculares
Trombose
CA de mama, ovário e 
endométrio
Distúrbios hepáticos
Benefícios Riscos
Leitura sugerida: 
https://www.scielo.br/j/abem/a/bnhD8LVvNT9P5yWFvhzfvBc/?lang=pt
PLANEJAMENTO REPRODUTIVO
Conjunto de ações de regulação da fecundidade, as 
quais podem auxiliar as pessoas a prever e controlar 
a geração e o nascimento de filhos, e englobam 
adultos, jovens e adolescentes, com vida sexual com e 
sem parcerias estáveis, bem como aqueles e aquelas 
que se preparam para iniciar sua vida sexual
Concepção
Contracepção
Planejamento 
Reprodutivo
AÇÕES DO PLANEJAMENTO FAMILIAR
 Definidas e amparadas pela Lei nº 9.263/1996, que
também estabelece penalidades e dá outras
providências
 Voltadas para o fortalecimento dos direitos sexuais e
reprodutivos dos indivíduos e se baseiam em ações
clínicas, preventivas, educativas, oferta de
informações e dos meios, métodos e técnicas para
regulação da fecundidade.
AÇÕES DO PLANEJAMENTO FAMILIAR
 Devem incluir e valorizar a participação masculina, uma vez
que a responsabilidade e os riscos das práticas
anticoncepcionais são predominantemente assumidos pelas
mulheres
 Atenção as mulheres lésbicas e bissexuais →o desejo ou o direito
à maternidade precisa ser garantido, considerando que técnicas
de reprodução assistida como a inseminação artificial e a
fertilização in vitro estão disponíveis pelo SUS,
independentemente do diagnóstico de infertilidade.
CONTRACEPÇÃO OU ANTICONCEPÇÃO
 Todo o método que visa impedir a fertilização de um 
óvulo ou impedir a nidificação do ovo ou zigoto.
DUPLA PROTEÇÃO
 Uso combinado da camisinha masculina ou
feminina com outro método anticoncepcional para
prevenção simultânea de IST’s e gravidez.
ASPECTOS QUE DEVEM SER CONSIDERADOS NA
ESCOLHA DO MÉTODO
Preferência da mulher, do homem ou do casal
Características do 
Método
 Eficácia
 Efeitos secundários 
 Aceitabilidade
 Disponibilidade
 Facilidade de uso
 Reversibilidade
 Proteção contra IST’s
e HIV
Fatores Individuais
 Condições econômicas
 Estado de saúde
 Características da 
personalidade
 Fase da vida
 Padrão de comportamento 
sexual. 
 Aspirações reprodutivas. 
 Fatores culturais e religiosos. 
 Outros fatores, como medo, 
dúvidas e vergonha
MÉTODOS DISPONIBILIZADOS PELO SUS
TEMPORÁRIOS
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS/ NATURAIS
 Sucesso depende do reconhecimento dos sinais da ovulação
(aproximadamente 14 dias antes do início da menstruação) e do
período fértil.
 Colaboração do parceiro
 25 gravidezes por 100 mulheres que recorrem à abstinência 
periódica, no primeiro ano do método.
 Óvulo →sobrevida de aproximadamente 24 horas.
 Espermatozoides →capacidade para fecundar o óvulo por um
período de até aproximadamente seis dias.
TABELA OU CALENDÁRIO OU RITMO 
– OGINO-KNAUS
1. Verificar a duração (número de dias) de cada ciclo,
contando desde o primeiro dia da menstruação (primeiro
dia do ciclo) até o dia que antecede a menstruação
seguinte (último dia do ciclo) por no mínimo 6 meses
2. Verificar o ciclo mais curto e o mais longo.
3. Calcular a diferença entre eles.
4. Se a diferença for de 10 dias ou mais o método é
CONTRAINDICADO.
5. Determinar o início do período fértil subtraindo-se 18 do
ciclo mais curto
6. Determinar o final do período fértil subtraindo-se 11 do
ciclo mais longo.
7. Orientar o casal a não ter relação desprotegidaneste
período
MUCO CERVICAL OU BILLINGS
 Identificação do período fértil por meio da auto-observação,
com relação às mudanças do muco cervical e à sensação de
umidade na vagina ao longo do ciclo menstrual.
 Fase pré-ovulatória- fase seca, que não tem muco, ou com
sensação igual e contínua na aparência e na sensação
 Fase ovulatória- inicialmente é esbranquiçado, turvo e
pegajoso; sob ação estrogênica, vai se tornando a cada dia
mais elástico e lubrificante, semelhante à clara de ovo
(transparente, elástico, escorregadio e fluido), podendo-se
puxá-lo em fio; produz na vulva uma sensação de umidade
e lubrificação, indicando o tempo da fertilidade
COITO INTERROMPIDO
 Também conhecido como “tirar na hora” ou “gozar nas 
coxas”.
 Funciona mantendo o esperma fora do corpo da 
mulher.
 Um dos métodos menos eficazes: 27 gravidezes/ 100 
mulheres.
MÉTODO DA AMENORRÉIA LACTACIONAL
(MAL)
MÉTODO DA AMENORRÉIA LACTACIONAL
(MAL)
 Funciona basicamente impedindo a liberação de óvulos pelos
ovários (ovulação).
 A amamentação frequente impede temporariamente a liberação
dos hormônios naturais que provocam a ovulação
 ↑Risco de gravidez quando uma mulher não consegue
amamentar de forma exclusiva ou quase o seu bebê
 Condições obrigatórias: Ausência do retorno da menstruação + 
AME em frequência satisfatória + bebê < 6 meses de idade
 Cerca de 2 gravidezes por 100 mulheres usando o MAL nos
primeiros 6 meses após o parto
ESPERMICIDA
 Geléias, cremes e espuma usadas sozinhas, com diafragma ou
preservativos.
 Inseridas profundamente no interior da vagina, perto do
cérvix, antes do sexo.
 Ruptura da membrana das células dos espermatozóides,
matando-os ou desacelerando o movimento, impedindo-os de
encontrar o óvulo
 Podem causar irritação na ou ao redor da vagina ou do pênis
 Nonoxynol-9, cloreto de benzalcônio, clorexidina, menfegol,
octoxynol-9 e docusate sódico.
 29 gravidezes por 100 mulheres que usam
 espermicidas no primeiro ano.
DIAFRAGMA
 “Copo” de látex macio ou plásticos que cobre o cérvix
 Vem em diferentes tamanhos e o ajuste deve ser feito por um
profissional especificamente treinado para tal.
 Impede o espermatozóide de entrar no cérvix
 Coloca-lo a qualquer momento até 42 horas antes de fazer
sexo,retira-lo pelo menos 6 horas após a última ejaculação, mas
não mais do que 48 horas desde o momento em que foi colocado
 Pode proporcionar alguma proteção contra certas ISTs mas não se
deve confiar (clamídia, gonorréia, doença inflamatória pélvica,
tricomoníase)
 16 gravidezes por 100 mulheres que utilizam o diafragma com
espermicida no primeiro ano
PRESERVATIVOS
 Capas ou revestimentos que são colocadas no pênis ou vagina
 A maioria é feita de borracha de látex fina.
 Barreira que mantém os espermatozóides fora da vagina,
prevenindo a gravidez.
 Impedem que infecções existentes no sêmen, no pênis ou na vagina
sejam contraídas pelo outro parceiro.
 15 gravidezes por 100 mulheres cujos parceiros usam preservativos 
masculinos ao longo do primeiro ano.
DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS
DIU TCU-380A
 Pequena estrutura de plástico flexível com a forma da letra 
T com um fio de cobre na haste vertical do T e tubinhos de 
cobre em cada braço horizontal. 
 Provoca alteração química que danifica o esperma e o óvulo 
antes que eles se encontrem
 Longa duração, porém é imediatamente reversível
 STV mais longo e intenso e mais cólicas ou dor durante a 
menstruação, especialmente nos primeiros 3 a 6 meses
 Menos de 1 gravidez por 100 mulheres durante o primeiro 
ano de uso. Cerca de 2 gravidezes por 100 mulheres em 
mais de 10 anos de uso. 
 Risco de piora de anemia, DIP caso a mulher tenha 
clamídia ou gonorréia no momento da inserção.
 Pode ser inserido pelo enfermeiro após o parto 
ou aborto
DIU LEVONORGESTREL (DIU- LNG)
 Comercializado sob a marca de Mirena.
 Dispositivo plástico em forma de T que libera constante e
regularmente pequenas quantidades de levonorgestrel por dia
(progestógeno)
 Supressão do crescimento do endométrio
 Menos de 1 gravidez por 100 mulheres que utilizam DIU-LNG 
durante o primeiro ano . 
 Validade até 5 anos.
 Não há demora para retorno da fertilidade depois da remoção.
ANEL VAGINAL COMBINADO
 NuvaRing
 Anel flexível inserido na vagina
 Libera continuamente um progestógeno e um estrógeno
sintético que serão absorvidos através da parede da vagina
indo diretamente para a corrente sangüínea
 Impede a liberação de óvulos pelos ovários (ovulação)
 As taxas de eficácia em ensaios clínicos sugerem que ele
possa ser mais eficaz que os AOC’s , tal como é geralmente
usado e por meio do uso consistente e correto.
 Retorno rápido da fertilidade após a interrupção do uso
ANTICONCEPCIONAIS ORAIS
COMBINADOS (AOCS)
 Pílulas compostas por estrogênio e progesterona sintéticos
em baixa dosagem.
 Inibem a secreção hipofisária de LH e FSH através de um
mecanismo chamado de feedback/retroalimentação,
mantendo os óvulos "adormecidos" e impedindo a ovulação
 Torna o muco cervical mais espesso, de forma a impedir a
passagem dos espermatozoides.
 Evita que o endométrio esteja adequadamente preparado
para a gravidez
 Risco de gravidez é maior quando começa uma nova
cartela com três ou mais dias de atraso ou deixa de tomar
três ou mais pílulas perto do início ou do fim de uma
cartela.4
 Não há demora para retorno da fertilidade.
ANTICONCEPCIONAIS ORAIS
COMBINADOS (AOCS)
Monofásicas - Contém um tipo de comprimido ativo. Para
algumas marcas, as embalagens contêm, além das pílulas ativas, 7 de
placebo para completar 28 comprimidos. São as mais comuns,
encontradas, geralmente, em embalagens de 21 comprimidos.
Bifásicas - contêm dois tipos de comprimidos ativos, de
diferentes cores, com os mesmos hormônios em proporções diferentes.
Devem ser tomados na ordem indicada na embalagem.
Trifásicas - contêm três tipos de comprimidos ativos, de
diferentes cores, com os mesmos hormônios em proporções diferentes.
Devem ser tomados na ordem indicada na embalagem.
PÍLULAS SÓ DE PROGESTÓGENO (PSPS) 
 Anticoncepcionais orais só de progestógeno ou “minipílulas”
 Doses muito baixas de um progestógeno semelhante ao
hormônio natural da mulher
 Espessamento do muco cervical (fator que bloqueia o
esperma que busca um óvulo)
 Interrupção do ciclo menstrual, impedindo inclusive a
liberação de óvulos pelos ovários (ovulação)
 1 gravidez para 100 mulheres utilizando PSPs no primeiro
ano.
ANTICONCEPCIONAIS INJETÁVEIS 
COMBINADOS (AICS)
 Contêm 2 hormônios—um progestógeno e um 
estrógeno semelhantes aos hormônios naturais
 Administração mensal, intramuscular. Liberado 
lentamente na corrente sanguínea. 
 Funcionam basicamente por impedirem a liberação de 
óvulos pelos ovários (ovulação).
 3 gravidezes por 100 mulheres que utilizam injetáveis 
mensais no primeiro ano.
Podem causar
Dores de cabeça
Tontura
Ganho de peso
Sensibilidade dos seios
INJETÁVEIS DE PROGESTOGENO
 Acetato de medroxiprogesterona de depósito”
(AMPD)- Depo, Depo-Provera, Megestron e
Petogen - 3 MESES
- “Enantato de noretisterona” (NET-EN)-
Noristerat e Syngestal.- 2 MESES
 Intramuscular, liberado lentamente na corrente 
sanguínea. 
 Funciona basicamente impedindo a liberação de 
óvulos pelos ovários (ovulação).
 3 gravidezes por 100 mulheres que utilizam os 
injetáveis só de progestógeno no primeiro ano
DESVANTAGENS
 Alterações nos padrões 
de menstruação que 
incluem 
 Primeiros 3 meses:
– Sangramento irregular
– Sangramento 
prolongado
 Em um ano de uso:
– Ausência de 
menstruação
– Sangramento raro
– Sangramento irregular
 Ganho de peso
 Dores de cabeça
 Tontura
 Inchaço/desconforto no 
estômago
 Alterações no humor
 Diminuição do desejo 
sexual
 Perda de densidade 
óssea
VANTAGENS
• Ajuda a proteger contra:
• Riscos de gravidez
• Câncer da membrana que recobre a parede da cavidade 
uterina (câncerdo endométrio)
• Fibróides uterinos
o Pode ajudar a proteger contra:
• Doença inflamatória pélvica
• sintomática
• Anemia por deficiência de ferro
 Reduz:
• Crises hemolíticas em mulheres com
• anemia falciforme
• Sintomas de endometriose (dor pélvica,
• sangramento irregular)
ADESIVOS
 Ortho Evra e Evra.
 Pequeno e fino quadrado de plástico flexível que é
usado em contato com o corpo.
 Libera continuamente um progestógeno e um
estrógeno, através da pele para a corrente
sangüínea.
 Usa-se um novo adesivo a cada semana, durante
3 semanas, e a seguir não se usa nenhum adesivo
na quarta semana. Ao longo desta quarta
semana, a mulher ficará menstruada
 Funciona basicamente impedindo a liberação de
óvulos pelos ovários (ovulação).
 As taxas de gravidez podem ser ligeiramente
mais elevadas entre mulheres com peso igual a
90 kg ou acima.
 Retorno da fertilidade após a interrupção do uso
de adesivos: não há demora.
 Aplicar na parte externa do antebraço, nas
costas, na barriga ou nas nádegas,
IMPLANTES
 Pequenas cápsulas ou hastes plásticas, cada uma do 
tamanho aproximado de um palito de fósforo, que 
liberam um progestógeno semelhante ao hormônio 
natural progesterona existente no corpo da mulher.
 Funciona basicamente por meio de:
– Espessamento do muco cervical (produzindo um 
bloqueio que impede o esperma de chegar até um 
óvulo)
– Interrupção do ciclo menstrual, o que também impede a 
liberação de óvulos pelos ovários (ovulação)
 Jadelle: 2 hastes, eficaz por 5 anos
 Implanon: 1 haste, eficaz por 3 anos (há estudos em 
andamento para verificar se dura 4 anos)
 Norplant: 6 cápsulas, com indicação de 5 anos de 
uso (estudos de grande porte constataram que têm 
efi cácia durante 7 anos)
 Sinoplant: 2 hastes, eficaz por 5 anos
DEFINITIVOS
É CRIME...
 Realizar esterilização em desacordo com a lei;
 Deixar de notificar à autoridade sanitária as
intervenções realizadas
 Induzir ou instigar dolosamente a esterilização
 Pena de reclusão de um a dois anos ao profissional que
infringi-la, além de multa e outras penalidades
administrativas.
AO ENFERMEIRO É PROIBIDO COLABORAR DIRETA OU
INDIRETAMENTE COM OUTROS PROFISSIONAIS DE
SAÚDE NO DESCUMPRIMENTO DA LEGISLAÇÃO
REFERENTE À ESTERILIZAÇÃO HUMANA, FECUNDAÇÃO
ARTIFICIAL E MANIPULAÇÃO GENÉTICA
(ART.82 CEPE)
LAQUEADURA TUBÁRIA
 Não confere proteção à transmissão do HIV e outras 
IST’s.
 Bloqueio cirúrgico das tubas,com anel, corte, clipes ou 
fios de sutura, barrando o encontro entre o 
espermatozoide e o óvulo, impedindo assim a 
fertilização.
LAQUEADURA TUBÁRIA
 Franca decadência nos países mais desenvolvidos, devido
disposição de inúmeros outros métodos reversíveis, de menor
custo, menor risco e menores complicações em longo prazo.
 É o método contraceptivo mais frequentemente utilizado no
Brasil(29%).
 ↑demanda para reversão, decorrente do arrependimento da 
mulher. 
LAQUEADURA TUBÁRIA
 Reversão é difícil, caro e não está acessível para a maioria das
mulheres→ considerada como definitiva, o que enfatiza a
importância de aconselhamento muito cuidadoso e completo das
pessoas e/ou casais que solicitam esse método, como pré-requisito
ético e legal.
 Com o avanço da idade, os riscos relacionados à morbimortalidade
são maiores e as queixas menstruais, como o aumento do volume do
fluxo, algia pélvica, hipermenorreia e outras irregularidades,
tendem a piorar com a laqueadura tubária.
 Portanto, a indicação desse método deve ser criteriosa, quando
os benefícios realmente compensarem os riscos e não houver outras
opções
CRITÉRIOS DE ACESSO À ESTERILIZAÇÃO
CIRÚRGICA VOLUNTÁRIA
 Não pode ser realizada durante os períodos de parto ou
aborto,
 Exceções:
- Comprovada necessidade de saúde
- Sucessivas cesarianas.
CRITÉRIOS DE ACESSO À ESTERILIZAÇÃO
CIRÚRGICA VOLUNTÁRIA
 Pessoas absolutamente incapazes, no entanto, só podem
ser esterilizadas mediante autorização judicial que avalie
a necessidade dessa intervenção.
 Permitida em qualquer idade ou situação pessoal nos
casos de risco à saúde da mulher ou do futuro neonato,
ato que deve ser testemunhado em relatório escrito e
assinado por dois médicos.
VASECTOMIA
 Procedimento cirúrgico que interrompe o fluxo de 
espermatozoides produzidos nos testículos e que 
normalmente seriam enviados ao pênis durante a 
ejaculação.
 Reversão espontânea em 0,2%
 Não confere proteção à transmissão do HIV e outras 
IST’s.
VASECTOMIA
 Deve ser incentivada, por se tratar de um procedimento
mais fácil e seguro, em relação à laqueadura tubária.
 É ótima alternativa de dividir a responsabilidade
sexual e reprodutiva com o parceiro.
 Reversão cirúrgica é complexa, cara e não está
amplamente disponível.
 Por essas razões, a esterilização sempre deve ser
considerada como definitiva, o que enfatiza a
importância de aconselhamento muito cuidadoso e
completo das pessoas e/ou casais que solicitam esse
método, como pré-requisito ético e legal.
CRITÉRIOS DE ACESSO À ESTERILIZAÇÃO CIRÚRGICA
VOLUNTÁRIA
 Ter capacidade civil plena e pelo menos dois filhos vivos, ou
maior de 25 anos de idade, com ou sem filhos vivos
 ›A realização da operação deve observar o prazo mínimo de 60
dias a partir da manifestação da vontade - Intervenção
educativa por meio de equipe multidisciplinar, visando
desencorajar a esterilização precoce e informar a respeito dos
riscos da cirurgia, dos possíveis efeitos colaterais, das
dificuldades de reversão e das opções de contracepção
reversíveis existentes;
 ›Consentimento expresso por escrito com anuência do cônjuge.
ANTICONCEPÇÃO NA 
ADOLESCÊNCIA
 Atendimento sem discriminação de qualquer tipo,
com garantia de privacidade, segredo e
confidencialidade
 Evitar o uso de anticoncepcionais só de
progestogênio (injetável trimestral e da pílula só
de progesterona – minipílula) antes dos 18 anos,
pelo possível risco de diminuição da calcificação
óssea
ANTICONCEPÇÃO NA 
PERIMENOPAUSA
 Perimenopausa é o período que antecede a última
menstruação. Em geral, a última menstruação ocorre entre
40 e 55 anos de idade.
 Climatério compreende a transição entre o período
reprodutivo e o não reprodutivo.
 Grande importância devido maior possibilidade de
complicações gestacionais, anomalias cromossômicas fetais
e abortamentos espontâneos
 Métodos comportamentais são pouco recomendados devido
irregularidade menstrual muito comum nessa fase.
ANTICONCEPÇÃO NO PÓS-PARTO
 Encorajar a amamentação exclusiva nos primeiros seis
meses pós-parto.
 – LAM (método da lactação e amenorréia)
 Anticoncepcionais hormonais combinados, que contêm
estrogênio e progesterona (pílulas combinadas e injetável
mensal), não devem ser usados em lactantes, pois
interferem na qualidade e na quantidade do leite materno e
podem afetar adversamente a saúde do bebê
ANTICONCEPÇÃO NO PÓS-ABORTO
 A recuperação da fertilidade pode ser quase que imediata,
portanto, se for o desejo, a anticoncepção iniciar de
imediato a anticoncepção.
 Anticoncepcionais hormonais (pílulas, injetáveis, entre
outros) podem ser iniciados imediatamente após o aborto,
entre o 1º e o 5º dia pós-abortamento.
 O DIU pode ser inserido imediatamente após aborto
espontâneo ou induzido, em mulheres sem nenhum sinal ou
suspeita de infecção.
MÉTODO ANTICONCEPCIONAL NO
CLIMATÉRIO
 Implantes subcutâneos - alta eficácia contraceptiva e
proteção endometrial. ↓aceitabilidade devido efeitos colaterais
como acne, mastalgia, cefaléia, ↑peso, ↓diminuição da libido,
labilidade emocional e controle deficiente de ciclos menstruais.
MÉTODO ANTICONCEPCIONAL NO
CLIMATÉRIO
 Preservativo
 Anticoncepcional hormonal combinado oral -
mantém ciclos menstruais regulares, alivia dismenorreia,
tem efeito protetor sobre o endométrio e o ovário, reduz
doenças benignas da mama, reduz o crescimento de
miomas uterinos, menor incidência e recidiva de
endometriose, evidênciasde ação profilática na
osteoporose.
- Pílulas combinadas de baixa dosagem, as que contêm 
0,03 mg ou menos de etinilestradiol
- Contraindicação- tabagismo em mulheres acima de 35 
anos
MÉTODO ANTICONCEPCIONAL NO
CLIMATÉRIO
 Minipílula- utilizada quando há contraindicação ao uso de
estrogênio. Eficácia contraceptiva inferior à dos
anticoncepcionais orais combinados.
 Injetável mensal- evitar formulações com elevadas doses de
estrogênio: ↑risco de hiperplasia do endométrio e fenômenos
tromboembólicos . Primeira opção injetáveis mensais de 5 mg
de estrogênio
 Injetável trimestral- não constitui boa escolha para a
perimenopausa, restringindo-se sua indicação quando da
impossibilidade de uso de outros métodos . Grande incidência
de efeitos indesejáveis: ↓HDL – colesterol, ↑glicemia e insulina;
↑peso; amenorréia e spotting; depressão; ↓ libido e lubrificação
vaginal.
MÉTODO ANTICONCEPCIONAL NO
CLIMATÉRIO
 Implantes subcutâneos - alta eficácia contraceptiva e
proteção endometrial. ↓aceitabilidade devido efeitos colaterais
como acne, mastalgia, cefaléia, ↑peso, ↓diminuição da libido,
labilidade emocional e controle deficiente de ciclos menstruais.
ANTICONCEPÇÃO EM PESSOAS 
VIVENDO COM HIV/AIDS
 O aconselhamento reprodutivo deve levar em
consideração o melhor momento clínico da pessoa
infectada para uma gravidez, preferencialmente
aquele em que a carga viral de HIV circulante esteja
indetectável e a pessoa esteja com boa condição de
imunidade (recuperação dos níveis de linfócitos T-
CD4+).
 Alguns medicamentos antirretrovirais (ARV) tanto
podem diminuir quanto aumentar a
biodisponibilidade dos hormônios esteroides dos
anticoncepcionais hormonais.
ANTICONCEPÇÃO EM PESSOAS 
VIVENDO COM HIV/AIDS
 Os espermaticidas à base de nonoxinol-9 (N-9) a 2%
não devem ser usados por mulheres HIV-positivas
ou por parceiras de homens HIV-positivos, porque
podem provocar irritação e/ou microfissuras na
mucosa vaginal e cervical quando usados várias
vezes ao dia, aumentando o risco de infecção e
transmissibilidade de DST/HIV.
ATÉ A PRÓXIMA AULA!
REFERÊNCIAS
 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de
Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Saúde sexual e saúde reprodutiva /
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à
Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 1. ed.,
1. reimpr. – Brasília : Ministério da Saúde, 2013.
300 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 26)
 WHO. Planejamento familiar UM MANUAL
GLOBAL PARA PROFISSIONAIS E SERVIÇOS
DE SAÚDE.2007

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