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Profa. Ms Thaís Jormanna Pereira Silva CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA DE ENSINO CLÍNICO EM SAÚDE DA MULHER TEÓRICO 2021.2 AULA 3 ENFERMAGEM NAS AÇÕES DE PLANEJAMENTO REPRODUTIVO OBJETIVOS Conhecer as fases do ciclo de vida feminino, correlacionando-as com as características estruturais e hormonais de cada período. Compreender as fases do ciclo hormonal Conhecer os métodos contraceptivos, bem como suas indicações e contraindicações. Discutir aspectos éticos e legais dos direitos reprodutiivos TÓPICOS Períodos do ciclo de vida feminino Hormônios e o ciclo menstrual Métodos Contraceptivos Naturais Métodos Hormonais Métodos de Barreira Métodos Definitivos Direitos Reprodutivos e a legislação vigente MÉTODOS CONTRACEPTIVOS: A QUEM SE DESTINAM? Idade Reprodutiva 10-49 anos Menarca Menacme Climatério Menopausa Hormônios MENARCA ✓Fim da puberdade ✓Produção de estrogênio ✓Produção de progesterona ✓Início da ovulação ✓Crescimento e desenvolvimento da vagina, útero e tubas CICLO MENSTRUAL Processo cíclico decorrente da secreção alternada de quatro principais hormônios: ➢ Estrógeno (E) e Progesterona(P) - secretados principalmente nos ovários ➢ Hormônio Luteinizante (LH) e Hormônio Folículo Estimulante (FSH) secretados pela hipófise . Estrógenos Estradiol,Estrona e Estriol Hormônio = em tecidos ≠ → respostas ≠ Hormônio = → tecido em ≠ fases da vida → respostas ≠ •Ajuda na formação e desenvolvimento das mamas. •Estimula o crescimento dos folículos ovarianos •Mantém a espessura da parede vaginal, regula o fluxo e a espessura das secreções do muco interno •Ajuda a prevenir a perda óssea, atuando junto ao cálcio e à vitamina D. Progesterona ⚫ Produzida principalmente pelo corpus luteum (corpo amarelo), após liberação do óvulo pelo folículo ovariano e diminutas quantidades por outras partes do corpo, ⚫ Mantém secreção do endométrio necessária à sobrevivência do embrião e desenvolvimento do feto ⚫ Precursora na biossíntese dos corticosteróides supra-renais (hormônios que protegem contra o stress) e hormônios sexuais (testosterona e estrogênio). ⚫ Quantidade inadequada de progesterona→ insuficiência do estrogênio e a testosterona HORMÔNIOS PRODUZIDOS NA HIPÓFISE Estimula a secreção de estrogênio Desenvolvimento e maturação dos folículos ovarianos Função varia de acordo com o progresso do ciclo menstrual: - Contribui na maturação dos folículos ovarianos. - Desencadear a ovulação. -Manutenção do corpo lúteo após a expulsão do óvulo. Pico ocorre cerca de 48 horas antes da ovulação. Hormônio Folículo- Estimulante (FSH) Hormônio Luteinizante (LH) HORMÔNIO FOLÍCULO-ESTIMULANTE (FSH) Produzido pela hipófise Estimula a secreção de estrogênio, responsável pelo desenvolvimento e maturação dos folículos ovarianos HORMÔNIO LUTEINIZANTE (LH) Produzido pela hipófise e regulam a atividade dos ovários e testículos. Pico ocorre cerca de 48 horas antes da ovulação. Função varia de acordo com o progresso do ciclo menstrual: - Contribui na maturação dos folículos ovarianos. - Desencadear a ovulação. -Manutenção do corpo lúteo após a expulsão do óvulo. MENACME Idade fértil Da puberdade à menopausa. Declínio da chance engravidar depois dos 35 anos de idade. CLIMATÉRIO Transição do período reprodutivo para o não reprodutivo. CLIMATÉRIO Diminuição drástica estrogênio e progesterona, devido à perda definitiva da atividade folicular ovariana. Irregularidade menstrual no início da fase Diminuição da fertilidade Alguns ciclos anovulatórios ou com corpo lúteo insuficiente. Manter anticoncepção até um ano após a menopausa Produção de estrogênio pelo tecido adiposo (Estrona) CLIMATÉRIO Diagnóstico: clínico e/ou laboratorial FSH > 40 mUI/ml hipofunção ou falência ovariana MENOPAUSA Último ciclo menstrual Somente reconhecida depois de passados 12 meses da sua ocorrência. Em geral, entre os 45 e 55 anos. Quando ocorre por volta dos 40 anos, é chamada de menopausa prematura ou precoce. Cuidados: evitar ganhar peso e o tabagismo, manter prática diária de atividade física e acompanhamento ginecológico. TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL (TRH) Aliviar os sintomas físicos (fogachos), psíquicos (depressão, irritabilidade) e genitais (secura vaginal, incontinência urinária) Proteção contra a osteoporose Melhor qualidade de vida Doenças cardiovasculares Trombose CA de mama, ovário e endométrio Distúrbios hepáticos Benefícios Riscos Leitura sugerida: https://www.scielo.br/j/abem/a/bnhD8LVvNT9P5yWFvhzfvBc/?lang=pt PLANEJAMENTO REPRODUTIVO Conjunto de ações de regulação da fecundidade, as quais podem auxiliar as pessoas a prever e controlar a geração e o nascimento de filhos, e englobam adultos, jovens e adolescentes, com vida sexual com e sem parcerias estáveis, bem como aqueles e aquelas que se preparam para iniciar sua vida sexual Concepção Contracepção Planejamento Reprodutivo AÇÕES DO PLANEJAMENTO FAMILIAR Definidas e amparadas pela Lei nº 9.263/1996, que também estabelece penalidades e dá outras providências Voltadas para o fortalecimento dos direitos sexuais e reprodutivos dos indivíduos e se baseiam em ações clínicas, preventivas, educativas, oferta de informações e dos meios, métodos e técnicas para regulação da fecundidade. AÇÕES DO PLANEJAMENTO FAMILIAR Devem incluir e valorizar a participação masculina, uma vez que a responsabilidade e os riscos das práticas anticoncepcionais são predominantemente assumidos pelas mulheres Atenção as mulheres lésbicas e bissexuais →o desejo ou o direito à maternidade precisa ser garantido, considerando que técnicas de reprodução assistida como a inseminação artificial e a fertilização in vitro estão disponíveis pelo SUS, independentemente do diagnóstico de infertilidade. CONTRACEPÇÃO OU ANTICONCEPÇÃO Todo o método que visa impedir a fertilização de um óvulo ou impedir a nidificação do ovo ou zigoto. DUPLA PROTEÇÃO Uso combinado da camisinha masculina ou feminina com outro método anticoncepcional para prevenção simultânea de IST’s e gravidez. ASPECTOS QUE DEVEM SER CONSIDERADOS NA ESCOLHA DO MÉTODO Preferência da mulher, do homem ou do casal Características do Método Eficácia Efeitos secundários Aceitabilidade Disponibilidade Facilidade de uso Reversibilidade Proteção contra IST’s e HIV Fatores Individuais Condições econômicas Estado de saúde Características da personalidade Fase da vida Padrão de comportamento sexual. Aspirações reprodutivas. Fatores culturais e religiosos. Outros fatores, como medo, dúvidas e vergonha MÉTODOS DISPONIBILIZADOS PELO SUS TEMPORÁRIOS MÉTODOS COMPORTAMENTAIS/ NATURAIS Sucesso depende do reconhecimento dos sinais da ovulação (aproximadamente 14 dias antes do início da menstruação) e do período fértil. Colaboração do parceiro 25 gravidezes por 100 mulheres que recorrem à abstinência periódica, no primeiro ano do método. Óvulo →sobrevida de aproximadamente 24 horas. Espermatozoides →capacidade para fecundar o óvulo por um período de até aproximadamente seis dias. TABELA OU CALENDÁRIO OU RITMO – OGINO-KNAUS 1. Verificar a duração (número de dias) de cada ciclo, contando desde o primeiro dia da menstruação (primeiro dia do ciclo) até o dia que antecede a menstruação seguinte (último dia do ciclo) por no mínimo 6 meses 2. Verificar o ciclo mais curto e o mais longo. 3. Calcular a diferença entre eles. 4. Se a diferença for de 10 dias ou mais o método é CONTRAINDICADO. 5. Determinar o início do período fértil subtraindo-se 18 do ciclo mais curto 6. Determinar o final do período fértil subtraindo-se 11 do ciclo mais longo. 7. Orientar o casal a não ter relação desprotegidaneste período MUCO CERVICAL OU BILLINGS Identificação do período fértil por meio da auto-observação, com relação às mudanças do muco cervical e à sensação de umidade na vagina ao longo do ciclo menstrual. Fase pré-ovulatória- fase seca, que não tem muco, ou com sensação igual e contínua na aparência e na sensação Fase ovulatória- inicialmente é esbranquiçado, turvo e pegajoso; sob ação estrogênica, vai se tornando a cada dia mais elástico e lubrificante, semelhante à clara de ovo (transparente, elástico, escorregadio e fluido), podendo-se puxá-lo em fio; produz na vulva uma sensação de umidade e lubrificação, indicando o tempo da fertilidade COITO INTERROMPIDO Também conhecido como “tirar na hora” ou “gozar nas coxas”. Funciona mantendo o esperma fora do corpo da mulher. Um dos métodos menos eficazes: 27 gravidezes/ 100 mulheres. MÉTODO DA AMENORRÉIA LACTACIONAL (MAL) MÉTODO DA AMENORRÉIA LACTACIONAL (MAL) Funciona basicamente impedindo a liberação de óvulos pelos ovários (ovulação). A amamentação frequente impede temporariamente a liberação dos hormônios naturais que provocam a ovulação ↑Risco de gravidez quando uma mulher não consegue amamentar de forma exclusiva ou quase o seu bebê Condições obrigatórias: Ausência do retorno da menstruação + AME em frequência satisfatória + bebê < 6 meses de idade Cerca de 2 gravidezes por 100 mulheres usando o MAL nos primeiros 6 meses após o parto ESPERMICIDA Geléias, cremes e espuma usadas sozinhas, com diafragma ou preservativos. Inseridas profundamente no interior da vagina, perto do cérvix, antes do sexo. Ruptura da membrana das células dos espermatozóides, matando-os ou desacelerando o movimento, impedindo-os de encontrar o óvulo Podem causar irritação na ou ao redor da vagina ou do pênis Nonoxynol-9, cloreto de benzalcônio, clorexidina, menfegol, octoxynol-9 e docusate sódico. 29 gravidezes por 100 mulheres que usam espermicidas no primeiro ano. DIAFRAGMA “Copo” de látex macio ou plásticos que cobre o cérvix Vem em diferentes tamanhos e o ajuste deve ser feito por um profissional especificamente treinado para tal. Impede o espermatozóide de entrar no cérvix Coloca-lo a qualquer momento até 42 horas antes de fazer sexo,retira-lo pelo menos 6 horas após a última ejaculação, mas não mais do que 48 horas desde o momento em que foi colocado Pode proporcionar alguma proteção contra certas ISTs mas não se deve confiar (clamídia, gonorréia, doença inflamatória pélvica, tricomoníase) 16 gravidezes por 100 mulheres que utilizam o diafragma com espermicida no primeiro ano PRESERVATIVOS Capas ou revestimentos que são colocadas no pênis ou vagina A maioria é feita de borracha de látex fina. Barreira que mantém os espermatozóides fora da vagina, prevenindo a gravidez. Impedem que infecções existentes no sêmen, no pênis ou na vagina sejam contraídas pelo outro parceiro. 15 gravidezes por 100 mulheres cujos parceiros usam preservativos masculinos ao longo do primeiro ano. DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS DIU TCU-380A Pequena estrutura de plástico flexível com a forma da letra T com um fio de cobre na haste vertical do T e tubinhos de cobre em cada braço horizontal. Provoca alteração química que danifica o esperma e o óvulo antes que eles se encontrem Longa duração, porém é imediatamente reversível STV mais longo e intenso e mais cólicas ou dor durante a menstruação, especialmente nos primeiros 3 a 6 meses Menos de 1 gravidez por 100 mulheres durante o primeiro ano de uso. Cerca de 2 gravidezes por 100 mulheres em mais de 10 anos de uso. Risco de piora de anemia, DIP caso a mulher tenha clamídia ou gonorréia no momento da inserção. Pode ser inserido pelo enfermeiro após o parto ou aborto DIU LEVONORGESTREL (DIU- LNG) Comercializado sob a marca de Mirena. Dispositivo plástico em forma de T que libera constante e regularmente pequenas quantidades de levonorgestrel por dia (progestógeno) Supressão do crescimento do endométrio Menos de 1 gravidez por 100 mulheres que utilizam DIU-LNG durante o primeiro ano . Validade até 5 anos. Não há demora para retorno da fertilidade depois da remoção. ANEL VAGINAL COMBINADO NuvaRing Anel flexível inserido na vagina Libera continuamente um progestógeno e um estrógeno sintético que serão absorvidos através da parede da vagina indo diretamente para a corrente sangüínea Impede a liberação de óvulos pelos ovários (ovulação) As taxas de eficácia em ensaios clínicos sugerem que ele possa ser mais eficaz que os AOC’s , tal como é geralmente usado e por meio do uso consistente e correto. Retorno rápido da fertilidade após a interrupção do uso ANTICONCEPCIONAIS ORAIS COMBINADOS (AOCS) Pílulas compostas por estrogênio e progesterona sintéticos em baixa dosagem. Inibem a secreção hipofisária de LH e FSH através de um mecanismo chamado de feedback/retroalimentação, mantendo os óvulos "adormecidos" e impedindo a ovulação Torna o muco cervical mais espesso, de forma a impedir a passagem dos espermatozoides. Evita que o endométrio esteja adequadamente preparado para a gravidez Risco de gravidez é maior quando começa uma nova cartela com três ou mais dias de atraso ou deixa de tomar três ou mais pílulas perto do início ou do fim de uma cartela.4 Não há demora para retorno da fertilidade. ANTICONCEPCIONAIS ORAIS COMBINADOS (AOCS) Monofásicas - Contém um tipo de comprimido ativo. Para algumas marcas, as embalagens contêm, além das pílulas ativas, 7 de placebo para completar 28 comprimidos. São as mais comuns, encontradas, geralmente, em embalagens de 21 comprimidos. Bifásicas - contêm dois tipos de comprimidos ativos, de diferentes cores, com os mesmos hormônios em proporções diferentes. Devem ser tomados na ordem indicada na embalagem. Trifásicas - contêm três tipos de comprimidos ativos, de diferentes cores, com os mesmos hormônios em proporções diferentes. Devem ser tomados na ordem indicada na embalagem. PÍLULAS SÓ DE PROGESTÓGENO (PSPS) Anticoncepcionais orais só de progestógeno ou “minipílulas” Doses muito baixas de um progestógeno semelhante ao hormônio natural da mulher Espessamento do muco cervical (fator que bloqueia o esperma que busca um óvulo) Interrupção do ciclo menstrual, impedindo inclusive a liberação de óvulos pelos ovários (ovulação) 1 gravidez para 100 mulheres utilizando PSPs no primeiro ano. ANTICONCEPCIONAIS INJETÁVEIS COMBINADOS (AICS) Contêm 2 hormônios—um progestógeno e um estrógeno semelhantes aos hormônios naturais Administração mensal, intramuscular. Liberado lentamente na corrente sanguínea. Funcionam basicamente por impedirem a liberação de óvulos pelos ovários (ovulação). 3 gravidezes por 100 mulheres que utilizam injetáveis mensais no primeiro ano. Podem causar Dores de cabeça Tontura Ganho de peso Sensibilidade dos seios INJETÁVEIS DE PROGESTOGENO Acetato de medroxiprogesterona de depósito” (AMPD)- Depo, Depo-Provera, Megestron e Petogen - 3 MESES - “Enantato de noretisterona” (NET-EN)- Noristerat e Syngestal.- 2 MESES Intramuscular, liberado lentamente na corrente sanguínea. Funciona basicamente impedindo a liberação de óvulos pelos ovários (ovulação). 3 gravidezes por 100 mulheres que utilizam os injetáveis só de progestógeno no primeiro ano DESVANTAGENS Alterações nos padrões de menstruação que incluem Primeiros 3 meses: – Sangramento irregular – Sangramento prolongado Em um ano de uso: – Ausência de menstruação – Sangramento raro – Sangramento irregular Ganho de peso Dores de cabeça Tontura Inchaço/desconforto no estômago Alterações no humor Diminuição do desejo sexual Perda de densidade óssea VANTAGENS • Ajuda a proteger contra: • Riscos de gravidez • Câncer da membrana que recobre a parede da cavidade uterina (câncerdo endométrio) • Fibróides uterinos o Pode ajudar a proteger contra: • Doença inflamatória pélvica • sintomática • Anemia por deficiência de ferro Reduz: • Crises hemolíticas em mulheres com • anemia falciforme • Sintomas de endometriose (dor pélvica, • sangramento irregular) ADESIVOS Ortho Evra e Evra. Pequeno e fino quadrado de plástico flexível que é usado em contato com o corpo. Libera continuamente um progestógeno e um estrógeno, através da pele para a corrente sangüínea. Usa-se um novo adesivo a cada semana, durante 3 semanas, e a seguir não se usa nenhum adesivo na quarta semana. Ao longo desta quarta semana, a mulher ficará menstruada Funciona basicamente impedindo a liberação de óvulos pelos ovários (ovulação). As taxas de gravidez podem ser ligeiramente mais elevadas entre mulheres com peso igual a 90 kg ou acima. Retorno da fertilidade após a interrupção do uso de adesivos: não há demora. Aplicar na parte externa do antebraço, nas costas, na barriga ou nas nádegas, IMPLANTES Pequenas cápsulas ou hastes plásticas, cada uma do tamanho aproximado de um palito de fósforo, que liberam um progestógeno semelhante ao hormônio natural progesterona existente no corpo da mulher. Funciona basicamente por meio de: – Espessamento do muco cervical (produzindo um bloqueio que impede o esperma de chegar até um óvulo) – Interrupção do ciclo menstrual, o que também impede a liberação de óvulos pelos ovários (ovulação) Jadelle: 2 hastes, eficaz por 5 anos Implanon: 1 haste, eficaz por 3 anos (há estudos em andamento para verificar se dura 4 anos) Norplant: 6 cápsulas, com indicação de 5 anos de uso (estudos de grande porte constataram que têm efi cácia durante 7 anos) Sinoplant: 2 hastes, eficaz por 5 anos DEFINITIVOS É CRIME... Realizar esterilização em desacordo com a lei; Deixar de notificar à autoridade sanitária as intervenções realizadas Induzir ou instigar dolosamente a esterilização Pena de reclusão de um a dois anos ao profissional que infringi-la, além de multa e outras penalidades administrativas. AO ENFERMEIRO É PROIBIDO COLABORAR DIRETA OU INDIRETAMENTE COM OUTROS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NO DESCUMPRIMENTO DA LEGISLAÇÃO REFERENTE À ESTERILIZAÇÃO HUMANA, FECUNDAÇÃO ARTIFICIAL E MANIPULAÇÃO GENÉTICA (ART.82 CEPE) LAQUEADURA TUBÁRIA Não confere proteção à transmissão do HIV e outras IST’s. Bloqueio cirúrgico das tubas,com anel, corte, clipes ou fios de sutura, barrando o encontro entre o espermatozoide e o óvulo, impedindo assim a fertilização. LAQUEADURA TUBÁRIA Franca decadência nos países mais desenvolvidos, devido disposição de inúmeros outros métodos reversíveis, de menor custo, menor risco e menores complicações em longo prazo. É o método contraceptivo mais frequentemente utilizado no Brasil(29%). ↑demanda para reversão, decorrente do arrependimento da mulher. LAQUEADURA TUBÁRIA Reversão é difícil, caro e não está acessível para a maioria das mulheres→ considerada como definitiva, o que enfatiza a importância de aconselhamento muito cuidadoso e completo das pessoas e/ou casais que solicitam esse método, como pré-requisito ético e legal. Com o avanço da idade, os riscos relacionados à morbimortalidade são maiores e as queixas menstruais, como o aumento do volume do fluxo, algia pélvica, hipermenorreia e outras irregularidades, tendem a piorar com a laqueadura tubária. Portanto, a indicação desse método deve ser criteriosa, quando os benefícios realmente compensarem os riscos e não houver outras opções CRITÉRIOS DE ACESSO À ESTERILIZAÇÃO CIRÚRGICA VOLUNTÁRIA Não pode ser realizada durante os períodos de parto ou aborto, Exceções: - Comprovada necessidade de saúde - Sucessivas cesarianas. CRITÉRIOS DE ACESSO À ESTERILIZAÇÃO CIRÚRGICA VOLUNTÁRIA Pessoas absolutamente incapazes, no entanto, só podem ser esterilizadas mediante autorização judicial que avalie a necessidade dessa intervenção. Permitida em qualquer idade ou situação pessoal nos casos de risco à saúde da mulher ou do futuro neonato, ato que deve ser testemunhado em relatório escrito e assinado por dois médicos. VASECTOMIA Procedimento cirúrgico que interrompe o fluxo de espermatozoides produzidos nos testículos e que normalmente seriam enviados ao pênis durante a ejaculação. Reversão espontânea em 0,2% Não confere proteção à transmissão do HIV e outras IST’s. VASECTOMIA Deve ser incentivada, por se tratar de um procedimento mais fácil e seguro, em relação à laqueadura tubária. É ótima alternativa de dividir a responsabilidade sexual e reprodutiva com o parceiro. Reversão cirúrgica é complexa, cara e não está amplamente disponível. Por essas razões, a esterilização sempre deve ser considerada como definitiva, o que enfatiza a importância de aconselhamento muito cuidadoso e completo das pessoas e/ou casais que solicitam esse método, como pré-requisito ético e legal. CRITÉRIOS DE ACESSO À ESTERILIZAÇÃO CIRÚRGICA VOLUNTÁRIA Ter capacidade civil plena e pelo menos dois filhos vivos, ou maior de 25 anos de idade, com ou sem filhos vivos ›A realização da operação deve observar o prazo mínimo de 60 dias a partir da manifestação da vontade - Intervenção educativa por meio de equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce e informar a respeito dos riscos da cirurgia, dos possíveis efeitos colaterais, das dificuldades de reversão e das opções de contracepção reversíveis existentes; ›Consentimento expresso por escrito com anuência do cônjuge. ANTICONCEPÇÃO NA ADOLESCÊNCIA Atendimento sem discriminação de qualquer tipo, com garantia de privacidade, segredo e confidencialidade Evitar o uso de anticoncepcionais só de progestogênio (injetável trimestral e da pílula só de progesterona – minipílula) antes dos 18 anos, pelo possível risco de diminuição da calcificação óssea ANTICONCEPÇÃO NA PERIMENOPAUSA Perimenopausa é o período que antecede a última menstruação. Em geral, a última menstruação ocorre entre 40 e 55 anos de idade. Climatério compreende a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo. Grande importância devido maior possibilidade de complicações gestacionais, anomalias cromossômicas fetais e abortamentos espontâneos Métodos comportamentais são pouco recomendados devido irregularidade menstrual muito comum nessa fase. ANTICONCEPÇÃO NO PÓS-PARTO Encorajar a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses pós-parto. – LAM (método da lactação e amenorréia) Anticoncepcionais hormonais combinados, que contêm estrogênio e progesterona (pílulas combinadas e injetável mensal), não devem ser usados em lactantes, pois interferem na qualidade e na quantidade do leite materno e podem afetar adversamente a saúde do bebê ANTICONCEPÇÃO NO PÓS-ABORTO A recuperação da fertilidade pode ser quase que imediata, portanto, se for o desejo, a anticoncepção iniciar de imediato a anticoncepção. Anticoncepcionais hormonais (pílulas, injetáveis, entre outros) podem ser iniciados imediatamente após o aborto, entre o 1º e o 5º dia pós-abortamento. O DIU pode ser inserido imediatamente após aborto espontâneo ou induzido, em mulheres sem nenhum sinal ou suspeita de infecção. MÉTODO ANTICONCEPCIONAL NO CLIMATÉRIO Implantes subcutâneos - alta eficácia contraceptiva e proteção endometrial. ↓aceitabilidade devido efeitos colaterais como acne, mastalgia, cefaléia, ↑peso, ↓diminuição da libido, labilidade emocional e controle deficiente de ciclos menstruais. MÉTODO ANTICONCEPCIONAL NO CLIMATÉRIO Preservativo Anticoncepcional hormonal combinado oral - mantém ciclos menstruais regulares, alivia dismenorreia, tem efeito protetor sobre o endométrio e o ovário, reduz doenças benignas da mama, reduz o crescimento de miomas uterinos, menor incidência e recidiva de endometriose, evidênciasde ação profilática na osteoporose. - Pílulas combinadas de baixa dosagem, as que contêm 0,03 mg ou menos de etinilestradiol - Contraindicação- tabagismo em mulheres acima de 35 anos MÉTODO ANTICONCEPCIONAL NO CLIMATÉRIO Minipílula- utilizada quando há contraindicação ao uso de estrogênio. Eficácia contraceptiva inferior à dos anticoncepcionais orais combinados. Injetável mensal- evitar formulações com elevadas doses de estrogênio: ↑risco de hiperplasia do endométrio e fenômenos tromboembólicos . Primeira opção injetáveis mensais de 5 mg de estrogênio Injetável trimestral- não constitui boa escolha para a perimenopausa, restringindo-se sua indicação quando da impossibilidade de uso de outros métodos . Grande incidência de efeitos indesejáveis: ↓HDL – colesterol, ↑glicemia e insulina; ↑peso; amenorréia e spotting; depressão; ↓ libido e lubrificação vaginal. MÉTODO ANTICONCEPCIONAL NO CLIMATÉRIO Implantes subcutâneos - alta eficácia contraceptiva e proteção endometrial. ↓aceitabilidade devido efeitos colaterais como acne, mastalgia, cefaléia, ↑peso, ↓diminuição da libido, labilidade emocional e controle deficiente de ciclos menstruais. ANTICONCEPÇÃO EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS O aconselhamento reprodutivo deve levar em consideração o melhor momento clínico da pessoa infectada para uma gravidez, preferencialmente aquele em que a carga viral de HIV circulante esteja indetectável e a pessoa esteja com boa condição de imunidade (recuperação dos níveis de linfócitos T- CD4+). Alguns medicamentos antirretrovirais (ARV) tanto podem diminuir quanto aumentar a biodisponibilidade dos hormônios esteroides dos anticoncepcionais hormonais. ANTICONCEPÇÃO EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS Os espermaticidas à base de nonoxinol-9 (N-9) a 2% não devem ser usados por mulheres HIV-positivas ou por parceiras de homens HIV-positivos, porque podem provocar irritação e/ou microfissuras na mucosa vaginal e cervical quando usados várias vezes ao dia, aumentando o risco de infecção e transmissibilidade de DST/HIV. ATÉ A PRÓXIMA AULA! REFERÊNCIAS Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde sexual e saúde reprodutiva / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 1. ed., 1. reimpr. – Brasília : Ministério da Saúde, 2013. 300 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 26) WHO. Planejamento familiar UM MANUAL GLOBAL PARA PROFISSIONAIS E SERVIÇOS DE SAÚDE.2007
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