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Principios Constitucionais da Seguridade Social

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Direito Previdenciário
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA SEGURIDADE SOCIAL
CF - Art. 194 .................
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a
seguridade social, com base nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações
urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
V - eqüidade na forma de participação no custeio;
VI - diversidade da base de financiamento;
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante
gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos
empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 195 ...............
§ 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado,
majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
Art. 201 ..............
§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o
rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário
mínimo.
§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em
caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei.
§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade
de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de
previdência.
STF, RE 263252/PR, Rel. Min. Moreira Alves, 1ª T., DJ 23/06/2000.
“EMENTA: - Previdência social. Irredutibilidade do benefício. Preservação
permanente de seu valor real. - No caso não houve redução do benefício,
porquanto já se firmou a jurisprudência desta Corte no sentido de que o
princípio da irredutibilidade é garantia contra a redução do “quantum” que
se recebe, e não daquilo que se pretende receber para que não haja perda
do poder aquisitivo em decorrência da inflação. - De outra parte, a
preservação permanente do valor real do benefício - e, portanto, a garantia
contra a perda do poder aquisitivo - se faz, como preceitua o artigo 201, § 2º,
da Carta Magna, conforme critérios definidos em lei, cabendo, portanto, a
esta estabelecê-los”.
Juiz Federal/TRF-1ª/Cespe/2013
01. Com relação à seguridade social e seus princípios, assinale a opção
correta.
[...]
e) Segundo a jurisprudência majoritária do STF, o princípio da
irredutibilidade do valor dos benefícios refere-se apenas ao valor nominal
desses benefícios, não resultando na garantia da concessão de reajustes
periódicos, característica relativa à preservação do valor real.
Gabarito: E
Defensor Público/Rondônia/Cespe/2012
2. Com relação aos princípios e objetivos que norteiam a seguridade social
no Brasil, assinale a opção correta.
[...]
c) A irredutibilidade do valor dos benefícios tem como escopo garantir que
a renda dos benefícios previdenciários preserve seu valor real segundo
critérios estabelecidos por lei, sem qualquer vinculação ao salário mínimo,
dada a vedação de sua vinculação para qualquer fim.
Gabarito: C
Juiz do Trabalho/TRT-1ª/FCC/2011
03. Está(ão) entre os princípios da seguridade social:
[...]
b) a irredutibilidade do valor dos benefícios, restrita ao aspecto nominal.
[...]
e) a universalidade da proteção, quanto aos eventos sociais cobertos e ao
atendimento da população.
Gabarito: E
Conselho Nacional de Previdência Social
Legislação Previdenciária
• Fontes
• Hierarquia (ordem de graduação)
• Autonomia (entre os diversos ramos)
• Aplicação (conflitos entre normas)
• Vigência
• Interpretação (existência de norma)
• Integração (ausência de norma).
Fontes do Direito Previdenciário
Fontes Principais
• Constituição Federal: arts. 194 a 204;
• Emendas constitucionais: 20, 41, 47, 70.
• Leis complementares: 108 e 109 (regulam a previdência
complementar).
• Leis ordinárias: 8.212/91 e 8.213/91.
• Leis delegadas: elaboradas pelo Presidente da República, que deverá
solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
• Medidas provisórias: em caso de relevância e urgência. Força de lei.
Submetidas de imediato ao Congresso Nacional. Prazo de 60 dias,
prorrogável uma vez por igual período.
Fontes Principais
• Resoluções do Senado: as mais importantes são aquelas que
suspendem a execução de lei declarada inconstitucional por decisão
definitiva do STF.
• Decretos legislativos: os mais importantes são aqueles que aprovam
os tratados internacionais.
Tratados internacionais
• Ajustes bilaterais ou multilaterais celebrados entre Estado
estrangeiro ou organismo internacional e o Brasil.
• Em matéria previdenciária: trabalhador deixa um território e passa a
trabalhar em outro.
• Compete privativamente ao Presidente da República celebrar
tratados internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional (CF, art,
84, VIII).
Tratados internacionais
Procedimento para a incorporação do tratado ao direito interno:
(a) aprovação, pelo Congresso Nacional, mediante decreto legislativo;
(b) promulgação de tais acordos ou tratados, pelo Presidente da República,
mediante decreto, publicando texto do tratado.
Jurisprudência e doutrina
• Jurisprudência: conjunto de soluções dadas pelo Poder Judiciário às
questões de direito, quando no mesmo sentido, ou seja, uniforme.
• Doutrina: interpretação dada pelos estudiosos do direito.
Não se configuram como norma obrigatória.
.Súmulas vinculantes (CF, art. 103-A) - terá efeito vinculante em relação aos
demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
Questão sobre fontes do Dir. Previd.
28. (Técnico do Seguro Social – 2012)
Em relação às fontes do direito previdenciário:
(A) a instrução normativa é fonte secundária.
(B) a lei delegada é fonte secundária.
(C) a medida provisória é fonte secundária.
(D) o memorando é fonte primária.
Hierarquia (ordem de graduação)
A norma superior é substrato de validade da norma inferior
A norma superior prevalece sobre a inferior:
1º) Constituição Federal e emendas constitucionais;
2º) Lei Complementar, lei ordinária, medida provisória, lei delegada,
decretos legislativos, resoluções do Senado e tratados internacionais;
3º) Decretos (editados pelo Presidente da República);
4º) Portarias (expedidas pelo Ministro da Previdência ou da Fazenda);
5º) Outras normas internas da administração (instruções normativas,
ordens de serviço etc.).
LC X LO: diferença material e formal.
• Os tratados internacionais, via de regra, possuem status de lei
ordinária.
• Já os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos
que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às
emendas constitucionais (CF, art. 5º, § 3º).
• De acordo com o art. 85-A da Lei nº 8.212/91, “os tratados, convenções
e outros acordos internacionais de que Estado estrangeiro ou organismo
internacional e o Brasil sejam partes, e que versem sobre matéria
previdenciária, serão interpretados como lei especial”. (critério da
especialidade).
Autonomia
• Do ponto de vista científico, não se deve falar em autonomia de
nenhum ramo do Direito, que é uno.
• Didaticamente, porém, é conveniente dividir-se o Direito em ramos,
com o objetivo de facilitar o estudo.
• Em relação à autonomia do Direito Previdenciário, há duas teorias: (1)
previdência social encontra-se no âmbito do Direito do Trabalho; (2)
autonomia didática deste ramo do Direito.
Constituição de 1988:
● Seguridade Social: capítulo II do título VIII (ordem social);
● Direito do Trabalho: capítulo II (direitos sociais) do título II (Dos
Direitos e Garantias Fundamentais)
Aplicação (conflito entre normas)
1) Hierarquia: a norma superior prevalece sobre a inferior.
2) Especialidade: a norma específica prevalece sobre a genérica.
3) Cronologia, a norma posterior prevalece sobre a anterior.
Vigência
1. Vigência é o período que vai do momento em que a norma entra em
vigor até o momento em que é revogada, ou em que se esgota o prazo
prescrito para sua duração.
2. Art. 1º da LINDB (DL 4.657/42):uma lei começa a ter vigência em todo
o país 45 dias depois de publicada, salvo se dispuser de outro modo.
3. Vacatio legis: período compreendido entre a data da publicação até
sua entrada em vigor.
4. Durante o vacatio legis, a norma já é válida (já pertence ao
ordenamento), mas não é vigente.
5. Assim, validade e vigência não se confundem. Uma norma pode ser
válida sem ser vigente, embora a norma vigente seja sempre válida.
6. Em regra, a norma vigente é eficaz (apta a produzir efeitos), mas nem
sempre isso acontece. Ex.: CF, art. 195, § 6º.
7. Não se trata, aqui, de vacatio legis, pois nesse caso o deslocamento
ocorre entre vigência e eficácia e não entre publicação e vigência.
Validade -> Vigência -> Eficácia
Interpretação (hermenêutica jurídica)
● Interpretar é descobrir o sentido e o alcance da norma jurídica.
● A hermenêutica jurídica é a ciência da interpretação das leis.
Métodos de interpretação:
1. Gramatical (ou literal) – exame do texto normativo sob o ponto de
vista linguístico, analisando a pontuação, colocação das palavras na frase, a
sua origem etimológica etc. (Ex.: art. 65 da Lei 8.213/91).
2. Sistemática – parte do pressuposto de que uma lei não existe
isoladamente. A lei pertence a um ordenamento jurídico (Ex.: idade do
segurado facultativo)
3. 3. Histórica – baseia-se na investigação dos antecedentes da norma,
do processo legislativo, a fim de descobrir o seu exato significado (Ex. CF,
art. 201, § 7º).
4. 4. Teleológica (ou finalista) – busca descobrir o fim almejado pelo
legislador; a finalidade que se pretendeu atingir com a norma.
Estudo da finalidade (das causas finais).
Integração (preencher as lacunas da lei)
1. Analogia – aplica-se lei que regula um caso semelhante (EX.: CF, art.
40, § 4º).
2. 2. Princípios gerais do direito (Ex: igualdade perante a lei (CF, art. 5º,
caput); contraditório e ampla defesa (CF, art. 5º, LV); Ninguém pode se
beneficiar da própria torpeza; Ninguém está obrigado ao impossível).
3. 3. Equidade – usada para amenizar e humanizar o direito. Quando
autorizado a decidir por equidade, o juiz aplicará a norma que estabeleceria
se fosse legislador.
DECRETO-LEI 4.657/42 (LINDB), art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá
aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.
CPC, art. 127. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.