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Massas pélvicas · Ultrassonografia transvaginal (USTV): ↑ acurácia para avaliar massas anexiais e cistos ovarianos. · Em crianças: exame clínico + ultrassonografia por via abdominal para a investigação complementar. · Marcadores tumorais (diferenciação de tumores ovarianos): CA-125, CA-15.3, CA-19.9, CA-72.4, α-feto-proteína. · International Ovary Tumor Analysis (IOTA) critério para avaliar as caraterísticas do tumor por ecografia. · Os tumores são classificados como benignos, malignos ou inclassificáveis. -Maligno: pelo menos um aspecto M e nenhum dos aspectos B estiverem presentes, e vice-versa. -Inclassificável: ausência dos aspectos B ou M, ou se ambos estiverem presentes. · Índices prognósticos modelos de regressão linear LR1 e LR2. · GI-RADS sistema para avaliação morfológica baseada na recomendação do grupo IOTA para os seguintes parâmetros: bilateralidade, espessura da parede, existência de septos, vegetações papilares, áreas sólidas, ecogenicidade e presença de ascite. Massas anexiais mais comuns: · CISTOS FUNCIONAIS ● Resultantes da função normal ovariana; ● Mais comuns; ● Assintomáticos. ● Cistos foliculares: -Frequentes na menacme e podem ocorrer em até 17% das mulheres na pós-menopausa; -Aspecto unilocular, paredes delgadas, medindo até 8 cm de diâmetro; -Presença de conteúdo líquido seroso anecoico possibilidade de complicação: hemorragia. ● Cistos de corpo lúteo: -Frequentes no 1º trimestre de gestação; -Tamanho máximo na 10ª semana e regridem espontaneamente por volta da 16ª semana; -Achados habituais na 2ª fase do ciclo menstrual; -Paredes ecogênicas e conteúdo ocasionalmente hiperecogênico nos casos de cistos hemorrágicos. ● Cistos tecaluteínicos: -Grandes, multisseptados e bilaterais; -Resultantes da estimulação ↑ níveis de hCG; -Encontrados na doença trofoblástica gestacional, gestação múltipla ou em hiperreactio luteinalis. ● Cistos hemorrágicos: -Frequentes na pré-menopausa; -Dor pélvica (meio do ciclo); -Aspecto heterogêneo linear; -Coágulos sem vascularização ao Doppler, às vezes com imagem sugestiva de neoplasia; -Desaparecem em até 8 semanas. · CISTOS PARATUBÁRIOS/ PARAOVARIANOS -Originários de estruturas mesonéfricas (wolffianas), paramesonéfricas (müllerianas) ou de inclusões mesoteliais; -Apêndice vesiculoso (hidátide de Morgagni) cisto paramesonéfrico + comum; -Parede delgada, deformável, com até 10 mm no maior diâmetro. · CISTOS DE INCLUSÃO PERITONEAL -Decorrentes de acúmulo de líquido produzido pelos ovários aprisionados por aderências peritoneais; -História de cirurgia abdominal, trauma, doença inflamatória pélvica ou endometriose; -Grandes formações císticas, multiloculadas, separadas dos ovários, aspecto ecográfico normal. · ENDOMETRIOMAS -Estruturas bem delimitadas, homogêneas, com conteúdo de baixa a média densidade ecogênica, podem ter septações; -Parede hiperecoica ou com nodulações; -Componente sólido avascular calcificado, com presença de atenuação ou sombra acústica posterior; -Podem ser confundidos com cisto hemorrágico ou neoplasia quando são sólidos ou mistos, porém são diferenciados por serem de aspecto ecogênico mais homogêneo. · FIBROMAS -Neoplasias benignas sólidas + comuns; -Frequentes na meia-idade; -Sólidas, hipoecoicas e homogêneas, apresentando atenuação de feixe acústico; -Calcificações densas visualizadas como sombra acústica posterior à massa; -Síndrome de Meigs (fibroma ovariano, ascite e hidrotórax). · TUMORES DA SUPERFÍCIE EPITELIAL ● Cistos serosos: -20% das massas ovarianas benignas; -Cistos complexos de paredes finas uni/multiloculares, tamanho Δ (podendo ser > 20cm); -Conteúdo ecogênico com áreas de projeções papilares. ● Cistoadenoma mucinoso: 25% neoplasias -Massa cística multiloculada de parede fina ecogênica, conteúdo ecográfico que Δ (sangue/proteína no interior); -Variadas apresentações ecogênicas em múltiplos compartimentos. ● Cistoadenomacarcinoma: 10% neoplasias -Multiloculado, múltiplas projeções e septações grosseiras; -Doppler: vascularizado; -Achado: ascite volumosa, desproporcional às massas anexiais evidenciadas. ● Tumor endometriode: -Massa cística com projeções papilares ou como massa sólida (alguns casos); -Predominantemente maligno (80%); -2º tumor ovariano epitelial maligno + frequente; -Características USG inespecíficas (massas complexas císticas). ● Tumor de céls de transição (tumor de Brenner): -1,5% a 2,5% das neoplasias ovarianas; -Maioria benigna; -Pequenas massas hipoecoicas e sólidas com calcificação. · TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS ● Teratomas císticos maduros do ovário e cistos dermoides ovarianos: -Neoplasia ovariana + comum; -Causa frequente de torção ovariana; -Achados típicos USG: ecos de ↑ amplitude, difusos ou focais, áreas de atenuação do feixe acústico posterior, linhas e pontos hiperecogênicos dentro da massa; -Tecidos calcificados semelhantes a ossos e dentes, cabelo e tecido gorduroso. · MISCELÂNEA -Torção ovariana é emergência ginecológica; -Teratoma cístico maduro e cisto paraovariano são causas comuns de torção; -Mobilidade excessiva de ovário normal na pelve é principal causa em crianças; -USG ↑ tamanho ovariano > 4 cm ou 28 vezes mais. ● Estroma ovariano: -Heterogêneo, com áreas de hemorragia e edema; -Frequente achado de complexo anexial ou massa pelveabdominal, cística, sólida ou mista; -Doppler: ausência de vascularização. ● Abscesso tubo-ovariano: -Infecção trato genital inferior, que ascende e causa salpingite e inflamação ovariana; -Altera morfologia normal de estruturas anexiais; -USG depende da apresentação de massa; -Massa puramente cística, com múltiplas lojas, septações finas ou com débris; ● Hidrossalpinge: -USG: Dilatação tuba uterina (ampola e infundíbulo formato tubular, alongado, serpiginoso); -Conteúdo seroso e limpo; -Septações incompletas, de pequenas projeções lineares; -Marcadores confiáveis: formato tubular de massa, presença de protusão diametralmente opostas ao longo da parede da massa. tratamento