Apendicite: Causas, Sintomas e Complicações

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APENDICITE
ETIOLOGIA: principal causa da inflamação do apêndice é a sua obstrução, essa obstrução pode ser causada por diversos fatores, como por exemplo: um fecalito, pararasitas, tumor e hiperplasia linfóide (ploriferação do tecido linfóide no apêndice). 
PATOGENIA: com a obstrução da luz do apêndice, o muco produzido por ele não vai drenar e o apêndice vai distender, essa distensão estimula fibras nervosas aferentes, produzindo dor abdominal mal definida, seguida de náuseas e vômitos. Vai ocorrer um aumento da pressão e comprometimento da drenagem venosa. A mucosa torna-se progressivamente isquêmica, surgindo ulcerações, levando à quebra da barreira mucosa e à invasão da parede apendicular pela flora bacteriana intraluminal. Se o apêndice continua obstruído vai ocorrer produção de fibrina, nas arteríolas do apêndice pode não chegar sangue oxigenado levando a fase necrótica, podendo levar a uma perfuração do apêndice.
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS MACROSCÓPICAS: Distensão da víscera, necrose e perfuração. Fecalitos no apêndice em 25% dos pacientes.
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS MICROSCÓPICAS: Há um processo inflamatório tendo assim aumento da permeabilidade vascular, exsudação, marginação leucocitária, pavimentação e migração em especial dos neutrófilos 
DESORDENS FUNCIONAIS: O apêndice normalmente produz um volume constante de muco que é drenado para o ceco e se mistura nas fezes, com a obstrução da luz do apêndice esse muco não vai ser drenado para o ceco. A perfuração do apêndice na mulher pode infectar os ovários e as trompas de Falópio e causar infertilidade. Um apêndice perfurado também pode fazer com que as bactérias infectem a corrente sanguínea, causando uma septicemia. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Manifestação clínica clássica da apendicite aguda começa com um quadro de anorexia seguido de dor abdominal mal definida, eventualmente um desconforto, referida no mesogástrio ou na região periumbilical, consequência da mediação por fibras nervosas autônomas. A dor está presente em mais de 95% dos casos, e mais de 90% queixam-se de anorexia; 80% apresentam náuseas ou vômitos.