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contestação de divorcio

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DOUTO JUÍZO DA _ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITABIRA/MG 
 
 
Processo nº... 
 
Juca Rosa e Silva, brasileiro, casado, funcionário público estadual, portador do RG 
xxx, CPF xxx, residente no endereço xxx, usuário do endereço eletrônico xx, 
telefone xxx..., vem respeitosamente perante Vossa Excelência, apresentar 
através de sua procuradora infra-assinado, com escritório profissional na xx, nº xx, 
bairro xx, CEP xx, cidade/xx, com fulcro no artigo 335 e 336 do Código de Processo 
Civil, apresentar, 
CONTESTAÇÃO, NA AÇÃO DE DIVÓRCIO 
que move em seu desfavor LEANDRA SILVEIRA ROMA E SILVA, qualificada na 
exordial, pelos motivos e razões a seguir expostas: 
 
 
I. DA TEMPESTIVIDADE 
 
A presente contestação é tempestiva, na medida em que respeita o prazo de 15 
(quinze) dias previsto no art. 335, do CPC/15, senão vejamos: 
Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) 
dias, cujo termo inicial será a data: 
I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de 
conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não 
houver autocomposição; 
Assim o é porquanto a audiência conciliatória fora realizada no dia XX/XXX/2021 e 
considerando-se a contagem somente em dias úteis (art. 219, do CPC/15), tem-se 
que o prazo final para a referida contestação se esvairia somente no dia 
XX/XX/2021. 
 
 
II – DOS FATOS 
 
Procede os fatos alegados na exordial de que o Requerido e a Requerente, foram 
casados por 8 anos sob o Regime de Comunhão Parcial de Bens, desde o ano de 
xxx. Desta união adveio os filhos Ana e Josué ambos, menores, nascidos em xx de 
xx de xx e xxx de xxx estando hoje com 2 e 5 anos respectivamente. 
Ocorre, Excelência que por razoes de infidelidade, a requerente decidiu pelo 
término da relação conjugal, e por esta razão estão separados de fato a 1 ano. 
Não é verdade o fato de existir qualquer óbice ao divórcio, o que é de extrema 
surpresa para o requerido as informações constantes na exordial sendo que esta 
nunca impôs qualquer tipo de dificuldade na efetivação do divórcio, sendo esta 
sequer procurada para tratar sobre esta questão. 
Insta salientar que, após a separação de fato entre os genitores o requerido 
continuou morando no mesmo domicílio que a requerente cumprindo com os seus 
deveres como pai, sendo sempre presente na vida de seus filhos e cumprindo com 
as obrigações de auxílio material. 
DOS FILHOS MENORES 
Além de Ana e Josué filhos da requerente e do requerido, o requerido tem ainda um 
filha Beatriz de 12 anos que é fruto de um relacionamento que antecedeu o 
casamento, portanto é suma importância que os três filhos tenham o mesmo 
acompanhamento, assim como todas as suas necessidades assistidas. Estando o 
requerido disposto a pagar o que lhe são de direito. 
DOS ALIMENTOS 
 
Segundo o ordenamento jurídico brasileiro no que tange aos alimentos é imperioso 
salientar os diplomas 1.694 a 1.696 do CC/02, estes tratam da maneira pela qual é 
prestada à concessão de alimentos, as condições para tal prestação e para quem 
pode ser pleiteada a concessão de alimentos e ainda a obrigação recíproca entre 
os pais e filhos no que toca a prestação de alimentos. 
Neste sentido o artigo 1.694 do CC/02, in verbis: 
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros 
alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição 
social, inclusive para atender às necessidades de sua educação. 
§ 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do 
reclamante e dos recursos da pessoa obrigada. 
§ 2º os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência, quando a 
situação de necessidade resultar de culpa de quem os pleiteia. (grifo nosso). 
O que foi acima denotado pelo diploma, se aplica de pronto ao caso em tela, visto 
que, a pensão alimentícia deve ser mensurada pelo juízo a partir do critério ou do 
princípio da proporcionalidade, ou seja, analisando as reais necessidades do 
reclamante e visualizando os recursos da pessoa obrigada. 
O requerido sempre contribuiu financeiramente para a formação dos seus filhos. 
Atualmente, é responsável por todos os custos advindos da criação destes . 
Nesta senda, considerando que o valor da pensão deve atender ao trinômio 
possibilidade, necessidade e razoabilidade para que não seja muito oneroso para o 
alimentante, nem tampouco insuficiente para garantir o mínimo indispensável ao 
alimentado, requer que seja fixado o pagamento no importe de R$ 1500,00 (mil e 
quinhentos reais) a título de alimentos definitivos, sendo pago na conta 
especificada pela genitora. 
 
DOS BENS 
No que se refere os bens, tem se a seguir listagem de bens móveis e imóveis 
adquiridos ao longo da união do casal: 
- 1 (uma) casa, avaliada no valor de R$ 150.000,00; 
 - 2 (dois) carros, sendo um deles modelo Celta, com valor de mercado em R$ 
20.000,00 e o outro modelo Gol, avaliado no valor de R$ 24.000,00; 
 - 1 (um) terreno no valor de R$ 40.000,00; - 
 Saldo em poupança totalizando R$ 60.000,00. 
Propõe-se que a requerida fique com a casa e o requerido com o restante dos bens . 
DO NOME DA REQUERIDA 
Quanto ao uso do nome, é de se decretar que passe a usar o nome de solteira. 
 
DAS CUSTAS PROCESSUAIS 
Resta destacar, que a movimentação do caso sub examine, fora totalmente 
descabida e desnecessária, sendo um caso em que uma simples conversa 
teria resolvido, devendo ser este responsável pelo pagamento 
das custas processuais. 
DO DIREITO 
Diante dos Cônjuges/Autores já estarem separados de fato a 1 ano. TAL como 
consta na inicial, permitindo a Constituição Federal, em seu art. 226, §6º, 
REQUEREM a imediata decretação do divórcio consensual do casal. 
DOS PEDIDOS 
Pede-se que seja declarado o divórcio consensual nos termos do art. 226, §6º, da 
Carta Magna e demais dispositivos do Código Cível, bem como as respectivas 
alterações nos cartórios de registros. 
Requer que em caso de custas sejam arbitradas para a parte autora. 
Termos em que, 
Pede Deferimento. 
Itabira 
11 de outubro de 2021 
Sheila Daniela 
OAB Nº

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