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TCC DIREITO TRAB

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O Estado Social Brasileiro e o Direito do Trabalho: Um 
Marco Histórico em Demasia 
 
 
Clésio de Deus Passos1 
Márcio Oliveira da Silva² 
 
 
Resumo 
 O objeto principal desse artigo é demonstrar de forma clara e concisa, a evolução do 
Direito Trabalhista no Brasil e no mundo, bem como sua evolução após o período da escravatura 
no país. Demostrar também o modelo atual do Estado Social Brasileiro frente à outras nações 
e sua ineficácia em virtude de alguns direitos irrevogáveis na Constituição Federal, bem como 
clarificar o modelo de direitos trabalhistas no Brasil e sua aplicação que ao longo dos anos tem 
servido de impedimento para empresas e em alguns aspectos o crescimento do Brasil. Os 
direitos trabalhistas surgiram como um meio de evitar à arbitrariedade de empresas quanto à 
estabilidade, garantia de emprego, proteção do trabalhador, entre outros. O modelo de Estado 
Social tem servido nos dias atuais como pretexto para o crescimento do país, tendo em vista 
que manter um funcionário torna-se caro para as empresas e isso prova uma ineficácia de falta 
de incentivo e políticas públicas para facilitar o emprego e renda do trabalhador. Observa-se 
com clareza que em grande parte maioria das empresas que abrem, fecham antes dos dois anos, 
tendo como fatores impostos e encargos com direitos trabalhistas. No atual modelo paralelo 
entre direitos trabalhistas e direitos sociais, o Estado deixou de centrar principalmente na 
educação do cidadão e preponderou em um Estado Social e com diversos direitos que relata 
uma visão procrastinadora e uma morosidade intelectual que o Estado deve prover tudo, ao 
invés de apenas proporcionar políticas públicas eficazes. 
 
 Palavras chaves: Direito Trabalhista, Estado Social, Direitos Sociais, Escravidão no Brasil, 
Evolução do Direito Trabalhista 
 
 
¹Acadêmico de pós-graduação em Direito Trabalhista pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci. 
E-mail: mslclesiopassos@hotmail.com 
² Especialista em Gestão Pública, Gestão Educacional e Educação à Distância e Tutoria. Professor do Centro 
Universitário Leonardo da Vinci. E-mail: márcio.silva2@uniasselvi.com.br 
 
 
1 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 O presente artigo tem por objetivo claro e conciso uma visão norteadora da decadência 
do Estado Social e as leis trabalhistas em excesso no Brasil. Possibilitando uma interpretação 
clara, inicio-o, explicando o significado da palavra trabalho, que define como um conjunto de 
atividades que o homem ou grupo exerce atividade profissional. Em essência, exaspera essa 
interpretação terminológica ‘’ profissional’’ que na época sombria da escravidão, não se usava 
esse termo, os trabalhadores exerciam trabalho escravo e desumano e não tinham remuneração. 
Tal período marca uma história triste do Brasil e fruto da desumanidade e barbárie social. 
 O direito trabalhista surgiu decorrente das relações do trabalho e sobretudo passou a 
ganhar alguma visão aclamadora com o advento histórico da abolição da escravatura em 1888. 
Diante de tal contexto, a Lei Áurea inicia um marco revolucionário nas relações trabalhista no 
Brasil. Considerando o evento da abolição da escravatura de 1888 até o ano de 1930, no Brasil 
trabalhadores de diversos setor e principalmente do setor agrícola, começa à fazer pequenos 
protesto e reivindicações com influência Europeia que veio para o Brasil. Embora, pequenas e 
em grande parte desconexa, começa um novo estilo na relação de patrão e empregado. Procede-
se então, de 1930 até os dias atuais o surgimento do Direito do Trabalho e que segue em 
mudanças constantes com a rígida intervenção do Estado na relação do trabalho. 
 No entanto, em consequência disso, entra em foco o modelo de Estado Social e 
intervencionista, na qual surge fatores como previdência, FGTS, auxílios, seguro desemprego, 
dentre outros direitos trabalhistas e previdenciários. Diante de tal fenômeno o Estado se tornou 
uma espécie de (bem-estar social), ao invés de ensinar o cidadão a contribuir e adquirir esse 
bem-estar social. Tal aferição do Estado para esse fim, se dá por meio de políticas públicas de 
incentivo tais como qualificação pessoal, educação primária, profissional, técnica e qualidade 
de vida, bem como ações que melhorem a abertura e continuidade de trabalho das empresas. 
 Os direitos trabalhistas apesar de um marco histórico e revolucionário pós-escravidão 
tem causado barreiras de crescimento ao Brasil, tendo em virtude alta carga tributária das 
empresas e direitos trabalhistas que o patrão deve arcar em benefício do funcionário. Vale 
ressaltar que no Brasil empresas de pequeno porte não sobrevivem, mesmo com o modelo de 
empresa MEI (Microempreendedor Individual), essas empresas fecham antes dos dois anos. 
 Em diversos países no mundo não existem essa marola gigantesca de direito trabalhistas 
e nem uma justiça especifica somente para causas trabalhista, como existem no Brasil. Outro 
fator importante a mencionar e que de alguma forma contribui para o atraso da economia. Em 
suma, outro ponto a ser mencionado são os feriados, que de alguma forma foram criados para 
beneficiar trabalhadores, existem os feriados nacionais, estaduais e municipais, na qual à 
legislação garante remuneração de 100% para o dia trabalhado e folga remunerada. Presume-
se, portanto, uma visão crítica e interpretacionista de que o patrão e o Estado devem garantir 
um bem-estar social com a força do trabalho imposta pelo Estado com diversos direitos, ao 
invés de contribuir o Estado para que o trabalhador tenha melhores salários, poder de crédito 
maior e uma vida bem mais digna do ponto de vista Constitucional Brasileiro. 
 Em suma, o presente artigo busca demonstrar que os direitos trabalhistas e o atual 
modelo de Estado intervencionista e social, tem seus grandes problemas ao país, com isso, 
2 
 
 
 
prova um atraso em relação a outros países que adota um modelo de ‘’ensinar a pescar’’ se 
assim posso dizer, do que dar o peixe pronto e cozido’’. 
 O bem-estar social é algo que deve ser compartilhado e buscado tanto pelo trabalhador, 
bem como o Estado proporcionar meios para que isto funcionem. E não um modelo que tem 
como caráter punir e atrapalhar o crescimento da empresa. Pois direitos sociais como educação, 
moradia, segurança e saneamento é dever do Estado. A empresa seja de pequeno ou grande 
porte não é responsável e detentora de possibilitar tais direitos sem à participação do Estado. 
Entretanto, criou-se um modelo estatal, de que com os direitos trabalhista em exagero 
possibilita um bem-estar social que é papel do Estado. 
 
2 O DIREITO TRABALHISTA NO MUNDO 
 
 Apresento, aqui, alguns modelos de Direitos Trabalhista em alguns países do mundo, 
e início com o modelo dos Estados Unidos da América. Em 1938, foi editada as leis trabalhista 
no mandato do Presidente Roosevelt, seus principais pontos estabelecidos foram um salário 
mínimo, horas extras quando ultrapassam às 40 horas de jornada semanais e regulamentações 
em relação a funções, locais e etc. 
 Na França as leis trabalhistas têm algumas diferenças com a que temos no Brasil. De 
acordo com a lei n.º 98-461, de 13 de junho de 1998, lei Aubry, às horas semanais de trabalho 
é de 35 horas, sendo 7 horas por dia em 5 dias na semana. O tempo para férias remunerada 
(congé payé) é contado por mês, onde o trabalhador adquire 2,5 dias em cada mês, podendo 
obter no máximo 30 por ano. A legislação francesa é detalhista, nela contém vários fatores 
como alíquotas para contribuição da previdência, seguro saúde, seguro idade e seguro 
desemprego. 
 Na pequena ilha do Japão, alguns direitos são mais variáveis. O salário mínimo por 
exemplo é baseado no custo de vida de cada região e existem dois tipos de saláriospor 
província, um se refere a todos trabalhadores e empregadores, e o específico destinado as 
pessoas de um ramo da indústria ou comércio. A jornada de trabalho é parecida com a do Brasil, 
e segundo a Lei de normas trabalhistas no Art. 32° prevê à jornada diária de 8 horas, e de 40 
horas semanais. Para evitar problemas e abuso de empresas, a Lei estabeleceu uma tabela de 
porcentagem para horas extras (zangyo), que acresce 25% nas horas que ultrapassem às 8 horas 
diárias, bem como 50% ou mais para as horas que ultrapassarem às 60 horas/mês e assim por 
diante. As férias remuneradas (yukyu) são adquiridas à partir de 6 meses de trabalhos contínuos 
e podendo aumentar a cada dia, conforme cumprem 20 dias úteis de trabalho por mês. 
 Traçando um paralelo entre as Leis trabalhistas do Japão e a do Brasil, pode-se 
observar, que nos demais países às leis são mais flexíveis, visando as melhores condições para 
empregado e empregador, pois se o Estado paternalista e interfere muito nessa relação, pode 
provocar um desiquilíbrio, causando prejuízos para ambas as partes, mas principalmente para 
o trabalhador. Com o avanço da sociedade e globalização o mercado global fica cada vez mais 
competitivo, onde as empresas por muitas vezes preferem investir em países onde o ambiente 
para negócios é mais favorável, ou seja, com menos impostos, encargos trabalhistas, 
regulamentações em excesso e etc. 
3 
 
 
 
 Seguindo a lógica da criação do Estado, ele deve interferir ou regulamentar quando o 
cidadão ou a sociedade, assim o reivindicar, pois precisa de regulamentação do Estado para que 
algo funcione perfeitamente bem, de maneira menos burocrática, mas que forneça proteção 
jurídica para o cidadão e trabalhado e não apenas criar direitos com um fim de conseguir votos 
ou reeleição como acontece no Brasil. Mas o que vemos é uma regulamentação e uma gigante 
máquina burocrática que mais atrapalha o crescimento do país, do que e avançar em 
desenvolvimento e renda do trabalhador. 
 
2.1 DIREITOS TRABAHLISTA DOS ESTADOS UNIDOS 
 
 No século XXI, a economia mundial tem crescido de maneira assustadora, a 
tecnologia e globalização tem sido fatores determinantes nesse processo e atualmente, podemos 
ver países modernizando suas leis trabalhistas, pois há vários países que estão emergindo devido 
à economia de mercados globais. Existe um princípio defendido por Hans Kelsen que Direito e 
as leis acompanham à sociedade. Ou seja, evoluem conforme à sociedade evoluem. 
 Segundo Adam Smith há três princípios básicos para as nações gerarem riqueza, tendo 
como base; a busca do interesse próprio; a divisão do trabalho e a liberdade de comércio. Com 
base em dois princípios desses citados é que faz com que os Estados Unidos da América, seja 
intitulado o país da terra do tio Sam, o desejo de todos pelo sonho americano, a chamada terra 
das oportunidades. 
A busca do interesse próprio é tratada pelas pessoas de ideologia mais à esquerda como algo 
ruim, logo, nada mais legitimo, que a busca do seu próprio interesse, que não pode ser 
confundido com egoísmo ou algo similar. E essa busca pressupõe liberdade, que é algo que 
podemos observar nas leis trabalhistas dos Estados Unidos, pois emancipa direitos básicos e 
podemos dizer até essenciais para um ambiente saudável entre empregado e empregador, onde 
nessa relação não fique muito para quem paga e nem pouco para quem recebe. 
Com isso, as leis americanas estabelecem regras simples, como salário mínimo, jornada 
semanal de trabalho e também estendem essa jornada que à passa a ser computada como hora 
extra a ser paga pelo empregador, acordo razoável entre as partes sobre dias de descanso e até 
horário mais adequado para refeições. Comparado ao Brasil que por vezes regula até 
temperatura do ambiente em trabalho, ignorando a premissa de liberdade entre as partes 
envolvidas, assim tirando à autonomia do indivíduo, seja ele trabalhador ou empresário. 
 A liberdade de comércio cria uma situação favorável para criação de empregos, que por 
vezes é ignorada no Brasil. Abro aspas para Ronald Reagan que diz: “Acredito que o melhor 
programa social é o emprego”. Com base nesta frase, entendemos que o Estado não gera 
emprego, quem gera é o mercado. Logo levamos em consideração que quanto menos se 
interfere na economia e menos tente regulamentá-la com o pretexto de “proteger” o trabalhador, 
cria-se uma espécie de morosidade econômica. Por que de certa forma quando o Estado 
regulamenta exageradamente, ele cria uma fábrica de desemprego e caos social. 
 Diante do contexto, a maior diferença nesse arranjo de situações e que pode de maneira 
efetiva, abrir portas ou fecha-las é a flexibilização das leis trabalhistas. De modo que ao 
4 
 
 
 
aumentar os direitos trabalhistas em excesso, cria-se no empresário o receio de contratar por 
causa dos altos custos e medo de sofrer processos na justiça do trabalho, de outro modo com à 
flexibilização, viabilizam à contratação gerando mais empregos. No Brasil uma legislação com 
mais de 70 anos, está se mostrando ultrapassada para a realidade econômica do país. 
Diferentemente da legislação americana que é pautada na liberdade entre empregado e 
empregador, fazendo com que os custo para quem emprega não seja tão pesado a ponto de ter 
que pensar duas vezes antes de contratar novos funcionários. 
 
 
2.2 DIREITOS TRABALHISTAS DA FRANÇA 
 
 Em relação aos Direitos Trabalhistas na França, houve duas reformas trabalhistas com 
intuito de tornar durável à retomada do crescimento do país, redução da pobreza e aumento de 
ofertas de empregos. A reforma mais atual foi em 2017 promovida pelo Presidente Emmanuel 
Macron com foco nos aspectos que trazem um impacto mais imediato que são: negociação 
coletiva, agilidade e flexibilidade das dispensas ou demissões e jornada de trabalho. 
No caso de dispensa do trabalho, um empregado com 30 anos de serviço, por exemplo, irá 
receber 20 salários de indenização. As demissões devem ser justas e não abusivas. Outro fator 
importante é que com a nova reforma, trouxe diversos protestos na França, isso se dá pela 
elevação da carga horária de trabalho que podem chegar à 60 horas semanais e jornadas 
alternativas de trabalho. Em suma, outro fator importante a mencionar é a chamada negociação 
do empregador direto com o empregado, tirando à interferência do Estado, sindicatos e 
entidades trabalhistas. Conseguinte, em casos de calamidade financeira a empresa pode demitir 
seus funcionários com mais facilidade, além do mais o Governo dará um auxílio a jovens que 
estão fazendo cursos profissionalizantes e a procura de emprego. 
 
2.2 DIREITO TRABALHISTA NO JAPÃO 
 
 O Japão é um país de cultura forte, muito ligada a esforço e dedicação ao trabalho, pois 
só assim se reestruturou após segunda guerra mundial. Ademais, isso faz com que o empregador 
sempre espere que o empregado, trabalhe além do horário estipulado, abrindo mão de seu 
descanso e tempo com a família em muitos casos. Conseguinte, o Japão tem uma das maiores 
cargas horárias de trabalho do mundo. 
 Apesar da regulamentação sobre horas trabalhadas, no país do sol nascente, ainda é 
comum várias empresas não pagar por horas extras trabalhadas, devido a sua cultura, causando 
estresse ou até depressão. Apesar de tudo isso, no Japão existe as leis trabalhistas que 
regulamentam questões como: salário, contrato de trabalho, jornada de trabalho, horas extras, 
intervalos, folgas e férias. 
 O salário mínimo (Kyuryo) é de acordo com cada província e dentro de cada uma, 
existem dois tipos de salários: O salário regional, que é utilizado por empregados e 
5 
 
 
 
empregadores. E o salário específico, que é destinado aos empregados e empregadores dentro 
de cada ramo da indústria e comércio. Outro aspecto aser levado em consideração é o custo 
de vida. A contribuição, ou seja, impostos descontados em folha de pagamento são referentes à 
aposentadoria, seguro saúde, seguro desemprego e até funerário, e são descontados do salário 
bruto, não podendo ultrapassar um décimo do salário. 
 Os contratos de trabalho, devem conter o mínimo exigido pela legislação trabalhista, 
que quando não colocado no contrato, podem o tornar inválido e empresa pode sofrer 
penalidades dependendo do caso. Por isso deve conter nos contratos de trabalho de todos os 
funcionários informações como: tempo de serviço (podendo ser renovado), atribuições do 
empregado, horas extras, valor do salário, horários (de início e término de expediente), forma, 
cálculo e fechamento do pagamento. 
 Os japoneses são conhecidos por sempre ultrapassar à jornada normal de trabalho. O 
Art. 32 da lei de normas trabalhistas, define a jornada de trabalho e prevê uma jornada diária 
de 8 horas e de 40 semanais. Para algumas empresas de pequeno porte e com menos de 10 
funcionários podem estabelecer à jornada semanal de 44 horas. 
 Férias anuais remuneradas (Nenji Yukyu Kyuka) no Japão funciona de forma muito 
diferente do que vimos no Brasil. Para ser contabilizado o período de férias, o empregado 
precisa ter no mínimo de 6 meses de trabalho contínuo na mesma empresa e o número de dias, 
aumenta conforme a cada ano de serviço, podendo chegar até 20 dias no período de 6 anos e 
meio trabalhados. O período de férias pode acumular por dois anos e após este período se o 
funcionário não desfrutar das férias, o mesmo perde o benefício referente ao ano trabalhado. Os 
dias do período de férias podem ser usados ao longo do ano ou todo de uma vez. 
 
2.4 EVOLUÇÃO DO DIREITO TRABALHISTA NO BRASIL E SEUS EXESSOS 
 
 Após períodos sombrios como a escravatura e a ditadura militar, o Brasil teve grandes 
avanços democráticos. Apesar da escravatura ser uma forma de trabalho, mas que não havia 
qualquer direito por partes dos escravos e muito menos o essencial; a remuneração do trabalho 
e a dignidade humana, os patrões ou (donos de escravos) tinha o escravo como forma de objeto 
para ganhos de seus senhores e patrões. Em 1824 a Constituição do Império assegurou uma 
extensa liberdade de trabalho, mas ainda existia a escravidão. (CORREIA, p.14,2018) 
 Em 1888 com o edite da Lei Áurea colocou fim a escravidão no Brasil. Anos depois 
surge um novo marco na história do Brasil com nova Constituição de 1891, que passou à 
garantir o livre exercício da profissão, isso diante da falta de mão de obra qualificada após o 
fim da escravidão. Diante do contexto, em 1934 surge um novo marco histórico no Brasil, com 
à promulgação da Constituição, que nesse mesmo ano ditou direitos elencados na Constituição 
do país, tornando-se a primeira à ditar direitos trabalhistas. (CORREIA, p. 15, 2018) 
 Anos depois, surgem à importantíssima Consolidação das Leis Trabalhista-CLT em 
1943, à lei 5.452, que ditou regas entre patrões e empregadores quanto a direitos e deveres de 
ambos os lados, conseguinte, em 1967 a nova Constituição, apesar de tímida não trouxe avanços 
signicativos, mas trouxe pequenos avanços, como por exemplo, o direito de greve e imposto 
6 
 
 
 
sindical. Outrossim, somente com a Constituição Federal de 1988, elevou em um marco 
histórico e significativo. E com isso demasiando-se em excessos os direitos trabalhistas em 
grande escala no Brasil. Em suma, DELGADO, NEVES, elenca os principais princípios dos 
direitos trabalhistas na Constituição Federal, assim definidos: 
‘’princípio da dignidade da pessoa humana; princípio da centralidade 
da pessoa humana na vida socioeconôrnica e na ordem jurídica; 
princípio da valorização do trabalho e do emprego; princípio da 
inviolabilidade do direito à vida; princípio do bem-estar individual e 
social; princípio da justiça social; princípio da submissão da 
propriedade à sua função socioambiental; princípio da não 
discriminação; princípio da igualdade em sentido material; princípio da 
segurança; princípio da proporcionalidade e razoabilidade; princípio da 
vedação do retrocesso social.’’ (DELGADO, NEVES, p.31, 2017) 
 
Diante do contexto, tal princípio elevou à proteção ao trabalhador e garantiu direitos que não 
podem ser mudados por lei complementar. As chamadas (cláusulas pétreas) que só podem ser 
mudadas por uma nova constituinte. Em suma, (DELGADO, NEVES, p. 41, 2017) afirma o 
seguinte: ‘’ Direito do Trabalho também realiza um importante papel de política pública de 
distribuição de renda no mundo da economia e da sociedade capitalista, diminuindo, em alguma 
medida, as tendências concentradoras de renda e de poder que são características do 
capitalismo’’. Em virtude disso é notório que o Direito Trabalhista tem seus pontos negativos 
e positivos na qual veremos à frente. 
 Ademais não muito distante a lei 13.467 de 2017 conhecida como Reforma Trabalhista 
que alterou algumas regras da CLT e alterou toda à estrutura do judiciário na área trabalhista. 
Com a reforma trabalhista, passou a ter possibilidade de trabalho intermitente, acordo entre 
patrão e empregador (Ressalvados as determinadas em lei), fracionamento de férias, fim da 
contribuição sindical obrigatória, reajuste nas horas de trabalhos as chamadas 12x36 horas, 
entre outras reformas. (CORRÊA. p.30, 2018) 
 
2.5 DIREITOS TRABALHISTAS 
 
FGTS 
 O fundo de garantia por tempo de serviço, foi criando em 13 de setembro de 1966, uma 
forma de proteger o trabalhador em caso de demissão. Na época o então presidente Castelo 
Branco, através dos Ministros Octávio Gouvêa de Bulhões e Roberto Campos que instituiu o 
FGTS como umas das pautas de reformas após o período de golpe de 1964, na qual é depositado 
mensalmente o FGTS de 8% do salário bruto do trabalhador. Outrossim, antes da Constituição 
Federal de 1988, o FGTS era opcional, na qual passou ser obrigatório à partir da nossa Carta 
Magna de 1988. 
13° SALÁRIO 
 
7 
 
 
 
 O 13° salário devido a todo trabalhador no mês de dezembro de cada ano foi criado 
pelo Governo João Goulart através da lei 4.090 de 13 de julho de 1962 e também pela lei 
4.749/1965 e reformulado pelo Decreto 57.155/1965. O valor de 1/12 avos (Salário mínimo) 
deve ser pago ao trabalhador, em até duas parcelas no corrente ano de trabalho. Conhecido 
também como gratificação natalina, e pago a todo trabalhador de carteira assinada 
AUXÍLIO RECLUSÃO 
 
 O auxilio reclusão é um benefício dado ao trabalhador que contribui com o INSS e tem 
direito ao auxílio à família do preso, em caso de prisão em regime semiaberto e fechado. Caso 
o suspeito venha ser preso e sua família receberá o benefício e não o preso. Apesar de ser um 
benefício previdenciário é plausível mencionar nesse artigo, para clarificar o entendimento 
exposto do modelo de Estado Social (mãe estatal). Criado pela lei 8.213 em 24 de junho de 
1991 na qual tem direito o preso em regime semiaberto e fechado, e mesmo sem condenação, 
tanto os presos provisórios e condenados tem direito ao benefício. E o recebimento não pode 
ultrapassar o teto máximo do benefício previdenciário. 
2.6 DIREITOS TRABALHISTAS EM EXESSOS 
 
 Ao fazer uma análise e demostrado alguns direitos no país, é notório destacar o excesso 
de direitos que o Brasil possui. O filosofo e economista Adam Smith (1723-1790) afirma em 
suas palavras, que para uma economia crescer um dos principais requisitos é a liberdade do 
comércio na qual ele disse: 
‘’A riqueza das nações discute três princípios básicos (...). O 
progresso econômico depende deste trio de prerrogativas 
individuais: a busca do interesse próprio, a divisão do trabalho e a 
liberdade de comércio. ’’ (SMITH, p.10,2007) 
 
Diante desse contexto, essa liberdade exaurida por Adam Smith, denota claramente,que a 
intervenção do Estado em sua grande maioria atrapalha o crescimento do país. Ademais, direito 
como o FGTS, apesar de se glorificado e plausível pelo funcionário, tem atrapalhado por 
exemplo, melhoria na renda do trabalhador, ou seja, ao invés do Estado acarretar o empregador 
de tantos direitos ao empregado, a melhor opção seria melhorar seu poder de renda e de crédito. 
Além de 8% que o patrão deposita, o empregador ainda tem o custo da multa de 40% em cima 
do valor depositado do FGTS. É importante, também ressaltar, que muitos direitos e entre eles 
o FGTS foi criado e mantido para barganhar votos e simpatia popular. 
 Pesquisa realizada em 2018, pelo Serviço de Apoio às Pequenas e Microempresas- 
SEBRAE, demostram que cerca de 25% das empresas, não chegam aos 2 anos e fecham. Apesar 
de muitos aferir somente a falta de planejamento, existem outros fatores relevantes tais como, 
alta carga tributária e excessos de direitos trabalhistas que o Brasil possui. Outra crítica feita 
por alguns políticos e entre eles o atual Presidente da República Jair Messias Bolsonaro, é a 
gigantesca Justiça do Trabalho, algo que não tem no resto do mundo. 
8 
 
 
 
 Visando clarificar o assunto, uma empresa com 10 funcionários, com renda de 1 salário 
mínimo, o empregador paga todo mês em deposito 836,00 de FGTS. Em caso de demissão o 
empregador ainda deve arcar com a multa de 40% sobre o valor depositado todos meses. Diante 
de impostos e direitos trabalhistas, empresas pequenas, que são a maioria no Brasil fecham as 
portas cedo. É notório também mencionar que diante de tantos excessos o Brasil pode chegar à 
um colapso de falta de emprego, pois empresas não sobrevivem a tantos impostos e direitos 
trabalhistas. 
 Outro direito a ser mencionado é o 13° salário, que muitas empresas questionam devido 
ao fato de no mês de dezembro, ser obrigatório pagar a todo funcionário. É bem plausível que 
uma empresa de porte grande e bilionária, tais como Carrefour, Extra, Comper, entre outras, o 
pagamento do 13° salário não afeta o lucro e nem o crescimento da empresa. No entanto, isso 
não ocorre com empresas pequenas, que são a maioria no país. Uma empresa com 10 
funcionários deverá pagar todo ano além do salário, o 13° garantido em lei. E isso também é 
um dos fatores que impossibilita à contratação e crescimento das empresas e do Brasil. Ao invés 
de assina carteira, empregadores pequenos contratam parentes próximos para aliviar a carga 
tributária e direitos trabalhistas. 
 Em virtude do assunto, como mencionado acima, é digno de mencionar o auxílio 
reclusão. Chamado por radicalistas de ‘’auxilio bandido’’ é um benefício do INSS que o 
empregado contribui para o mesmo e se por algum motivo for preso, a família do preso o 
receberá. Em suma, há uma incômoda situação quando envolve um assassinato, onde à família 
do assassino que tem o encarcerado, pelo fato de contribuir ao INSS vai receber auxilio, e a 
família da vítima que teve o seu ente querido morto, não receberá nada e nem amparo do Estado. 
Afinal à Constituição, preza pelo bem mais tutelado e protegido que é o direito ‘’Vida’’. É 
plausível pensar na moralidade social, pois à sociedade, espera que o Estado, faça justiça por 
um bem violado de alguém e apesar de garantir tal direito à Constituição Federal, a família da 
vítima espera ser amparada e protegida pelo Estado. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 O trabalho realizado, teve como objetivo inicial demostrar o quão bondoso é o Estado 
Social Brasileiro. Não é fácil fazer uma análise sobre esse tema, uma vez que o ser humano é 
limitado, e em muitos casos ao presente e o meio em que vive e isso limita o pensar futurístico. 
Tal interpretação gera críticas em massa de trabalhadores e é plausível pensar, qual seria 
melhor; ter emprego sem os excessos de direitos ou não ter emprego? Diante do contexto, é 
difícil nortear tal assunto, tendo em vista, que o Brasil passou nas últimas décadas amargado na 
escravidão e ditadura militar. 
 Não raro, toma-se conhecimento, que o excesso de direitos trabalhistas tem sido um dos 
grandes vilões que atrapalham o crescimento e contratações pelas empresas. É importante, 
também mencionar, que o artigo elenca o modelo bondoso do Estado Social, que ao invés de 
ensinar e qualificar o trabalhador para melhores rendimentos, aparelha à sociedade em um 
modelo de Estado ‘’mãe’’ que dar, ao invés de ensinar o trabalhador a conquistar se manter 
pelo suor do seu trabalho e realizar conquistas, espera um auxílio do Estado. Claramente, que 
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o Estado deve investir em políticas públicas e educação, mas o objetivo principal do artigo é 
nortear que seria mais plausível o caminho da educação. Diversos países desenvolvidos no 
mundo, não existem esse alto grau de direitos trabalhistas e quase todos em sua maioria, à 
educação é prioridade para o crescimento da sociedade e do país. 
Bem certo é, que quando foi criado diversos direitos trabalhistas e social no período do Governo 
de Getúlio Vargas, se justificasse tal protecionismo jurídico do Estado Social Brasileiro. Em 
suma, verdade é, que diversos direitos têm prejudicado o crescimento das empresas e o 
crescimento do Brasil, tendo em vista que empresas que geram empregos e ajudam o 
crescimento do país. Outrossim, na sua maioria o Brasil é dotado de empreendedores por 
necessidade e aquelas pequenas empresas que existem na maioria das cidades do Brasil. Onde 
muitos são Microempreendedor Individual-MEI e quando ultrapassa o teto máximo permitido, 
tem que mudar para à modalidade LTDA, e daí começa o alto índice de gastos com impostos e 
parcialmente direitos trabalhistas multiplicam, comparado ao empreendedor MEI. 
 Diante do assunto, o artigo em questão visa um esclarecimento, até onde os Direitos 
Trabalhistas devem interferi no empreendedorismo. Outrossim, fato é, que diversos 
empresários trabalham na ilegalidade, evitando assim a alta carga tributária e pagamento de 
direitos trabalhistas com funcionários. Alguns chegam a montar ilegalmente comércio em casa, 
como por exemplo os salões de beleza e pequenos comércios de alimentos. 
 Mesmo que fique compreensíveis alguns fatores acerca de Direitos Trabalhistas, como 
o FGTS e 13° salário, em que se olha o empregado com a parte mais fraca e de um histórico de 
ditadura e escravatura no Brasil, não se pode sufocar empresas e o desenvolvimento do país. 
Contudo, ao término desse trabalho, fica compreensível que Direitos Trabalhistas devem aludir 
em um Estado Democrático de Direito, mas com moderação e para evitar arbitrariedade por 
parte das empresas que descumpre a lei. Por isso, pode-se concluir que nenhum país do mundo 
se abstêm dos Direitos dos trabalhadores, mas há aqueles que presam pelo fator social que as 
empresas desenvolvem no seu país, ou seja, o fato de empregar alguém é um fator social de 
empregabilidade e liberdade comercial e isso ajuda a desenvolver, e gera empregabilidade. 
 
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