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Assistente/Auxiliar veterinário
Aulas teóricas de pequenos 
Procedimentos Cirúrgicos e Processos
Entende-se por cirurgia o uso da manipulação para o diagnóstico e tratamento de doenças, para modificar a função fisiológica ou estrutura anatômica, ou ainda, para cumprir propósitos específicos.
Terminologia Cirúrgica
A nomenclatura cirúrgica geralmente é formada por:
Prefixos - que indicam o órgão a ser operado.
Sufixos - que indicam o ato cirúrgico.
Prefixos Relacionados:
Adeno - Glândula
Cisto - Bexiga
Cole - Vesícula
Colo - Cólon
Colpo - Vagina
Êntero - Intestino
Gastro - Estômago
Hístero - Útero
Nefro - Rim 
Oftalmo - Olhos
Ooforo - Ovários
Orqui -Testículos
Ósteo - Osso
Oto - Ouvido
Procto - Reto
Rino - Nariz
Salpingo - Trompa/Tuba
Tráqueo - Traquéia
Procedimentos Cirúrgicos e Processos
Entende-se por cirurgia o uso da manipulação para o diagnóstico e tratamento de doenças, para modificar a função fisiológica ou estrutura anatômica, ou ainda, para cumprir propósitos .
Principais Sufixos 
Ectomia: remoção de um órgão ou parte dele.
Otomia: abertura de um órgão.
Ostomia: abertura cirúrgica de uma nova “boca”.
Colostomia – abertura do colon através da parede abdominal.
Pexia: fixação de um órgão.
Plastia: alteração da forma de um órgão.
Rafia: sutura.
Exemplos de Cirurgias com Sufixo OTOMIA
TORACOTOMIA Þ Abertura da Cavidade Torácica.
LAPAROTOMIA Þ Abertura da cavidade abdominal.
Exemplos de Cirurgias com Sufixo STOMIA
TRAQUEOSTOMIA Þ Formação de uma abertura na traqueia.
GASTROSTOMIA Þ Formação de uma abertura no estômago.
Exemplos de Cirurgias com Sufixo ECTOMIA
TIREOIDECTOMIA Þ Extirpação total ou parcial da tireóide.
MASTECTOMIA Þ Retirada da mama.
GASTRECTOMIA Þ Extirpação total ou parcial do estômago.
COLECISTECTOMIA Þ Remoção da vesícula biliar.
HISTERECTOMIA Þ Extirpação do útero.
Existem ainda, termos que não seguem os padrões anteriormente descritos, como:
AMPUTAÇÃO: Retirada total ou parcial de um membro ou órgão.
ENXERTO: Inserção de material heterogêneo ou sintético para corrigir falha ou defeito de um órgão.
ARTRODESE: Imobilização cirúrgica de articulação.
PARACENTESE: Punção de um espaço cheio de líquidos, utilizando agulha, com a finalidade de aspirar o líquido aí contido.
TORACOCENTESE: Punção/aspiração do espaço intrapleural para remoção de líquidos.
Outros Termos
ABCESSO: foco de supuração no interior de um tecido, órgão ou região do corpo.
ADERÊNCIA: união fibrosa anormal entre um órgão e outro.
ANEURISMA: dilatação localizada e anormal de uma artéria ou da parede dos vasos.
EVISCERAÇÃO: extirpação das vísceras abdominais ou torácicas, protusão pós-operatória.
Classificação das Cirurgias 
Aumento do valor econômico dos pacientes: orquiectomia em equinos; descorna em bovinos.
Aumento do valor afetivo dos animais de estimação: ovariohisterectomia na cadela.
Diagnóstico de doenças através de cirurgias exploratórias: celiotomia exploratória.
Abordagem com objetivos pré-determinados ou para o tratamento de afecções cirúrgicas: introdução de cateteres para a verificação da pressão sanguínea, cistorrafia nas perfurações de bexiga.
Cirurgia experimental: importante recurso na pesquisa biomédica.
Reparação de feridas: parte fundamental de qualquer procedimento cirúrgico.
Cirurgia de extirpação: remoção de órgãos ou tecidos doentes.
Cirurgia de reconstituição: reconstitui órgãos ou tecidos lesados. Ex: osteossínteses.
Classificação das Cirurgias 
Cirurgia fisiológica: são as que modificam a fisiologia do animal. Ex: ovariohisterectomia.
Leve: cirurgia sem risco de vida. 
Grave: cirurgia com risco de vida.
Simples: cirurgia rápida que envolve somente uma estrutura ou tecido. Ex: retirada de um nódulo da pele.
Composta: cirurgia meticulosa, que envolve várias estruturas. Ex: cesariana.
Cruenta: quando há presença de muito sangue no local durante o ato cirúrgico. Ex: enucleação ocular, extração dentária.
Regular: é uma cirurgia planejada, seguindo normas pré-estabelecidas. Ex: ovariohisterectomia em animais sadios.
Irregular: é uma cirurgia sem planejamento prévio.
Urgente: é de apresentação grave, com o paciente correndo risco de vida.
Eletiva ou não urgente: não é grave, pode ser protelada.
Paliativa: cirurgia que melhora as condições de vida do paciente, mas não cura a doença.
Classificação das Cirurgias 
De acordo com a especialidade
Cirurgia cardiovascular
Cirurgia do trato respiratório
Cirurgia gênito-urinária 
Neurocirurgia
Cirurgia oftálmica, etc. 
Resultam da reunião e classificação de muitas manobras gerais, ordenadas e executadas em uma determinada região anatômica, com finalidade didática, descritiva e de estudo.
Avaliação de Riscos Cirúrgicos (ARC)
Apesar de extremamente útil e prudente, a Avaliação de Riscos Cirúrgicos (ARC) ainda não é uma prática na veterinária.
Exame Clínico Do Paciente
Anamnese – um exame clínico minucioso para a ARC sempre se inicia com uma anamnese detalhada. O clínico tem que contemplar em seus questionamentos todas as etapas do desenvolvimento da enfermidade, assim como o estado atual do doente.
Importante também é averiguar a produção e a qualidade da urina, das fezes, vômitos constantes, secreções anormais e se o animal alimenta-se e ingere água normalmente.
Avaliação de Riscos Cirúrgicos (ARC)
Exame Físico: por sistemas, com ausculta criteriosa dos ruídos pulmonares e cardíacos e avaliação da qualidade do pulso; estado proprioceptivo do doente, estado de alerta e movimentos oculares; 
Sistema Locomotor: estalidos articulares, massa muscular, temperatura das extremidades, aumento de gânglios; 
Palpação abdominal atenciosa: dor, massa expansiva, volumes alterados; pescoço e crânio à mesma atenção. 
Não deixe de anotar presença de pulgas e carrapatos principalmente. Anote tudo que for anormal ou relevante no seu entendimento. Não confie em sua memória, pois a ficha clínica é o seu instrumento de defesa na justiça.
Como vimos, o exame clínico para ARC é demorado e criterioso. E no nosso entendimento deve ser muito bem valorizado na hora de orçarmos uma cirurgia. Até porque ele ainda necessitará de outros exames para estabelecermos em que grau de risco encontra-se o paciente em estudo. 
Neste sentido, deve-se conversar com o cliente sobre a necessidade dos exames laboratoriais complementares.
Fases dos Procedimentos Cirúrgicos
Pré-operatório: envolve desde as manobras gerais, como a preparação do local para a cirurgia, esterilização dos instrumentos, banho do paciente, jejum, preparação da indumentária cirúrgica, aplicação de soro, uso de antibiótico profilático, contenção do paciente, tranquilização, tricotomia, posicionamento na mesa e anti-sepsia.
Transoperatório: compreende manobras como a diérese (secção das estruturas), hemostasia, procedimentos especiais da técnica e a síntese tecidual.
Pós-operatório: inclui limpeza da ferida, colocação de bandagens protetoras, administração de medicamentos e controle clínico diário do paciente e da ferida cirúrgica.
Instrumentais Cirúrgicos
Os instrumentos cirúrgicos são agrupados de acordo com os tempos cirúrgicos e para fins didáticos, sendo assim classificados: diérese, hemostasia, síntese, especiais, auxiliar, campo e afastadores ou exposição.
1. Instrumental de diérese – Este grupo é composto por instrumentos cortantes, como o bisturi, tesouras, serras e trépanos. Obs.: o bisturi deve ser entregue pelo cabo ao cirurgião, tendo o instrumentador o cuidado de colocar o dorso da lâmina voltado para sua mão, permitindo com que o cirurgião pegue o bisturi pelo cabo na posição funcional.
2. Instrumental de hemostasia – É o grupo composto de materiais destinados ao pinçamento de vasos sangrentos, como as pinças hemostáticas.
3. Instrumentos de síntese – Compõe-se de instrumentos de sutura como porta agulha, agulhas e fios.
4. Instrumentos especiais – Grupo composto de instrumentos cuja indicação é determinada pelo tipo de cirurgia. Estes instrumentos são usados somente no tempo cirúrgico propriamente dito, por isso ocupam o lugar mais distante na mesa de instrumentos.Ex.: Pinças Satinsky, etc.
 5. Instrumentos de auxiliares – Composto por instrumentos auxiliares de preensão, indicados para o auxílio no uso de outros instrumentos. Basicamente compõe esse grupo as pinças anatômicas Serrilhada e Dente de Rato.
 6. Pinças de campo – Esse grupo é composto por pinças que se destinam à fixação dos campos estéreis para delimitação do campo operatório. Ex.: Pinça Backhaus.
 7. Afastadores – Formado por instrumentos de exposição que permite a melhor visualização da cavidade operatória. Ex.: Afastadores de Farabeuf, Balfour, Finochetto, etc.
Os instrumentos são dispostos na mesa de modo que a ponta fique na direção do instrumentador. As tesouras e pinças curvas devem ser colocadas com a parte côncava voltada para a superfície da mesma, facilitando a entrega do material ao cirurgião na posição funcional.
Fios para suturas
Tipos de Fios
Fios Absorvíveis Naturais
Categute
É preparado do intestino delgado de ovinos ou de bovinos. 
Apresenta capilaridade e é multifilamentoso. Pode ser simples ou cromado. 
O categute simples é o fio que determina a maior reação inflamatória dos tecidos; já o cromado apresenta uma reação tecidual menos exuberante por ser revestido por sais de cromo; todavia, aos 30-60 dias, quando perde sua cobertura, a reação acaba por assemelhar-se à do categute simples.
Fios Absorvíveis Sintéticos:
A reação inflamatória a estes fios é bem menos intensa que a reação ao categute, e sua absorção completa-se ao redor dos 60 dias após a implantação. Estes fios praticamente não determinam reacão inflamatória crónica.
a) Dexon (ác. Poliglicólico): absorvível entre 100 e 120 dias. Perde 50% de sua resistência à tensão após 2 semanas.
b) Vicryl (Polyglactina): absorvível entre 60 e 90 dias. Perde 50% de sua resistência à tensão em 2 semanas.
c) PDS (Polydiaxonona): é absorvido em média aos 182 dias após o implante. Perde 50% de sua resistência à tensão em 6 semanas.
Fios Não Absorvíveis Sintéticos
Poliamida (Nylon): mono ou multifilamentoso, biologicamente inerte, não capilar na forma monofilamentosa e com boa tensão ao estiramento.
Desvantagens: pobre manuseio e pouca segurança no escape dos nós (deve-se dar de 4 a 5 laçadas).
Poliéster (Mersilene): é forte, tem bom suporte para tecidos de cicatrização lenta, reativo, pobre segurança no escape dos nós, associados a infecções locais resistentes.
Polipropileno (Prolene): semelhante ao nylon, biologicamente inerte, melhor segurança no escape dos nós que o nylon e resistente a infecções.
Polietileno (Dermalene): baixa reação tecidual e boa resistência ao estiramento.
Suturas metálicas - aço inoxidável: não reativo aos tecidos (praticamente inerte ao organismo), maior resistência de tensão e segurança no escape dos nós, é recomendado para tecidos de cicatrização lenta. Ex: osteossíntese.
Características De Um Fio Ideal
Deve manter aproximadas as bordas da ferida até a completa cicatrização.
Apresentar boa resistência tênsil ao meio no qual atua.
Não deve apresentar capilaridade, evitando preservar as infecções Ex: fio monofilamentoso.
Não provocar reações alérgicas e não ser carcínogênico.
Ser confortável ao usar (alta pliabilidade).
Ter uma boa segurança na permanência dos nós (baixa memória).
Provocar mínimas reações inflamatórias teciduais (inerte ao organismo).
Se for absorvível, ter um período de absorção previsível.
Se não for absorvível, ser encapsulado sem complicações.
Passível de ser esterilizado e ter baixo custo.
Local das Incisões
Seringas:
	Seringas de 20 ml: escala de 1 ml
	Seringas de 10 ml: escalas de 0,2 ml
	Seringas de 5 ml: escalas de 0,2 ml
	Seringas de 3 ml: escalas de 0,1 ml
	Seringas de 1 ml: escalas de 0,01 ml 
Conceitos básicos
Anti-sépticos
São agentes que matam ou inibem a reprodução (ação mais provável) de microrganismos em tecidos vivos.
Desinfetantes
Substâncias que destroem as formas vegetativas de microrganismos existentes em objetos e superfícies inanimadas.
Esterelizantes
São agentes que destróem qualquer forma de vida em objetos e superfícies.
Detergentes
São substâncias utilizadas na limpeza de materiais, que removem detritos e sujeiras de superfícies e objetos.
Conceitos básicos
Princípios Básicos De Anti-Sepsia
A descontaminação da pele íntegra ou lesada requer a associação de dois processos, limpeza e anti-sepsia. 
A limpeza é feita pela aplicação de sabões ou detergentes sintéticos associados à ação mecânica, após o que são realizados os procedimentos de anti-sepsia. 
Quaisquer que sejam os métodos e produtos empregados, o objetivo final é o controle dos microrganismos existentes na área a ser tratada, que se dividem em 2 grupos:
Flora transitória
É uma flora passageira, viável por um curto espaço de tempo e pouco aderida à pele, sendo facilmente removida por lavagem simples associada à aplicação de anti-sépticos. É formada principalmente por Staphilcoccus aureus e bactérias Gram-negativas, sendo frequentemente responsável por infecções hospitalares.
Flora residente
É composta por microrganismos que vivem e se multiplicam normalmente na pele, sendo viáveis por longo tempo. As bactérias desta flora encontram-se firmemente aderidas, não sendo removidas com facilidade, mas podendo ser inativadas por anti-sépticos. Os representantes deste grupo normalmente são Gram-positivos de baixa patogenicidade, só causando infecções após procedimentos invasivos ou em animais imunodeprimidos, embora o uso indiscriminado de antimicrobianos e anti-sépticos possa reverter esta expectativa.
Conceitos básicos
Princípios Básicos De Desinfecção
Os itens hospitalares foram divididos em 3 grupos quanto ao risco de infecção envolvendo seu uso. Esta classificação é importante na hora de se escolher a droga apropriada para se fazer sua esterilização ou desinfecção. Assim, temos:
Itens críticos
São aqueles que entram em contato com tecidos estéreis ou com o sistema vascular (implantes, agulhas, scalps e instrumentos cirúrgicos). Exigem obrigatoriamente esterilização;
Itens semi-críticos
São aqueles que têm contato com mucosas (endoscópios, laringoscópios, sondas laringotraqueais e similares);
itens não-críticos
São os que entram em contato apenas com a pele íntegra, como estetoscópios.
INTESTINO, RETO E ÂNUS
PROLAPSO ANAL E RETAL – Definição
Entende-se por prolapso a protusão de um órgão oco, através de um orifício natural, com inversão da sua parede.
PROLAPSO RETAL
Protusão de todas as camadas do reto através do canal anal.
 
 
PROLAPSO ANAL
Salientação da mucosa anal através da abertura do ânus.
 
 
São condições adquiridas, que ocorrem secundariamente ao esforço para a defecação (tenesmo), comuns nas seguintes situações:
MOLÉSTIAS RETAIS
ALTERAÇÕES DA PRÓSTATA: HIPERPLASIAS BENIGNAS OU NÃO, PROSTA-TITE, ABSCESSO PROSTÁTICO
COLITE
CORPOS ESTRANHOS RETAIS
DOENÇAS DO TRATO UROGENITAL: CISTITE, UROLITÍASE, DISTOCIA
TENESMO PÓS-OPERATÓRIO
 
Não existe predisposição racial ou de idade, porém a maior prevalência ocorre em cães ou gatos jovens, parasitados e debilitados.
Tratamento
Identificação da causa;
Redução do prolapso.
INTESTINO, RETO E ÂNUS
PROLAPSO ANAL E RETAL – Definição
Entende-se por prolapso a protusão de um órgão oco, através de um orifício natural, com inversão da sua parede.
PROLAPSO RETAL
Protusão de todas as camadas do reto através do canal anal.
PROLAPSO ANAL
Salientação da mucosa anal através da abertura do ânus.
 
 
São condições adquiridas, que ocorrem secundariamente ao esforço para a defecação (tenesmo), comuns nas seguintes situações:
MOLÉSTIAS RETAIS
ALTERAÇÕES DA PRÓSTATA: HIPERPLASIAS BENIGNAS OU NÃO, PROSTA-TITE, ABSCESSO PROSTÁTICO
COLITE
CORPOS ESTRANHOS RETAIS
DOENÇAS DO TRATO UROGENITAL: CISTITE, UROLITÍASE, DISTOCIA
TENESMO PÓS-OPERATÓRIO
 
Não existe predisposição racial ou de idade, porém a maior prevalência ocorre em cães ou gatos jovens, parasitados e debilitados.
Tratamento
Identificação da causa;
Redução do prolapso.
Afecções Cirúrgicas do Aparelho Digestivo de Cães e Gatos
Feridas
A peleconstitui uma barreira mecânica de proteção ao corpo, além de participar da termorregulação, da excreção de água e eletrólitos e das percepções táteis de pressão, dor e temperatura. 
Ela apresenta três camadas: epiderme, derme e tecido conjuntivo subcutâneo.
Qualquer interrupção na continuidade da pele representa uma ferida. 
As feridas podem variar em espessura, pois algumas lesam a pele apenas superficialmente e outras podem até atingir tecidos profundos. A cicatrização da ferida consiste na restauração da continuidade.
Afecções Cirúrgicas do Aparelho Digestivo de Cães e Gatos
Feridas
O tratamento de uma ferida e a assepsia cuidadosa tem como objetivo evitar ou diminuir os riscos de complicações decorrentes, bem como facilitar o processo de cicatrização.
A preocupação com os curativos das feridas é antiga e vários agentes podem ser utilizados, no entanto é fundamental uma análise detalhada da ferida para a escolha do curativo adequado
Formas de Classificação
As feridas podem ser classificadas de três formas diferentes: 
de acordo com a maneira como foram produzidas
de acordo com o grau de contaminação
de acordo com o comprometimento tecidual.
Quanto ao mecanismo de lesão as feridas podem ser descritas como:
Incisas
Contusas
Lacerantes ou perfurantes.
As feridas incisas ou cirúrgicas são aquelas produzidas por um instrumento cortante. As feridas limpas geralmente são fechadas por suturas.
As feridas contusas são produzidas por objeto rombo e são caracterizadas por traumatismo das partes moles, hemorragia e edema (inchaço).
As feridas laceradas são aquelas com margens irregulares como as produzidas por vidro ou arame farpado.
As feridas perfurantes são caracterizadas por pequenas aberturas na pele. Um exemplo são as feridas feitas por bala ou ponta de faca.
Formas de Classificação
Quanto ao grau de contaminação, as feridas podem ser:
Limpas
Limpas-contaminadas 
Contaminadas ou sujas
Infectadas.
Formas de Classificação
Feridas limpas são aquelas que não apresentam inflamação e em que não são atingidos os tratos respiratório, digestivo, genital ou urinário.
Feridas limpas-contaminadas são aquelas nas quais os tratos respiratório, alimentar ou urinário são atingidos, porém em condições controladas.
As feridas contaminadas incluem feridas acidentais ou de cirurgias em que a técnica asséptica não foi respeitada devidamente.
Feridas infectadas ou sujas são aquelas nas quais os microorganismos já estavam presentes antes da lesão.
Formas de Classificação
Fisiologia: cicatrização das feridas
Vários processos celulares contínuos contribuem para a restauração da ferida: regeneração celular, proliferação celular e produção de colágeno. 
A resposta do tecido às lesões passa por três estágios parcialmente sobrepostos:
fase inflamatória ou exsudativa;
fase proliferativa ou regenerativa;
fase reparativa ou de maturação. 
Formas de Classificação
Fase inflamatória ou exsudativa dura cerca de 72 horas e corresponde à ativação do sistema de coagulação sanguínea e à liberação de vários mediadores. Nesta fase a ferida pode apresentar edema, vermelhidão e dor.
Fase proliferativa ou regenerativa pode durar de 1 a 14 dias e se caracteriza pela formação do tecido de granulação. Nesta fase o colágeno é o principal componente do tecido conjuntivo reposto.
Fase reparativa ou de maturação durante esta última fase da cicatrização a densidade celular e a vascularização da ferida diminuem, enquanto há maturação das fibras colágenas. Nesta fase ocorre uma remodelação do tecido cicatricial formado na fase anterior. O alinhamento das fibras é reorganizado a fim de aumentar a resistência do tecido e diminuir a espessura da cicatriz, reduzindo a deformidade. Esta fase tem início no terceiro dia e pode durar até seis meses.
Tipos de Cicatrização
A maneira pela qual uma ferida é fechada ou "deixada" fechar é essencial para o processo de cicatrização. Existem três formas pelas quais uma ferida pode cicatrizar que dependem da quantidade de tecido perdido ou danificado e da presença ou não de infecção, são elas: Primeira intenção, segunda intenção, e terceira intenção. 
Primeira intenção (união primária) - este tipo de cicatrização ocorre quando as bordas da ferida são apostas ou aproximadas, havendo perda mínima de tecido, ausência de infecção e edema mínimo. Quando as feridas cicatrizam-se por primeira intenção, a formação de tecido de granulação não é visível.
Segunda intenção (granulação) - Neste tipo de cicatrização ocorre perda excessiva de tecido e presença de infecção. O processo de reparo, neste caso, é mais complicado e demorado. Esse método de reparo é também denominado cicatrização por granulação.
Terceira intenção (sutura secundária) - caso uma ferida não tenha sido suturada inicialmente ou as suturas se romperam e a ferida tem que ser novamente suturada. Isso é feito pelo cirurgião que, após a drenagem do material, promove a aproximação das bordas.
Tipos de Cicatrização
Fatores que influenciam a cicatrização das feridas
I) Perfusão de Tecidos e Oxigenação
Doenças que alteram o fluxo sanguíneo normal podem afetar a distribuição dos nutrientes das células, assim como a dos componentes do sistema imune do corpo. Essas condições prejudicam a capacidade do organismo em transportar células de defesa e antibióticos administrados, o que dificulta o processo de cicatrização.
II) Localização da Ferida
Feridas em áreas mais vascularizadas e em áreas de menor mobilidade e tensão cicatrizam mais rapidamente das aquelas em áreas menos irrigadas ou áreas de tensão ou mobilidade (como cotovelos, nádegas, joelhos).
III) Corpo Estranho na Ferida
Implantes de silicone, válvulas cardíacas artificiais, materiais de curativo ou qualquer outro corpo estranho pode retardar o processo de cicatrização, por serem inertes.
Tipos de Cicatrização
Fatores que influenciam a cicatrização das feridas
IV) Medicamentos
Os corticosteróides, os quimioterápicos e os radioterápicos podem reduzir a cicatrização de feridas, pois diminuem a resposta imune normal à lesão. Além disso, podem tornar a cicatriz mais frágil. Deve-se também evitar o uso de antimicrobianos nas feridas.
V) Nutrição
Uma deficiência nutricional pode dificultar a cicatrização, pois deprime o sistema imunológico e diminui a qualidade e a síntese de tecido de reparação. As carências de proteína e de vitamina C são as mais importantes, pois afetam diretamente a síntese do colágeno.
VI) Hemorragia
O acúmulo de sangue propicia o acúmulo de células mortas que precisam ser removidas. Isso provoca dor e atrasa o processo de cicatrização.
VII) Edema e Obstrução Linfática
Dificultam a cicatrização, pois diminuem o fluxo sanguíneo e o metabolismo do tecido, facilitando o acúmulo de catabólitos e produzindo inflamação.
VIII) Infecção
A infecção ocorre quando há uma alta concentração bacteriana, tecido local comprometido (escara, necrose ou corpo estranho).
IX) Idade do Paciente
O envelhecimento torna os tecidos menos elásticos e menos resistentes o que dificulta a cura de uma ferida.
X) Hiperatividade do Paciente
A hiperatividade dificulta a aproximação das bordas da ferida. O repouso favorece a cicatrização.
Uso de Roupinhas e Colar Protetor em Cães e Gato
O uso de roupinha cirúrgica é extremamente importante para preservar a ferida cirúrgica, mantendo a seca e limpa. Além disso, ajuda no controle das investidas do cão na tentativa de coçar ou mesmo lamber o local. A roupinha deve ser bem fechada e confortável, deixando o animal a vontade para andar e fazer as atividades normais do dia a dia.
Mesmo com a roupinha, o uso do colar protetor (colar elizabetano) se faz necessário pois muitos animais conseguem lamber as feridas cirúrgicas se tiver somente com a roupinha. As investidas se tornam mais intensas depois de 3 a 5 dias de cirurgia, pois nessa época os pêlos tosados começam a crescer, a cicatrização pode causar algum prurido e não tem mais dor local. Nesse período devem-se redobrar os cuidados evitando que o animal lamba a ferida e que muitas vezesarranque os pontos abrindo toda a sutura.
Deve-se partir da premissa que todo animal coce a ferida e como eles coçam com a boca, todo cuidado é pouco. Ficar com dó de colocar o colar, pode fazer com que o animal tenha que ser suturado novamente ou na melhor das hipóteses tenha que ficar mais tempo até retirar os pontos devido a irritação e contaminação pelas lambidas insistentes.
Como a maioria dos pontos é retirado em 7 a 10 dias, devemos pensar que o “martírio” do colar tem dias contados e que em breve eles estarão “livres” e saudáveis. 
Uso de Roupinhas e Colar Protetor em Cães e Gato
Importância da proteção
Seguem algumas das razões que talvez ajudem a esclarecer a suma importância do uso dos artefatos de proteção:
1 – Cães e gatos que foram operados e tem pontos de sutura: se não cobrirmos a área com uma roupinha cirúrgica ou colocarmos colar protetor, eles vão, invariavelmente, lamber a ferida cirúrgica infectando-a, vão até mesmo arrancar os pontos com a boca e, em caso de cirurgias abdominais, podem até expor os órgãos internos.
2 - Animal que tem membros imobilizados por causa de fraturas, entorses ou cirurgia ortopédica, tem que usar colar protetor. Se ele lamber o local da bandagem, a saliva escorrerá por dentro e causará uma infecção na pele que pode até comprometer o membro, com a perda deste. O colar deve ser usado 100% do tempo até o momento da alta.
3 – Animal que tem úlcera de córnea tem que usar colar protetor até a completa recuperação do olho afetado, pois a úlcera de córnea é um processo doloroso e o animal fica coçando o olho nos cantos e nas paredes ou mesmo até com a pata, aumentando a úlcera e acaba perdendo a visão.
4 – Traumatismos de unha, dedos, granulomas de lambedura, trauma na cauda (rabo), miíases tem a cura acelerada se o animal não lamber a ferida. Logo, o colar protetor é essencial.
5 – Alguns animais quando ficam internados e estão recebendo soro na veia e outras medicações, muitas vezes querem arrancar com a boca o acesso venoso (cateter). Nesses casos também é imprescindível o uso de colar protetor, embora nem todos os animais façam isso. Mais ou menos 25% dos animais o fazem.
6 – Existem gatos muito bravos, e às vezes cães também, nos quais não queremos colocar mordaça. Nestes casos o colar protetor torna mais difícil o animal nos morder, e é também uma maneira mais confortável de contê-los do que uma focinheira. Muitas vezes utilizamos este recurso.
7 – Outro caso em que usamos roupinhas é em fêmeas que tem que desmamar os filhotes e para impedir que eles tenham acesso à mama. 
Curativos – Princípios Básicos
A lavagem das mãos com água e sabão deve ser feita antes e depois de cada curativo.
O instrumental a ser utilizado deve ser esterilizado, sendo composto de pelo menos uma pinça anatômica, duas hemostáticas e um pacote de gaze.
Toda a manipulação deve ser feita através de pinças e gazes, evitando o contato direto e consequentemente menor risco de infecção.
Deve ser feita uma limpeza da pele adjacente à ferida, utilizando uma solução que contenha sabão, para desengordurar a área, o que removerá alguns patógenos e vai também melhorar a fixação do curativo à pele.
Curativos – Princípios Básicos
A limpeza deve ser feita da área menos contaminada para a área mais contaminada, evitando-se movimentos de “vaivém”. Nas feridas cirúrgicas, a área mais contaminada é a pele localizada ao redor da ferida, enquanto que nas feridas infectadas a área mais contaminada é a do interior da ferida.
Deve-se remover as crostas e os detritos com cuidado; lavar a ferida com soro fisiológico em jato, ou com PVPI aquoso (em feridas infectadas, quando houver sujidade) por fim fixar o curativo com atadura ou esparadrapo.
Curativos – Princípios Básicos
Em certos locais o esparadrapo não deve ser utilizado, devido à mobilidade (articulações), presença de pelos ou secreções. Nesses locais devem-se utilizar ataduras. 
Esta deve ser colocada de maneira que não afrouxe nem comprima em demasia. Há no mercado, atualmente, um tipo de bandagem que é elástica e auto aderente; pode ser, também, uma opção.
O enfaixamento dos membros deve iniciar-se da região distal para a proximal e não deve trazer nenhum tipo de desconforto ao paciente.
Curativo com Dreno
Ferida limpa e fechada. O curativo limpo e seco deve ser mantido oclusivo por 24 horas.
Após este período, a incisão pode ser exposta e lavada com água e sabão.
Curativo Limpo
Ferida limpa e fechada. O curativo limpo e seco deve ser mantido oclusivo por 24 horas.
Após este período, a incisão pode ser exposta e lavada com água e sabão.
O curativo do dreno deve ser reali-zado separado do da incisão e o primeiro a ser realizado será sempre o do local menos contaminado.
O curativo com dreno deve ser mantido limpo e seco. Isto significa que o número de trocas está diretamente relacionado com a quantidade de drenagem.
Curativo Contaminado
O curativo deve ser oclusivo e mantido limpo e seco.
O número de trocas do curativo está diretamente relacionado à quantidade de drenagem, devendo ser trocado sempre que úmido para evitar colonização.
A limpeza da ferida deve ser mecânica com solução fisiológica estéril.
A anti-sepsia deve ser realizada com PVP-I tópico.
Gaze vaselinada estéril é recomen-dada nos casos em que há necessidade de prevenir aderência nos tecidos.
Em feridas com drenagem purulenta deve ser coletada cultura semanal (swab), para monitorização microbiológica.
Conceitos do Curativo
É um meio que consiste na limpeza e aplicação de uma cobertura estéril em uma ferida, quando necessário, com finalidade de promover a rápida cicatrização e prevenir contaminação e infecção.
Objetivos
Tratar e prevenir infecções; eliminar os fatores desfavoráveis que retardam a cicatrização e prolongam a convalescência, aumentando os custos do tratamento; diminuir infecções cruzadas, através de técnicas e procedimentos corretos.
Finalidades
Remover corpos estranhos;
Reaproximar bordas separadas;
Proteger a ferida contra contaminação e infecções;
Promover hemostasia;
Preencher espaço morto e evitar a formação de sero-hematomas;
Favorecer a aplicação de medicação tópica;
Fazer debridamento mecânico e remover tecido necrótico;
Reduzir o edema;
Absorver exsudato e edema;
Manter a umidade da superfície da ferida;
Fornecer isolamento térmico;
Proteger a cicatrização da ferida;
Limitar a movimentação dos tecidos em torno da ferida;
Diminuir a intensidade da dor.
 Escolha do tipo de curativo
Para que se faça a escolha de um curativo adequado é essencial uma avaliação criteriosa da ferida. Essa análise deve incluir: 
condições físicas, idade e medicamentos
localização anatômica da ferida
forma, tamanho, profundidade, bordas
presença de tecido de granulação
presença e quantidade de tecido necrótico
e presença de drenagem na ferida. 
Patógenos de Importância Veterinária
Patógenos
Um agente patogênico é um organismo, microscópico ou não, capaz de produzir doenças aos seus hospedeiros sempre que estejam em circunstâncias favoráveis, inclusive do meio ambiente. 
São agentes patógenos:
Bactérias
Vírus
Protozoários
Fungos
Helmintos
O agente patogênico pode se multiplicar no organismo do seu hospedeiro, podendo causar infecções, infestações e outras complicações.
BACTÉRIAS
Seres unicelulares e microscópicos que podem viver em diferentes ambientes.
Bactérias recebem nomes especiais, de acordo com suas diferentes formas. Se o formato é esférico, são chamadas cocos. Estes podem estar isolados ou viver em grupos. Se tiver forma de bastonete, são chamadas de bacilos. Se a forma for de espiral, chama-se espirilo. Caso a bactéria se assemelhe a uma vírgula, denomina-se vibrião.
Quanto à respiração, as bactérias podem ser aeróbias ou anaeróbias. Chamam-se aeróbias as que fazem uso do oxigênio. As anaeróbias vivem na ausência desse gás.
Principais Bactérias
STREPTOCOCCUS
STAPHYLOCOCCUS
LEPTOSPIRA
CLOSTRIDIUM
MYCOBACTERIUM
PROTOZOÁRIOS
Protistas unicelulares, que ocorrem como células isoladas ou em colônias de células, eapresentam dimensões predominantemente microscópicas.
Protistas unicelulares, que ocorrem como células isoladas ou em colônias de células, e apresentam dimensões predominantemente microscópicas.
Podem ser divididos em quatro grupos: ciliados, amebas (ou sarcodina), flagelados (ou mastigóforos) e esporozoários (protozoários parasitas). 
Assim como as bactérias, os protozoários podem ser aeróbios ou anaeróbios, exibir vida livre ou associar-se a outros organismos.
PROTOZOÁRIOS
A locomoção é um critério muito importante na diferenciação dos grupos de protozoários. Estes podem se locomover por meio de pseudópodos, flagelos e cílios. Os protozoários se reproduzem assexuada e sexuadamente.
Eles vivem em meio aquoso, ou seja, são encontrados na água ou em algum líquido, o que torna sua sobrevivência no organismo animal facilitada, já que o mesmo é composto em aproximadamente 70% do seu volume de água, tendo sua instalação mais intensa no trato digestório e sangue, podendo, em menor quantidade, se instalar no sistema genital, linfático, coração e pele. 
Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, algumas espécies são benéficas ao organismo como os existentes na flora natural de ruminantes auxiliando na digestão da celulose.
Babesiose – Doença do Carrapato
A Babesiose (ou Piroplasmose) é mais uma doença transmitida pelos indesejáveis carrapatos aos nossos cães. Assim como a Erliquiose, ela também pode ser chamada de “Doença do Carrapato” e chega silenciosamente. A Babesiose, se não tratada, pode ser mortal, assim como a Erliquiose.
Essa doença é transmitida através do carrapato marrom (Rhipicephalus sanguineus), o famoso “carrapato do cão“. Ela é causada pelo protozoário Babesia canis, que infecta e destrói os glóbulos vermelhos (diferente da Erliquiose, que é causada por uma bactéria que destrói os glóbulos brancos).
O carrapato do cão (Rhipicephalus sanguineus) é encontrado no meio ambiente muito facilmente, como canis, muros, telhados, batentes de portas, troncos e cascas de árvores, parte de baixo de folhas e plantas, residências, etc. Esse parasita é muito sensível à claridade, por isso se “escondem” em ambientes com pouca luz.
Babesiose – Doença do Carrapato
Vale lembrar que o homem não pode ser hospedeiro dos carrapatos. Isso porque dificilmente uma pessoa irá deixar que um carrapato fixe-se em sua pele sem retirá-lo. Além disso, para ser infectado pela doença (tanto a Babesiose quanto a Erliquiose), o carrapato precisa ficar preso à pele por no mínimo 4 horas, o que é muito difícil de ocorrer, já que assim que picados, nossa primeira reação é retirar o parasita do nosso corpo. Como os animais não tem essa capacidade, eles dependem de nós para verificar se há algum carrapato em seu corpo.
O carrapato é infectado quando se alimenta do sangue de um cão com Babesiose. Uma vez ingeridas as babésias, elas se instalam e contaminam os ovos que serão postos pelo carrapato fêmea. Depois de já terem contaminado os ovos, as larvas e as ninfas, esses protozoários se fixam nas glândulas salivares do carrapato adulto e se multiplicam neste lugar. Quando este carrapato contaminado for sugar o sangue do próximo hospedeiro (cão), irá infectar este cão com a Babésia.
Babesiose – Doença do Carrapato
Muitas infecções por Babesia canis são inaparentes. Em alguns casos, os sintomas clínicos se tornam aparentes apenas após esforço (decorrente de exercício esgotante), cirurgias ou outras infecções. 
Tipicamente os sintomas da Babesiose são: febre, icterícia, fraqueza, depressão, falta de apetite, membranas mucosas pálidas e esplenomegalia (aumento do baço). Podemos encontrar ainda perturbações da coagulação e nervosas. 
Por isso é sempre bom estar atento ao comportamento do seu cão. Se de repente ele ficar prostrado, triste, apático, sem ânimo e com atitudes anormais para seu temperamento, investigue imediatamente o que pode estar ocorrendo. 
Ele pode estar apenas enjoado, mas ele também pode estar infectado, com Babesiose ou Erliquiose, ambas as doenças podendo ser chamadas de “Doença do Carrapato”.
Babesiose – Doença do Carrapato
Encontrou um carrapato no seu cachorro? Observe seu cão durante três ou quatro dias e repare se há:
um enorme abatimento;
apatia, tristeza, prostração;
febre;
grande cansaço;
urina escura (“cor de café”);
mucosas de cor amarelada antes de se tornarem “branco de porcelana”.
Como prevenir a Babesiose
A melhor maneira de prevenir essa doença é evitando os temíveis carrapatos. É importante desparasitar frequentemente o local onde o cão vive e o próprio cão também. Uma maneira simples e eficaz é manter a grama do jardim sempre curta, para evitar que carrapatos se escondam por baixo das folhas. Outra forma eficaz é a aplicação da “vassoura de fogo” ou “lança chamas” nos muros, canis, estrados, batentes, chão, etc., pois elimina todas as fases do carrapato: ovos, larvas, ninfas e adultos.
Como prevenir a Babesiose
Para desparasitar os cães existem vários métodos: pós, sprays, banhos, coleiras anti-parasitas, medicamentos orais, etc. Ainda não há uma vacina eficaz contra a doença.
Na Erliquiose (causada pela bactéria Erlichia sp.), os animais se encontrarão em um quadro de febre intensa, corrimento oculonasal, dificuldade respiratória, alterações neurológicas, hematomas pelo corpo, dor e rigidez nas articulações (devido à artrite), vômitos e diarreia. 
Lembrando-se que na fase crônica, poderá apresentar perda de peso progressiva, palidez em mucosas, sangramentos espontâneos e edema de membros.
É transmitida pelo carrapato vermelho. Pode acontecer a transmissão através da transfusão sanguínea.
Giardíase
A giardíase é uma doença causada pelo protozoário Giardia intestinalis (também conhecido por G lamblia ou G duodenalis) e hoje é considerada a doença protozoal entérica (intestinal) clinicamente mais preocupante em cães. Este parasita intestinal além de ser responsável por causar danos à saúde dos animais (cão, gato, gado, roedores, entre outros), pode eventualmente infectar o homem.
A ocorrência da doença em gatos é menor.
Os cães são infectados a partir da ingestão de água e/ou alimentos contaminados com cistos oriundos das fezes de outro indivíduo doente (conhecida como transmissão indireta).
É possível haver transmissão direta (contato entre indivíduos contaminados), principalmente em locais onde os animais encontram-se aglomerados, como gatis e canis.
O cisto (forma infectante) é capaz de sobreviver durante meses em ambiente úmido, porém os cistos são inativados pela maioria dos compostos de amônio quaternário, água sanitária, vapor e água fervente.
Giardíase
  
Uma vez que os cistos da giárdia podem sobreviver em água por vários meses, a fonte de contaminação é muitas vezes difícil de ser determinada. Contudo, as fezes dos animais, tais como cães, bovinos, ovinos, cavalos e suínos, representam um grande potencial para contaminação da água e dos alimentos, carecendo de medidas de saneamento cada vez mais intensivas.
A infecção leva a quadros de diarreia intermitente comprometendo a digestão e a absorção de alimentos, levando a desidratação, perda de peso e até mesmo ao óbito. Comumente as fezes são pálidas, fétidas e moles, podendo apresentar-se na forma aquosa ou hemorrágica, quando contém vestígios de sangue. Pode ocorrer presença de muco (@ gelatina) também. 
Os distúrbios gastrointestinais podem se apresentar de forma aguda e progressiva, como anorexia, náuseas, vômitos, dor abdominal e diarreia aquosa sem febre. A maioria dos animais se recupera da giardíase aguda, mas alguns podem sofrer com diarreias crônicas causadas pela giárdia que persistem dois anos ou mais.
Outros Protozoários
Toxoplasma gondii - conhecida como Toxoplasmose, a doença tem como seu principal reservatório os gatos, causando-lhes sintomas nos sistemas pulmonar, hepático, nervoso, ocular e pancreático. Pode acometer também cães causando distúrbios neuromusculares, gastrointestinais e respiratórios.
Leishmania - conhecida como Leishmaniose, é uma perigosa zoonoseque acomete cães, transmitida pela picada de um mosquito infectado.
Crytosporidium parvum - conhecida como Criptosporidiose, a doença causa diarreia severa em cães, podendo levar à morte. Acomete também gatos, geralmente de forma assintomática.
 
FUNGOS
São organismos que podem ser unicelulares (leveduras) ou pluricelulares (filamentosos) ou mesmo adotar diferentes formas de acordo com ambiente.
A maioria dos fungos obtém seu alimento decompondo a matéria orgânica do corpo de organismos vegetais e animais mortos, sendo chamados de saprófitos. 
Podem ser parasitas, ou seja, vivem à custa de outro ser vivo, prejudicando-o ou podendo até matá-lo; podem estar associados a outros seres e ambos se beneficiam, sendo a relação chamada de mutualismo. 
Principais Fungos:
MALASSEZIA
MICROSPORUM 
VÍRUS
Principais Vírus
CINOMOSE
A Cinomose é uma doença altamente contagiosa, causada pelo vírus do gênero Morbillivirus da família Paramyxoviridae, um patógeno causador de altas taxas de mortalidade, com letalidade inferior apenas a raiva canina.
PARVOVIROSE
Classificação científica
Família:	Parvoviridae 
Gênero:	Parvovirus
HELMINTOS OU VERMES
Helminto – do grego hélmins = verme = intho = dentro e refere-se a um entozoário ou verme intestinal.
O termo verme, popularmente, remete de modo geral a um vasto rol de animais alongados e de corpo mole. Na original Taxonomia de Lineu, o grupo “vermes” designava a todos os invertebrados não pertencentes ao grupo dos artrópodes, ou seja, todos os animais desprovidos de esqueleto externo e articulações móveis. O grupo vermes não é mais usado pela ciência, que o dividiu em vários filos.	 
HELMINTOS OU VERMES
Atualmente, se entende como verme o animal com o corpo alongado e/ou achatado e sem esqueleto interno ou externo. Não possuem membros, embora possam ter apêndices reduzidos na superfície para a locomoção.
Os vermes são encontrados em praticamente qualquer habitat, incluindo o mar, os rios e o subterrâneo. Muitos também são parasitas como a Tênia. 
Alguns vermes, notavelmente a minhoca, desempenham um papel muito importante na ecologia.
Principais Helmintos
Ilustração : Dipylidium caninum
Ilustração : Toxocara canis
Os principais Helmintos são o Dipylidium caninum () e o Toxocara canis () Ancylostoma spp.
Ilustração : Boca e dentes da Ancylostoma caninum.
Principais Helmintos
Dentre os ancilostomíneos mais comuns em cães está Ancylostoma caninum e em gatos Ancylostoma tubaeforme.
A transmissão destes parasitos ocorre pela contaminação do ambiente por ovos larvados eliminados pelas fezes, os quais podem ser ingeridos ou penetrar ativamente (larva) pela pele dos animais.
Esta parasitose é considerada grave e de prognóstico reservado para filhotes com alta carga parasitária, podendo causar diarréia, anemia e desnutrição. A invasão da pele de cães e gatos pelas larvas do parasito pode provocar dermatite de curta duração. 
Ilustração : Ovo da Ancylostoma caninum.
Principais Helmintos
A penetração da larva pela pele ocorre também em seres humanos, os quais podem adquirir a forma cutânea da doença conhecida como larva migrans cutânea - vulgarmente, "bicho geográfico" -. 
A larva do parasita, ao penetrar na pele, produz uma pápula pruriginosa no local de entrada. Nos dias seguintes, a larva migra através da pele produzindo túneis sinuosos característicos, podendo haver o avanço da larva sob a pele entre vários milímetros a vários centímetros por dia. 
Ao longo dos túneis formam-se vesículas sobre a pele e, em resposta à reação tissular ao parasito, ocorre forte prurido cutâneo. São freqüentes ainda infecções bacterianas secundárias, sendo mais comuns lesões nas partes do corpo expostas ao solo contaminado como: pés, pernas e mãos. 
Principais Helmintos
As larvas podem permanecer vivas e mover-se na pele por várias semanas ou meses.
A fonte de infecção é o solo contaminado com ovos do parasita, eliminados junto as fezes de cães e gatos. 
As crianças são consideradas mais susceptíveis à contaminação devido ao seu hábito de brincar em tanques e parques com areia, e ainda, por ingerir terra (geofagia), acidental ou propositalmente. 
As condições ambientais ideais para a sobrevivência e desenvolvimento das larvas são aquelas que aliam altas temperaturas e umidade características do verão.
Como medida de controle, a população, principalmente os proprietários ou responsáveis por animais de estimação, devem ser elucidados sobre o mecanismo de transmissão da doença e sua gravidade. 
Principais Helmintos
Outro ponto fundamental é evitar a contaminação do solo por fezes de cães e gatos, - restringindo o acesso destes animais à praia, por exemplo.
Outra medida importante inclui o tratamento helmíntico periódico de cães e gatos, diminuindo o nível de contaminação do solo. Neste contexto, o papel dos Médicos Veterinários, informando aos proprietários sobre a importância da correta vermifugação de cães e gatos, é fundamental.
Devemos ressaltar que o controle de parasitos intestinais em animais de estimação é uma questão de saúde pública e de saúde da família como um todo.
Os céticos devem ser aconselhados a Informarem-se com o seu veterinário. 
Zoonoses
O que são?
Zoonoses são doenças que podem ser transmitidas dos animais vertebrados para o homem. Os agentes que desencadeiam essas afecções podem ser microorganismos diversos, como bactérias, fungos, vírus, helmintos e ricketsias.
Meu pet não está doente...
Devemos lembrar que alguns patógenos não vão causar doenças em nossos pets, mas uma vez que se instalam em nosso organismo trazem sérias consequências.
Portanto, lembre-se:
Seu animal de estimação pode ser lindo, e você pode ter um carinho imenso por ele, mas cuidado com o contato indevido, como lambidas no rosto, beijo na boca do animal ou muito perto da boca e mordidas, pois muitos possuem um contato direto da boca com as fezes e com a urina, contraindo bactérias que são totalmente prejudiciais aos humanos.
Leptospirose
É uma doença transmitida pela bactéria “Leptospira sp”, e depois de infectados, os animais liberam essa bactéria pela urina, que quando entra em contato com os seres humanos, transmite a doença. Os principais animais transmissores são os ratos e os cães.
Assim, as pessoas podem contaminar-se não apenas ao entrar em áreas urbanas alagadas pela chuva, como também em coleções de águas rurais de lagoas, represas e riachos. 
A “Leptospira” penetra através da pele, de mucosas (boca, olhos, nariz) e também pela ingestão de água ou alimentos contaminados. 
Os animais contaminados geralmente apresentam sintomas como apatia, febre, anorexia, vômitos, mucosas ictéricas (amareladas) e hematúria (presença de sangue na urina).
É uma doença grave, mas tem tratamento, desde que diagnosticada precocemente.
O paciente humano pode apresentar desde quase nenhum sintoma, o que é o mais comum, até um quadro grave com risco de morte. Entre alguns sintomas estão a dor de cabeça e dores musculares.
Leptospirose
Mais de 75% dos pacientes apresentam febre alta com calafrios, dor de cabeça e dor muscular principalmente nos membros inferiores e panturrilha que, às vezes, atrapalha inclusive a locomoção do paciente tamanha a intensidade da dor. 50% apresentam náuseas, vômitos e diarréia. Um achado típico da leptospirose é a hiperemia conjuntival (olhos acentuadamente avermelhados).
Outros sintomas possíveis incluem tosse, faringite, dor articular, dor abdominal, sinais de meningite, manchas pelo corpo e aumento dos linfonodos, baço e fígado.
Leptospirose
A maioria dos pacientes melhora em uma semana. Algumas vezes a evolução da doença é bifásica, com alguma melhora por 10 a 15 dias seguido de nova piora dos sintomas.
A maioria dos casos de leptospirose apresenta evolução benigna, porém, em cerca de 10% a evolução é mais grave, complicando com insuficiência renal aguda, hemorragias, insuficiência hepática e insuficiência respiratória. 
Os pacientes que complicam costumam apresentar sinais de icterícia (pele amarelada) após o terceirodia de doença. Um sinal muito característico da forma grave é a icterícia bilirrubínica (uma mistura de pele amarelada e vermelha, muitas vezes de aspecto alaranjado).
Hamster transmite doenças?
Muita gente pensa que o hamster, como ele parece um rato (mas é da família dos esquilos), pode transmitir doenças, mas isso é totalmente MENTIRA! Só o rato urbano transmite doenças, diferente do hamster, um animal limpo.
Não há perigo de se contrair carrapatos, sarna e nem mesmo qualquer tipo de enfermidade ou contaminação por meio de sua urina ou suas fezes. 
Leptospirose: Apesar da leptospirose ser normalmente veiculada por roedores, esta doença não é comum em hamsters. 
O hamster só adquire essa doença em casos raríssimos e ao contrário dos outros roedores, não adquire resistência. 
Isso significa que um rato ou um camundongo pode ficar a vida toda transmitindo leptospirose sem apresentar sintomas enquanto o hamster geralmente morre rapidamente nos raríssimos casos em que adquire a doença. Evite que seu animal tenha contato com roedores silvestres.
Toxoplasmose
Pode ser adquirida pela ingestão de água e/ou alimentos contaminados com os oocistos esporulados, presentes nas fezes de gatos e outros felídeos, por carnes cruas ou mal passadas, principalmente de porco e de carneiro, que abriguem os cistos do protozoário Toxoplasma gondii.
A toxoplasmose pode ser transmitida da mãe para o feto, mas não se transmite de uma pessoa para outra, apesar de que já foi constatada a transmissão por transfusão sanguínea e transplante de órgãos de pessoas infectadas. 
A doença se manifesta em indivíduos infectados durante a gestação e da mesma forma, a doença apresenta uma gravidade diferente de acordo com o período em que houve a contaminação.
É importante que as mulheres grávidas façam o exame que detecta se elas são imunes a toxoplasmose.
Toxoplasmose
Se infecção se der durante a gravidez (o que ocorre em 0,5% das gestações), os parasitas podem atravessar a placenta e infectar o feto, o que pode levar a abortos e a malformações em um terço dos casos. A malformação da criança pode ser hidrocefalia; podem também ocorrer neuropatias e oftalmopatias, assim como deficiências neurológicas e cegueira. Por outro lado, se a infecção tiver sido antes do início da gravidez não há qualquer perigo, mesmo que existam cistos. 
Os cistos crescem e podem afetar negativamente as estruturas em que se situam, mais frequentemente músculos, o cérebro, no coração ou na retina, podendo levar a alterações neurológicas, problemas cardíacos ou cegueira, mas geralmente sem efeitos nefastos.
Se o indivíduo desenvolver ou for medicado para imunodeficiência, como após transplantes de órgãos, doenças auto-imunes ou na AIDS, as formas ativas podem ser reativadas a partir dos cistos, dando origem a problemas sérios, com sintomas como exantemas (pele vermelha), pneumonia, meningoencefalite com danos no cérebro e miocardite, com mortalidade alta.
Toxoplasmose
Prevenção
As gestantes devem evitar o contato com fezes de gatos, pois estas podem conter oocistos, não ingerir água de origem desconhecida e sem estar fervida, nem carne crua ou mal cozida durante a gravidez. 
No caso dos gatos, lavar as caixas com água e sabão, e trocar a areia das caixas com frequência, pois as fezes deixadas muito tempo na caixa tem um poder contaminante maior.
Deve-se sempre usar luvas ou lavar bem as mãos e passar álcool 70% após manipular a areia. Alimentar os gatos com comida enlatada, ração, água fervida ou filtrada. Não lhes permitir caçar animais também reduz o risco, e nunca deve-se alimentá-los com carne crua ou mal passada.
Leishmaniose
 
A leishmaniose é uma doença crônica, de manifestação cutânea ou visceral, causada por protozoários flagelados do gênero Leishmania.
O calazar (leishmaniose visceral) e a úlcera de Bauru (leishmaniose tegumentar americana) são formas da doença.
Os cães e outros animais silvestres podem ser hospedeiros da doença que será transmitida pela picada do mosquito Lutzomia.
Ainda não temos relatos da doença em nossa região, mas em diversas cidades do RS tem se tornado um problema de saúde pública. 
Os humanos e os felinos são provavelmente hospedeiros acidentais.
Leishmaniose
 
O risco zoonótico primário para a leishmaniose canina está nos cães que atuam como hospedeiro e reservatório para o microrganismo.
O contato direto com lesões drenantes provavelmente não resulta em infecção humana.
Evitar os mosquitos infectados é a única forma de prevenção.
A leishmaniose tegumentar carac-teriza-se por feridas na pele que se localizam com maior frequência nas partes descobertas do corpo. Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta.
A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois, acomete vários órgãos internos, princi-palmente o fígado, o baço e a medula óssea. 
Esse tipo de leishmaniose acomete essencialmente crianças de até dez anos; após esta idade se torna menos frequente. É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano.
Esporotricose
 
É uma moléstia crônica causada por um fungo chamado Esporothrix schenckii. 
É considerada uma micose profunda, podendo afetar diversos sistemas.
Os principais sintomas no período de incubação (que pode durar de dias a até 3 meses) são geralmente lesões de pele. 
A doença é transmitida pela arranhadura/mordedura do gato, ou ainda pelo contato da pele ou mucosa com as secreções das lesões. 
Dermatofitose (superficial)
 
São causadas por fungos que atingem a pele, as unhas e os pêlos dos animais, e quando os fungos se encontram em condições favoráveis ao seu crescimento, como locais muito úmidos, calor e com baixa imunidade, eles se multiplicam e começam a provocar os sintomas da doença. 
 São transmitidas por contato direto e causam lesões de pele que provocam prurido (coceira) intenso. 
Escabiose ou Sarna
  
A sarna é transmitida através do contato direto com o animal, principalmente gatos, cães e coelhos. É causada por ácaros de diversas espécies.
No homem, a sarna se manifesta por erupções vermelhas na pele, que coçam e pioram com o calor. 
Nos animais as lesões são bastante semelhantes, apresentando-se também como crostas espessas na pele, queda dos pelos e erupções avermelhadas. 
 
Larva migrans cutânea (Bicho geográfico)
   
Doença causada pelo parasita intestinal Ancylostoma spp, normalmente encontrados em cães e gatos.
A contaminação ocorre através do contato com as larvas presente nas fezes dos animais. A lava penetra na pele e causa lesões sinuosas como um mapa, provocando muita coceira no local.
Ao defecar na terra ou na areia, alguns ovos são eliminados nas fezes, e se transformam em larvas, que ao penetrarem na pele, causam a doença. 
Portanto, não deixe que os cães defequem em praias e parques, evitando a transmissão de doenças. E ao evacuar em qualquer lugar, recolha as fezes. 
Giardíase
   
As fontes de infecção mais comuns são água e fezes contaminadas. A transmissão fecal-oral da giárdia é comum tanto em animais como em humanos. 
Os sinais clínicos da giárdia incluem intensa dor abdominal, diarréia com muco e/ou sangue, vômitos, desidratação e perda de peso.
Como há a eliminação de ovos nas fezes, é comum ocorrer reeinfestação pelo animal ou por outros contactantes. Para que isso não ocorra devemos realizar limpeza do ambiente.
Como prevenção para giárdia recomenda-se água filtrada, não permitir ingestão ou banhos de águas de lagos ou represas e aplicação de vacinas contra giardíase (?????). 
Emergências na Clínica de Pequenos Animais
Emergência na Clínica 
Inúmeras são as vezes que um paciente canino ou felino dá entrada em uma clínica ou hospital veterinário necessitando de um atendimento de emergência que seja objetivo e eficiente. 
Entretanto, em alguns casos este paciente não recebe um tratamento adequado nos primeiros instantes de sua emergência e vem a óbito pouco tempo depois. 
Isto causa insatisfação nos profissionais envolvidoscom o atendimento e sua descrença na possibilidade de sucesso nos casos futuros, além de muita tristeza nos proprietários do animal.
Emergências na Clínica de Pequenos Animais
A Medicina Veterinária, entretanto, está em franca evolução científica e tecnológica, através dos conhecimentos sobre a hemodinâmica, ventilação, perfusão, técnicas cirúrgicas e procedimentos invasivos e não invasivos, proporcionando condições de melhorar muito a taxa de sucesso na reanimação e estabilização destes pacientes em caráter clínico emergencial.
Triagem
Classe I 	 
Classe II	 
Classe III	 
Classe IV
Emergências na Clínica de Pequenos Animais
 
Emergência na Clínica
Gestão por Gravidade
 	Cuidados Paliativos
 	Pacientes graves
 	Pacientes sob risco de descompensação 
 	Pacientes ambulatoriais sem risco
 	Pacientes de alta
Ficha de Triagem de Urgências ao Telefone – Data: ____/ _____/______
 
1. Identificar a ligação - Fone: __________________________________	Hora da chamada: _____:_____ 
2. Nome:_________________________________________________	Hora da chegada do animal: _____:_____
3. Detalhes para contato:_______________________________________________________________________	
4.O animal já tem ficha no Hospital ? ( )-SIM ( )-NÃO
5.Local onde se encontra e tempo aproximado para chegar ao Hospital
 __________________________________________________________________________________________
6.Nome do animal:____________________________________________ 
7.Raça:_____________________________________________________ 	Sexo: ( )-F ( )-M
8.Idade aproximada:__________________				Peso aproximado:___________________
9.Queixa ou motivo do atendimento:______________________________________________________________
10.O animal está consciente ? ( )-SIM ( )-NÃO
11.O animal tentou morder ou está agressivo ? ( )-SIM ( )-NÃO
12.Consegue ver se o animal respira ? ( )-SIM ( )-NÃO
13.Pode ver algum sangramento ou ferimento ? ( )-SIM ( )-NÃO
	Se positivo consegue localizar onde ?
 
 _________________________________________________________________________________________
ABC
O animal precisa ser avaliado como um todo, tendo como foco principal o sistema respiratório e circulatório, para que seja possível otimizar a perfusão sanguínea e a oferta de oxigênio para os tecidos. 
Para isso, utiliza-se o ABC do trauma como forma de avaliação e estabilização do paciente. O conceito do ABC do trauma, atualmente, é conduzido de forma a avaliar primeiro o sistema respiratório, depois o circulatório, o nervoso, o digestivo e por fim o musculoesquelético.
A: AR
B: Boa Respiração
C: Circulação
A organização é fundamental para ganhar tempo. Devemos conhecer os equipamentos, mantê-los funcionando, limpos, esterilizados, prontos para emergência.
Básico
Seringas: treinar manipulação, conhecer tamanhos.
Catéter (qual o mais adequado?);
Equipos, soluções;
Conhecimento e manipulação de medicações (como abrir uma ampola?)
Intubação Endotraqueal
Intubação endotraqueal ou orotraqueal (IOT) é um procedimento de suporte avançado de vida onde o médico, com um laringoscópio, visualiza a laringe e através dela introduz um tubo na traquéia (tubo endotraqueal).
Tal tubo será utilizado para auxiliar a ventilar o paciente, pois possibilita que seja instituída a ventilação mecânica, ou seja a ventilação dos pulmões (respiração) através do uso de aparelhos (ventilador).
Em cães é relativamente fácil, a abertura da boca é ampla e as estruturas são facilmente visualizadas. O laringoscópio facilita o procedimento. São utilizados os tubos endotraqueias, que possuem tamanhos variáveis. Cães braquicefálicos têm diâmetros menores. 
Equipamentos
Laringoscópio												
Intubação Endotraqueal
Tubos/Sondas endotraqueais
Intubação Endotraqueal
Visão da região glótica através da laringoscopia direta
Diferenciais
Desfibrilador
Termômetro periférico
Doppler vascular ou oscilométrico
Monitor multiparamétrico
Laboratório 
Exames de imagem

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