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A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO VIA BUCAL DE ISTS EM CRIANÇAS QUE SOFREM ABUSO SEXUAL

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SAGRADO CORAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
GIOVANNA GABRIELE BARBOSA 
LUIZA SATURNINO CAMACHO 
MARIA EDUARDA LODDI 
MARINA MAGALHÃES SGOBI 
NICOLE YONEDA 
RAFAELA ANASTÁCIO 
RICHARDS JUNIOR 
VITOR LISTA FRANCISCO 
VIVIANE MARTINELI VALÉO 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO VIA BUCAL DE 
IST’S EM CRIANÇAS QUE SOFREM ABUSO SEXUAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BAURU 
2020 
GIOVANNA GABRIELE BARBOSA 
LUIZA SATURNINO CAMACHO 
MARIA EDUARDA LODDI 
MARINA MAGALHÃES SGOBI 
NICOLE YONEDA 
RAFAELA ANASTÁCIO 
RICHARDS JUNIOR 
VITOR LISTA FRANCISCO 
VIVIANE MARTINELI VALÉO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO VIA BUCAL DE 
IST’S EM CRIANÇAS QUE SOFREM ABUSO SEXUAL 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto de Pesquisa apresentado como 
exigência da disciplina de Métodos e 
Técnicas da Pesquisa do Centro 
Universitário Sagrado Coração. 
 
Orientadora Profa. Dra. Maristella Pinheiro 
Cavini. 
 
 
 
 
BAURU 
2020
RESUMO 
O diagnóstico via bucal de IST’s, em crianças, auxilia no descobrimento de abusos 
sexuais que essas possam estar sofrendo. Em prol disso, a odontologia, contribui em 
cima dessa problemática, realizando o diagnóstico dessas doenças via lesões bucais 
que se manifestam na região oral do paciente. Com o diagnóstico feito pelo cirurgião-
dentista, é permitido que seja executado a intervenção no tratamento da doença em 
si, e no ato criminoso. Para essa finalidade, é relevante que os responsáveis, ao 
notarem o aparecimento de possíveis alterações na cavidade bucal das crianças, 
encaminhem-se a um profissional da área, a fim de que seja feito o diagnóstico 
precoce de IST’s e a existência do abuso sexual. Com tudo, acredita-se que 
oferecendo informações sobre a importância das consultas odontológicas na vida das 
crianças, nesse contexto, ocorrerá um progresso de saúde pública e uma libertação 
das crianças dos abusos psicológicos e físicos que as abalam. 
 
Palavras-chave: IST’s. Odontologia. Diagnóstico. Crianças. Abuso Sexual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 04 
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA ................................................................... 04 
1.2 PROBLEMA E HIPÓTESES ............................................................................. 05 
1.3 OBJETIVOS ...................................................................................................... 05 
1.4 JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 05 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................... 07 
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ......................................................... 08 
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ............................................................... 08 
3.2 TÉCNICA DE COLETA DE DADOS ................................................................. 08 
4. CRONOGRAMA ............................................................................................... 10 
5. ORÇAMENTO .................................................................................................. 11 
 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
 
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA 
 
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), toda criança tem o direito à 
saúde e à vida longe da violência. Abusos sexuais na infância é submeter a criança à 
prática do ato sexual sem o entendimento, compreendimento e sem que possa ser 
consentido. Os abusos normalmente acontecem dentro da própria casa ou por 
parentes próximos que ameaçam as crianças tornando-a incapaz de falar ou explicar 
o que está acontecendo para um adulto que confie. 
A Odontologia é de extrema importância para diagnósticos de ISTs (Infecções 
Sexualmente Transmissíveis) através de lesões bucais na cavidade oral da vítima, 
essas lesões podem vir acompanhadas de Equimose (hematomas). Muitos pacientes 
se queixam sobre os sintomas e o responsável procura ajuda do profissional, portanto 
o conhecimento do cirurgião-dentista é indispensável para a confirmação de diversas 
doenças por exames clínicos, físicos e laboratoriais. 
As ISTs são um problema de saúde pública, que ainda sobre as estimativas da 
OMS, mais de 1 milhão de pessoas são contaminadas por alguma IST diariamente. 
Dentre elas as mais importantes que podem ter manifestações orais são a sífilis, 
gonorreia, herpes genital, candidíase, HPV e Aids. 
Estudos brasileiros apontam que a maioria dos abusos acontecem com 
meninas entre 5-10 anos, com meninos é menos frequente mas também acontece. 
O abuso sexual infantil é um fator de risco tanto para a saúde física do paciente 
como psicológica, gerando traumas que serão refletidos na vida adulta. A importância 
do diagnóstico rápido e preciso é necessário para que haja uma intervenção de 
maneira imediata. 
Em 2018 foi registrado o maior índice de casos de ASI (Abuso Sexual Infantil) 
já registrados pelo Ministério da Saúde no Brasil, levantamento obtido pelo GLOBO. 
O que computa ao menos 32 mil casos, esse índice equivale a mais de 3 casos por 
hora. 
Assim, o cirurgião-dentista pode identificar os sinais de abusos sexuais, e se, 
comprovado, encaminhar o caso para autoridades legais para que o problema seja 
cessado o mais rápido possível. 
 
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1.2 PROBLEMA E HIPÓTESE 
 
Qual a contribuição da Odontologia na detecção, via bucal, de IST’s em 
crianças que sofreram abuso sexual? 
A odontologia pode realizar o diagnóstico de IST’s através de lesões bucais na 
cavidade oral que, até então, a contaminação por alguma delas era desconhecida pelo 
paciente. 
O abuso sexual infantil acontece na faixa etária de 5 á 10 anos, e a cadeira 
odontológica pode ser o local de descoberta dessa violência sexual em crianças. 
O diagnóstico rápido e preciso, podendo ser feito pelo cirurgião-dentista, 
permite a intervenção imediata, tratamento da doença e encaminhamento para 
autoridades legais. 
 
1.3 OBJETIVOS 
 
Evitar e diminuir através do diagnóstico precoce de IST’s, o número de casos 
de abuso infantil. 
Ajudar pais e responsáveis por crianças a reconhecerem os sinais e 
anormalidades no comportamento e no quesito odontológico das vítimas em questão. 
Informar aos pais e familiares de crianças e vulneráveis, a importância de 
direcionar uma atenção e cuidados maiores no caso de aparecimento de lesões 
bucais; 
Encorajar a tomada de devidas atitudes, no caso de detectar possíveis sinais 
que comprovem a existência do abuso; 
 
1.4 JUSTIFICATIVA 
 
Esse projeto de pesquisa foi elaborado para entendermos a relação entre a 
odontologia e o diagnóstico de IST’s em crianças que sofrem abusos sexuais, pois 
grande parte das lesões físicas está situada na região da cavidade oral, independente 
de ter lesões nos órgãos genitais. Os sinais claros que podem gerar suspeitas estão 
relacionados a doenças sexualmente transmissíveis, laceração de freios labiais e 
linguais, principalmente entre crianças de 1 a 8 anos de idade, e também podem 
possuir marcas de mordidas e de sucção na região do pescoço. 
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A suspeita de maus-tratos no campo odontológico se baseia essencialmente 
na anamnese e nos exames clínicos complementares, é muito importante que os pais 
sejam entrevistados separados da criança para saber o histórico familiar. 
Os familiares podem retardar a consulta odontológica, pois normalmente não 
se conscientizam sobre o assunto, nem sobre a gravidade dos casos, e também 
apresentam relatos não condizentes com as observações clínicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
Chaim (1995) defende a ideia de que é dever do cirurgião dentistatambém 
saber identificar sinais do abuso em crianças e vulneráveis, levando em consideração 
os riscos de ISTS. 
Chaim (1995) comenta que “o cirurgião dentista possui um papel fundamental 
ao que se refere ao abuso infantil, portanto é dever dele ter conhecimento, saber 
avaliar os sinais e sintomas que indicam casos de violência sexual, tendo entre as 
consequências as infecções sexualmente transmissíveis (ist’s)” 
Alinhado com o mesmo ideal Bayer acredita que por conta desse contato na 
infância com as possíveis vítimas, o cirurgião dentista possui grandes chances de 
detectar o então problema se tiver o conhecimento necessário à respeito do assunto. 
Bayer (1995) enfatiza a ideia acima, quando afirma que o profissional assume 
um papel muito importante, porque ele tem acesso e contato estreito com a vitima de 
abuso e muitas vezes faz o acompanhamento durante a infância, podendo assim notar 
qualquer lesão. 
Massoni (2010) coloca em ênfase as infecções orofaciais relacionadas com 
esse tipo de exploração, o que complementa o pensamento de Chaim (1995) e Bayer 
(10995), dando também importância a questões emocionais como forma de obter mais 
informações. 
Massoni (2010) chama atenção para as infecções orofaciais relacionadas ao 
abuso sexual: Gonorreia, Condiloma acuminado, Sífilis, infecção por herpes tipo II, 
Monilíase e Tricomoníase, e ainda a formação de eritema no palato, devido a felação 
Fica claro que há inúmeros tipos de lesão de natureza suspeita, é dever do 
dentista não só fazer uma anamnese, mas também buscar informações que deem 
conta de interpretar a linguagem emocional da vítima. 
Me modo geral, concluímos que é de extrema importância a capacitação do 
cirurgião dentista nos mais diversos casos, para que seja identificada e encaminhada 
para tratamento qualquer tipo de IST, ou qualquer sinal, por menor que ele seja. Os 
responsáveis devem ser orientados e familiarizados com a importância e relevância 
dos sinais aparentes fisicamente ou no comportamento da criança. 
 
 
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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA 
 
A pesquisa será realizada com base nos relatos, experiências e análises clínica dos 
pacientes e seus responsáveis. 
 
A exploração dos dados será prática exploratória, pois sairemos à campo para 
realização de exames clínicos, especialmente analisando as cavidades orais dos 
pacientes e abordagem com questionários para capitação das experiências e relatos. 
 
A referida pesquisa de campo será quantitativa e qualitativa, uma vez que abrange 
ambas metodologias para alcançar os objetivos propostos. 
 
3.2 TÉCNICA DE COLETA DE DADOS 
 
A busca das informações será realizada em campo. Serão utilizados formulários e 
questionários pré definidos com questões qualitativas e quantitativas. A coleta dos 
dados será realizada em lugares públicos, como praças, por exemplo, por onde 
circulam famílias, pais e crianças. Conforme roteiro de entrevista, os formulários, com 
linguagem simplificada e clara, serão preenchidos pelos entrevistados - pais e 
responsáveis pelas crianças, alvo da pesquisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
4. CRONOGRAMA 
 
 
 
 
 
 PLANEJAMENTO PERÍODO DE DESENVOLVIMENTO 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Levantamento bibliográfico 
 J 
 
X 
F 
 
X 
M 
 
A M J J A S O N D 
Escolha dos textos que foram 
introduzidos 
 X X 
Coleta de fontes X X 
Organização do projeto seguindo as 
normas 
 X X 
Redação do trabalho X X 
Revisão/ Redação final e correção 
de erros 
 X X 
10 
 
 
 
 
5. ORÇAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELAÇÃO DOS RECURSOS MATERIAIS E FINANCEIROS
ITENS CUSTOS
(Material de consumo) 
Xerox 300,00R$ 
Confecção de pôster informativo 200,00R$ 
Material de proteção individual (EPIS) 250,00R$ 
Material para exame clínico 85,00R$ 
Subtotal 835,00R$ 
(Material permanente) 
Softwares 3.000,00R$ 
Computador 1.500,00R$ 
Subtotal 4.500,00R$ 
 
TOTAL 5.335,00R$ 
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REFERÊNCIAS 
 
AGENCIA PATRICIA GALVAO. Três crianças ou adolescentes são abusadas 
sexualmente no brasil a cada hora. Disponível em: agenciapatriciagalvao.org.br. 
Acesso em: 13 set. 2020. 
ALVES, Pollianna Muniz; CAVALCANTI, Alessandro Leite. Diagnóstico do abuso 
infantil no ambiente odontológico. : Uma revisão da literatura. UEPG, Ponta Grossa, 
v. 3, n. 6, p. 30-34, dez./2003. Disponível em: www.docplayer.com.br. Acesso em: 13 
set. 2020. 
CAVALCANTI, A. L.; VALENÇA, A. M. G.; DUARTE, R. C. O odontopediatra diante de 
maus tratos infantis: diagnóstico e conduta. J Bras Odontoped Odont Bebê, Curitiba, 
v. 3, n. 16,p. 451-455, nov./dez. 2000. 
 
 CHAIM, L. A. F. Odontologia versus criança maltratada. Rev Assoc Paul Cirur Dent, 
São Paulo, v. 49, n. 2, p.142-144,mar./abr. 1995. 
 
DESCONHECIDO. Maus-tratos contra crianças e adolescentes: proteção e 
prevenção: guia de orientação para profissionais de saúde . 2. ed. Rio de Janeiro: 
abrapia, 1997. p. 6-31. 
O ESTADO DE SÃO PAULO. Violência domestica atinge 750 menores por hora. 
Disponível em: www.estadao.com.br. Acesso em: 13 set. 2020. 
UFJF. Conferência investiga relação entre infecções sexualmente 
transmissíveis e lesões bucais. Disponível em: www2.ufjf.br. Acesso em: 13 set. 
2020. 
 
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