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ANATO III - MEDULA ESPINHAL E NERVOS (1)

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ANATOMIA VETERINÁRIA III - REO 4 
 
DISCENTE: Anna Paula Pires Martins – 202011183 
 
MEDULA ESPINHAL E NERVOS 
Medula espinhal: são feixes de fibras nervosas, longo, cilíndrico, com nervos (espinhais), intervalos 
regulares nos dois lados. Faz parte da porção superior do sistema nervoso. Se encontra no interior da 
coluna vertebral, desde a transição occipito-atlântica até as vértebras S1 e S2. 
Peças em natural é perceptível uma cor amarelo palha ou bege claro. Além disso, tem uma consistência 
gelatinosa e disforme no organismo, no entanto, em peças preparadas são bastante firmes e resistentes. 
Possui três membranas envoltas na medula espinhal, chamadas de meninges espinhais, que são: 
 Dura-máter: também chamada de Paquimeninge, devido à sua resistência, se localiza no canal 
vertebral (externo a aracnóide), no espaço epidural. Constituída de vasos sanguíneos e tecido 
adiposo, serve para aplicação de anestesias no seu espaço epidural ou peridural. 
 Aracnóide (lâmina):se localiza entre a duramáter e a pia-máter. O seu espaço externo é chamado de 
“espaço subdural” (possui um liquido semelhante a linfa) e o interno de “ espaço subaracnóide” (possui 
o líquor, ou também chamado de liquido cérebro-espinhal). O espaço subaracnóide é usado como 
anestesia raquidiana e retirada do líquor para exames de mielografia. Também é formada por 
trábeculas e se localiza no interior do espaço subaracnóide, unindo a lâmina a pia mater. 
 Pia- máter: está aderida a medula espinhal e se limita internamente com o espaço subaracnóide. A 
pia-máter em conjunto coma aracnoide é chamada de Leptomeninge 
 
MORFOLOGIA MACROSCÓPICA EXTERNA 
A medula espinhal apresenta dilatações chamadas de intumescências cervical e lombar. Localizadas 
respetivamente com as cinturas escapular e pelvina. As dilatações ocorrem por compreender um maior 
volume de fibras nervosas, responsáveis pela inervação dos membros torácicos e pélvicos. 
Além disso, pode-se observar depressões em alguns locais da medula espinhal. As depressões mais 
importantes são: 
 Sulco mediano dorsal 
 Septo mediano dorsal: se aprofunda até a substância cinzenta. 
 Fissura mediana ventral: chega até a substância branca, sem alcançar a substância cinzenta. 
 Sulcos laterais dorsais: pontos de conexão entre a medula espinhal e os nervos espinhais 
 Sulcos laterais ventrais: pontos de conexão entre a medula espinhal e os nervos espinhais. 
 Cone medular: porção final da medula espinhal em forma de cone. 
OBS: na região final da medula espinhal se encontra os nervos dos membros pélvicos e da região posterior 
do animal. Essa junção de região no final se chama cauda equino e é formada pelo cone medular, raízes 
de nervos sacrais e coccígeos. 
 
MORFOLOGIA MACROSCÓPICA INTERNA 
Em um corte transversal a substância cinzenta tem um formato de “H” e em cada antímero possui uma 
região: três colunas ou cornos dorsal, ventral e lateral (apenas na região lombar e torácica) e a última 
denominada substância cinzenta intermediária. 
A substância branca em um corte transversal é notório a substância branca envolvendo a substância 
cinzenta. Em cada antímero da medula espinhal distintas a substância branca, é delimitada pelas 
depressões da medula espinhal e pelos cornos da substância cinzenta. Nos quais são chamados de 
funículos. Dessa forma, possui os funículos dorsais (entre o SMD e os cornos dorsais) e os funículos 
ventrais (entre a FMV E SLV). 
Além disso, existe a comissura branca (união entre duas estruturas semelhantes e possui como função de 
comunicar os lados da medula espinhal entre si) e a comissura cinzenta (faixa de substância cinzenta que 
comunica os lados da medula espinhal). 
 
ASPECTOS FUNCIONAIS DA SUBSTÂNCIA CINZENTA 
A substância cinzenta é formada pelos corpos de neurónios ou, também chamado de pericário, fibras 
amielínicas e células da glia (astrócitos, oligodendrócitos, microgliócitos e ependimócitos). 
 Fibras aferentes chegam pelos cornos dorsais levando as informações até a medula. As fibras podem 
ser somáticas ou viscerais. 
 
 
OBS: cornos dorsais não possuem pericárdio, portanto, não se regeneram, necessitando de uma maior 
proteção. 
Fibras aferentes se relacionam apenas com os cornos dorsais e pelos corpos de neurónios serem bem 
mais volumosos não caberia no interior dos cornos dorsais dos respectivos antímeros. 
Nos demais cornos estão distribuídos os neurónios eferentes, que levam a resposta até os órgãos efetores. 
Nos cornos laterais é encontrado os pericárdios dos neurónios viscerais, que é destinado a musculatura 
esquelética cardíaca, musculatura lisa e as glândulas. 
Ademais, na substância cinzenta intermediária estão presentes os pericárdios e também todos os 
prolongamentos dos neurónios de associação. 
 
ASPECTOS FUNCIONAIS DA SUBSTÂNCIA BRANCA 
Composta por prolongamentos neuronais e células da glia. A coloração esbranquiçada é devido a bainha 
de mielina que recobre os prolongamentos neuronais. 
Possui neurónios que conduzem estímulos pela via ascendente da medula espinha, que transporta 
estímulos aferentes em direção a porção central do sistema nervoso. Ademais, também se encontra as 
vias descendentes da medula espinhal, que conduz as respostas eferentes da porção do sistema nervoso 
até órgãos efetores. 
Identificável vários fascíolos, que tem como função conduzir sinais de dor, temperatura, pressão, tato, 
propriocepção. 
OBS: os estímulos são conduzidos em ambas as direções na substancia branca. Ocorre uma comunicação 
entre as substancias devido a existência do fascíolo próprio da medula espinhal, que faz a conexão entre 
as duas substâncias, no caso a substancia branca e a cinzenta. 
 
NERVOS 
 São aglomerados de fibras nervosas fora da porção central do sistema nervoso. 
 Tipos: 
Anatômico: os pares segmentados da medula espinhal se encontram, esses são: 
 Nervos cervicais 
 Nervos torácicos 
 Nervos lombares 
 Nervos sacrais 
 Nervos coccígeos 
 
OBS: os nervos variam de acordo coma espécie 
Funcional: todos possuem fibras eferentes e aferentes, sendo chamados de nervos mistos. 
Unidades formadoras: os nervos espinhais se conectam com a medula espinhal em cada e extremo (dorsal 
e ventral), através das radículas, que são pequenas raízes. Os cornos dorsais formam a raiz dorsal do 
nervo espinhal e os cornos ventrais formam as raizes ventrais do nervo espinhal. São fibras extensas. 
As raízes se unem formando o forame intervertebral. 
Tipos funcionais de fibras: todos os nervos espinhais são mistos, e cada um desempenha uma função 
específica. 
Os nervos espinhais saem do forame intervertebral, devido a sua extensão esses nervos se ramificam e o 
tronco se divide em ramos dorsais e ventrais. 
PLEXOS: São regiões onde os nervos espinhais se misturam e trocam fibras em si (exemplo: plexo 
braquial e lombossacral). Os plexos tem a necessidade de preservar, a inervação dos membros. 
NERVOS CRANIANOS 
Se originaram no encéfalo e se partem para as vísceras da cabeça, pescoço, tórax e abdômen. No entanto, 
três nervos são apenas sensitivos, ou seja, não pode ser originados no encéfalo, mas sim na porção central 
do sistema nervoso. 
Tem número de nervos definidos, independente da espécie, são ao todo 12 pares de nervos cranianos e 
dois novos nervos chamados, de nervo terminal e nervo vomeronasal. Esses se conectam no encéfalo e 
se encontram rostralmente ao nervo olfatório. Se originam na cavidade nasal e se destinam para o bulbo 
olfatório. 
OBS: Cobras por serem cegas usam o nervo vomeronasal para perceber estímulos olfatórios. 
Reflexo Flemhen: odor proeminente que faz com que os animais contraem o focinho. 
Os nervos cranianos são mistos, exceto os pares de nervos 1,2 e 8 que são aferentes.

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