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PPR pré-clínica I

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Xilo – LVII - 2019
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PPR pré-clínica I
A melhoria da qualidade de vida e avanço na medicina tem prolongado a expectativa de vida em todo mundo, mostrando um importante envelhecimento da população que vem gerando mais necessidade por parte dos pacientes e profissionais da saúde de manterem os dentes naturais. Muito é dito que, com o avanço tecnológico, o uso e necessidade das PPRs será eliminado. Contudo, as condições socioeconomicas de nosso país indicam que esse tratamento se mantenha aplicável por seu baixo custo. Nessa subdivisão da prótese, os elementos protéticos não substituem toda arcada como PT, de maneira que substitui um pequeno conjunto de dentes, mas é removível como uma PT e parcial como uma PPF, sendo possivel a manutenção de uma maior parte de estrutura dentária remanescente. Portanto, tem muito de uma PT, mas ainda há dentes naturais na arcada compartilhando espaço com os dentes de acrílico. Apesar de removivel, não uma prótese móvel, visto suas diversos apoios e suportes que a fixam às estruturas dentárias que sobram para exercer suas funções sem mobilidade para proteger o periodonto e tecidos edentulos Essa prótese é fixada na boca como uma estrutura metalo-plástica, com uma estrutura básica metálica servindo de esqueleto para os dentes que mimetizam uma arcada saudável. A PPR é uma opção a ser eleita no tratamento reabilitador em detrimento do uso excessivo de implantes, que muitas vezes são mais caros do que o paciente pode pagar. O maior erro de um dentista é moldar o paciente e não vazar o gesso imediatamente, mandando esse molde para um protético.
Toda PPR deverá ser bilateral, mesmo que a perda dentária seja unilateral, uma vez que haverá melhor suporte e fixação. Um paciente que possui condições financeiras consegue pagar por uma PPF, enquanto um paciente com pouco dinheiro deve recorrer à PPR. As vantagens da PPR envolvem seu baixo custo, bem como a preservação da estrutura dentária remanescente e facilidade de higienização. Contudo, a presença de grampos fixando os dentes protéticos é antiestético, além dos fatores de degradação da resina por sorpção de líquidos do meio, bem como acumulo de produtos salivares que enfraquecem as cadeias polimericas da prótese. Além disso, nessa prótese não há como produzir coroas provisórias. As funções são reduzidas também, bem como eficiencia mastigatória, força de mordida, estereognose mastigatoria e performance mastigatoria. A eficiencia mastigatória é relacionado com o tempo, o quanto consegue triturar em um espaço de tempo, enquanto a performance é relacionado aos ciclos. A capacidade mastigatória é como se avalia a mastigação, se doi ou se faz corretamente. A esterognose é a capacidade de reconher o que toca a estrutura dentária. Todas essas funções são menores em quem usa próteses.
Uma PPR é indicada quando se tem amplos espaços necessitando uma prótese, levando em consideração a situação economica do paciente. Uma protese parcial removivel também pode ser feita na contenção de fraturas após acidentes, de maneira que permite o reparo ósseo. Esse mesmo principio pode ser aplicado na proteção dos implantes dentários, temporizando a cicatrização do mesmo a partir da protese parcial removivel. A importancia também é aplicada na protese imediata, com planejamento protético antes da remoção do elemento dentário, onde será imediatamente colocado o dente protetico. Em extremos livres em falta de estrutura óssea, onde fica dificil fixar uma PPF ou implante. Muitas vezes não há pilares mais posteriores, formando um extremo livre.
A indicação de uma PPR em detrimento de uma fixa se faz dependendo do espaço protetico: se mais de 3 ponticos devem ser posicionados, optamos pela PPR, uma vez que 4 ponticos de fixa pode gerar danos ósseos aos dentes pilares. A contraindicação para a aplicação de uma PPR esta na descoordenação motora do paciente, se este possui uma deficiencia ou precisa de um cuidador.
O objetivo de uma PPR deve ser a manutenção dos dentes remanescentes mais do que a reposição dos dentes ausentes. Assim se pode manter a PPR por 5 a 8 anos na boca até a troca. A classificação pode ser feita por motivos didáticos, comunicativos ou para plano de tratamento – a classificação de Edward Kennedy (1925) é única e universalmente aceita. Esta é feita em algarismos romanos: Classe I, II, III e IV. A classe I é uma arco com um extremo livre bilateral, a classe II é um extremo livre unilateral, a classe III é ausencia de dentes mais posteriores sem comprometimento da linha média e a classe IV é a perda dos dentes anteriores com o comprometimento da linha média. Em dentes com falta de dentes anteriores e posteriores não está pautada na classificação de Kennedy. As regras de Applegate impoem um preparo prévio, sendo necessária a remoção de algum elemento ou trabalho previo antes de definir uma classificação. Geralmente removemos o terceiro molar. Muitas vezes não é necessário tratamento se a pessoa não possui apenas os molares (Arco dental reduzido, quatro unidades oclusais compostas apenas por pré-molares), apenas fazemos a protese se é da vontade do paciente, mas se perde o segundo pré será necessário o tratamento protético. Um espaço edentulo posterior, portanto, é determinante para a classificação, de maneira que se tem um extremo livre e ausencia de molares, predomina-se a classificação em classe II. Os espaços edentulos adicionais são considerados como modificações, com excessão da classificação IV – modificação em número arábico. Portanto, nessa classicação com as regras de Kennedy, começa a classificação dando melhor importancia para os posteriores, adicionando a modificação como o numero de espaços livres extra. O espraiamento lingual ocorre com a lingua que se hipertrofia quando há a perda do molar, de modo que o dente oclui contra a lingua, evitando sua extrusão.
Uma PPR é composta por grampos de apoio oclusal, grampos de braços (retenção e oposição) e conector menor; barras dentárias, sela, dentes artificiais e conector maior. Para que o apoio da removivel se encaixe será necessário o suporte dentário, onde haverá o preparo da estrutura dentária na formação de nichos para fixar o apoio. Esses nichos devem ser feitos em áreas de fácil acesso da escova, de modo a facilitar a higienização e evitar a cárie, o que muitas vezes não acontece. A falta do suporte em nichos pode não deixar solto e mesmo assim se manter fixo pois está em grampos, mas não pode evitar que lesione a gengiva. Os apoios serão importantes para evitar a intrusão de prótese quando há forças em seu longo eixo. Forças paralelas ao longo eixo feitas pelo dente antagonista sobre os dentes pilares são sempre favoraveis em manutenção de saúde. O nicho para alojar o apoio é importante para evitar contato primitivo em oclusão, preparando a área de crista marginal para preparar para a oclusão com antagonistas sobre o apoio sem haver contato prematuro. Para que o apoio se adapte ao nicho, as paredes precisam ser expulsivas para não haver retenção, facilitando moldagem e assentamento do apoio.
Para fixar um apoio, temos que seguir algumas regras: todo dente vizinho ao espaço protético é um pilar direto e este terá apoio. Todo grampo terá um apoio, todo dente que se planeje ter como apoio deverá receber um grampo. Quanto ao número, temos um mínimo de 3 apoios no planejamento.
O contato prematuro é todo movimento estático de abrir e fechar que ocorre antes do tempo, enquanto a interferencia oclusal é o contato prematuro em movimentos excentricos da mandibula. Se esses movimentos excentricos e estáticos que tenha contato prematuro não causa danos à saúde dentária, temos o contato prematuro, mas se é nocivo e causa danos será interferência oclusal.
Para a confecção do apoio, temos que considerar determinados aspectos tais como a forma, angulação, extensão e número. O formato é triangular para que a resultante de forças oclusais se dissipe para o longo eixo do dente, na porção em que há o vértice apical do triangulo do apoio. A angulação é a relação entre o apoio e o conectormenor – geralmente utilizamos reto ou ligeiramente agudo para que as forças se dissipem para a estrutura dentária em seu longo eixo. A extensão do apoio será nas mesiais ou distais (apoios são simples ou duplos – quando na mesial de um e na distal de outro é geminado), se extendendo apenas no terço mesial ou distal do dente, se posicionando no terço médio de uma proximal. Podemos estender esse apoio do terço proximal para o terço médio oclusal se o dente é mais mesializado e precisa de uma melhor dissipação das forças (macroapoio ou longo apoio oclusal). quanto à localização, apoios diretos estão no pilar direto, enquanto os indiretos estão distantes dos pilares diretos. Quanto ao número, os apoios podem ser simples, duplos ou geminados.
Um apoio oclusal deverá ser feito em posteriores, seja pilar direto ou indireto. O apoio lingual precisa de um nicho para que não incidam forças traumaticas ao dente para vestibular. A confecção do nicho interfere na maneira de oclusão, uma vez que um apoio lingual nos anteriores superiores pode atrapalhar na oclusão se não bem adaptado por nicho. Brocas 2128 e 2130 auxiliarão na montagem do nicho em letra “L”. O apoio mais próximo da cervical reduz a potência (como uma alavanca), sendo mais bem aceito pela raiz. Uma coroa metaloceramica pode conter nichos, sendo denominada coroa fresada (ou brocada), quando o dente pilar direto está condenado e em necessidade de uma coroa. O apoio residual reaproveita raízes residuais para apoiar a protese parcial removivel, sendo seus dominios diferente do resto, tendo o nicho na armação que se encaixa sobre o apoio implantado no canal do dente e em sua superficie. Isso favorece a manutenção da raiz, preservando o osso alveolar, mantendo a propriocepção, permitindo a reversibilidade do tratamento e tendo importancia no fator psicologico, uma vez o orgão dentário é algo vivo e sua perda tem um fator negativo para o paciente. Esse apoio também permite a troca para uma fixa ou implante, uma vez que o pino pode ser facilmente retirado do canal. Ainda mais, essa raiz residual será encoberta pela protese. A fundição do nucleo estojado será em cobalto-cromio, liga de ouro ou niquel cromo. Cobre aluminio ou liga de prata nunca deve compor os apoios porque oxida.
-- pesquisar sobre arco dental reduzido e tratamento
Grampos de Retenção e Oposição
O Tratamento por prótese parcial removível é a mais indicada para diversas situações em razão de seu menor preço e menor invasividade, apesar da adaptação do paciente ser melhor em outras. O objetivo dessa protese será recuperar a função dental do paciente, mantendo os dentes remanescentes. Uma protese precisa de suporte, retenção e estabilidade. Uma prótese dento-muco-suportada só será possivel quando há um extremo livre. O suporte dentário da ppr limita a movimentação ocluso-gengival da protese, e além disso, é necessário obter retenção. A retenção é obtida com o preparo do dente suporte que receberá grampos retentores metálicos, que muitas vezes não são estéticos.
Os grampos de retenção são elementos programados para conferir retenção à PPR, impedindo o deslocamento gengivo-oclusal da prótese, diferente dos apoios que impedem intrusão da prótese para a gengiva. Todo dente próximo ao espaço protético terá um apoio e um retentor. Retentore diretos são localizados nos dentes vizinhos aos espaços protéticos, enquanto os indiretos são localizados nos dentes distantes do espaço protético. A prótese removivel sempre deverá ser bilateral, de modo a obter sua retenção. Esses grampos são os unicos componentes flexíveis das PPRs, sendo posicionados logo abaixo da “linha do equador”, uma área retentiva mais próxima da cervical – o grampo é o unico elemento em área retentiva. Essa área é definida por um delineador
Alguns fatores determinarão o número de retenções em uma protese removivel, que influenciam na retentividade do grampo de retenção, de modo a também facilitar sua remoção e assentamento. Entre os fatores, devemos levar em consideração o valor do angulo de convergencia cervical, distancia entre a ponta do grampo até a parte mais cervical do dente e flexibilidade do grampo (Esses grampos são os unicos componentes flexíveis das PPRs, que permite ser retido perfeitamente, mas facilmente removido). A ponta ativa do grampo de retenção será posicionado em areas retentivas , caracterizadas pelo triangulo formado entre a haste e a ponta do disco do delineador e a superficie do dente – quanto maior esse angulo de convergencia cervical, maior a retenção da peça; outro fator que altera retenção do grampo é a distancia entre ponta ativa do grampo e o equador protetico dentro do angulo de convergencia cervical, sendo vista como maior retenção a maior proximidade com cervical e maior distancia do equador, mas sem ferir a gengiva marginal. Quanto mais flexível um grampo, mais retentivo será, sendo esse valor dependendo das variáveis de comprimento e diâmetro. O grampo não terá espessura uniforme, saindo de seu apoio na oclusão e perdendo diametro com seu comprimento. A flexibilidade, portanto, cresce diretamente proporcional ao seu comprimento, enquanto cresce inversamente proporcional ao diametro de um grampo. Dessa forma, quanto mais fino e flexivel, mais retenção obtemos.
A determinação da ponta ativa do grampo dependerá da análise em delineador feita com uso de discos calibradores dispostos ao final da haste do delineador. Os discos podem receber medidas de 0,25mm (mais utilizado), 0,50mm e 075. O 0,25mm dará o máximo de estabilidade (e o minimo de retenção) dentro do limite de tolerancia biológica do dente e dentro do limite de flexibilidade da liga de Co-Cr.
Os grampos podem ser circunferenciais, em Y ou Roach. A circunferencial dá quase uma volta na coroa dentária, enquanto o em y parece um y e o roach é um V. O mecanismo de ação desses grampos é diferente, podendo ser por abraçamento como os circunferenciais e em y ou tropeçamento como roach. Os circunferenciais tem origem no apoio oclusal e atravessam o dente numa ação de abraçamento da coroa. Este pode ser dividido em terços rígidos, semi-rigido e flexivel, desde sua origem à sua ponta – apenas o terço totamente flexivel está posicionado na área retentiva do dente – sua ação atua de oclusal à cervical. O abraçamento deve recobrir mais de 180° da estrutura dentária, passando metade da circunferencia do dente. Os circunferenciais simples pegam dentes posteriores vizinhos e espaços intercalados, tomando apenas um dente; os duplos possuem dois apoios em apenas um dente; retentores geminados são como os apoios geminados, indicados para molares e prémolares de classe II longe do extremo livre e classe III e IV. Estes são como retentores espelhados unidos por apenas um apoio entre dois dentes. Grampos de Ottolengui possuem utilização única para pré-molares isolados, como um grampo circunferencial com apoio duplo em apenas um dente, saindo deste um grampo retentor que atravessa o dente por MD ou DM – esse será um dente isolado mas não o ultimo do hemiarco.
Grampos em Y se originam de apoios em dentes anteriores, com ação de abraçamento sobre esses dentes, sendo também dividido em terços, e formando menor angulo com o dente, atua de incisal para a cervical, tem menor ação retentiva, porém é mais estético. A indicação deste é feita para dentes anteriores vizinhos a espaços intercalados. Em proteses com grampos apenas de abraçamento, temos apenas apoio em dentes, sendo definido como protese dento suportada (classe III e IV). O grampo de ação de ponta T ou Roach se originam do conector maior e age por tropeçamento em dentes anteriores, gerando a maior retenção possível. Este também é dividio em terços, atuando de cervical para oclusal. Sua ação será de arrasto, sofrendo retenção por ser empurrado contra o dente em direção oclusal. esse grampo tem tipos T e I. É o mais antiestético apesar da melhor retenção, uma vez que tem ação em sua vestibular. É indicado para dentes anteriores e posteriores vizinhos a extremidades livres. Esse é aplicado ao invés de Y quandonão temos posteriores – quando o anterior é o ultimo antes de um extremo livre devemos aplicar um T, podendo sim fazer um T quando temos um molar distante nesse arco. Grampos I, ou API, é um grampo com apoio, placa proximal e grampo I, compondo um retentor extracoronário.
Sempre que temos um grampo de retenção, devemos ter um grampo de oposição – em casos dos circunferenciais, este fica na lingual. Ao passo que o braço de retenção tem boa flexibilidade e torna-se delgado, braços de oposição são mais rígidos e mais grossos, de modo a dar estabilidade para o grampo. Este atua vestibulo-lingualmente como resistencia às forças retentoras, pois enquanto tem uma força “X” empurrando o dente para um lado, o opositor exercerá uma força contrária e de mesma intensidade como reciprocidade, evitando que o dente se incline para lingual ou palatina com o tempo de uso da prótese. Assim, neutralizam s forças dos grampos de retenção e estabilizam o dente pilar. Para exercer sua função corretamente sem deformar, devem apresentar espessura uniforme. Os grampos de oposição são dos circunferenciais e de y – o do y não possui um grampo extra de oposição, se denominando auto-estabilizante. A reciprocidade feita é horizontal e vertical, onde terão forças iguais, em sentidos opostos que se anulam. A horizontal é feita com os grampos abraçando o dente e ultrapassando a linha dos 180°, enquanto a vertical é com a neutralidade da força da protese quando colocada sobre o dente e posicionada pelo paciente. A simples colocação de um grampo de oposição não significa que o mesmo será efetivo. Na vertical é dita que a estabilidade se inicia com o apoio dos opositores mais precoce ao apoio mais cervical dos braços retentores.
Conectores e Bases 
Conectores são como as pontes que unem os lados diferentes da protese. Teremos, na prótese parcial removível, conectores maiores e menores. Os conectores menores saem dos apoios e se ligam aos conectores maiores que ligam a prótese inteira como uma peça. Conectores maiores são elementos encarregados de conectar e unir os outros componentes da protese entre si, de maneira que venham a constituir-se num único corpo. É uma barra metálica, rígida que une bilateralmente os componentes da PPR. Este deve ser rígido, não pode provocar traumatismo, trabalhando sem encostar em mucosa, saindo e instalando sem agressão tecidual. Além disso, deve ter comodidade e localização correta em relação aos tecidos gengivais. Dependendo da mucosa, é necessário que tenha um alivio de 1,5mm – na maxila é justaposta à fibromucosa e na mandibula confeccionamos esse alívio. Em relação à gengiva marginal, esse deve se posicionar de 3-4mm do tecido, da cervical do dente. Temos tipos diferentes: barra combinada ou barra palatina dupla (combinado),ou barra palatina simples em ferradura e chapeado. A barra palatina dupla é a simples com uma barra posterior. A barra palatina combinada anteroposterior/dupla tem uma barra anterior a 5 ou 6 mm da gengiva marginal, a barra lateral tem 5 a 6mm da margem e a posterior não ultrapassa limite palato duro-mole. Esse é melhor aplicado em classes I e II em maxila. Essa barra palatina evita o movimento de flexão da prótese, que a deforma e pode fraturá-la. A extensão do conector maior e maxila, em desdentados bilaterais, vai até o final da extensão maxilar, enquanto nos desdentados parciais a barra se extende até o ultimo dente como apoio e retentor. De todo apoio sairá um conector menor até o maior. A barra palatina em U não possui uma barra palatina posterior, sendo indicada mais para classes III e IV. Este não precisa de uma barra posterior, mas pode ser colocada por opção – ter os molares em posição tira a necessidade de uma barra posterior. Esse conector em U deverá ir até o ultimo apoio oclusal (conector menor).
O gradeado palatino/chapeado pode fazer uma cobertura palatina totalmente metálica, cobrir com metal e resina ou puramente resina (espaços protéticos extensos). Seja classes IV que possuam apenas os ultimos molares ou classes I com apenas os centrais, as forças biomecanicas envolvidas são as mesmas, sendo necessário do recobrimento de todo o palato com resina ou metal pela estabilidade protética.
Na mandíbula temos barra lingual, uma placa lingual ou barra lingual dupla (grampo continuo de kennedy – uma modificação no dois primeiros modelos; conector maior opcional). Não há casos que obriguem o uso do grampo contínuo de Kennedy – os grampos evitarão a rotação da peça protética sobre o rebordo, mas precisa que os dentes estejam totalmente alinhados, o que nem sempre ocorre.
A barra lingual é mais utilizado, com indicação para todas as classes. Para seu uso, é ncessario ter uma distancia de 9 a 10mm da margem gengival ao fundo de sulco (espaço entre fundo de sulco lingual com a lingua ligeiramente elevada e os tecidos da margem gengival) porque temos que considerar a distancia de 3 a 4 mm da margem gengival para colocar o instrumento de 5mm de espessura com uma distancia de 2mm acima dos tecidos moles do assoalho da boca. A extensão do conector maior vai um pouco além da distal do dente de suporte principal vizinho à extremidade livre. 
A barra lingual dupla é indicada apenas para classe I inferior com função principal como retenção indireta, dando mais rigidez para barra llingual. É usada como retenção e um suporte periodontal a mais para os dentes de suporte.
A placa lingual é indicada para espaço reduzido, entre margem gengival e assoalho oral (9 a 10mm), com a presença de um tórus lingual. O alívio da superficie interna voltada para os tecidos moles e gengiva marginal. Nessa não importa a margem, só levamos em conta o espaço reservado para sua aplicação, que deve ser reduzido. Para maxila, classe I e II precisa de combinado e III e IV precisa do ferradura.
· Conectores menores
Estes ligarão os conectores maiores aos apoios, são os componentes da ppr que tem função de unir os retentores e apoios ao conector maior ou à sela, distribuindo as forças aos dentes pilares e ao tecido mucoso. O número de conectores menores depende totalmente do numero de apoios.
Biomecânica das PPRs
O sucesso do tratamento com PPRs depende do cuidadoso planejamento que respeite os principios que regem o funcionamento dessas próteses, pois, mais que meticulosa reposição das estruturas ausentes, objetiva-se a preservação dos tecidos remanescentes. Na odontologia, a biomecanica é o estudo da forma que os esforços mastigatórios são transmitidos pelas próteses e como são recebidos pelos tecidos de diferentes naturezas biológicas. Para entender a biomecanica, precisamos conhecer a bioestática, que possui ação defensiva, reparador e adaptativa, onde os componentes vivos se adaptam à situações, seja com extrusões ou migrações.
A primeira porção da biomecanica são os componentes do sistema de suporte, com porções mecânicas dos apoios, encaixes, superfície basal da sela e conector maior da maxila. Sobre as porções biológicas, como o palato, que dará apoio ao conector maior maxilar. O suporte biológico de uma prótese será composto por dentes pilares e rebordo residual (fibromucosa sobre rebordo). Isso deve ser considerado nas vias de transmissão das forças mastigatória, ora dentossuportada quando sobre dente ora dentomucossuportada quando o dente e a mucosa dão suporte (geralmente de extremo-livre, onde não possui nenhum pilar distal, tendo que repousar sobre fibromucosa em boa parte de sua extensão). As próteses dentossuportadas são comuns para classe III e IV pequena, onde encontramos espaços intercalados nas arcadas, sendo uma situação favoravel, onde cargas são diretas aos dentes, como um estimulos positivo para o dente, evitando que extrua ou incline. As forças compressivas provovcam estiramento de fibras obliquas do LP, bem como cargas de tração, de modo a estimular ósteossintese. Em próteses dentomucossuportadas são as de pior prognóstico, comumente planejadas para classes I, II e IV extensa, onde temos extremos livres de fibromucosa onde as forças incidirão. Nessa modalidade, temos estruturasde resiliencia diferente como a fibromucosa, que depende de sua flacidez e composição tecidual, onde cargas de compressão ocorrerão, de maneira a causar reabsorções ósseas a longo prazo, sendo necessário planejar uma prótese que minimize esse efeito deletério sobre osso.
O ligamento periodontal promove uma movimentação do dente dentro do alveolo de 0,1mm, enquanto a fibromucosa terá movimentação de amplitude 1,3 a 2,0mm. Isso implica a necessidade de minimizar movimentação, uma vez que a movimentação da prótese sobre fibromucosa será maior que o limite do LP, de forma que este é forçado pela base acrilica. É necessário portanto planejar o melhor grampo e assim a melhor base acrilica para minimizar essa mobilidade. Quando a prótese é de extremo livre, temos um força exercida nos dentes artificiais da extensão distal, havendo movimento de alavanca em torno do eixo de fulcro. O aumento de forças horizontais e obliquas na porção posterior da base pode aumentar a mobilidade dentária, inclinação, fenômenos dolorosos, reabsorções, desajuste de sela e maior torque sobre os pilares.
Portanto, as forças deletérias nunca pode ser eliminadas, apenas controladas para uma PPR dentomucossuportada. Deve ser feita uma avaliação clínica dos dentes remanescente, sejam essas análises qualitativas ou quantitativas. As qualitativas são ditas como integridade, forma e tamanho das superficies coronárias, analisando a quantidade de estrutura dentária remanscente, que depende da presença e extensão de restaurações e cáries. Além disso, deve-se estudar a possibilidade de recuperação das superfícies coronárias, sejam por restaurações diretas ou indiretas (coroas fresadas, com apoios e nichos confeccionados junto à coroa). É interessante observar a normalidade de altura, largura, volume e oclusal da coroa, de modo a receber o desenho dos nichos, com necessidade de recontornos, desgastes e restaurações protéticas. Outro parametro avaliado no dente pilar é o formato radicular – dentes monorradiculares, com raizes fusionadas ou conicas têm o eixo de rotação apical em uma raiz e os multirradiculares tem o eixo em cada uma das raizes, sendo de mais complicada rotação. Além disso, o grau de inclinação, a relação de posição coronária e radicular, mostra que o grau de inclinação do dente suporte no arco dentário deve ser considerado, pos dentes mesializados, vestibularizados, ou lingualizados ocasionam o desequilibrio bioestático por perda do correto ponto de contato proximal e oclusal. Em situação ideal, devemos fazer correções nessas inclinações dentárias com desgastes e restaurações indiretas, apoio duplos ou macroapoios, podendo corrigir a inclinação de raiz e coroa com tratamento ortodontico. A análise de suporte periodontal deve ser feita com relação coroa-raiz em PPR – 1:2 é mais frequente em remanescentes, devendo ter planejamento mais cuidadoso para relação 1:1. É importante sempre tirar radiografia periapical dos pilares antes do trabalho.
Em caso de extrusão dental, é importante investigar a proporção coroa-raiz, bem como o comprometimento de furca. Devemos observar o paciente de boca ocluida para analisar extrusão. 
A Esplintagem é feita pra evitar a progressão da mobilidade, obtendo maior área de LP e distribuição de forças de oclusão, sendo indicado conforme comprometimento e se em maxila ou mandíbula, dando conforto e praticidade em manutenção de H.O.
A contenção periodontal em PPR – a PPR pode ser executada de forma a promover, pelo seu próprio uso, a contenção bilateral de dentes remanescente permitindo ainda flexibilidade de alterações no tratamento periodontal. Para quando há 10mm de distancia entre o assoalho e a margem gengival podemos usar um grampo continuo de kennedy, podendo optar por uma placa lingual quando não temos essa distancia.
A análise quantitativa é importante, quase tanto quanto qualidade. A analise do numero e da distribuição dos dentes remanescentees apresenta-se, biomecanicamente, como fator de importancia igual ou mais revelante do que a análise quantitativa no que diz respeito à seleção dos elementos que devem ser utilizados como pilares para PPR. É importante considerar quantidade, pois não adianta ter dentes bons se temos apenas um em distribuição puntiforme, ou mais de um em distribuição linear (linha reta de de dente a dente, sejam dois em hemiarcos diferentes ou alguns enfileirados numa sequencia). A distribuição superficial é feita quando tem a formação de uma figura no traçado entre os dentes remanescentes, podendo ter o espaço protético dentro da figura como situação ideal, enquanto um espaço fora da figura é ruim. 
Na Biomecânica sobre Mucosa, temos que considerar as variações anatomicas no rebordo residual, seja no sentido MD, no rebordo horizontal ou paralelo, considerando as resultantes de forças perpendiculares ao plano oclusal. A moldagem funcional permite melhor adaptação, bem como a posição de uma placa proximal sobre o dente suporte para que este não se incline. Rebordos paralelos dão melhor prognóstico em razão dessas forças resultantes se anulando sobre sua superficie. Em casos de rebordo residual ascendente distal, haverá tracionamento da base contra os dentes por falta de paralelismo com o plano oclusal, sendo ainda necessário confeccionar uma placa proximal e fazer moldagem funcional, aplicando reembasamentos na base da protese para compensar a reabsorção do rebordo – o prognóstico é satisfatorio apesar da irregularidade. Quando ascendente para mesial, começa a ser desfavorável, com forças laterais no sentido distal nos dentes pilares, fazendo moldagem funcional e placas proximais pelo maior perigo de inclinação do ultimo dente. Além de reembasamentos é necessario fazer ferulização dos pilares. O prognóstico começa a ser desfavorável nessas ocasioes. Um rebordo residual concavo é descendente-ascendente, sendo necessário tomar todos os cuidados anteriores, com forças laterais insstabilizadoras para a prótese e para os dentes pilares – rebordo com pior prognóstico. 
No sentido VL, o rebordo, visto como um triangulo, pode ser normal, com relação uniforme entre espessura fibromucosa e tecido ósseo, tendo melhor suporte, bem como absorção e neutralização da força mastigatória. Quando esse triangulo é mais isósceles, com rebordo alto e fino, temos vertentes mais desenvolvidas e dando maior estabilidade, mas com pequeno espaço de montagem de dentes artificiais – prognostico mais favoravel. O rebordo estrangulado tem uma crita mais larga e com certo estrangulamento nas vertentes, entre base e ápice. O prognóstico é menos favorável, com dificuldade na adaptação da base. É possivel que se faça cirurgia de remodelamento (ponderar benefícios) e moldagens não compressivas. É bom ter reembasadores para a prótese. O rebordo residual reabsorvido tem suporte pobre, com grande dificuldade em neutralização das forças laterais. O rebordo em lamina de faca tem reabsorção extrema com aresta viva, como um mamilo num rebordo reabsorvido comum, com regiao principal de suporte praticamente inexistente – prognósticos desfavoravel. O arredondamento cirurgico da crista é duvidoso, é necessário ter alivios em protese.
Quanto ao formato do arco dental, (classe IV) este pode ser triangular, onde a distancia dos dentes artificiais ficam longe da linha de fulcro (braço de potência longo), também podendo ser ogival ou quadrangular, sendo menor braço de potencia nos quadrangulares. O braço de potencia fará alavanca. A linha de fulcro é o eixo delimitado entre os dentes suporte principal de uma classe IV, sendo uma rotação exercida quando forças são feitas sobre a prótese, traçando um braço de potencia até a porção mais anterior do arco, fazendo forças opostas ao assentamento da protese, podendo ter o braço de resistencia no outro lado da linha de fulcro, onde diversos grampos, apoios e conectores serão distribuidos para vencer a potencia. Classes IV extensas são consideradas extremos livres pois seu braço de potencia é maior que seu braço de resistencia.
A fibromucosa pode ter um rebordo residualduro, com tecido fino e firmemente aderido ao osso, podendo causar injuria e desconforto. É necessario fazer ajustes e alivios. Um rebordo compressivel tem fibromucosa mais densa, com menor injuria e melhor prognóstico por melhor absorção de cargas. O rebordo flácido possui grandes alterações no seu volume, de modo a gerar maior carga lateral dos pilares e dentes adjacentes. Moldagem não pode ser compressiva em regiões flacidas. Readaptações frequentes da sela ao rebordo após instalação. Portanto, é um prognostico ruim. É necessario fazer ferulização/esplintagem nos dentes de apoio.
Os apoios dão suporte vertical, evitando o deslocamento da protese, podendo ser diretos e indiretos. É importante que os apoios sejam alocados em nichos oclusais para não haver interferencias oclusais. Em dentes anteriores, se há nichos, há forças em seu longo eixo, com transmissão em plano inclinado quando não temos o nicho, o que pode mudar o posicionamento do dente. O, nicho deve incidir forças ao longo eixo do dente, sendo a parede de fundo perpendicular a este. O apoio deve atingir pelo menos uma das raizes, ou 1/3, ou tentar formar um macroapoio, apoio duplo. Fazer apoios maiores ou duplos devem ser aplicados estando consciente que os conectores serão maiores e terá mais de um, o que pode interferir com estruturas anatômicas.
 Quando o dente está inclinado, optamos por restaurar uma porção do dente com metal para reestabelecer ponto de contato e servir de apoio. Pode ser feito preenchimento de espaços interdentais unindo apoios, de modo a evitar impacção de alimento. Com os apoios mais no cingulo, temos melhor estética e menor força de alavanca sobre os dentes por maior proximidade ao fulcro. 
Dentes anteriores que não apresentam cingulo definido, caninos vizinhos e espaços intercalados passam pela técnica de cincularização, onde construimos de maneira menos invasiva o cingulo. O canino pode ser transformado em pré-molar pela mesma técnica, quando esse é vizinho de extremo livre. Para essa confecção fazemos sulcos cervicais para retenção. Isso deverá ser feito para que o nicho possa ser confeccionado em arcada inferior
No apoio em raiz residual é preferido quando temos uma grande perda óssea e proporção de 1:1 entre coroa e raiz. Nesse caso, cortamos a coroa e tratamos o canal, então fixamos um pino intracanal, de maneira a ter um braço de alavanca menor que a resistencia radicular. Esses apoios residuais proporcionam à raiz de prognóstico duvidoso uma situação biomecanicamente muito mais favorável. Além da redução da alavanca e incidencia de forças horizontais, temos a manutenção do rebordo alveolar pela presença do remanescente radicular. A sela da PPR em extremidade livre é mantida com suporte dentario, ao inves de apenas mucoso. A propriocepção do ligamento periodontal proporcionada pela raiz residual é muito maior que a da mucosa apenas.
Nos elementos mecanicos, a localização dos apoios inflluencia totalmente em nosso planejamento. Quando é espaço intercalado sem extremo livre, temos apoio vizinho ao espaço protético, com localização variando com o posicionamento dentário e conveniencia estética. Com dentes inclinados, geralmente optamos pelo apoio duplo pela maior área de retenção. Para melhorar a retenção é possivel aplicar resina composta ao final do braço do grampo que sai do macroapoio. Dimples ou canaleta de retenção é outro tipo de retenção artificial. Então podemos confeccionar apoio duplo com grampo de distal pra mesial, macroapoio com grampo de mesial pra distal com retenção de resina/Dimple ou um macroapoio com grampo de Gillet, que atinge distal a partir de mesial e então volta para esse em uma curva fechada, não podendo ser utilizado em coroas curtas. Uma outra opção é o uso de macro apoio com inversão de grampos , com um pra cada dente em contato.
Os apoios determinam o fulcro do movimento rotacional sob função.
A regra de apoio proximo ao espaço protético deve ter excessão em dentes anteriores (em Y) e apoio duplo para coroas inclinadas.
As alavancas podem ser de 1° ou 2° genero. No primeiro temos potencia e resistencia se contrapondo, enquanto na segunda há um eixo que faz a potencia ser unica, sem resistencia. Podemos ve que na primeira, como uma gangorra, tem um suporte/apoio entre potencia e resistencia, enquanto o segundo tem o suporte depois da potencia e resistencia, que funcionam em conjunto nessa segunda alavanca. Todos os elementos atrás do fulcro de rotação acompanham a direção de movimentação rotacional e os elementos à frente tem sentido contrário. Nas forças de mastigação, o grampo deve estar passivo, sem movimentos de alavanca/gangorra, que podem forçar para remoção dentária. A força feita sobre a porção protética em direção ocluso-apical faz forças desnecessárias para oclusal, enquanto forças contrárias ao assentamento da protese deixa o grampo passivo em um momento desfavoravel, fazendo com que saia facilmente. Portanto, nesses casos o apoio não deve estar proximo, mas distante do extremo livre. Proteses de extremo livre não há excessão, o apoio é sempre longe do espaço protético para não ter movimentos de gangorra. O ideal é que forças oclusais na protese exerçam a mesma direção de força do grampo para o dente pilar, com apoio distante e grampo de ação de ponta, para agirem no mesmo sentido sem ação desnecessária. O apoio do extremo livre, quando em mesial ou longe do espaço protético, faz com que o grampo seja passivo quando há forças de assentamento sobre o extremo livre, evitando fadiga do grampo e forças extrusivas desnecessárias sobre o dente
Apoio vizinho ao extremo livre – esforços anormais sobre fibras periodontais e tecido ósseo, fazendo com que o dente entre em extração (a maneira mais cara de se extrair um dente). Já numa classe IV ampla, temos um extremo livre anterior, com um braço de potencia maior que o braço de resistencia – a biomecanica é melhorada com uma placa recobrindo todo o palato, visto a falta extensa de elementos dentários, aproximando muito de uma PT.
Os elementos mecânicos, nos sistemas de suporte, são os conectores maiores maxilares, selas acrílicas e encaixes. Na mandibula, os conectores maiores tem caráter de alivio e não de suporte, visto o caráter não ceratinizado do tecido da mucosa oral.
Os sistemas de retenção impedem a impacção da prótese contra a gengiva. O apoio, o braço de retenção e de oposição são os componentes dos retentores. O sistema de retenção pode ser intracoronário, funcionando como encaixes ou grampos-encaixes. Os retentores se dividem em diretos e indiretos. Os retentores diretos podem ser intracoronários, com nichos confeccionados em metal em coroas protéticas, posicionando a prótese por encaixe. Os retentores extracoronários podem ser encaixes fora da coroa – as forças exercidas podem agir como alavancas contra o dente, não sendo exercida sobre o eixe do dente, completamente. Os retentores extracoronários mais comuns são os grampos, que podem agir por abraçamento ou por ação de pontas. Os circunferenciais agem por abraçamento, tendo menor ação retentiva por vir por oclusal – apenas em dentes posteriores vizinhos a espaços intercalados, não vizinhos a extremos livres. Esses grampos, como visto anteriormente, são divididos em terços. Grampos Y são em pilares de espaços intercalados anteriores pequenos, uma vez que sua cobertura lingual e proximal é mais estética. Contudo, por agir por abraçamento, esse grampo é de menor ação retentiva (grampo de oposição+retenção simultâneos), sendo seu uso evitado quando próximo a extremo livre. O posicionamento do grampo no dente deve permitir que tenha um braço de comprimento suficiente.
Grampos por ação de tropeçamento são melhor representados pelo tipo T, utilizado geralmente escolhido para pilares vizinhos a extremo livre. Além do T, temos outros de ação de ponta, como os API e APT, posicionados em pilares diretos de classe I e II e IV quando muito extensa. Estes serão compostos por apoio à distancia do EP, uma placa proximal (unida ao conector maior=rigidez/estabilidade) e unretentor I ou T (Apoio, Placa e T/ - APT e API). A placa proximal são colocados para estabilização e retenção quando colocadas sobre planos guia bem definidos.
O resultado da ação de componentes ou partes estruturais da prótese que evitam ou reduzem a seus movimentos de rotação do plano sagital (aproximação/afastamento da base acrilica), que é determinado pelo eixo de fulcro no plano horizontal que passa pelos apoios dos dentes pilares mais distais de cada lado do arco. Em caso de braço de resistencia curtos em extremo livre bilateral, colocamos até primeiro molar para não estender braço de potencia. Em classe II, o braço de resistencia pode ser traçado de 90° da linha de fulcro para o dente mais distante da linha, de maneira a aumentar esse braço de resistencia. O mesmo não pode ser feio em classe I, pois conectores traçados direto da linha de fulcro pode ser desconfortável e os incisivos não tão resistentes. Nessa classe I, o mesmo conector pode fornecer apoios para incisivos laterais (retenção indireta), visto que a distancia seria igual se fosse em incisivos centrais, mas não haverá deconforto. Em extremos livres anteriores aceita-se mais grampos e apoios, visto o espaço reduzido para posicionamentos de retenção. Retentores indiretos mais distantes o possivel da linha de fulcro. Em alguns casos, apesar do braço de resistencia até caninos e pré-molares e classe I seja menor que o braço até incisivos, caninos e premolares são dentes mais fortes que incisivos para suportar cargas e os nichos são mais adequados.
Em classes III, o planejamento bilateral elimina a linha de fulcro, visto a resistencia dada quando temos apoios indiretos. O grampo continuo de Kennedy impede deslocamento e mobilidade de dentes anteriores inferiores, um retentor indireto nos casos de PPR de extremo livre posterior. A placa lingual é outro retentor semelhante ao de kennedy, sendo utilizado quando não temos espaço para retentores de kennedy.
As manobras para o favorecimento da biomecânica – o primeiro molar deve ser o último dente de uma PPR de extremo livre (arco dental reduzido), pois muitos dentes no espaço protético extenso sobre extremo livre podem fazer uma alavanca muito intensa sobre o suporte direto. Além disso, é possível reduzir a mesa oclusal, concentrando esforços no longo eixo do dente, diminuir forças laterais e facilitar desoclusão. O ajuste oclusal é feito para facilitar movimentos excursivos, diminuir forças obliquas e eliminar interferencias oclusais. A moldagem funcional do rebordo permite íntimo contato da base com o rebordo, de maneira a exercer menor sobrecarga aos pilares. A sela acrilica deve ser de maior extensão (toda área basal) para ter menor concentração de forças por unidade de área. Os reembasamentos devem ser feitos para recuperar a adaptação da sela ao rebordo tecidual, corrigindo possíveis erros laboratoriais.
O uso de implantes em PPR de extremo livre tem vantagens biomecanicas diversas. As vantagens incluem a prevenção de reabsorção óssea alveolar abaixo da base protética, retenção adicional, redução dos estresses sobre os pilares, redução do número de grampos e melhor conforto. O implante terá uma ponta que servirá de encaixe para a prótese, sendo muito mais estética e retentiva, sem o uso de grampos.
As PPR quando corretamente planejadas, cuidadosamente confeccionadas e atenciosamente inseridas em programas de manutenção podem ser consideradas como uma modalidade efetiva de tratamento reabilitador e com adequada capacidade de preservação das estruturas biológicas relacionadas. O planejamento inadequado é a maneira mais cara de extrair um dente.
Delineadores
Um delineador é o aparelho essencial para diagnóstico, planejamento e execução das modificações que devem ser efetuadas nas superfícies axiais dos dentes pilares, para que a prótese parcial removível intergre-se a esses elementos. Um delineador dental ou paralelometro é definido como sendo um instrumento usado para determinar o paralelismo relativo de duas ou mais superficies dos dentes, ou em outras partes de um modelo de um arco dental.
O delineador em PPR permite o estudo e o desenho da prótese, promovendo retenção, estabilidade, suporte e estética adequados. O objetivo será determinar o adequado eixo e inserção e remoção, traçando uma linha do equador protético para verificar o posicionamento dos constituintes da PPR (recontornos) e analisar contorno dos tecidos moles pra prevenir a ocorrencia de lesões. 
O eixo de inserção é a direção em que a PPR se desloca, desde o ponto de primeiro contato de suas partes com os dentes pilares até a posição final de repouso. O eixo de remoção é a direção em que a protese se desloca desde sua posição final de repouso até o momento que deixa de tocar os dentes suportes. Portanto, são eixos identicos mas em sentidos opostos. 
Para análise em dentes pilares, temos alguns constituintes. Temos uma base, uma haste vertical fixa, uma haste vertical móvel e uma haste/braço horizontal móvel. Ao final da haste vertical móvel temos um mandril para fixar os acessórios. Em cima da base temos a platina/mesa reclinável, onde temos uma mesa porta modelos com garras fixadoras (duas na posterior do modelo), uma junta universal e sua trava, uma parafuso para fixar as garras e uma base da platina e trava da junta universal.
Dos acessórios, temos faca de corte lateral, ponta analisadora, faca de corte na extremidade e uma calha (grafite). Os discos calibradores são de 0,25mm, 0,5mm e 0,75mm, compostos por haste terminal, corpo e disco. O disco calibrador de 0,25, faca de corte de extremidade e calha com grafite são os mais utilizados. 
A determinação de eixo pode ser feita sobre modelos de estudo e de trabalho. Sobre o modelo de estudo, nos ajuda a delimitar as áreas de desgaste e planejamento de retenção – neste modelo é fundamental. 
No delineamento de modelo de estudo, para determinação de eixo de inserção e remoção estudamos 4 fatores: determinaçao de planos de guias, determinação de áreas retentivas equivalentes, identificação de interferencias ósseas, mucosas ou dentárias e planejamento de acordo com estética.
Os Planos guias são duas ou mais superficies axiais dos dentes pilares, paralelas entre si e com direcionamento ocluso-gengival identico ao eixo de inserção e remoção da prótese. Quando a prótese está assentada na boca, os planos guias proporcionam estabilização contra seu deslocamento em qualquer direção e sentido, a não ser que seja o eixo de inserção e remoção determinado.
O delineamento se inicia com o posicionamento do modelo de estudo sobre o equipamento delineador. O plano oclusal deve estar paralelo à base do delineador, com as duas garras na posterior e a garra única na anterior. Para achar o plano guia, devemos achar paralelismo entre os pilares utilizando um acessório (faca de corte em extremidade), que encosta no terço médio e oclusal e define se há paralelismo. 
 Se essa situação ideal não é possivel, de maneira que forma um triangulo entre o acessorio e o pilar, devemos mover a platina no sentido anterior, uma vez que temos retenção com tal inclinação dentária. Se o caráter é muito expulsivo, formando um triangulo de base oclusal, devemos mover a platina no sentido posterior. 
 Há vezes que a movimentação da platina não resulta na obtenção de planos guias para todas as superficies proximais vizinhas. Nesses caso, podemos fazer desgaste ou restaurações que adequem os dentes pilares à confecção de plano guia – a confecção dos guias de transferencias dos planos guias pode ser com resina duralay, de modo a deixar o contato da faca ao dente mais paralelo. A duralay será desgastado junto ao dente até o paralelismo, então transferimos o casquete para a boca do paciente para guiar seu desgaste.
O segundo fator são as áreas retentivas, areas onde há a ponta ativa do grampo de retenção, áreas dos dentes pilares onde haverá resistencia ao deslocamento da protese no sentido cérvico-oclusal. Na determinação das áreas retentoras equivalentes, utilizamos discos calibradores de 0,25mm.Considerando o limite biológico de tolerancia biologica de movimento periodontal e considerando o indice de fadiga da liga metálica, o ideal da PPR é usar uma retenção promovida por um calibrador de 0,25mm. O disco possui uma haste vertical e uma horizontal (disco) – devemos observar seu toque simultaneo no dente, formando um triangulo, que indica uma retenção do grampo ao dente. Caso não tenha retenção e forme um pequeno triangulo expulsivo, optamos por mover a platina vestibularmente para formar a retenção. Se essa movimentação não obtever retenção podemos fazer canaletas (dimples) ou reanatomização com resina composta.
É importante, na avaliação de área retentiva, saber que o dente é dividido em equador anatõmico, uma linha equatorial traçada na area axial de maior convexidade de um dente isolado e em posição vertical dividindo o dente em áreas expulsivas e retentivas. Contudo, esse equador não leva em conta a posição do dente e sua relação com o eixo de inserção da protese, não tendo interesse para a protese como o equador protético, que muda em função da variação do eixo do dente e de inserção protética. 
As áreas retentivas serão marcadas com grafite após sua definição.
A verificação de interferencia óssea e mucosa é importante, pois muitas interferencias podem ser ósseas, mucosas e dentárias, sendo alteradas pela mudança de trajetória de inserção e remoção, ciurgia e desgastes axiais dos dentes. O tórus é um exemplo de interferência que pode ser removida cirurgicamente. Não poderá haver interferencias dentárias (retenções) na região dos elementos rígidos (grampo de oposição, terço inicial do grampo de retenção). Análise estética, seja em pilares anteriores ou espaços protéticos anteriores, o planejamento de partes constituintes da protese pode ser realizado de maneira a favorecer a estética, modificando-se a localização das pontas ativas dos grampos de retenção, sem contudo, interferir em função. O ultimo passo é traçar o equador protético com o grafite do delineador, definindo as áreas exatas de retenção. O registro do eixo de inserção pode ser feito por marcação do eixo, contornando a faca com uma caneta, ou por preparo de cavidade no modelo para colocar um pino, fazendo retenções nesse pino, para que o fixe melhor no mandril do delineador na angulação correta.
As finalidades do delineador serão: delineamento do modelo de estudo, determinação de áreas retentivas, confecçao de guias de transferencias para preparo de planos guias, redelineamento do modelo de trabalho, traçado de equador protético, delineamento de coroas fresadas ceramicas e fresagem de restaurações fundidas.
Planejamento em PPR dentomucossuportada
Para planejar uma PPR dentomucossuportada é necessário estar ciente das regras e termos básicos da biomecânica, de maneira a desenvolver a prótese com caracteristicas satisfatórias, que mantenham as estruturas dentárias remanescentes. O planejamento é representado por uma fase elaborativa, prévia às diversas etapas de construção do aparelho parcial removível. Em dentomucossuportadas, poderemos observar o torque entre a porção apoiada em mucosa e o dente, que é mais rigido, sendo necessário rebuscar nosso planejamento para reduzir as forças extrusivas aplicadas – uma prótese apoiada em dente está em situação favorável, visto o amortecimento de cargas do ligamento periodontal, o que não ocorre em suporte mucosa.
As forças sobre uma PPR devem ser estabilizadas por apoios – Classe I e III temos somentes apoios diretos, classe II e IV temos mais apoios indiretos. Para diminuir alavanca, os estabilizadores serão esses apoios, conectores, grampos diretos e retentores indiretos. Todo dente próximo a um espaço protético deverá receber apoios e retentores, de maneira a definir uma linha de fulcro, onde a ppr tende a rotacionar e sair da boca do paciente se mal planejada – nesses dentes que deveremos por esses apoios e retentores para reduzir a rotação. A linha de fulcro passa exatamente na linha do dente que está próximo ao espaço protético. Em extremos livres, sempre devemos realizar o apoio à distancia (à mesial quando o espaço edentulo é mais posterior) desse espaço e utilizar grampo de ação de ponta para evitar forças de alavanca de primeiro grau, tornando uma alavanca de segundo grau quando colocado na mesial. Isso ocorre porque a prótese deve ser passiva na boca, sendo ativa apenas quando removemos ou posicionamos a prótese, tendo uma ação do grampo de retenção sobre o dente. Uma alavanca é composta por uma potencia, uma resistencia e um fulcro (apoio) – o fulcro é o apoio sobre o dente, a potencia é a força apical sobre os dentes protéticos e a resistencia é o retentor contra o dente. A alavanca de primeiro grau é alcançada com o fulcro entre a potencia e resistencia, funcionando como uma gangorra, ativando o retentor cada vez que uma potencia se exerce sobre os dentes protéticos, permanecendo ativa em momentos indesejados como na mastigação, momento que a protese deverá ser passiva. Se o retentor está entre apoio e potencia (apoios distantes) formamos uma alavanca de segundo grau, que será mais favorável para a estrutura dentária remanescente próxima ao espaço protético de extremo livre, visto que o movimento do retentor acompanhará a potencia exercida sobre os dentes de resina, sendo assim um grampo passivo. Os apoios, portanto, determinam o fulcro do movimento rotacional sob função e todos os elementos atrás do fulcro de rotação acompanham a direção do movimento rotacional e os elementos à frente têm sentido contrário – torque é a força relacionada a distancia da resistencia. Portanto, apesar de ser impossivel eliminar a alavanca, podemos reduzir os danos provocados por uma alavanca de primeiro grau, que pode envolver esforços anormais sobre fibras periodontais, causando aumento de mobilidade e dor, bolsa periodontal, reabsorção óssea, abcesso periodontal e extração dentária.
As regras básicas de planejamento envolvem pré-molarizar o canino inferior (classe I e II) para evitar apoio cingular, aplicar uma placa proximal (sai direto da sela) no pilar vizinho ao extremo livre, grampos continuos de Kennedy ou placa lingual no caso de dentes anteriores inferiores com mobilidade, usar grampos I ao invés de T em áreas visíveis durante função e chapeado palatino quando houver poucos dentes superiores. 
Numa classe I onde temos caninos como apoios diretos, é possivel premolarizá-los. Nesses dentes é obrigatório a confecção de apoios nas mesiais (distante do extremo livre) desses dentes. O grampo de retenção deve ser por tropeçamento, de ação de ponta. Na lingual temos os grampos de oposição. O conector maior deve ser posicionado no palato, conectado aos grampos por conectores menores e selas. A linha de fulcro, ao se tornar mais posterior, altera a diferença entre postencia e resistencia.
Classes I de modificação 1, com apenas dois caninos, deve possuir grampos T e apoios distantes do espaço posterior, com grampos de oposição e conectores menores que levarão a conectores maiores em placa metálica em todo o palato, que servirá de suporte para. Da mesma forma, classe II extensaas quando temos apenas dentes de um hemiarco, colocamos grampo T, de oposição e apoio no incisivo vizinho ao espaço protético, levando a uma placa palatina (chapeado palatino) pelos conectores menores, tendo mais apoios indiretos em outros dentes, e modo a confeccionar 3 pontos de apoios no geral para melhor assentamento e estabilidade – colocamos um apoios na distal do pré-molar e um grampo geminado nos molares. Classes I de modificação 1 com espaço intercalado anterior e extremo livre bilateral, colocamos apoios em todos os 4 dentes vizinhos a espaço protético, com grampos de ação de ponta proximo ao extremo livre (e apoios mesiais) e grampos em Y nos caninos vizinhos ao espaço intercalado anterior (colocamos apoio na distal desses para obter melhor estética). Selas serão posicionadas onde os dentes protéticos serão colocados, com uma barra de conector maior conectando os conectores menore. Também éimportante considerar os planos guia e placas proximais.
Classes I de 3 modificações que possuem apenas segundos PM e caninos levam apoios nas mesiais dos pré-molares e caninos, com grampos em T para prémolares e Y para caninos. Os grampos de oposição acompanham os 2PM. Os conectores menores levarão ao conector maior em barra. Placas proximais demarcarão os planos guia. Teremos selas em todo espaço protético.
Classe I inferior segue o mesmo padrão, grampos em Y para apoios diretos – a barra de conector maior é utilizado quando temos espaço para tal, caso contrário utilizamos uma placa ( quando o espaço gengival lingual até o assoalho de boca é menor de 10mm).
Classe II superior deverá haver um apoio direto e 2 indiretos. O direto é em Y e os indiretos são divididos em um apoio mesial em pré-molar e um circunferencial geminado em molares. Teremos uma sela no extremo livre e um conector maior em barra.
O planejamento é guiado por vários aspectos, desde sua história média e dentária desse paciente, que muitas vezes é omitida, mas são informações importantes para a procedencia clínica. Além disso, as radiografias, principalmente as panoramicas e periapicais dos pilares, são importantissimas para avaliar as condições orais e dentais para planejamento protético, se o dente está em condições de manter uma prótese. Os modelos de estudo são importantes para planejamento sobre área chapeavel, analisando-o sob delineadores e articuladores (estudo da dimensão vertical da face reduzida, que é mantida por cuspides vestibulares inferiores e palatinas superiores – falta de dentes proporciona a perda da contenção centrica e dimensão vertical). A dimensão vertical deve ser reestabelecida antes de utilizar um delineador.
No planejamento de classes III e IV é sobre suporte dental, basicamente, em comparação com o suporte dental e mucoso de classes I e II, situações desfavoráveis em razão da resiliencia da mucosa ser maior que a do ligamento periodontal, mudando todo o planjamento. A classe III e IV não dependem totalmente do apoio mucoso, tendo mais vantagens, bem como o aumento da retenção e estabilidade de prótese, permitem estabilizar os dentes naturais debilitados, preservam estrutura de suporte ósseo por sofrer menos forças oclusais em razão do suporte dentario apenas e permitem melhor estética, mesmo que seja impossivel eliminar grampos sem perder retenção, em grande parte dos casos.
Em uma classe III sem modificação poderá inicialmente receber um grampo circunferencial simples no ultimo molar do arco e um MDL (em Y) no canino. Um geminado deverá ser feito na arcada oposta para garantir estabilidade com um apoio indireto. O conector maior poderá ser em barra palatina dupla, indicada para qualquer classe, mas poderá ser removida a barra posterior se for incomodo ao paciente. Como não há muita perda dentária, não é necessário dar rigidez à protese, escolhendo a barra em U ou em ferradura. A varra dentária pode ser colocada no incisivo lateral adjacente ao canino de suporte primario. Essa barra funciona e aparenta como um braço de oposição, mas não é denominado como tal porque não há um braço de retenção nesse mesmo dente. – essa barra dentária sempre acompanha pilares unirradiculares. Lembremos que se for utilizado um grampo de ação de ponta, esse deve sair diretamente da sela e não do conector maior, para que seja maior e mais elástico, também combatendo a resiliencia da sela.
Numa classificação de classe III e mod 1 onde temos os 2 ultimos molares nos dois lados, com um canino de um lado como pilar direto e um incisivo lateral de pilar direto no outro lado, podemos colocar grampos geminados nos molares remanescentes, selas e conector maior em ferradura, grampos em y nos pilares anteriores e barra dentária em seu adjacente. Em um dos lados não há necessidade de um geminado, mas aplicamos se há mobilidade em um dos molares do conjunto, como uma técnica de splintagem. Além disso, indicamos um geminado para dentes que estejam extruindo, sendo necessário desgastá-lo ao nível do seu adjacente – o geminado precisa de preparo prévio nas proximais desse dente para conter os componentes do grampo.
 
Outra classe III com mod 1 pode ter a falta de incisivos centrais e pré molares de um lado. Nesse, podemos aplicar um grampo em Y no lateral direito onde temos quase todos os dentes naturais posteriores nessa hemiarcada, colocando uma barra dentaria no canino. No outro canino, adjacente ao pilar lateral e espaço protetico superior, colocamos um grampo em Y e uma barra dentaria no lateral, visto que juntos fazem um ponto apenas sem linha de fulcro entre esses. Na falta do lateral que acompanha o canino entre dois espaços protéticos, podemos utilizar um grampo de otolenghi sobre esse, com dois apoios em dois nichos em aoenas um dente, de maneira a ser mais resistente contra movimentos de gangorra dos componentes protéticos. Os molares dessa arcada recebem um circunferencial geminado.
Numa classe III de modificação I com ausencia completa de anteriores e ausencia de apenas um molar unilateral. Um circunferencial simples vai no molar mais distal, apoio direto do espaço protético. Um grampo circunferencial simples deve ter a parte inicial do grampo de retenção em áreas não retentivas pois é uma porção rigida desse braço. No pilar direto de pré-molar recebe outro circunferencial simples, visto que um Y teria um braço longo demais e deformaria mais facilmente. Espaços protéticos maiores de 18 mm, como possivelmente há nos anteriores, pedem grampos de ação de ponta para romper forças – no arco superior, para não ser necessário utilizar um grampo de ação de ponta podemos selecionar um conector maior de barra dupla, dando melhor estética e absorvendo mais as forças incidentes sobre dentes pilares. Assim, se utilizarmos uma barra palatina dupla será possivel eliminar os grampos de ação de ponta. Nos molares opostos ao espaço protético eu uso um geminado, em prémolares de pilar direto colocamos um grampo em T. Se for aplicado um grampo de ação de ponta em I ou T um , este sairá direto da sela anterior para os prémoalres. Nos inferiores, pela falta de barra palatina dupla, por motivos óbvios, será necessário usar grampos em I.
Em classes III de duas modificações onde tem apenas um molar e um prémolar numa hemiarcada e há ausencia de um pré molar na outra hemiarcada. O molar sozinho da arcada direita recebe um circunferencial simples, o premolar recebe um Ottolenghi, o central um Y, assim como o canino, pré molar e molar recebe um geminado.
Para planejar uma classe IV, não há muita dificuldade. Essa pode ser pequena ou ampla – se é possivel fazer uma fixa, classificamos como pequena, pois há dentes o suficiente para ter biomecanica favorável para tal. Uma classe IV ampla tem comportamento biomecanico parecido com uma classe I, visto que o braço de potencia é sempre maior que o braço de resistencia. Em uma classe IV pequena colocamos grampos em Y nos pilares direto e barras dentárias sobre caninos, escolhendo os molares para receber grampo geminado para pilar indireto, formando uma área de resistencia maior. Se for escolhido um grampo circunferencial simples para os molares, escolhemos os molares mais distais para recebe-lo visto que há maior braço de resistencia com essa escolha, com um conector maior em ferradura. 
Na ampla, vemos um braço de potencia maior, sendo de certo modo desfavoravel. No pre molar isolado na hemiarcada, distante da linha média por falta de todos os dentes dessa hemiarcada receberá um grampo de ação de ponta (T), bem como o pré molar do outro lado, primeiro do conjunto de dentes posteriores da outra hemiarcada, que receberá outro T, escolhendo o ultimo molar de apoio indireto para receber um circunferencial simples.
Oclusão
Oclusão é definido como o ato de fechar, fechamento, cerramento; Relação dos dentes maxilares e mandibulares quando estão em contato funcional durante a atividade da mandibula, o único osso móvel da face. Para a odontologia, os conceitos de oclusão é de interesse principalmente nas areasde dentistica, periodontia, prótese, endodontia, ortodontia e radiologia. A oclusão abrange todos os fatores que causam, afetam, influenciam ou resultam da posição mandibular, de sua função, parafunçao e disfunção. Implica tanto as relações de contato oclusal de dentição como também referencia a um sistema musculo esquelético biomecanico dinamico – Sistema estomatognático. O sistema estomatognático é composto de vários elementos, tais como ossos da maxila e mandibula, musculos da mastigação, ATM, dentes, vasos e nervos. Os musculos masseter, temporal e pterigoideos são importantes à elevação da mandibula. A ATM é composta por estruturas funcionais como fossa glenóide, disco articular, condilo, capsula e ligamento.
Ao visualizar dois molares em boca durante o ato de fechamento da mandibula, veremos que esses dentes possuem algumas cuspides entrando em contato para frear o movimento da mandibula. Essas são as palatinas dos superiores e as vestibulares dos inferiores, que travam em MIH numa posição de fechamento de mandibula, evitando movimentos excessivos. Dessas cuspides, temos aquelas que são funcionais como lingulal superior e vestibular inferior e as não funcionais como a vestibular superior e lingual inferior, que não apresentam importancia na limitação dos movimentos mandibulares por não entrarem em contato. As cuspides funcionais ocluem em fossas ou embrasuras, enquanto as não funcionais não ocluem.
O perimetro oclusal se refere à face oclusal dos dentes, compreendendo as pontas das cuspides, arestas longitudinais mesial e distal e cristas marginais mesial e distal. A mesa oclusal é onde ocorre a mastigação, a trituração do alimento, uma superficie compreendida entre arestas longitudinais das cuspides vestibulares e linguais, de direção mesio-distal, e as cristas marginais mesial e distal.
A relação oclusal pode ser de 1 dentes contra 2 dentes ou de 1 dente para 1 dente, que é mais incomum. As relações maxilo-mandibulares constituem nas diversas posições que a mandibula ocupa espacialmente em relação à maxila. Estas são divididas em posições estáticas como RC, MIH e relação de oclusão centrica (ROC) e posições dinamicas em movimentos mandibulares de abertura, lateralidade e protrusão. A RC é uma posição óssea, cranio mandibular, com os musculos relaxados onde o condilo se posiciona mais superior e anterior dentro da cavidade glenóide, com o disco articular interposto. Essa relação pode ser desviada e conturbada por disturbios na articulação temporomandibular. Essa relação é buscada a partir de determinados métodos, bem como técnica de Dawson e sua condução bilateral estimulada pelo própio CD, visto que raramente ocluimos em RC. A tecnica de celenza é o guiado, mas não forçado pelo polegar do CD sobre o mento do paciente. Não é necessário possuir dentes para ter RC por ser uma posição óssea.
O MIH,ou máxima intercuspidação habitual, é a posição dentária, maxilo-mandibular, onde existe o maior numero de contato entre os dentes, não coincidente com a RC. Nessa, por ser relação dentária propriamente dita, é encontrado apenas em pacientes dentados. A ROC ocorre apenas quando a MIH acaba por coindicidir com RC.
Os movimentos mandibulares excursivos são de abertura, lateralidade e protrusão. No movimento de lateralidade, temos um lado de trabalho e lado de balanceio. O lado de trabalho é o lado para o qual a mandibula se desloca. Na lateralidade temos a desoclusão por guia canino, um movimento que ocorre através do contato entre a concavidade palatina do canino superior e a superficie incisal do canino inferior, até a posição topo-a-topo das cúspides, sem que ocorra nenhum contato entre os dentes. Isso leva à função em grupo, com cuspides vestibulares superiores e inferiores em contato quando em desoclusão. A protrusão é o movimento da mandibula no sentido posterio-anterior, ocorrendo oclusão mutuamente protegida, onde durante os movimentos da mandibula os dentes anteriores protegem os posteriores por contato topo-a-topo. Em posição estática, os dentes posteriores protegem os anteriores. 
A dimensão vertical da face entre dois pontos quaisquer, selecionados arbritariamente e convenientemente localizados, um acima e outro abaixo da boca, usualmente na linha mediana. Dentro desses conceitos temos que obter dimensão vertical de repouso, dimensão vertical de oclusão e o espaço funcional livre. Na DVR há um equilibrio entre musculos elevadores e abaixadores de mandibula, não havendo contato dentário. Essa não necessariamente ocorrerá em dentados. A DVO é a medida do terço inferior vertical da face com os dentes em oclusão, sendo obtida a partir da DVR. A DVO, portanto, é menor que a DVR. O espaço funcional livre é o espaço existente entre dentees superiores e inferiores quando o paciente está em reposo, sendo portanto a diferença entre DVR e DVO, podendo variar de 2 a 5mm. Em Prótese, trabalhamos com um EFL de 3mm.
EFL=DVR-DVO
DVR=DVO+EFL
	DVO=DVR-EFL	
O EFP, o espaço funcional de pronuncia, é um espaço funcional entre os dentes durante a pronuncia de sons sibilantes, lábio dentais e labiais. Um pequeno espaço pode impedir sua pronuncia, um grande espaço, além de antiestético pode exagerar no espaçamento durante pronuncia.
Uma oclusão fisiológica depende de estabilidade oclusal, periodonto normal, estética aceitável, função mastigatóiria, fonética normal, sem hábitos parafuncionais e sem sinais e sintomas de DCM. Pode ser que a MIH se iguale à RC, obtendo-se ORC. Além disso, é importante que as forças de oclusão se distribuam pelo longo eixo do dente, os contatos posteriores devem ser bilaterais.
A oclusão é a unica posição que proporciona um acúmulo de infromações que podem ser usadas por todas as disciplinas clinicas da odontologia. O assunto oclusão é na visão de muitos, o meior que reune todos os ramos da odontologia

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