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Matéria Prótese 2

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Prótese II
· Introdução ao estudo da PPR – aula 1
· Conceito e terminologia 
As próteses parciais removíveis são “aparelhos protéticos” que tem por finalidade substituir funcionalmente e esteticamente, os dentes naturais ausentes em pacientes parcialmente desdentados e podem ser removidos e reposicionados na boca, sem causar danos.
O que substituímos quando usamos prótese? Quando usamos próteses parciais ou totais, o que menos se substitui é dente; o que mais substitui são os flanges, que nada mais são que a reposição de elementos ósseos perdidos. E é isso que dá sustentação ao lábio, por isso é importante.
· Definição de P.P.R.G
“Aparelhos dento suportado ou dentro muco suportado destinados a substituir em um ou ambos maxilares, um ou mais dente ausente e que podem serem removidos da boca.”
· Terminologia
Pontes móveis; aparelhos parciais removíveis a grampo; aparelhos parciais móveis SIC; Roach e outros.
· Vias de transmissão da força mastigatória ao osso alveolar
“As próteses, quer sejam parciais ou totais, devem receber a força mastigatória e transmiti-la ao osso alveolar. Nesse particular, as vias de transmissão dessa força - dentes pilares e/ou borda residual - é que se diferenciam, e basicamente, determinam as diferentes formas de integração biomecânica e funcional que se estabelecem entre os vários tipos de próteses.”
As próteses parciais ou totais devem receber as forças mastigatórias e transmitir ao osso alveolar, vai ser através de mucosa (PT por exemplo) ou através de dente.
· Classificação didática
Dento suportadas – quando o suporte da prótese depender somente de dentes. 
Por exemplo, a prótese está substituindo apenas dois incisivos centrais; quando o paciente morde, toda força de transmissão é através das estruturas, dos grampos e suporte da prótese. Podem ser dentes unitários, coroas ou não para fechar espaços, podem ser também próteses parciais FIXAS, usando dois dentes pilares.
Muco suportadas – quando existe participação somente da fibromucosa para a retenção e estabilidade da prótese.
Dento muco suportadas - quando existe participação tanto de dentes quanto da fibromucosa para suporte da prótese parcial removível e que a quantidade de dentes presentes seja maior do que os dentes que serão substituídos. 
Ou seja, ter uma quantidade maior de dentes na boca do que os que serão substituídos. Em uma classe II de Kennedy por exemplo, de um lado as forças mastigatórias serão transferidas ao osso alveolar através dos dentes; já do outro lado, será transferido pela mucosa. OBS: se a quantidade de dentes for igual a quantidade que será substituído, ela será dento muco suportada.
Muco dento suportadas - quando existe participação tanto de dentes quanto da fibromucosa para suporte da prótese parcial removível, e que a quantidade de dentes presente seja menor do que os dentes que serão substituídos.
Implanto muco suportadas híbrida - são muco implanto suportada, são diferentes da implanto suportada protocolo. As híbridas, normalmente são suportadas por dois implantes, ou seja, ficam apoiadas em mucosa também.
Implanto suportadas protocolo - são apenas implanto suportadas, não fica apoiado em mucosa.
· EQUADOR PROTÉTICO - é a parte mais volumosa da coroa, onde tem uma área retentiva e expulsiva. Os grampos não são colocados na superfície do dente de forma aleatória... vai ser definido pelo equador protético, através do delineamento.
· Classificação ideal
1- Visualização imediata do tipo do arco dentário, número e tamanho dos espaços protéticos;
2- Permitir diferenciação e imediata entre as PPR’s;
3- Ter comunicação universalmente aceita;
4- Obter bases mecânicas de planejamento;
5- Fácil memorização.
· Classificação das próteses parciais removíveis de acordo com as vias de transmissão da força mastigatória ao osso alveolar
Transmissão vida dental - esse tipo ocorre nas próteses fixas e removíveis dento suportadas, ou seja, aquelas que apresentam dentes Pilares na extremidade do espaço protético. 
Não tem participação da mucosa na transmissão. Esse tipo de prótese sempre vai estar em um espaço entre dois dentes adjacentes.
Transmissão via dento-mucosa – esse tipo ocorre nas próteses removíveis dento muco suportadas, ou seja, aquelas que apresentam dentes pilares somente na extremidade mesial do espaço protético.
Ou seja, na região posterior não tem dente. Onde tem dente, a força vai ser transmitida através do dente; na região posterior a força vai ser transmitida ao osso alveolar pela mucosa.
Transmissão via mucosa – esse tipo ocorre nas próteses totais. A força é transmitida ao osso alveolar através da mucosa.
· Princípios biomecânicos
 Componentes da prótese parcial removível
Apoios oclusais - são os elementos da prótese parcial removível, que podem está situado sobre as superfícies oclusal, lingual-palatina ou incisal, tem a finalidade de transferir as forças ao longo eixo dos dentes pilares e impedir o deslocamento ocluso cervical da prótese em função.
Ou seja, impede que a prótese abaixe, principalmente se ela tiver transmissão de mucosa. Então deve ser preparado nichos para essas estruturas, quer seja em dente ou em restauração.
Os apoios oclusais podem interferir nos contatos interdentários? SIM. Desde que você NÃO prepare, não faça nicho na superfície para os apoios encostarem. Os nichos são preparados nas superfícies oclusais, normalmente em cristas marginais. Esses nichos devem ser feitos para evitar contato prematuro.
Grampos - podem ser de retenção e de oposição. Os grampos de retenção são responsáveis pelo não deslocamento da prótese, no sentido cérvico-oclusal, durante a função mastigatória.
Impede que a prótese suba vai ficar em áreas retentivas do Equador protético ponto função reter a prótese e evitar o deslocamento cérvico-oclusal
Barra ou conector maior - é o elemento responsável pela união das partes situadas em um hemi-arco, ao hemi-arco oposto.
Selas – localizam-se no espaço protético e são constituídas por uma grade metálica, a qual é fixada a resina dos dentes artificiais.
As selas não podem encostar na mucosa; então tem que ter um espaço entre o rebordo e a sela, para ser colocada a resina.
Conector menor - são os elementos de união das partes situadas sobre os dentes remanescentes à barra ou conector maior.
Ou seja, ele une a barra aos grampos e apoios.
PRINCIPIOS MECÂNICOS ASSOCIADOS ÀS PRÓTESES PARCIAIS REMOVÍVEIS
· Fatores biológicos e fatores mecânicos
A gente tem que fazer que isso se conjugue e funcione em harmonia.
· Fatores biomecânicos
Retenção - é a resistência á forças que atuam sobre a prótese no sentido cérvico-oclusal, durante a mastigação de alimentos pegajosos.
Parte da PPR dentro desse princípio: GRAMPO.
Suporte - é a resistência á forças que atuam sobre uma prótese no sentido ocluso-cervical, durante a mastigação de alimentos duros.
Parte da PPR dentro desse princípio: APOIOS OCLUSAIS
Estabilidade - é a resistência que atuam sobre uma prótese no sentido horizontal, decorrentes de contatos oclusais em planos inclinados.
Parte da PPR dentro desse princípio: BARRAS OU CONECTORES MAIORES; e o ajuste oclusal da peça protética, para evitar deslocamento horizontal.
Retenção, suporte e estabilidade - são os três princípios que se deve entender para que a prótese funcione dentro do aparelho estomatognático.
Vetor força - planejamento da PPR – Capacidade de cada dente de suportar forças
Temos que entender que podem ter forças axiais e laterais; isso vai depender do planejamento da PPR; e cada dente tem uma capacidade de suportar forças: dentes posteriores- forças verticais; e dentes anteriores - forças horizontais.
· Classificação topográfica
Kennedy em 1923 – quatro arcos desdentados. Tornou a classificação mais utilizada do mundo. Designou que as classes deveriam ser descritas em algarismos romanos:
Classe I – desdentado bilateral posterior;
Classe II – desdentado unilateral posterior;
Classe III – desdentado intercalar
Classe IV – desdentado anterior.
Áreas desdentadas posteriores determinam a classificação:· Áreas desdentadas adicionais são denominadas modificações ou subclasses;
· A extensão não é considerada, apenas o número de áreas;
· A classe IV não apresenta modificações o espaço protético cruza a linha mediana;
· A classificação deve ser após o preparo de boca;
· Quando o terceiro molar estiver ausente não deve ser levado em consideração, a menos que seja reposto protéticamente;
· Se o terceiro molar foi reposto devemos considerá-lo;
· Em casos onde não for planejado a reposição do segundo molar, na classificação ele não será considerado;
· A classe III deve ser considerado o espaço mais posterior.
Classificação de Cummer
· Classe I e II misto de dental coe fibromucoso, com movimentos rotacionais.
· Classe III e IV sem eixos rotacionais: 
· Diagonal
· Diametral
· Unilateral III
· Multilateral IV
Classificação de Wild - Estabelecida em 1933, três classes:
· Classe I alavanca posterior
· Classe II intercalares
· Classe III mistas
Classificação de Kennedy - 1927 - classificação dos diferentes tipos de desdentados
Esta classificação distribuiu os casos de desdentados parciais em quatro grupos fundamentais, e toma por base o relacionamento do espaço protético com os dentes remanescentes.
· Espaços dentados x dentes remanescentes;
· Critério topográfico
· Finalidades;
· Outras classificações
CLASSE I DE KENNEDY
· Desdentados posteriores bilaterais - ausência de dentes pilares em ambos os lados
· Modificação 1 – desdentado posterior bilateral com uma falha intercalada no segmento anterior.
· Modificação 2 - desdentado posterior com duas ou mais falhas intercaladas no segmento anterior 
CLASSE II DE KENNEDY
· Desdentado posterior unilateral - ausência de dente pilar posterior em um dos lados da arcada
· Modificação 1 – desdentado posterior unilateral com uma falha intercalada nos outros segmentos
· Modificação 2 - desdentado posterior unilateral com duas ou mais falhas intercaladas nos outros segmento
CLASSE III DE KENNEDY
· Desdentados unilaterais posteriores – que apresentam dentes pilares posteriores
· Modificação 1 – desdentado unilateral com dente pilar posterior com uma falha intercalada nos outros segmentos
· Modificação 2 – desdentado unilateral com dente pilar posterior com duas ou mais falhas
CLASSE IV DE KENNEDY
· Desdentados na região anterior - não apresentam modificações
SISTEMAS PARA PPR
Sistemas de suporte ou de sustentação;
Sistemas de retenção ou estabilidade;
Sistema de conexão;
Sistema de selas e dentes artificiais.
Sistema de suporte ou sustentação:
Dentes remanescentes;
Tecidos periodontais;
Fibromucosa;
Tecido ósseo alveolar.
Tem que se preparar tudo isso antes de começar a planejar a prótese. EX: preparar os dentes com tratamento de canal, com problema periodontal e etc.. É importante avaliar o dente que será pilar, ele precisa ser visto a proporção de coroa/raiz através de radiografia.
Sistema de retenção e estabilidade:
Grampos e/ou encaixes; obs.: grampo abraça a parte exterior do dente. Encaixes ficam situados na coroa protética.
Apoios;
Barras ou conectores maiores.
· CONECTORES - são barras metálicas rígidas que unem bilateralmente os retentores e a sela entre si.
1- Conector maior - denominada barra tangencial, é constituída por uma barra metálica rígida que une, através dos conectores menores, os retentores e a sela bilateralmente.
2- Conector menor - pequenas barras metálicas rígidas, que unem o retentor a sela e/ou ao conector maior.
Os conectores tem por função principal unir retentores entre si, de maneira bilateral e rígida, dando suporte e estabilização a prótese.
· GRAMPOS OU ENCAIXES - São elementos mecânicos do retentor, responsáveis pela estabilização e retenção das PPRG
1- Deve ser passiva sobre os dentes pilares;
2- Tipos: grampos de retenção ou retentivos; grampos de oposição ou estabilizadores - são rígidos e largos.
Partes de um grampo:
Corpo - união das partes do grampo;
Apoio – transferência de cargas e fixação;
Braço de retenção - efeito retentivo;
Braço de oposição - estabilização e reciprocidade.
Princípios fundamentais de um grampo:
Fixação;
Retenção;
Reciprocidade;
Estabilidade;
Abraçamento adequado;
Passividade.
Classificação dos grampos:
Funções: retenção direta, retenção indireta, oposição.
Ação retentiva: por abraçamento - circunferenciais; por ação de ponta – sistema de Roach, sai da sela e encosta no dente.
Aplicação sobre os dentes: direta ou indireta.
Número de dentes envolvidos: individuais ou simples; duplos ou gêmeos; múltiplos ou férulas.
Segundo à construção: adaptados; fundidos; pré-fabricados – encaixe attachment
Tipos de grampos
Podem ser circunferenciais ou braçadeiras ou de ação de ponta ou barra.
· Ação de ponta
Idealizado por Roach;
Grampos tem origem cervical emergindo da sela.
· Circunferenciais
Contatos íntimos e contínuos por meio de seus braços;
Traçado de oclusal para gengival;
Braço de retenção e oposição;
Efeito retentivo se dá por flexão.
Braço de retenção: efeito retentivo; partes do grampo; localização ideal; forma ideal.
· Principais grampos circunferenciais
Simples ou de Ackers;
Grampo circunferencial de ação reverso, anzol ou Hair Pin;
Grampo circunferencial em anel;
Grampo meio a meio;
Grampo de ação posterior.
Grampos circunferencial simples ou de Ackers 
Retentor mais utilizado para prótese dento suportada;
Apoio oclusão e corpo voltada para o espaço protético;
Braços partem do corpo para face oposta ao espaço protético;
Indicado para molares pré-molares e canino classe 3 de Kennedy.
Grampo circunferencial de ação reverso, anzol ou Hair Pin
Indicado para dentes posteriores;
Dentes mais realizados com criação da coroa para o espaço protético
Grampo circunferencial em anel
Caracteriza-se por circunscrever o dente suporte
Grampo meio a meio
Dupla retenção - vestibular e lingual;
Possui dois apoios oclusais;
Indicados para molares e pré-molares entre dois espaços protéticos.
Grampo de ação posterior
Indicados para pré-molares e caninos;
Indicados para extremidades livres classe 1 e 2 de Kennedy.
· Ação posterioS
Componente do grampo cuja função principal é assegurar que as cargas exercidas sobre os dentes artificiais durante a função mastigatória, sejam transmitidas aos dentes de suporte de maneira adequada.
Tipos de apoio: oclusais - pré molares e molares; incisais – incisivos e caninos; palatinos ou linguais – incisivos e caninos.
· SELA
Elemento da PPRG que vai preencher os espaços protéticos, unir os dentes artificiais entre si e com a grade retentiva da armação, metálica, podendo ou não transmitir a força mastigatória a bordo residual. Obs.: ela transmite a força para o rebordo alveolar quando a transmissão é via mucosa.
· DENTES ARTIFICIAIS
São os elementos da PPRG desenvolvidos para substituir, estética e funcionalmente, os dentes perdidos.
DELINEADOR
É um instrumento usado para determinar o paralelismo relativo de duas ou mais superfícies de dentes ou outras partes de um modelo de uma arcada dentária.
Funções do delineador:
Análise preliminar de um modelo de estudo;
Determinação da via ou eixo de inserção;
Registro do plano de inserção;
Adequação do contorno axial das coroas;
Construção de coroas guias.
SEQUENCIA PPRG
1- Obtenção do modelo de estudo depois que o paciente passou por tratamento prévio 
2- Delineamento da PPR 
3- confecção dos nichos e desgastes a partir do modelo 
4- Obtenção do modelo de trabalho 
5- Confecção da estrutura metálica 
6- Prova de estrutura e registro dos intermaxilares 
7- Montagem no articulador 
8- Montagem dos dentes 
9- Prova dos dentes em boca 
10- Acrilagem 
11- Instalação 
12- Proservação
· PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL
CLASSIFICAÇÃO DOS ARCOS PARCIALMENTE EDENTADOS – aula 2
É preciso saber classificar para planejar a prótese.
Características: nenhuma classificação é completa devido a quantidade muito grande de variáveis. Devemos sempre nos basear em mais de um método de classificação para o planejamento da prótese. Ou seja, devemos entender as outras classificações.
· Requisitos de um método de classificação aceitável
1 - Possibilitar umavisualização imediata do tipo de arcada parcialmente desdedentada que está sendo considerada;
2- Possibilitar a diferenciação imediata entre prótese dento suportada, dentomucossuportada ou mucodentossuportada;
3- Ser universalmente aceita.
· Finalidade
1- Didática, ou seja, trocar informações 
2- Comunicação entre o dentista e o laboratório 
3- Planejamento de tratamento 
4- Sistematização do desenho uma classificação pouco ou nada significa a menos que a presente aplicação clínica
· Classificações mais utilizadas
Sayzar;
Rumpel;
Muller e Elbrecht;
Wild
Cummer
Kennedy – que é mais aplicada universalmente.
Classificação de Sayzar
Baseia-se no suporte (rebordo alveolar e dentes) para confecção da prótese. 
Mucodentosuportada - a quantidade de dente para suporte é bem menor que a quantidade de dentes que será substituído. Ou seja, é mais mucosa que dente. 
Em um caso classe I, que o paciente tem de canino a canino; para colocar os grampos apenas nos caninos não vai aguentar a carga da PPR, pois os dentes para repor, são bem maiores. Então é preciso utilizar o máximo de dentes da região para suportar a carga.
Dentomucosuportada - a quantidade de dentes que será substituído e menor que os dentes que estão na boca. O desenho e planejamento da PPR muda de acordo com a quantidade de dentes que terá.
Dento-suportada - só é suportada por dentes, não precisa de apoio da mucosa. A quantidade que vai ser reposta é bem menor do que o que tem na boca.
Muco-suportada - é o caso da prótese total que são apenas suportadas pela mucosa.
· DENTES PILARES - estão vizinhos ao espaço protético. No caso dos pilares diretos (vizinho ao espaço protético) não aguentarem a carga da PPR, eu vou usar os outros dentes como retentores indiretos (tudo que está distante do espaço protético) para suportar a carga exercida pela PPR naquela região. REGRA UTILIZADA PARA SELECIONAR PILAR INDIRETO – sempre o mais distante do espaço protético. PRA QUE SERVE? Ajudar na retenção e estabilidade da PPR.
Classificação de Rumpel
Classifica a prótese de acordo com a via de transmissão de carga mastigatória ao osso alveolar comparado ao sistema estomatognático normal.
Transmissão de carga através do ligamento periodontal – normalidade; dentosuportada.
Transmissão de carga através da fribromucosa – anormalidade; mucosuportada
Fisiológica – quando a carga oclusal é transmitida ao osso alveolar subjacente através do ligamento periodontal; dentosuportada, aqui a carga é transmitida ao osso alveolar entre dentes, tanto que é através do ligamento. (Transmissão através do ligamento periodontal)
Classificação de Muller e Elbrecht
Baseiam sua classificação no rendimento da futura PPR com as possíveis movimentações que possa ter devido à presença, ou não, de sistemas de alavancas.
Intercalar - segmento edentado limitado por dentes com ausência de sistema de alavanca. Ou seja, dentossuportada não tem sistema de alavanca.
Alavanca - Presença de extremidade livre com sistema de alavanca. 
Em classe 1 por exemplo, tem uma carga na região anterior que pode fazer alavanca na região posterior. Deve-se planejar a PPR de modo que neutralize a carga. O planejamento também muda de acordo com o antagonista que é o que vai gerar a carga, por exemplo, se não tem o dente antagonista a carga é X, se o antagonista é uma PPR a carga é 2x, se o antagonista é prótese fixa a carga é 3x, se o antagonista é dente natural a carga é maior ainda.
Combinada - Presença de setores com sistema de alavancas e disse atores em situação intercalar.
Em um caso que uma região vai precisar de suporte de tecido e a outra região não precisa, como uma classe 2, só vai precisar de suporte de tecido efetivo dependendo do antagonista. Se o antagonista do paciente for dente, a PPR só termina onde tem dente. Ou seja, se ele tiver até o terceiro molar a PPR também tem que ter; se o paciente tiver um antagonista de prótese total, normalmente só vai até o primeiro molar, então, nessa PPR que está sendo confeccionada só vai precisar de um dente. Nesse caso o planejamento muda a classificação também.
Classificação de Wild
Classifica o arco de acordo com as modificações ocorridas na extensão da plataforma oclusal "trabalho oclusal"
Encurtada - diminuição do comprimento do arco. Ou seja, extremo livre, dentomucossuportada ele classifica como encurtada.
Interrompida - espaços edentados intercalados no arco. O que um autor chamou de interdental, o outro chamou de intercalar, e para Kennedy será classe III
Combinada - espaços edentados intercalados associados ao encurtamento do arco. Ou seja, interdental + extremo livre.
Classificação de Cummer
Classifica o arco de acordo com a localização das retenções diretas e indiretas induzindo diretamente ao planejamento.
Ele se baseia na área de fulcro ou alavanca; uma extremidade livre unilateral. Ex: em uma classe II, quando for exercitado uma carga, pode gerar uma alavanca. Então é preciso um retentor direto (vizinho ao espaço protético) e um retentor indireto (mais longe do espaço vizinho, no caso de uma classe II, seria o molar lá do outro lado do arco) para estabilizar a PPR.
Linha de fulcro: linha formada entre dois retentores; eixo de rotação.
Diagonal de Cummer - classe 1: quando dois dentes e diagonalmente opostos são escolhidos como retentores diretos (vizinhos ao espaço protético) COM a presença de retenção indireta.
Diametral de Cummer – classe 2: quando dois dentes diametralmente opostos são escolhidos como retentores diretos COM a presença de redução direta.
Em uma classe IV por exemplo, onde só tenho os dentes anteriores. O braço de potência - que será substituido - é maior que o de resistência - os que estão na boca-. No caso de usar só os dentes pilares diretos (os dois caninos) eles estão diametralmente opostos (formam uma linha reta) e a resistência não será suficiente quando for exercido alguma força. Se eu envolvo todos os outros dentes anteriores como pilar indireto, eu aumento o braço de resistência, igualando ao braço de potência.
Unilateral de Cummer – classe 3: quando um ou mais dentes escolhidos como retentores diretos estão situados no mesmo hemiarcos SEM a presença de retenção indireta.
Ele fala que não precisa de retenção indireta, mas, se não colocar a retenção indireta, além de diminuir estabilidade, a prótese fica muito pequena. E se errar em retenção e estabilidade a prótese fica soltando.
Polilateral de Cummer – classe IV: quando três ou mais dentes são escolhidos como retentores diretos (vizinho ao espaço protético) formando polígonos sem a presença de retenção indireta.
É o único que não usa retenção indireta. Todos os dentes que serão utilizados para o grampo serão pilares diretos, ou seja, retentores diretos.
· A quantidade de retentores forma uma figura geométrica. Quando maior a figura formada, maior a retenção.
CLASSIFICAÇÃO DE KENNEDY
Classifica o arco de acordo com a sua topografia. 
É considerada por todos os estudiosos de classificação excitada em quase todos os livros de PPR e até hoje a mais utilizada.
A classificação sempre vai depender do antagonista. Por exemplo, se o antagonista vai até o 37 de um lado e a arcada onde vai ser feita a prótese vai até o 36, terá que repor 37, então é classificada como classe I. Se o antagonista também vai até o 36 não precisa repor 37 desse lado então a classificação já muda para classe II.
· SEMPRE PRESTAR ATENÇÃO NO ANTAGONISTA.
CLASSE I DE KENNEDY
· Extremidade livre bilateral
CLASSE II DE KENNEDY
· Extremidade livre unilateral
 
CLASSE III DE KENNEDY
· Edentição posterior limitada por dentes (intercalar)
Os dentes posteriores TÊM que estar na arcada, com perdas intercalares. Os posteriores devem ser avaliados primeiro de acordo com o antagonista. Caso não esteja faltando molar de acordo com o antagonista (o último) será considerado classe III. Se tiver que repor molar (mais posterior) será classificado classe I ou II, dependendo do antagonista.
· SEMPRE PARA CLASSIFICAR EU TENHO QUE AVALIAR PRIMEIRO AS EXTREMIDADES, OU SEJA, OS MOLARES, E SEMPRE DE ACORDO COM OANTAGONISTA.
CLASSE IV DE KENNEDY
· Extremidade livre anterior – desde que ENVOLVA a linha média
Se não envolver a linha média NÃO é classe IV. Para ser classe IV não pode estar faltando NENHUM dente para posterior. 
REGRAS DE APPLEGATES – relacionadas a classificaçãode Kennedy
1- As classificações devem ser feitas após exodontia 
2- Terceiros molares ausentes não entraram na classificação 
3- Terceiros molares, quando suporte entram na classificação 
4- Segundos molares ausentes que não serão submetidos não entram. Ex: no caso do antagonista ser uma PT, não vai até segundo molar. Então na PPR so vou precisar do primeiro molar.
5- As áreas mais posteriores regem as classificações 
6- A extensão da classificação não é considerada 
7- A classe IV não possui subclasses – mesmo que envolva a linha média, mas se falta algum dente posterior, a classificação sera 1, 2 ou 3 e a região anterior será modificação.
8- A classe IV envolve a linha mediana
Classe: é determinado pelo mais posterior
Subclasse: áreas mais anteriores.
Pilar direto: vizinho ao espaço protético.
MODIFICAÇÕES
· CLASSE I Modificação 1 – desdentado posterior bilateral com uma falha intercalada no segmento anterior.
· CLASSE I Modificação 2 - desdentado posterior com duas ou mais falhas intercaladas no segmento anterior
 
· CLASSE II Modificação 1 – desdentado posterior unilateral com uma falha intercalada nos outros segmentos
· CLASSE II Modificação 2 - desdentado posterior unilateral com duas ou mais falhas intercaladas nos outros segmentos
· CLASSE III Modificação 1 – desdentado unilateral com dente pilar posterior com uma falha intercalada nos outros segmentos
 
· CLASSE III Modificação 2 – desdentado unilateral com dente pilar posterior com duas ou mais falhas
· CLASSE IV - NÃO TEM MODIFICAÇOES!!!
· COMPONENTES DA PPR – aula 3
Vai depender da classificação para saber quais componentes usar.
A PPR é a parte da prótese odontológica que se preocupa em resolver o problema do paciente parcialmente edentado.
Esse tipo de prótese é constituído de vários componentes, e cada um desses elementos desempenha uma função diferente, fazendo com que haja uma adaptação do organismo a peça protética da melhor maneira possível.
É uma gama de componentes e eles trabalham juntos. A PPR é rígida, só existe um componente que é flexível que é o grampo; ele precisa vencer o equador protético e voltar para área retentiva.
· Componentes da PPR
Conectores – maiores e menores;
Selas;
Dentes artificiais;
Retentores – apoios e grampos.
· CONECTORES
Existem fatores que determinam para cada tipo de conector grampo. Para determinar que tipos de conector usar tem alguns acidentes anatômicos ou referências que devem ser avaliados.
· Tórus palatino
· Tórus mandibular;
· Rugas palatinas
· Necessidade de estabilização dos dentes com mobilidade;
· Necessidade de retenção indireta.
Tórus palatino - nesse caso, se você tem uma classe I – canino a canino - não consigo passar uma barra pelo tórus. Então tenho que abrir mão de um tipo de palato e usar outro. Vou precisar usar um conector que passa em volta do tórus; ou remover o tórus cirurgicamente.
Tórus mandibular - nesse casohistorico se fosse classe I também não conseguiria passar um conector ligando um lado ao outro. O planejamento terá que ser outro.
Rugas palatinas - essa anatomia ou forame incisivo, se tiver sensibilidade não consigo colocar uma barra ali. Se o paciente por classe IV vou precisar de um conector maior nessa região e não vou conseguir usar, então vamos ter que abrir mão e utilizar outro.
Dentes com mobilidade - dentes com doença periodontal depois de ser tratados, precisam fazer uma contenção. Na própria prótese e vou usar um tipo de componente que retém todos os dentes com mobilidade.
Retenção indireta - no caso de uma classe IV tenho extremo livre anterior, uma alavanca anterior. Eu preciso aumentar figura geométrica para me dar mais estabilidade e retenção. Então preciso ter uma retenção indireta. Precisa mudar o tipo de conector de acordo com a retenção.
· Conectores maiores ou barras de união
As barras de União são elementos metálicos rígidos que unem ou conectam os elementos localizados de um lado do arco dentário aos que se situam do outro lado do arco. 
O formato dessa barra varia de acordo com o caso e do antagonista porque é o antagonista que vai definir a força de carga que a PPR vai ter que suportar.
Objetivo: fornece solidez estrutural a prótese, para que os esforços a qual ela será submetida seja adequadamente distribuído ao periodonto e a mucosa.
Quanto maior conector maior for mais estabilidade e vai ter a prótese.
· Conectores menores
É a parte da prótese parcial removível que une os grampos a célula ou ao conector maior.
Objetivo: tem como função principal a transferência dos esforços mastigatórios através das selas, conectores maiores e apoios. Junto com o conector maior estabilizam a prótese.
CONECTORES MAIORES NA MAXILA
· Barra palatina anterior
Situa-se na região anterior atravessando as rugosidades palatinas, além de atrapalhar na fonação, ela tem outro incômodo que é na região do forame incisivo, podendo apresentar a sensação dolorosa e isquemia nessa região.
O paciente que tem sensibilidade na região das rugas palatinas não consegue usar essa barra.
· Barra palatina média
Mais posterior que a precedente normalmente apresenta uma largura maior, porém não recobre as rugosidades. 
Essa é opção para pacientes com sensibilidade na região de rugas palatinas e forame incisivo.
No caso de uma classe IV, posso acrescentar uma barra fininha contornando a rugosidade.
· Barra palatina posterior
Situa-se na região palatina posterior entre palato duro e mole forma uma curva de concavidade anterior.
É como se fosse a média, só que na região mais posterior.
· Barra palatina dupla
É a combinação da barra anterior e posterior. Miller (1975) Indicado quando o conector palatino completo seja contra indicado por alguma razão, com a presença de tórus palatino ou o paciente se recusa a usar uma barra larga, pelo fato de perder o paladar.
· Em forma de U ou ferradura
Indicado quando a presença de tórus palatino. Interfere na fonética. Necessito de uma espessura mínima de 2 MM. Só tira a parte de trás da Barra palatina dupla.
· Placa palatina total
Também chamado de chapeado palatino. Sua indicação é para caso de extremidades livres ou grandes perdas dentais, sendo os dentes remanescentes desabilitados periodontalmente. O seu limite se encontra entre o palato duro e o mole.
· TODOS OS TIPOS DE BARRAS DEVEM DISTANCIAR-SE DA MARGEM GENGIVAL EM 4MM.
CONECTORES MAIORES DA MANDIBULA
· Barra lingual
É o tipo de conexão mais utilizado, e pode ser considerado como o tipo ideal. 
Esse conector recobre uma pequena área de tecido gengival sendo muito bem tolerado pelos pacientes. Ela é indicada para casos onde a superfície gengiva marginal livre e o freio lingual oferece uma altura suficiente para sua colocação. É contra-indicada onde há presença de tórus. Deve distanciar-se de 3 A 4 MM do soalho de boca.
Deve prestar muita atenção se não vai pegar no freio lingual, pois não tem como ficar desgastando porque ela já é fina. Se o paciente tem um freio que impede, ou a distância é curta, deve-se planejar outro tipo de barra. Em caso de tórus também não tem como passar essa barra.
· Barra lingual dupla
É constituída na sua seção inferior a barra lingual simples, e na sua seção superior ao grampo contínuo de Kennedy. Promove uma retenção indireta dando mais estabilidade dental.
A diferença da barra de igual simples é que essa feruliza os dentes dando mais estabilidade. Quando usar? quando tiver o extremo livro grande
· Placa lingual 
É a união da barra lingual simples com grampo contínuo de Kennedy. Também chamada de chapeado lingual.
· Barra de união vestibular
É o tipo de conexão maior mandibular utilizado em raríssimos casos como: presença de tórus lingual e inclinação dos dentes para lingual o que impede a inserção e remoção da prótese.Se tem poucos dentes anteriores e esses dentes não tem o Equador protético, e é plano, coloca-se um ponto em cada dente e por trás um chapeado lingual, será uma força incidindo sobre a outra.
Qual o problema disso? ao longo do tempo precisa de revisão. de tanto ocluir, começa a perder o osso e a carga fica só nos dentes, e pode começar a ter sobrecarga. Então de seis em seis meses o paciente deve fazer uma revisão; e em alguns casos é necessário reembasar embaixo para dar estabilidade a PPR. 
SE O ANTAGONISTA FOR DENTE NATURAL, É UM PERIGO USAR ESSE TIPO DE BARRA, PORQUE A CARGA EM CIMA DOS INCISIVOS SERÁ ABSURDA.
· Barras telescópicas
São específicas por atuar em um conjunto completo esses fixas. São denominadas barras de união telescópica ou conexão maior fresada.
Como funciona? é feito um preparo de coroa total, o laboratório encera o dente e insere uma conexão, a prótese completa anatomia que fica faltando na coroa. É um sistema de encaixe.
SELAS
É a parte da prótese que serve de base para montagem dos dentes artificiais. Podem ser de diferentes de desenhos, mas a função é a mesma. É aonde será inserido os dentes.
Função: transmissões de cargas; suporte; estética e fonética; manter a estabilidade oclusal através dos dentes artificiais que ela contém; união; preenchimento.
APOIOS
Sua principal função é transmitir parte da carga funcional da sela aos elementos de suporte. Deve estar posicionado de tal forma que evite o movimento da prótese no sentido cervical, ou seja, evitando o seu afundamento nos tecidos gengivais.
· Apoio oclusal
É colocado nas superfícies oclusais de molares e pré-molares, mais precisamente nas fossetas triangulares proximais. Neutralizam forças de deslocamento vertical e deverá sempre estar distante do espaço protético, o que promoverá uma neutralização do eixo de rotação ou linha de fulcro.
Sempre o apoio é feito em esmalte!!
Com extremo livre: o apoio deve ficar distante do espaço protético.
Sem extremo livre, entre dentes: o apoio vai ser vizinho ao espaço protético.
· Apoio incisal
São apoios aplicados sobre descansos preparados na superfície incisais dos dentes anteriores.
· Descanso de cíngulo 
São apoios aplicado sobre a superfície palatina ou lingual e preparada na região de cingulo dos dentes anteriores inferiores. Eles fornecem suporte vertical ou fixação a prótese parcial removível e contribuem para uma transmissão mais favorável das cargas oclusais.
Em dentes anteriores superiores tem que ter desgaste na região para o descanso apoiar nas cavidades, e não gerar interferência na oclusão. Nos inferioress pode ser acrescentado resina na região para o descanso encaixar na resina. As duas técnicas vão reter a PPR, só que em uma será com desgaste e a outra acrescentando resina. Só não pode interferir na oclusão
GRAMPOS
Miller (1975), considera os grampos como a unidade ativa da prótese parcial removível, o que a mantém em seu lugar. Além de proporcionar a retenção, o grampo desempenha outras funções igualmente importantes.
· Princípios de funcionamento dos grampos
Retenção;
Reciprocidade;
Suporte ou fixação;
Estabilidade; 
Circunscrição; 
Passividade - ele tem que ser passivo porque se ele for ativo ele vai mudar o dente de posição e depois não vai ter função.
· Retenção
Essa propriedade é dada pela ponta ativa do braço de retenção, a qual se aloja na zona depressiva abaixo da linha guia equatorial.
A ponta ativa do grampo passa pela região expulsiva, vence a linha equatorial e se aloja abaixo dela, onde é a zona retentiva. Ele se encaixa a área retentiva.
· Reciprocidade
Essa propriedade é dada pelo braço de oposição. É o meio pelo qual o efeito lesivo da ponta ativa do braço de retenção é neutralizado pela ação passiva do braço não retentivo ou recíproco.
Ou seja, é o lado contrário da retenção. No movimento de colocar prótese, quando a ponta ativa troca o dente, o braço de oposição deve tocar também pelo lado oposto. Porque quando a ponta ativa empurrar o dente, o braço de oposição também tem que estar tocando o dente, isso faz com que a força seja neutralizada, e faz com que a posição do dente não mude.
Suporte ou fixação
Propriedade que é dada pelos apoios oclusais e incisais que impedem o deslocamento da prótese parcial removível no sentido do seu eixo de inserção. Ou seja, impede o deslocamento para cervical, para baixo
· Estabilidade
Propriedade dada pelo braço de oposição, apoios oclusais e incisais, corpo e conector menor, bem como conectores maiores ou barra de união. É a propriedade que as PPR devem apresentar para que se mantenham em seu sítio próprio durante atos fisiológicos do sistema mastigatório, resistindo as forças horizontais e verticais.
· Circunscrição
Os grampos devem ser planejados e desenhados de forma que circunscrevam uma área maior ou igual a 180° da coroa do elemento de suporte ao qual está sendo aplicado, evitando que se desloque.
Quanto mais abraçar o dente, mais retenção vai ter e estabilidade. Se colocar de apoio a apoio vai ter retenção; se abraçar vai ter retenção e estabilidade.
· Passividade
Quando o grampo se aloja sobre o elemento-suporte, deve ser passivo, ou seja, não deve exercer esforço sobre o dente até que seja solicitado durante os movimentos fisiológicos do sistema mastigatório ou no ato de colocação e remoção da prótese. 
Ou seja, o grampo tem que entrar e sair sem movimentar o dente, se isso acontecer pode acabar perdendo o osso. O grampo só pode exercer esforço quando for solicitado, ou seja, colocando ou removendo a PR e na mastigação
· Diferenças de funcionamento dos diferentes tipos de grampos
Existem duas maneiras completamente distintas para os grampos se alojarem ou alcançarem as áreas ou zonas retentivas dos elementos de suporte.
1- A partir do apoio oclusal em direção cervical, no caso dos circunferenciais – o grampo sai do apoio oclusal em direção a cervical - abaixo da linha Equatorial- até a área calibrada. São os grampos circunferenciais.
2- Partindo diretamente da sela da prótese para área retentiva, em sentido contrário aos braços dos grampos circunferenciais, no caso dos grampos de torção ou ação de ponta - Sai da sela até a área retentiva, são os grampos de torção ou ação de ponta.
GRAMPOS CIRCUNFERECIAIS
Tem esse nome por abraçar o dente em quase toda circunferência, ou seja, abraçando até 4 faces de um dente, envolvendo uma área igual ou maior a 180 graus da coroa dentária.
Princípio de funcionamento: baseia-se na flexão que sofre o braço de retenção no momento em que atinge a região de maior contorno do dente, que é a linha Equatorial. Ou seja, ele abre para passar pela linha Equatorial, quando ele passe pela linha, vai para a posição de retenção onde foi calibrado.
Partes constituintes do grampo circunferencial: braço de retenção, braço de oposição, apoio e conector menor.
Nem sempre o braço de retenção vai ser na vestibular, quando for delinear o dente que isso é definido. Se não achar retenção na vestibular e achar na lingual, o braço de retenção vai ficar na lingual
· Braço de retenção
É responsável pela retenção propriamente dita. Esse braço deve ser confeccionado de forma que possa flexionar-se sem sofrer deformação, pois deverá vencer certa resistência para chegar sua posição ou ser desalojado dela. (Todescan 1967)
Ou seja, não pode deformar quando ele abre para passar pela linha Equatorial e fechar para reter abaixo da linha.
· Braço de oposição
Segundo Henderson (1979) o braço de oposição representa duas e às vezes três funções:
1- Deve se opor a ação do braço de retenção; quando um está retendo o outro deve estar parado
2- Deve produzir estabilidade da prótese; quando mais largo o braço de oposição, mais estabilidade tem.
3- Retentor indireto – quando prepara os pilares, deixando-os paralelos, os braços de oposição servem como retentores indiretos.
PRINCIPAIS TIPOS DE GRAMPOS
Circunferenciais
· Ackers ou simples - mais utilizado nas PPR dento suportada. Indicado praticamente para todos os dentes molares, pré-molares, caninos e incisivos. Quando não usar? quandoo dente tiver uma inclinação para o espaço protético, porque a hora que tiver uma carga, ele vai fazer que o dente incline mais para o espaço protético.
· Circunferencial reverso - Indicado para molares superiores e inferiores com inclinação para o espaço protético. É usado nos dentes com inclinação para o espaço protético. O apoio é colocado de modo que evite que ele incline mais para o espaço protético. É preciso preparar o dente para que não tenha nicho. E estabiliza o dente para que ele não incline mais. Quando eu coloco o grampo reverso, eu coloco o apoio na distal, o grampo fica ao contrário, e coloco uma placa estabilizando ele.
· Grampo anel – indicado para molares posteriores ao espaço protético com inclinação mesio-vestibular para superior, e mesio-linguais para inferior; ou, pilares de imediato, porque temos os dois apoios, vai de um lado para o outro.
· Back action com apoio mesial - indicado para caninos e pré-molares em próteses dentomucossuportada, onde não pode indicar o grampo de ação de ponta por problemas periodontais.
· Gêmeo ou duplo - Indicado geralmente para molares e pré-molares onde não há espaço protético. Retenção indireta. 
Prova: se eu te der uma hemiarcada direita superior, quadrante 1. Vou te dizer quais os dentes foram perdidos sup. E inf., eu quero saber qual planejamento nos elementos na hemiarcada direita. Ou Posso perguntar, posso usar um grampo de torção na hemiarcada superior direita (que no caso está com dente)? Não. Porque só uso de ação de ponta quando tenho sela. Na hemiarcada direita não tem sela, pois não precisa repor dente. 
· Grampo contínuo de Kennedy - indicado para classe I de Kennedy canino a canino, dentes anteriores com mobilidade. Neste último caso ele atua como contenção. 
Grampos por ação de ponta
· Grampos em T - indicado para caninos, pré-molares, incisivos inferiores e em alguns casos molares e incisivos superiores.
· Grampo em U – indicado para molares e pré-molares com coroa clínica curta – fica em uma proximal e na outra, em forma de U. 
· Grampo em I – indicados para caninos e pré-molares superiores somente nas próteses dentosuportada. Mas em uma classe 3 por exemplo que teoricamente é dento suportada, mas se a extremidade for muito grande, vai precisar de apoio da mucosa. Então nesse caso eu NÃO usaria o I. 
· Grampo em 7 ou S – indicado em casos de acidentes anatômicos, como bossas alveolares proeminentes.
 
· As vezes se tem um pré-molar ou canino com volume de bossa, então o meu grampo de ação de ponta, sai da sela e vai para proximal e faz um braço. Os outros tipos de grampo, passaria por cima da bossa, causando desconforto. POR ISSO É USADO O 7 EM CASOS DE BOSSA. Devido ao formato dele, que “contorna” a região.

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