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APS-direitos sociais e coletivos

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DENISE CALHAU RA: 2154008 TURMA: 003106B02
APS- DIREITOS SOCIAIS COLETIVOS E PROTETIVOS
Foi iniciado em 22/12/2016 a Reforma Trabalhista, com o envio do Projeto de Lei que foi encaminhada pelo Presidente da República Michel Temer à Câmara dos Deputados. Esse Projeto de Lei, tem o número de PL 6.787/2016, e este, alterava 7 artigos da CLT (47,47-A,58-A,523-A,611-A,634 E 775).Contudo, ao chegar na Câmara dos Deputados, o relator dele, declarou esse PL substancial e antidemocraticamente. E ainda, o Presidente da República discursou no dia 22/12/2016, alegando que o projeto de lei, estava oriundo de ampla discussão do Ministro do Trabalho com os representantes dos empregadores e dos empregados.
E no dia 11/11/2017, entrou em vigor a Lei nº 13.467 no Governo do Presidente Michel Temer, que com isso, foi instituído o negociado sobre o legislado, sendo este, é um novo sistema de hierarquia das fontes em que, as clausulas previstas em acordos e convenções coletivas prevalecem quando houver conflitos com as disposições previstas em lei, essa Lei trouxe, modificações fundamentais para as relações de trabalho.
As convenções coletivas de trabalhos podem ser definidas como acordo de caráter normativo pelo qual dois ou mais sindicatos estipulam condições de trabalho aplicáveis nas representações e pelas individuais de trabalho; essa convenção coletiva é decorrente da negociação coletiva, sendo, portanto, um instrumento normativo.
Já o acordo coletivo de trabalho é a fonte formal do direito do trabalho, sendo esta, feita entre empresa e sindicato, e tudo que for firmado entre eles, deverão cumprir.
A Lei nº 13.467/2017, privilegiou ainda mais o negociado sobre o legislado, porque antes dessa Reforma Trabalhista, já existia essa possibilidade, porém, em casos não previstos em lei ou naquelas que já se tinham lei regulamentadora, contudo, precisavam ser completadas.
Essa Reforma Trabalhista trouxe modificações no artigo 611-A/CLT e 611-B/CLT, e estes, disciplinam sobre a prevalência do que for pactuado em âmbito de Acordo Coletivo de Trabalho (Sindicato de Trabalhadores e empresa) e Convenção Coletiva de Trabalho (entre sindicato dos trabalhadores e sindicato patronal), sobre o legislado. 
O artigo 661-A, com um rol exemplificativo, trouxe, matérias em que os acordos coletivos prevalecerão sobre a lei, ainda que esta convenção ou acordo estabeleçam condições menos favoráveis aos trabalhadores,  sendo que as principais se referem a: “Jornada de Trabalho, observados os limites constitucionais; bancos de horas anual; intervalo intrajornada, respeitando o mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas; teletrabalho, sobreaviso, e trabalho intermitente; remuneração por produtividade, incluindo as gorjetas percebidas pelo empregado, e remuneração por desempenho do empregado; modalidade de registro de jornada de trabalho; troca do dia de feriados”, dentre outras modificações. 
Devido a isso, o artigo 611-B, visa, vedar a possibilidade de negociação coletiva de determinados assuntos de forma taxativa, de matérias cuja lei impede qualquer supressão ou redução de direitos dos trabalhadores. 
Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos:
I - normas de identificação profissional, inclusive as anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - valor dos depósitos mensais e da indenização rescisória do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);
IV - salário mínimo;
V - valor nominal do décimo terceiro salário;
VI - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
VII - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
VIII - salário-família;
IX - repouso semanal remunerado;
X - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% (cinquenta por cento) à do normal;
XI - número de dias de férias devidas ao empregado;
XII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XIII - licença-maternidade com a duração mínima de cento e vinte dias;
XIV - licença-paternidade nos termos fixados em lei;
XV - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
XVI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
XVII - normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho;
XVIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas;
XIX - aposentadoria;
XX - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador;
XXI - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
XXII - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador com deficiência;
XXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
XXIV - medidas de proteção legal de crianças e adolescentes;
XXV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso;
XXVI - liberdade de associação profissional ou sindical do trabalhador, inclusive o direito de não sofrer, sem sua expressa e prévia anuência, qualquer cobrança ou desconto salarial estabelecidos em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho;
XXVII - direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender;
XXVIII - definição legal sobre os serviços ou atividades essenciais e disposições legais sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade em caso de greve;
XXIX - tributos e outros créditos de terceiros;
XXX - as disposições previstas nos arts. 373-A, 390, 392, 392-A, 394, 394-A, 395, 396 e 400 desta Consolidação.
Parágrafo único. Regras sobre duração do trabalho e intervalos não são consideradas como normas de saúde, higiene e segurança do trabalho para os fins do disposto neste artigo.
Foi notado que o artigo 611-A/CLT, se encontra inconstitucional, devido ao fato, que viola os princípios que fundamentam o Estado Democrático de Direito, e caso exista a violação, ocorrerá como consequências, agravar o problema da má distribuição de renda e mantendo; o elevado nível da cruel desigualdade econômica no Brasil; o crescente nível de banalização da violência, a discriminação, a exploração e o desrespeito ao artigo 1º,III/CF( dignidade da pessoa humana) e por fim, o desrespeito com o artigo 5º/CF( onde possui os direitos fundamentais de cada cidadão, de cada trabalhador).
Devido a isso, os Acordos e Convenções, devem respeitar, a Constituição Federal mais alguns princípios norteadores do Direito do Trabalho (princípio da dignidade da pessoa humana, da boa-fé, da proteção e da norma mais favorável), sendo estes, indispensáveis para as relações trabalhista.
O princípio da dignidade da pessoa humana está tipificado no artigo 1º, III/CF, garantindo, ao cidadão-trabalhador, a sua proteção pois este, não poderá ser tratado como objeto, sendo vedado, qualquer discriminação em razão social, racial ou religiosa, e com isso, impõe limites ao poder diretivo do empregador.
O principio da boa-fé, deve estar presente em todas as relações trabalhistas, pois todos os contratos devem, ser feitos sempre, pautados pela lealdade e a boa-fé, não podendo conter vícios lesivos as partes.
Segundo o princípio da aplicação da norma mais benéfica, mesmo que a convenção ou acordo coletivo, defina algo que reduza os direitos fundamentais do trabalhador, esta, em regra, não será aplicada, com isso, prevalecerá a norma Constitucional, pois a Constituição Federal não admite redução dos direitosfundamentais; como por exemplo, o artigo 7º, VI/CF, que diz que os instrumentos coletivos não podem reduzir o mínimo existencial fixado na Constituição Federal, como no caso do adicional de horas extras. O artigo 623/CLT, considera nula a cláusula de convenção ou acordo coletivo que contrarie proibição ou norma disciplinadora de política econômico-financeira do Governo ou concernente à política salarial vigente. Portanto, esse princípio, garante sempre, a norma mais benéfica ao trabalhador.
· Ainda diante do princípio da aplicação da norma mais benéfica, há três teorias que poderão sofrer impactos importantes em função dos arts. 611-A, 611-B e 620 da CLT, todos com redações dadas pela Lei 13.467/2017, também chamada de Lei da Reforma Trabalhista, exceto se os tribunais do trabalho declararem, incidentalmente, a inconstitucionalidade ou a inconvencionalidade desses dispositivos; as três teorias são:
1- Teoria da acumulação: aqui, deve-se acumular as vantagens outorgadas aos empregados previstas nos instrumentos normativos e diplomas legais. Sendo assim, o contrato será, uma “concha de retalhos” devido ao fato que terá diversas normas vantajosas existentes ao empregado. Aqui está presente o artigo 620/CLT, onde diz, que as condições estabelecidas em Convenção, quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em Acordo”.
2- Teoria do conglobamento: também é conhecida como a teoria do conjunto, para ela, o empregado deve receber a norma mais favorável e sempre levar em consideração o conjunto global de uma determinada norma do Direito Do Trabalho e não, cada conjunto isoladamente. Ou seja, deverá prevalecer a convenção e acordo coletivo em sua integridade, não podendo ser ver isoladamente.
3- Teoria da incindibilidade dos instintos: essa teoria adota uma posição mais eclética, para ela, é possível ter a combinação das diversas normas existentes na Constituição Federal, na CLT, nas Convenções e Acordos Coletivos, nos Regulamentos e dentre outros. Ela sempre leva em conta as considerações dos institutos jurídicos de Direito Do Trabalho mais favoráveis para o empregado.

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