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ANATOMIA DO TÓRAX E CORAÇÃO

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REFÊNCIAS 
GILROY, A.N.; MACPHERSON, B.R.; ROSS, L.M. Atlas de anatomia. 2ª.edição. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2014.
MOORE, K L.; DALLEY, A F.; AGUR, A M. R. Anatomia Orientada para a Clínica. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. 
.
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O TÓRAX
O tórax é compreendido como a região que fica entre o pescoço e o abdome. Dentro do tórax, encontra-se a cavidade torácica, que possui um formado de cone truncado (tronco de cone), uma vez que sua porção superior é mais estreita e sua porção inferior mais larga (onde alcança seu diâmetro máximo).
A parede da cavidade torácica é fina. Destinada para a proteção das estruturas da cavidade torácica, há a presença da caixa torácica, que possui o formato de uma gaiola. A caixa torácica é formada pelas costelas e cartilagens costais (porção horizontal), que são sustentadas pelo osso esterno e pelas vértebras torácicas (porção vertical).
O assoalho da cavidade torácica, formada pelo diafragma, é invaginado profundamente, devido ao fato de que os órgãos internos o empurram para cima. Por isso, a metade inferior da parede da cavidade torácica irá proteger os orgãos abdominais. 
É no tórax que irão se abrigar os principais órgãos tanto do sistema respiratório quanto do cardiovascular. 
A cavidade torácica é dividida em 3 porções:
· Compartimento central (mediastino): Abriga as vísceras do tórax, com excessão dos pulmões.
· Cavidade pulmonar direita: Abriga o pulmão direito
· Cavidade pulmonar esquerda: Abriga o pulmão esquerdo
	Portanto, entende-se que os pulmões ocupam a maior parte da cavidade torácica. Sendo que o resto é ocupado pelo coração e pelas estruturas que conduzem o ar (p.ex: traqueia) e o sangue (p. ex: vasos sanguíneos). Além das estruturas que enviam os alimentos para as vísceras abdominais, como o esôfago que passa pela cavidade torácica.
PAREDE TORÁCICA:
Componentes da parede torácica verdadeira:
1. Caixa torácica
2. Músculos que se estendem pelas costelas
3. Pele
4. Tela subcutânea (onde estão situadas as glândulas mamárias)
5. Músculos
6. Fáscia que reveste a face anterolateral
OBS: As mamas são consideradas partes do tórax. Com isso, os músculos tóraco-apendiculares que formam o seu leito podem ser considerados como parte da parede torácica. Contudo, funcionalmente são considerados como pertencentes aos membros superiores, até porque sua inervação é característica dos membros. 
O formato abobadado proporciona à caixa torácica uma grande resistência, mesmo com o peso de suas estruturas sejam pequenos. E como principais funções dela estão:
· Proteção dos orgãos internos (torácicos e abdominais), muitos com líquidos ou gases.
· Resistir às pressões negativas internas (geradas pela retração pulmonar e pelos movimentos que acontecem na inspiração. Pressões negativas, isto é, sub atmosféricas dão a tendência do meio externo agirem sobre elas, necessitando de uma resistência.
· Fixação dos membros superiores
· Fixação de músculos dos membros superiores, pescoço, abdome e da respiração.
	Mesmo a rigidez sendo uma característica marcante da caixa torácica, as articulações, pequenas espessuras e flexibilidade das costelas irão permitir a absorção de choques e compressões do tórax sem fraturas. Além disso, o tórax é uma das regiões mais dinâmicas do corpo, uma vez que a maioria das estruturas estão em constante movimento. O coração se movimenta, os pulmões promovem uma movimentação de todo o tórax (devido a ação dos músculos respiratórios que atuam tanto na inspiração quanto na espiração), além da movimentação dos outros órgãos.
ESQUELETO DA PAREDE TORÁCICA:
O esqueleto da parede torácica é forma a caixa torácica osteocartilagínea (formada por osso e cartilagem). Ela é formada por:
· 12 costelas e cartilagens associadas
· 12 vértebras (torácicas) e discos intervertebrais
· Esterno
	As costelas são a maior parte do esqueleto da parede torácica e são numerados, assim como as cartilagens, a partir da superior (primeira costela e cartilagem) até a inferior décima segunda costela e cartilagem)
COSTELAS, CARTILAGENS COSTAIS E ESPAÇOS INTERCOSTAIS
As costelas são ossos planos e curvos, onde seus interiores são esponjosos (no interior contém medula óssea). Dentre as costelas, tem-se que são classificadas em 3 tipos distintos:
1. Costelas verdadeiras: Possuem suas próprias cartilagens costais, e por meio dela se fixam no esterno. São as costelas compreendidas da I à VII.
2. Costelas falsas: Suas cartilagens se unem às cartilagens que estão acima delas, se fixando indiretamente no esterno. São as costelas VIII e IX, e, geralmente a X
3. Costelas flutuantes: Não possuem comunicação com o esterno. São as costelas XI, XII e as vezes a X.
Componentes de uma costela típica 
As costelas típicas são as costelas que vão desde à III até a IX.
· Cabeça da costela: Possui duas articulações, as quais são separadas pela crista da cabeça da costela. Essas articulações serão feitas com as vértebras torácicas (uma com a sua vértebra correspondente, e outra com a fóvea costal superior da vértebra de baixo)
· Colo da costela: Faz a união da cabeça com o corpo da costela
· Tubérculo da costela: Fica no lugar de junção do corpo com o colo. O tubérculo possui duas porções:
· Porção articular (face articular: É lisa e se articula com o processo transverso de sua vértebra correspondente
· Porção não articular (face não articular) : É rugosa e serve para fixar o ligamento costotransversário.
· Corpo da costela: O corpo da costela é plano e curvo. Sua curvatura é mais acentuada no ângulo da costela, que é um importante ponto de referência pois marca o limite lateral de fixação dos músculos profundos. Há ainda, no corpo, o sulco da costela, que dá uma proteção a mais aos nervos e vasos que passam por elas.
Componentes de uma costela atípica:
As costelas atípicas são: I, II, X e XII
· Costela I: É a mais curta e mais larga costela, é quase horizontal. Possui dois sulcos para os vasos subclávios, esses sulcos são separados pelo tubérculo do músculo escaleno (fixação do músculo escaleno anterior). Além de ter apenas uma face articular em sua cabeça da costela.
· Costela II: É mais longa e menos curva que a primeira, além de já possuir as duas faces articulares (articulação superior com TI e inferior com TII). Sua característica mais atípica, é a tuberosidade do músculo serrátil anterior, de onde esse músculo tem origem.
· Costelas X a XII: Apenas uma face articular
· Costelas XI a XII: São mais curtas. Não tem colo nem tubérculos.
Cartilagens costais:
As cartilagens costais prolongam as costelas em suas porções anteriores. A medida que avançamos da costela I para a VII, temos que elas aumentam de tamanho, ao passo que a partir da VII elas diminuem gradativamente. 
As sete primeiras cartilagens tem fixação direta, a VIII, IX e X possuem fixação indireta, uma vez que se articulam uma com a outra de modo que a de baixo se articula com a que fica superior a ela, formando a margem costal cartilaginosa. .A XI e XII são flutuantes, mas possuem cartilagem em suas extremidades, com a finalidade de proteção. 
Da costela I até a X, há a fixação da porção anterior da costela com o esterno, o que limita um pouco seu movimento nessa região, porém sua margem anterior consegue maior mobilidade, uma vez que gira no eixo transversal da costela.
Espaços intercostais:
São os espaços encontrados entre as costelas suas cartilagens. Eles são numerados, assim como as costelas, de cima para baixo, de acordo com as quais estão relacionadas. Ou seja, o 3° espaço intercostal é entre a costa III e IV. O espaço existente após a costela XII (última) é denominado de espaço subcostal.
Nesses espaços são encontrados músculos, membranas intercostais, dois conjuntos de vasos sanguíneos (principal e colateral) ----”As artérias emitem ramos terminais e colaterais. Os ramos terminais são quando a artéria ou tronco principal dá ramos e deixa de existir por causa da divisão (bifurcação).Já os ramos colaterais são quando a artéria emiteramos e o tronco principal ou de origem continua a existir.” (https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina/tipos-de-vasos-sanguineos-arterias-veias-e-capilares-sanguineos/38470) “----, além de nervos (os quais são numerados de acordo com os espaços nos quais estão situados, EX: Nervo T12, fica no espaço subcostal.
Esses espaços são mais largos na porção anterolateral, e aumentam de tamanho na inspiração ou quando flexionamos lateralmente o tronco para o lado oposto ao qual queremos alargar.
OBS: Espaços intercostais antes e durante a inspiração
VÉRTEBRAS TORÁCICAS
OBS: RESUMÃO, MAIS DETALHADO NO RESUMO DE COLUNA
· Possui as fóveas costais bilaterais no corpo (para articulação com as costelas nas faces articulares da cabeça)
· Fóveas costais nos processos transversos (para articulação com o tubérculo da costela)
· Processos espinhosos longos.
ESTERNO
O esterno é um osso plano e alongado. Ele fica situado na porção intermediária e anterior da caixa torácica. Além disso, protege a maioria das vísceras do mediastino, uma vez que o sobrepõe. O melhor exemplo de víscera que é protegida por ele é o coração, já que grande parte dele fica atrás do esterno.
O esterno é divido em três partes: Manúbrio, corpo e processo xifóide. Essas partes, em adolescentes e jovens adultos são ligadas por cartilagem (sincondroses), porém são unidas na meia idade.
· Manúbrio: É um osso largo e espesso, possui formato trapezóide. Ele possui a incisura jugular (supraesternal), que é uma porção côncava localizada em seu centro. Essa incisura é aprofundada pelas extremidades esternais, que são maiores do que aquelas existentes nas incisuras claviculares (que formarão o local das articulações esternoclaviculares - EC). Inferolateralmente à incisura clavicular está localizada a sincondrose da primeira costela (fixação da primeira costela com sua cartilagem no esterno). O local de junção do manúbrio, a sínfise manubrioesternal forma o ângulo do esterno, que é saliente.
· Corpo do esterno: É mais longo que o manúbrio, porém, é mais estreito e mais fino. Possui largura variável, devido às várias incisuras que existem para que sejam estabelecidas as sincondroses das costelas. Em jovens, há 4 segmentos esternais (sincondroses esternais), que articulam-se entre si. Em adultos esses 4 segmentos se fundem, formando as três cristas transversais (sinostoses).
· Processo xifoide: É curto e irregular. Pode ter variadas formas em várias pessoas (pontiagudo, rombo, bífido…). É cartilagíneo, mas pode ser parcialmente ou totalmente ossificado ao decorrer do tempo (idade). É uma importante referência para o plano mediano, isso porque:
· É referência para a parte superior do fígado, centro tendíneo do diafragma e margem inferior do coração
· A sinfise xifoesternal marca o limite inferior da parte central caixa torácica, além de que é o local do ângulo infraesternal (subcostal)
ABERTURAS DO TÓRAX:
São as aberturas superior (por onde passa o pescoço e os membros superiores) e a inferior (onde se situam o diafragma, que fecha, praticamente, toda a abertura inferior).
Abertura superior:
Limites da abertura superior:
· Posterior: Vértebra T I
· Lateral: 1 par de costelas
· Anterior: margem superior do manúbrio
Por essa abertura, passas as estruturas que percorrem o pescoço, como traqueia, esôfago, nervos, e vasos sanguíneos da cabeça, pescoço e braços.
Abertura inferior
Limites da abertura inferior:
· Posterior: Vértebra torácida XII
· Posterolateral: 11° e 12° par de costelas
· Anterolateral: Cartilagens costais unidas (da VII a X)
· Anterior: Articulação xifoesternal
É uma abertura muito maior que a superior. É fechada pelo diafragma, que separa a cavidade torácica da abdominal. As estruturas que atravessam o diafragma para chegar À porção abdominal são: esôfago, veia cava inferior e artéria aorta, por exemplo.
ARTICULAÇÕES DA PAREDE TORÁCICA:
As articulações da parede torácica estão sempre em movimento, porém, quando analisadas de modo individual realizam pouco movimento. Uma das principais características das articulações presentes na parede torácica é que elas viabilizam os processos de ventilação (inspiração e expiração), e qualquer alteração nas articulações podem interferir na respiração.
Articulações costovertebrais:
· Articulações das cabeças das costelas: É uma articulação que é feita entre a cabeça da costela e a fóvea costal superior correspondente ao número da costela e a fóvea costal inferior da vértebra superior (ex: Costela V - Faz articulação com a fóvea superior da T V e com a fóvea inferior da vértebra T IV). Além disso, a crista da cabeça fica ligada ao disco intervertebral por meio do ligamento intra-articular da cabeça da costela, que divide o espaço intra-articular em duas cavidades sinoviais. Essas articulações são tão firmes que permitem apenas leves movimentos da cabeça da costela, porém, suas porções distais possuem um movimento até que maior.
· Articulações costrotransversárias: Nessas articulações, haverão uma grande quantidade de ligamentos, os quais vão fortalecer e limitar os movimentos.
· Ligamento costrotransversário: Vai do colo da costela até o processo transverso
· Ligamento costrotransversário lateral: Do tubérculo da costela até a extremidade do processo transverso (fortalece as faces anterior e posterior da articulação)
· Ligamento costrotranversário superior: Da crista do colo da costela até o processo transverso da vértebra superior a ela.
As partes que unem fortemente essas articulações promovem um simples movimento de deslizamento, ao passo que em outras regiões, como nas primeiras 6 costelas, há um encaixe das faces articulares dos tubérculos (que são convexas) com concavidades dos processos transversos, isso possibilita um movimento de rotação no eixo transverso. Esse movimento no eixo transverso possibilita uma elevação e depressão dos extremidades esternais da costela.
A partir da VII até a X, há apenas o deslizamento, possibilitando elevação e depressão apenas da parte lateral das costelas.
· Articulações esternocostais: O primeiro par de costelas forma, com o manúbrio a primeira sincondrose. Da II até a VII costelas, haverá as articulações com o esterno em articulações sinoviais, que permitem a respiração. Essas articulações são feitas entre a face condral e o esterno. Os ligamentos que possibilitam essa capsula articular são os ligamentos esternocostais radiados, que fortalecem a articulação no sentido anterior e posterior.
RESUMÃO DAS ARTICULAÇÕES
MOVIMENTOS DA PAREDE TORÁCICA
Os movimentos da parede torácica estão, sobretudo, relacionados com os processos de inspiração e expiração. Nesses processos a criação de gradientes de pressão funciona como base para a liberação de ar ou obtenção de ar. Durante a inspiração, os músculos intercostais e diafragma contraem, de modo que aumentam o volume torácico, reduzindo a pressão intratorácica, permitindo a entrada de ar. Já na expiração ocorre o contrário.
MEDIASTINO
O mediastino é uma das três porções da cavidade torácica, é compreendida como a massa de tecido que se localiza entre as duas cavidades pulmonares. É nele onde haverá todas as estruturas torácicas, exceto pelos pulmões, portanto é considerado como o compartimento central da atividade torácica.
Lateralmente, em ambos os lados, é limitado pelas duas cavidades pulmonares, anteriormente pelo esterno e pelas costelas, e posteriormente pelos corpos das vértebras.
As estruturas internas do mediastino, geralmente são ocas, contendo líquido ou gases, por isso sua “textura” mais mole. Essas estruturas, na maioria das vezes são envoltas por vasos sanguíneos, vasos linfáticos, nervos e gordura e são unidas por tecido conjuntivo frouxo.
	Devido à frouxidão do tecido conjuntivo que conecta as estruturas e pela elasticidade dos pulmões, há uma grande mobilidade das estruturas que estão inseridas no mediastino. Essa característica é muito importante pois é por meio dela que os orgãos conseguem se acomodar dentro dacavidade torácica em meio ao “caos” que é gerado pelos movimentos de contração e relaxamento dos músculos intercostais e diafragma, além dos movimentos de expansão e contração do pulmão.
Divisão do mediastino:
· Superior: Estende-se da abertura superior da cavidade torácica até o local do ângulo do esterno (Junção do manúbrio com o corpo), anteriormente, e a junção das vértebras T IV e V (disco intervertebral IV), posteriormente.
· Inferior: Entre o plano transverso do tórax (linha do ângulo do esterno) e o diafragma. É subdividido em:
· Pericárdio
· Parte anterior
· Parte média
· Parte posterior
OBS: O pericárdio, o coração e seus grandes vasos estão no mediastino médio.
PERICÁRDIO
	O pericárdio é uma membrana fibroserosa que reveste o coração e o começo dos grandes vasos. É composto por duas camadas, uma mais externa e resistente, pericárdio fibroso (contínuo com o centro tendíneo do diafragma), e outra mais interna, o pericárdio seroso (lâmina parietal do pericárdio seroso)
O pericárdio fibroso é: 
· Fixado anteriormente a partir dos ligamentos esternopericárdicos 
· Fixado posteriormente às estruturas do mediastino posterior, por meio de tecido conjuntivo frouxo.
· Contínuo com o centro tendíneo do diafragma (ligamento pericárdicofrênico)
· Conectado superiormente com a túnica adventícia que recobrem os grandes vasos.
	Devido a todas essas fixações, o coração fica bem “preso” no seu lugar, que é dentro do pericárdio. E, consequentemente, os batimentos do coração irão influenciar no movimento do pericárdio.
O pericárdio, juntamente com o coração se encontram localizados na parte central do corpo, porém um pouco deslocado e inclinado (cerca de 45°) para a esquerda, ficando, desta forma, com ⅔ para a esquerda e ⅓ para direita.
A cavidade do pericárdio é uma cavidade virtual, ou seja, só existe em determinadas condições. Ela é preenchida pelo líquido pericárdico, que reduz o atrito do coração com a parede do pericárdio.
Há, ainda o epicárdio, que é formado pela lâmina visceral do pericárdio seroso, e é compreendido como a 3° estrutura mais externa da parede cardíaca.
CORAÇÃO
	O coração funciona como uma bomba de sangue, a qual possui as características de ser autoajustável, uma vez que consegue regular suas próprias funções, além do fato de ser uma bomba dupla, uma vez que é subdividido em átrios e ventrículos. O princípio do funcionamento do coração é a sucção e pressão, uma vez que a sucção trás sangue para o coração (átrios) e a pressão leva o sangue ao corpo (ventrículos).
	No coração há dois átrios e dois ventrículos, os átrios recepcionam o sangue das veias e mandam para os ventrículos, enquanto os ventrículos impulsionam o sangue para as artérias.
	Há dois sons que o coração emite “ao bater”, as chamadas bulhas cardíacas, que são emitidas não com os movimentos de contração do coração, e sim a partir do fechamento das valvas. A primeira bulha cardíaca ocorre no fechamento das valvas atrioventriculares, já a segunda bulha cardíaca ocorre no fechamento das valvas semilunares. Juntas, as bulhas fazem o som característico do coração: “tum tá”.
A parede cardíaca possui 3 camadas:
· Endocárdio: Fina camada de revestimento que reveste a parede interna do coração e suas valvas, composta de endotélio e tecido conjuntivo subendotelial.
· Miocárdio: Camada espessa formada por células musculares cardíacas. Forma o músculo cardíaco.
· Epicárdio: É a camada mais externa. É fina, e é formada pela lâmina visceral do pericárdio seroso.
	Vale lembrar que o miocárdio é a maior parte da parede do coração, tendo, nos ventrículos, camadas de miocárdio mais espessa, uma vez que eles precisam exercer maior pressão. Além dessa conformação mais musculosa, tem-se que o coração possui suas fibras musculares organizadas em espiral, de modo que o coração, ao contrair, torça o coração impulsionando o sangue para fora dele.
	As fibras musculares cardíacas possuem um mesmo local de origem e inserção. Esse local é o esqueleto fibroso, mais especificamente nos anéis fibrosos que são formados a partir desse esqueleto fibroso. Esses anéis são trígonos fibrosos que circundam a região das valvas cardíacas.
 
Esse esqueleto fibroso possui as funções de:
· Manter o orifício das valvas
· Impedir grandes distensões (devido ao aumento do volume de sangue)
· Local de fixação das valvas
· Origem e inserção do miocárdio
· Isolante elétrico: Função importante para a regulação do ciclo cardíaco, pois atrasa a condução do sinal (que vem do átrio), para que os ventrículos não contraiam junto aos átrios.
	Quanto à sua superfície externa, tem-se que os átrios são separados dos ventrículos pelo sulco coronário, sulco pelo qual passarão as veias e artérias coronárias. Já os ventrículos são separados pelo sulco interventricular anterior e posterior.
Ápice do coração (porção inferior)
· Parte inferolateral do ventrículo esquerdo
· Atrás do 5° espaço intercostal
· Imóvel durante o ciclo cardíaco
· Maior intensidade das bulhas cardíacas, uma vez que fica sob o local de ausculta 
Base do coração (porção superior)
· Principalmente formada pelo ventrículo esquerdo, com um pouco do direito
· Fica na frente das vértebras T VI e T IX
· Limite superior na bifurcação do tronco pulmonar
· Limite inferior no sulco coronário
· Local de chegada e saída dos grandes vasos (cavas superior e inferior, veia e artéria pulmonar e artéria aorta).
 
Divisão em faces do coração
· Face esterno costal (anterior): Ventrículo direito
· Face diafragmática (inferior): Ventrículo esquerdo e pouco do direito, possui relação com o centro tendíneo do diafragma
· Face pulmonar direita: Átrio direito
· Face pulmonar esquerda: Átrio esquerdo, e forma a impressão cardíaca no pulmão esquerdo
Margens do coração (são 4)
· Margem direita (convexa): Átrio direito , entre a veia cava superior e inferior
· Margem inferior (horizontal) : Ventrículo direito e parte do esquerdo
· Margem esquerda (mais vertical): Ventrículo esquerdo e parte da aurícula esquerda
· Margem pulmonar: formada pelos átrios e aurículas direita e esquerda em vista anterior; a parte ascendente da aorta e o tronco pulmonar emergem dessa margem e a VCS entra no seu lado direito. Posteriormente à aorta e ao tronco pulmonar e anteriormente à VCS, essa margem forma o limite inferior do seio transverso do pericárdio. (control c control v)
OBS: O tronco pulmonar é a continuação arterial do ventrículo direito, que se divide em artéria pulmonar esquerda e direita;
Imagens da estrutura geral do coração:
ÁTRIO DIREITO
	
	Compõe a margem direita do coração. Nele há a aurícula direita, uma espécie de bolsa muscular que se assemelha a uma orelha, ela promove um aumento da capacidade do átrio e fica sobreposta à parte ascendente da aorta.
Interior do átrio direito:
· Sua porção posterior lisa e mais fina, em decorrência da menor força que faz e porque é o local de entrada das veias cavas e coronárias.
· Músculos pectíneos conferem a rugosidade da parede anterior
· Há a valva atrioventricular direita, pela qual o sangue passa para o ventrículo direito. 
· Para separar a parede lisa da rugosa, externamente, há o sulco terminal, e ,interiormente, a crista terminal.
	O óstio do seio coronário fica entre o óstio atrioventricular (valva) e o óstio da veia cava inferior. Para separar os dois átrios, há o septo interatrial, que para sua melhor localização, pode-se identificar a fossa oval, uma depressão oval.
VENTRÍCULO DIREITO
	O ventrículo direito compõe a margem esternocostal, parte da da face diafragmática e quase toda a margem inferior do coração. Na sua porção inferior afina-se para dar origem ao tronco pulmonar. Em sua face interna, há as trabéculas cárneas, músculos irregulares que revestem a sua superfície interna. Separando a porção mais rugosa do ventrículo (próximo da entrada do sangue no ventrículo) da parte mais lisa (próximo à saída) há a crista supraventricular. Entre o átrio direito e o ventrículo direito há a valva atrioventricular tricúspide,que é mantida pelo anel fibroso.
	Ainda sobre a valva atrioventricular direita, nota-se que ela fixa-se no ventrículo por meio das cordas tendíneas, que se originam no músculo papilar. Essas cordas prendem as 3 porções da valva (anterior, posterior e septal) no ventrículo, de modo que evitam o prolapso da valva durante a contração ventricular.
	Os músculos papilares são nomeados/classificados de acordo com a porção da valva a qual a corda tendínea segura. Por isso, há três músculos papilares no ventrículo direito, já que a valva tricúspide possui 3 folhetos:
· M. papilar anterior: Origina-se da parede anterior do ventrículo. Suas cordas prendem as porções anterior e posterior
· M. papilar posterior: Origina-se da parede inferior do ventrículo. Suas cordas prendem as porções posterior e septal.
· M. papilar septal: Origina-se do septo interventricular. Suas cordas ligam as porções septal e anterior
	
	O septo interventricular (SIV) possui duas partes, uma parte muscular e outra membranosa. Devido à pressão superior no ventrículo esquerdo, a maior parte do SIV será muscular, e terá uma espessura semelhante a da parede do ventrículo esquerdo´(que é de duas a três vezes mais espessa que a parede do ventrículo direito), enquanto apenas possui uma saliência para o lado do ventrículo direito. Isto é, o SIV é mais expressivo para o VD. Já a porção membranosa parte do esqueleto fibroso do coração, na forma de uma membrana fina. No lado direito, a valva septal encontra-se fixada no meio dessa membrana, o que quer dizer que, inferiormente à valva é o SIV, ao passo que superiormente é um septo atrioventricular que separa o átrio dos ventrículos.
	Há, no ventrículo direito, uma estrutura muscular curva que se direciona da porção inferior do SIV, atravessando o coração até o músculo papilar anterior. Essa estrutura muscular é chamada de trabécula septomarginal (banda moderadora), e é importante pois é por meio dela que passa o ramo direito do fascículo atrioventricular, responsável pela condução do impulso. Essa trabécula funciona como um atalho.
	A partir do átrio direito, o sangue passa pela valva atrioventricular direita (tricúspide) e “Joga” o sangue na porção posterior do ventrículo. Para sair do ventrículo, o sangue sai na porção superior, voltando-se para a esquerda, fazendo uma espécie de “U”. 
	Há, ainda a valva semilunar direita (pulmonar) que assegura o não retorno do sangue das artérias para o coração.
ÁTRIO ESQUERDO
	Forma a maior parte da base do coração. Os pares de veias pulmonares entram na parede fina do vaso. Vale lembrar que são dois pares de veias pulmonares, um par direito e um par esquerdo, que se incorporam na parede do átrio esquerdo (nessa região o átrio é mais liso). Além disso, há a aurícula esquerda, que ocupa a maior parte do átrio esquerdo, a aurícula possui uma composição muscular tubular, trabeculada, composta pelos músculos pectíneos. 
	Há, ainda, o assoalho da fossa oval, marcado por uma depressão semilunar.
Interior do átrio direito:
· Uma região lisa maior, com a aurícula menor, com sua rugosidade (músculos pectíneos)
· 4 veias pulmonares entram nessa cavidade
· Parede mais espessa que a do átrio direito.
· O septo interatrial inclina-se para a direita
· Há o óstio atrioventricular esquerdo, no qual estará a valva AV bicúspide.
VENTRÍCULO ESQUERDO
	Forma o ápice do coração, face esquerda, margem esquerda e quase toda a face diafragmática. Trabalha mais que o ventrículo direito, e , portanto, terá paredes mais espessas.
Interior do ventrículo esquerdo:
· Paredes 2 ou 3 vezes mais espessas que o VD
· Paredes com trabéculas cárneas mais finas e mais numerosas
· Cavidade cônica mais alongada
· Músculos papilares anteriores e posteriores mais longos
· Porção de saída não muscular, na região superolateral, o vestíbulo da aorta, que dá para o óstio da aorta/valva da aorta.
· Valva AV bicúspide, com dois folhetos (ao invés de 3)
		A valva atrioventricular esquerda (bicúspide/mitral) possui apenas dois folhetos, o anterior e o posterior. Partindo do ventrículo, as cordas tendíneas irão se fixar nos folhetos das valvas, lançando várias cordas tendíneas de vários músculos papilares para cada folheto. Essa conformação impede o retorno do sangue para o átrio.
	Há, entre o ventrículo esquerdo e a aorta, a valva semilunar aórtica, que impede o sangue de voltar da artéria aorta para o ventrículo.
VALVAS SEMILUNARES
	As duas valvas semilunares, a pulmonar e aórtica, são compostas por três folhetos. Porém sua conformação é diferente, isso pelo fato de que recebem menos força que as artrioventriculares (cerca de metade). Como sua função é evitar que o sangue retorne ao coração (após o relaxamento do ventrículo), seus folhetos, ao serem vistos de cima, possuem um formato côncavo, o que permite que sejam fechadas pelo próprio sangue que tenta voltar ao ventrículo. Esse fechamento faz com que aconteça a segunda bulha cardíaca.
	A parte da margem é espessa, na lúnula, porém, nas bordas livres, nódulos, são mais espessas ainda. Imediatamente após as valvas, na origem das artérias, há uma dilatação do vaso, os seios da aorta/ do tronco pulmonar. Nesses seios, os sangue fica retido, tendo duas funções:
· Impedir que os folhetos fiquem aderidos à parede do vaso
· Ser drenado para as artérias coronárias, responsáveis pelo suprimento de sangue do miocárdio.
· Artéria coronária direita: sai do seio direito da valva direita
· Artéria coronária esquerda: sai do seio esquerdo da valva esquerda
· Seio posterior: não possui artéria
COMPLEXO ESTIMULANTE DO CORAÇÃO
OBS: Foco na anatomia
Nó sinoatrial (SA):
· Localização anterolateral
· Abaixo do epicárdio, na junção da veia cava superior com o átrio direito.
· Perto da extremidade superior do sulco terminal
· Suprido pela artéria do nó-sinoatrial
· Controlado pelas vias simpáticas e parassimpáticas
Nó atrioventricular (AV):
· Posteroinferiormente no septo interatrial
· Perto da abertura do seio coronário
· Conduz o sinal para o fascículo atrioventricular, que percorre o septo interventricular
· Suprido pela artéria do nó AV
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