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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA LABORATÓRIO DE ÓPTICA, ELETRICIDADE E MAGNETISMO Engenharia Fácil Fontes e suas Resistências Internas Professor: Laerson Duarte Da Silva Turma: 01 Campina Grande - PB 2021 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 3 1.1 Objetivo Geral ....................................................................................................... 6 2 MATERIAIS UTILIZADOS ...................................................................................... 6 3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ................................................................... 6 4 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 11 5 ANEXOS .................................................................................................................... 12 6 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 21 3 1. INTRODUÇÃO Inicialmente, uma fonte de tensão é um dispositivo que mantém uma diferença de potencial constante entre dois terminais, quaisquer que sejam as condições de carga a que a mesma esteja submetida. Carga é tudo aquilo que possa consumir energia da fonte. Na realidade, nenhuma fonte de tensão é capaz de manter sua d.d.p.(diferença de potencial) constante, pois todas as fontes de tensão reais possuem uma resistência interna que por si mesma já constitui uma carga para esta fonte. Uma fonte de tensão ideal pode ser representada pelo desenho da Fig.1(a) e uma real na Fig.1(b). Às vezes, é conveniente usar uma fonte de corrente e um resistor linear em paralelo com a mesma Fig.1(c). Esses dois circuitos são equivalentes e um caso particular do Teorema de Thévenin-Norton, onde o primeiro circuito é o equivalente Thévenin e o segundo é o equivalente Norton. A força eletromotriz de uma fonte é algum mecanismo que transporta os portadores de carga em sentido oposto aquele em que o campo elétrico está tentando movê-los. Nas baterias comuns, esta força eletromotriz tem sua origem na dissociação iônica que sofrem os componentes desta bateria. Figura 1: Fonte de Tensão Para determinar a força eletromotriz de uma fonte, o caminho mais imediato seria ligando um voltímetro aos terminais desta fonte. No entanto, os voltímetros possuem também uma resistência interna Rv; portanto, ligando um voltímetro a uma fonte de tensão, não estaria mais medindo a sua f.e.m. 4 Figura 2: Medição da f.e.m A tensão medida pelo voltímetro será V, onde: V = E 1 + Ri/ Rv Portanto, Quanto menor for Ri / RV (quanto maior for a resistência do voltímetro em relação à resistência da fonte), mais o valor da tensão medida aproxima- se do valor da f.e.m e mais precisa torna-se a medição de E. Sobre os terminais externos da fonte irá aparecer uma diferença de potencial V. No entanto, V não será mais constante, ao contrário variará em função das variações que ocorrem com R. V = f(R) V é uma função f da resistência externa R. Sobre a resistência interna da fonte (Ri) irá ocorrer uma queda de tensão igual a Vi, onde: Vi = E 1 + R/Ri Em relação aos efeitos da resistência de uma fonte sobre a ddp, é notório que quanto menor for o valor de R, maior será esta queda de tensão. Então, se ligarmos uma carga R a uma fonte de tensão, a tensão V sobre esta carga será: V = E - Ri x I. A equação anterior mostra que V é uma função linear de I, sendo que a representação gráfica da mesma é uma reta, mostrada na figura 3. 5 Figura 3: Gráfico de uma Fonte Por fim, a potência instantânea fornecida por uma fonte a uma carga qualquer é igual ao produto V x P. Analisando uma fonte de tensão ideal, a potência que a mesma pode fornecer a uma carga é ilimitada, para resistências decrescentes, pois a tensão nos seus terminais será constante para qualquer valor da corrente que essa fonte forneça. Infelizmente, a resistência interna das fontes de tensão impõe um limite à potência que as mesmas podem fornecer. Para verificar os efeitos da resistência interna sobre a potência, foi criado o esquema do circuito da figura 4. Figura 4: Fonte com resistência interna P: Potência dissipada sob forma de calor Fazendo-se um gráfico de (PxR), mantendo-se Ri e E constante, obtém-se uma curva semelhante à mostrada na figura 5. Figura 5: Potência x resistência 6 1.1 Objetivo geral O objetivo do experimento é conhecer alguns conceitos básicos de fontes de tensão, verificando como uma fonte de tensão reage quando varia a carga ligada a ela. 2. MATERIAIS UTILIZADOS • Multímetro analógico • Miliamperímetros 100mA e 200mA DC • Painel com plugs para conexão de circuitos (bancada) • Duas pilhas em soquete (pequena e grande) • Potenciômetro 10 ohms e cabos 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Primeiramente, foi montado o circuito da figura abaixo, utilizando uma pilha pequena como fonte (E = 1,5V). O potenciômetro P (100 Ω) estava inicialmente na posição de resistência máxima e foi utilizado um amperímetro de 100mA e 200mA. Em seguida, foi girado cuidadosamente o potenciômetro P, variando a corrente no circuito de modo a obter 10 medidas a intervalos iguais. Por fim, foi anotado os valores de V e I para cada medida obtida. 7 Pilha Grande I(m) 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 V(V) 1,560 1,460 1,420 1,360 1,300 1,250 1,182 1,120 1,065 0,990 Gráfico da curva V x I para pilha Grande A partir dos dados oferecidos e traçado o gráfico é possível calcular a resistência com a inclinação obtida, por m = (Yb – Ya) / Xb – Xa. Assim, obteve-se uma resistência de -0,0063 .Não, foi possível calculado o desvio percentual. Visto, que não foi informado o valor medido. Pilha Pequena I(m) 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 V(V) 1,460 1,420 1,380 1,340 1,300 1,260 1,225 1,800 1,140 1,100 8 Gráfico da curva V x I para pilha pequena A partir dos dados oferecidos e traçado o gráfico é possível calcular a resistência com a inclinação obtida, por m = (Yb – Ya) / Xb – Xa. Assim, obteve-se uma resistência de - 0,004 .Não, foi possível calculado o desvio percentual. Visto, que não foi informado o valor medido. Gráfico da curva caracteristica I x V do diodo diretamente polarizado para o circuito à montanta. 9 Gráfico da curva caracteristica I x V do diodo diretamente polarizado para o circuito à jusante. 10 Analisando o gráfico, conclui-se que a resistência interna vai ser menor para a pilha grande, pois utilizando a seguinte equação: R= .L/A, podemos ver que quanto maior a área da seção reta, menor será a resistência. Por isso que a pilha grande tem menor resistência interna. Fisicamente, isso significa que se elas são feitas pelo mesmo material e utilizam os mesmos processos químicos, as forças eletromotrizes serão iguais, mas as suas resistências internas serão diferentes. 11 4. CONCLUÇÃO Pode-se concluir que, ao traçar o gráfico V x I, obtendo assim a função dada para cada pilha, o valor obtido da resistência interna para as duas pilhas foi satisfatório de acordo com a teoria. Pois a pilha grande teve uma resistência interna menor comparada a da pilha pequena. A partirda realização deste experimento tornou-se possível concluir que as fontes de tensão possuem resistência interna e está influencia diretamente no funcionamento do circuito. Ao observar as pilhas no experimento pôde-se observar a força eletromotriz presente em ambas e ainda se percebeu que a pilha grande contém uma resistência interna menor, assim, sua potência será maior que a presente na pilha menor. 12 5. ANEXO PILHA GRANDE 1. Calculo para construção do gráfico V x I Escala em x 1) Inclusão da origem Valor maior em x / 2 100 / 2 = 50 (inclui o 0) 2) Módulo da escala em x (150 mm valor estipulado para o calculo) Mx = Lx / (Xf – X0) Mx = 150 mm / (100 – 0) Mx = 1,50 mm/ i ~ 2,00 mm/i 3) Equação da escala em x Lx = 2,0 (X – X0) Lx = 2,0X 4) Passo usado Δlx= 20 mm 5) Degrau da escala em Δx Δlx = 2Δx 20 mm = 2 mm Δx Δx = 20 / 2 Δx = 10 13 Calculo para construção do gráfico V x I Escala em y 1) Inclusão da origem Valor maior em y / 2 1,560/ 2 = 0,78 (não inclui o 0) 2) Módulo da escala em y (100 mm valor estipulado para o cálculo) My = Ly / (Yf – Y0) My = 100 mm / (1,560- 0,900) My = 100 / 0,66 My = 151,51 ~ 152mm/v 3) Equação da escala em y Lx = 152 (Y – Y0) Lx = 152 Δy 4) Passo usado Δly= 20 mm 5) Degrau da escala em Δy Δly = 152 Δy 20 mm = 152 mm Δy Δy = 20 / 152 Δy = 0,13 ~ 0,1 Calculo para a resistência encontrada no gráfico V x I para pilha grande m = (Yb – Ya) / Xb – Xa m = (0,990 – 1,560) / 100 – 10 m = -0,57 / 90 = -0,0063 14 PILHA PEQUENA Calculo para construção do gráfico V x I Escala em x 1) Inclusão da origem Valor maior em x / 2 100 / 2 = 50 (inclui o 0) 2) Módulo da escala em x (150 mm valor estipulado para o cálculo) Mx = Lx / (Xf – X0) Mx = 150 mm / (100 – 0) Mx = 1,50 mm/ i ~ 2,00 mm/i 3) Equação da escala em x Lx = 2,0 (X – X0) Lx = 2,0X 4) Passo usado Δlx= 20 mm 5) Degrau da escala em Δx Δlx = 2Δx 20 mm = 2 mm Δx Δx = 20 / 2 Δx = 10 15 Escala em y 1) Inclusão da origem Valor maior em y / 2 1,460 / 2 = 0,730 (inclui o 0) 2) Módulo da escala em y (100 mm valor estipulado para o cálculo) My = Ly / (Yf – Y0) My = 100 mm / (1,460 – 1,000) My = 100 / 0,46 My = 217,4 ~ 217mm/v 3) Equação da escala em y Lx = 217 (Y – Y0) Lx = 217 Δy 4) Passo usado Δly= 20 mm 5) Degrau da escala em Δy Δly = 217 Δy 20 mm = 217 mm Δy Δy = 20 / 217 Δy = 0,092 v ~ 0,090 v Calculo para a resistência encontrada no gráfico V x I para pilha grande m = (Yb – Ya) / Xb – Xa m = (1,100 – 1,460) / 100 – 10 16 m = -0,36 / 90 = -0,004 DIODO (PILHA GRANDE) Calculo para construção do gráfico I x V Escala em x 1) Inclusão da origem Valor maior em x / 2 1,560/ 2 = 0,780 (inclui o 0) 2) Módulo da escala em x (150 mm valor estipulado para o cálculo) Mx = Lx / (Xf – X0) Mx = 150 mm / (1,560 – 0,900) Mx = 227,27mm/ i ~ 227 mm/i 3) Equação da escala em x Lx = 227 (X – X0) Lx = 227 X 4) Passo usado Δlx= 20 mm 5) Degrau da escala em Δx Δlx = 227Δx 20 mm = 227 mm Δx Δx = 20 / 227 17 Δx = 0,088 ~ 0,090 Escala em y 1) Inclusão da origem Valor maior em y / 2 100/ 2 = 50 (inclui o 0) 2) Módulo da escala em y (100 mm valor estipulado para o cálculo) My = Ly / (Yf – Y0) My = 100 mm / (100 – 0) My = 100 / 100 My = 1 mm/v 3) Equação da escala em y Lx = 1 (Y – Y0) Lx = 1 Δy 4) Passo usado Δly= 20 mm 5) Degrau da escala em Δy Δly = 1 Δy 20 mm = 1 mm Δy Δy = 20 / 1 Δy = 20 v DIODO (PILHA PEQUENA) 18 Calculo para construção do gráfico I x V Escala em x 1) Inclusão da origem Valor maior em x / 2 1,460/ 2 = 0,730 (inclui o 0) 2) Módulo da escala em x (150 mm valor estipulado para o cálculo) Mx = Lx / (Xf – X0) Mx = 150 mm / (1,460 – 1,000) Mx = 326,08mm/ i ~ 326 mm/i 3) Equação da escala em x Lx = 326 (X – X0) Lx = 326 X 4) Passo usado Δlx= 20 mm 5) Degrau da escala em Δx Δlx = 326Δx 20 mm = 326mm Δx Δx = 20 / 326 Δx = 0,061 ~ 0,060 Escala em y 1) Inclusão da origem Valor maior em y / 2 100/ 2 = 50 (inclui o 0) 19 2) Módulo da escala em y (100 mm valor estipulado para o cálculo) My = Ly / (Yf – Y0) My = 100 mm / (100 – 0) My = 100 / 100 My = 1 mm/v 3) Equação da escala em y Lx = 1 (Y – Y0) Lx = 1 Δy 4) Passo usado Δly= 20 mm 5) Degrau da escala em Δy Δly = 1 Δy 20 mm = 1 mm Δy Δy = 20 / 1 Δy = 20 v PREPARAÇÃO - FONTES E SUAS RESISTÊNCIAS INTERNAS 1. Qual é a diferença fundamental entre uma fonte de tensão ideal e uma fonte de tensão real? Podemos esperar que um voltímetro ligado aos terminais de uma fonte de tensão nos dê o valor da força eletromotriz desta fonte? Explique. R: A diferença fundamental é que uma fonte ideal não apresenta resistência interna, ou seja, não existe. Já uma fonte real apresenta resistência interna. Sim, entretanto para haver uma leitura precisa a resistência interna do voltímetro deve ser bem maior que a da fonte medida. 2. Suponha que ligamos um voltímetro aos terminais de uma fonte de tensão. Se a resistência interna do voltímetro for da ordem de grandeza da resistência interna da fonte, podemos esperar uma leitura correta da força eletromotriz? Explique. De que maneira a resistência do voltímetro influi na precisão da medida da força eletromotriz de uma fonte de tensão? R: Não, pois quanto menor for Ri/Rv mais precisa será a leitura da força eletromotriz, ou seja, quanto maior for a resistência interna do voltímetro em relação a da fonte. 20 3. Uma pilha grande e uma pilha pequena são constituídas dos mesmos materiais e são utilizados os mesmos processos químicos. O que podemos esperar quanto às suas forças eletromotrizes? E quanto às suas resistências internas? R: Suas forças eletromotrizes serão iguais (exemplos de pilhas comuns 1,5V) e a pilha grande fornecerá mais corrente que a pequena. Já a se tratar de suas resistências internas têm-se a relação de que quanto maior for a pilha, menor será suas resistência interna. 4. Suponha que um aparelho só funciona bem se a tensão de alimentação for 20 V. A resistência interna deste aparelho é 2 Ohm. Qual deve ser a força eletromotriz mínima de uma fonte, de resistência interna igual a 15 Ohms, para que a mesma alimente o aparelho da forma desejada? R: V= 𝑅 ∗ 𝑖 𝑖 = 𝑉 𝑅 → 20 2 = 10 𝐸 = 𝑈 + 𝑟𝑖 ∗ 𝑖 𝐸 = 20 + 15 ∗ 10 𝐸 = 170𝑣 5. A curva característica de um gerador é apresentada abaixo. Determine: a) a f.e.m do gerador. Vi= 𝑅𝑖 ∗ 𝑖 𝑅𝑖 = 𝑉 𝑖 → 1 4 = 0,25 𝐸 = 𝑈 + 𝑟𝑖 ∗ 𝑖 𝐸 = 1 + 0,25 ∗ 4 𝐸 = 2𝑣 b) a intensidade de corrente de curto-circuito. R: A corrente do curto circuito é a de tensão igual a zero. 𝑖𝑐𝑐 = 𝐸 𝑅𝑖 𝑖𝑐𝑐 = 0 5 = 0 c) a resistência interna do gerador. R: 𝑅 = 𝑈 𝐼 𝑟𝑖 = 𝐸 𝑖 = 2 5 = 0,4 21 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS NASCIMENTO, Pedro Luiz do. Apostila auxiliar do Laboratório de Eletricidade e Magnetismo da Universidade Federal de Campina Grande, 2019.
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