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TEMA: O histórico desafio da eliminação das favelas no Brasil Conhecimento: a chave para a mudança Alan Paz Após a abolição da escravidão no Brasil em 1888 com a Lei Aurea, houve um inchaço urbano, esse conjunto de pessoas não conseguindo se fixar naquele ambiente, ainda enraizado pelo passado escravocrata, acabaram se encontrando nos arredores, dando origem no que conhecemos por favelas. Hoje, esse ambiente ainda se faz presente, e é caracterizado, muitas vezes, por ser um espaço violento ou reflexo de atrasos sociais. Partindo dessa visão, é válido analisar os principais fatores que intensificaram o crescimento das favelas e que causa essa perpetuação. Primeiramente, é válido pontuar que após a Industrialização do século XX, juntamente com a modernização dos latifúndios, acarretou um aumento do êxodo rural, elevando o número de populares nos grandes centros urbanos. Populares que acabaram se fixando nas favelas por não encontrar condições de se inserir naquele meio urbano. O problema se agrava quando é observado historicamente e visualmente que não houve qualquer planejamento nas construções, além do crescimento desordenado, sem gestão urbana. Atualmente, não é diferente, premissa sustentada pelos últimos dados do IBGE, onde consta que já são 6329 favelas, sendo que 6% da população vive em condições irregulares. Com a má qualidade de vida e o sentimento de exclusão e esquecimento, parte da população busca na marginalidade, formas de ascender socialmente, influenciados negativamente e elevando os índices de criminalidade nessas áreas. É válido observar, também, que como consequência, as favelas acabam sendo caracterizadas por uma ótica generalista, deixando de lado a grande diversidade cultural que se faz presente. A desorganização do ambiente e as características de relevo dificultam a implementação de políticas públicas de infraestrutura, uma vez que em grande maioria, não se encontram em terrenos planos e de pouco acesso. A partir da máxima do filósofo Immanuel Kant: “o homem é aquilo que a educação faz dele”, visto que nesse ambiente parte da população vive em condições desprezíveis, a educação é diretamente atingida, dificultando o crescimento intelectual, condição refletida na dificuldade dessa população em se encontrar no setor trabalhista de uma forma digna. Sendo assim, medidas são necessárias para resolver o impasse. É preciso a união entre órgãos governamentais, família e sociedade. O legislativo deve criar leis que garantam um melhor planejamento urbano com estudo adequado do ambiente, por profissionais especializados, como também, assegurar o desenvolvimento educacional, com o aumento de verbas para materiais didáticos de qualidade. A família deve influenciar os jovens a sempre buscar e consumir conteúdo instrucional relevante, garantindo a permanência no âmbito escolar. Já a sociedade deve sempre agir como vigilante, monitorando e cobrando melhorias por meio de ONG’S e associações como Olodum, Afroreggae e Amigos do Bem. É na educação que se assenta o grande segredo da melhoria e aperfeiçoamento da humanidade.
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