Buscar

TCC KAREN ENFERMAGEM

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CACOAL – FANORTE 
CURSO SUPERIOR DE ENFERMAGEM 
 
 
 
 
KAREN GABRIELLA SILVA FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CACOAL – RO 
2021 
 
 
KAREN GABRIELLA SILVA FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I 
 
 
 
 
Relatório de estágio curricular 
supervisionado apresentado a Instituição de 
Ensino Superior de Cacoal – FANORTE, 
como método de avaliação para obtenção do 
título em Bacharel em Enfermagem. 
Local do estágio: Unidades básicas de saúde 
Joaquim Gonçalves Ledo, Nova Esperança, 
Habitar Brasil e São Marcos. 
 
Supervisor no local do estágio: Enfermeiros 
Bruno, Alcilene, Kelmi e Patrícia. 
 
Supervisor do estagio supervisionado I: 
Profª. Me. Eldya Flavia Ramos 
 
Banca examinadora na Fanorte: Prof. Me. 
Adilson Rosa Teixeira. 
 
 
 
 
CACOAL – RO 
2021 
 
 
KAREN GABRIELLA SILVA FERREIRA 
 
RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO 
SUPERVISIONADO I 
 
 
Relatório do Estágio Curricular Supervisionado I apresentado em 13 de junho de 2021 
ao Departamento de Enfermagem da Instituição de Ensino Superior de Cacoal – 
FANORTE, como requisito final para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem 
e aprovado em sua forma final. 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
 
Artigo I. Prof. Me. Adilson Rosa Teixeira 
Instituição de Ensino Superior de Cacoal - FANORTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CACOAL – RO 
2021 
 
 
Agradecimentos 
 
Sempre me imaginei na área da saúde, meu coração escolheu a enfermagem e 
eu sou grata por isso. A enfermagem é uma profissão esplêndida que cuida e acolhem 
vidas, essa é missão que irei carregar comigo ao longo da minha jornada. 
Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado forças. Agradeço a minha 
família, meus pais que sempre estiveram do meu lado apoiando meus sonhos, a minha 
mãe em especial que fez de tudo para me tornar alguém melhor, ao meu marido por 
sempre me dar suporte quando precisei. Agradeço meus amigos por sempre me 
escutarem na hora do desespero e não me deixarem desistir. Agradeço aos meus 
preceptores e professores por terem paciência ao me ensinar e os conselhos que recebi 
que irei seguir para vida toda. E finalmente, agradeço também a mim por essa 
conquista que me encheu de gratidão durante a jornada e por nunca ter desistido desse 
sonho de me tornar enfermeira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
‘’Tudo posso naquele que me fortalece’’. 
Filipenses 4:13
 
RESUMO 
 
 
Relatório de estágio supervisionado I do curso de Enfermagem na Instituição de 
Ensino Superior Fanorte, com o propósito de abordar o funcionamento e a importância do 
enfermeiro no cuidado e na prevenção de lesões por pressão em pacientes restrito ao leito, 
vivenciados na unidade de saúde Joaquim Gonçalves Ledo, onde foi possível colocar em 
prática todo conhecimento teórico-prático adquirido entre o período dia 01 a 26 de Março de 
2021, que tem como finalidade principal descrever a experiência acadêmica como assistência 
mediante a atuação nos casos. 
 
 
 
 
Palavras chaves: Saúde. Enfermagem. Lesão por pressão. Prevenção. 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
Figura 1 – Anatomia da pele; 
Figura 2 – Mensuração da ferida; 
Figura 3 – Profundidade da ferida; 
Figura 4 – Processo de cicatrização das feridas; 
Figura 5 – Ferida com presença de esfacelo; 
Figura 6 – Ferida com presença de necrose; 
Figura 7 – Ferida com presença de escara; 
Figura 8 – Ferida com presença de granulação; 
Figura 9 – Ferida com presença de epitelização; 
Figura 10 – Regiões corporais mais afetadas pela LPP; 
Figura 11 – LPP estágio 1; 
Figura 12 – LPP estágio 2; 
Figura 13 – LPP estágio 3; 
Figura 14 – LPP estágio 4; 
Figura 15 – Lesão não classificável; 
Figura 16 – Lesão tissular profunda; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1 – Principais tipos de coberturas; 
Tabela 2 – Escala de Braden; 
Tabela 3 – Escala de Norton; 
Escala 4 – Escala de Waterlow; 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
LPP – Lesão por pressão; 
AGE – Ácido graxo essencial; 
EB – Escala de Braden; 
EN – Escala de Norton; 
EW – Escala de Waterlow; 
IMC – Índice de massa muscular; 
SVD – Sonda vesical de demora; 
ESF – Estratégia saúde da família; 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................12 
2 OBJETIVOS ..............................................................................................................13 
2.1 Objetivos gerais .........................................................................................................13 
2.2 Objetivos específicos ..................................................................................................13 
3 REFERENCIAL TEÓRICO E IMPÍRICO...................................................................14 
4 ANATOMIA DA PELE..............................................................................................15 
4.1 Epiderme ......................................................................................................................15 
4.2 Derme ..........................................................................................................................15 
4.3 Hipoderme ...................................................................................................................15 
5 FISOLOGIA DA PELE ..............................................................................................16 
6 AVALIAÇÃO DAS FERIDAS ...................................................................................16 
6.1 Tecido (T) ..................................................................................................................16 
6.2 Infecção (I) ................................................................................................................17 
6.3 Umidade (M) .............................................................................................................17 
6.4 Epitelização (E) ..........................................................................................................17 
7 CLASSIFICAÇÕES DAS FERIDAS ..........................................................................17 
7.1 Quanto à causa as feridas ............................................................................................17 
7.2 Quanto ao estado da ferida ..........................................................................................18 
7.3 Quanto ao tipo de cicatrização das feridas ...................................................................18 
7.4 Quanto ao grau de abertura .........................................................................................18 
7.5 Quanto ao tempo de duração .......................................................................................18 
8 MENSURAÇÃO DAS FERIDAS ...............................................................................19 
9 PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO DAS FERIDAS ...................................................19 
9.1 Fase inflamatória ........................................................................................................19 
9.2 Fase proliferativa........................................................................................................19 
9.3 Fase de maturação ......................................................................................................20 
10 TIPOS DE TECIDOS .................................................................................................2010.1 Esfacelo ...................................................................................................................20 
10.2 Necrose ....................................................................................................................21 
10.3 Escara ......................................................................................................................21 
10.4 Granulação ...............................................................................................................22 
10.5 Epitelização..............................................................................................................22 
11 PRINCIPAIS TIPOS DE COBERTURAS ...................................................................23 
11.1 Os principais tipos de coberturas ...............................................................................23 
12 LESÕES PRIMÁRIAS ...............................................................................................32 
 
13 LESÃO POR PRESSÃO (LPP)...................................................................................33 
14 ESTÁGIOS DA LESÃO POR PRESSÃO ...................................................................33 
15 ESCALAS PARA AVALIAÇÃO DE RISCO DE LESÃO POR PRESSÃO (LPP) .......36 
15.1 Escala de Braden (EB) ..............................................................................................36 
15.2 Escala de Norton (EN) ..............................................................................................37 
15.3 Escala de Waterlow (EW) .........................................................................................38 
16 ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) .............................................................39 
17 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM .........................................................................40 
18 DISCUSSÃO .............................................................................................................41 
19 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................42 
REFERÊNCIAS.................................................................................................................43 
APÊNDICE .......................................................................................................................45 
ANEXO (S) .......................................................................................................................48 
 
 
12 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 A enfermagem está constantemente promovendo ações que visem atender as necessidades 
de saúde da população, se comprometendo diretamente com pessoas através de educação em 
saúde, desde a proteção até a recuperação, respeitando os preceitos éticos e legais. 
 Entendendo que a educação em saúde é um importante caminho para assegurar a qualidade 
da atenção, ampliar os serviços e reduzir as complicações advindas do desconhecimento da 
população. No entanto a UBS tem sua principal função de acolhimento à população do seu 
território de abrangência, tendo a oportunidade de conhecer processos, sistemas e a autonomia 
do enfermeiro suprindo a demanda. 
 O Enfermeiro de uma UBS tem sua prática instituída pela Secretaria Municipal de Saúde do 
Município, exercendo um papel de segurança no âmbito de trabalho, atendendo as exigências 
técnicas na atenção primária. A enfermagem é uma profissão que segue o objetivo focado na 
prevenção, promoção e cuidado. 
 Diante disso, este relato aborda a experiência adquirida durante um rodizio pelas UBS do 
municio de Cacoal na rotina de atendimento aos pacientes, triagem, exames laboratoriais, 
práticas educativas de saúde, visitas domiciliares e gestantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
2 OBJETIVOS 
 2.1 Objetivos gerais 
 Relatar a experiência adquirida durante o estágio curricular supervisionado I na atenção 
primária, realização da missão que é o papel da enfermagem em acordo com os preceitos 
éticos e legais. 
 
 2.2 Objetivos específicos 
 Atuação dos enfermeiros da atenção primária, identificar as medidas de prevenção e 
promoção da saúde de modo evitar o desenvolvimento da lesão por pressão. Aplicar uma 
visão holística atendendo a necessidade de cada paciente. Descrever as demandas e os 
procedimentos de enfermagem na assistência. 
 
 
 
14 
 
3 REFERENCIAL TEÓRICO E IMPÍRICO 
 
 As lesões por pressão são recorrentes em pacientes restritos a leito esteja ele hospitalizado 
ou acamado em residência, sendo o principal fator de risco para seu aparecimento sendo 
propenso a infecções secundárias piorando o caso do paciente. 
 O papel do enfermeiro na atenção básica bem como no Programa de Estratégia Saúde da 
Família (ESF), é a promoção em saúde que se faz necessária e eficaz para esses pacientes 
como também para os familiares e cuidadores. 
 Fatores como o envelhecimento, imobilidade, mudanças fisiológicas, aspecto nutricional, 
o uso de medicações e as doenças crônicas, podem tornar o indivíduo mais propício ao 
surgimento de lesões e feridas, o que provoca mudanças na estrutura do tecido epitelial e, 
consequentemente a formação da lesão por pressão. 
 
15 
 
4 ANATOMIA DA PELE 
 
4.1 Epiderme 
 É camada mais profunda da epiderme é o estrato basal, que produz constantemente novas 
células pela divisão celular. Essas células são também responsáveis pela constante 
regeneração de nossa pele, que são empurradas gradualmente para cima em direção à 
superfície, levando em torno de sete dias para alcançar esse ponto e, desse modo, se tornando 
parte da proteção externa do corpo com o principal objetivo a proteção do nosso corpo. 
 
4.2 Derme 
É chamada de camada intermediária, constituída por um tecido fibroso (colágeno) dentro 
dela existem os vasos sanguíneos, nervos, glândulas e folículos pilosos. A superfície da 
derme, que se mistura com a epiderme, é ondulada e irregular, com células chamadas papilas. 
A base da derme é claramente definida à medida que se mistura com o tecido subcutâneo, o 
qual contém tecido conectivo e tecido adiposo, auxiliando o ancoramento da pele ao músculo 
e ao osso. 
 
4.3 Hipoderme 
 É a camada mais profunda sendo formada por tecido adiposo, tem como principal função o 
armazenamento de nutrientes de reserva. Funciona também como um isolante térmico e 
proteção mecânica a pressões e traumas externos. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 01: Anatomia da pele. 
 
 
 
 
 
16 
 
5 FISOLOGIA DA PELE 
 A função principal da pele é a proteção do organismo, sendo o maior órgão do corpo 
humano, atuando como barreira na entrada de microrganismos e também na regeneração, 
podendo ser comparado a uma ‘’armadura biológica’’ do nosso corpo. Impede a perda 
excessiva de líquidos, mantem a temperatura corporal, sintetiza a vitamina D, e sensorial. 
 
 Durante a nossa vida temos duas fases ao qual devemos ter um cuidado com a pele, que é 
ao nascimento e quando ficamos velhos, pois nestas fases passamos por estágios de 
vulnerabilidade. Quando começamos a envelhecer passamos a não produzir e nem captar a 
mesma quantidade nutrientes que captávamos quando mais jovens, com isso existe uma queda 
na produção de colágeno, o que significa que essa pele que antes atuava como barreira precisa 
ser protegida do ambiente externo para que não seja afetada, proporcionando feridas. 
 
6 AVALIAÇÃO DAS FERIDAS 
 Existe um protocolo usado para avaliação das feridas chamado de método mnemônico 
‘’TIME’’ que facilita lembrar os passos para abordagem e tratamento da ferida. 
 É necessário considerar os sintomas clínicos quanto à localização, forma, tamanho, bordas, 
profundidade e os tecidos que na ferida apresentam, avaliando como um todo. 
 Nesta avaliação os profissionais de enfermagem utilizam os métodos de diagnósticos de 
NANDA que se estabelece como:integridade da pele prejudicada, integridade tissular 
prejudicada, que são de acordo com a clínica do paciente. 
 
 
T I M E 
 
 
6.1 Tecido (T) 
 Diante ao leito da ferida é necessário que o profissional avalie, identificando as condições 
que o tecido se encontra classificando em viável ou inviável. Nesse momento é determinada a 
abordagem inicial, sendo um desbridamento caso tenha presença de tecido necrótico, ou uso 
de apenas coberturas que serão usadas durante o tratamento. É de imensa importância o 
profissional saber lidar nessa etapa de avaliação, pois determina a solução para aquela ferida. 
Tecido 
Infecção Umidade 
Epitelização 
17 
 
6.2 Infecção (I) 
 Esta etapa é importante para identificar as condições inflamatórias ou/e infecciosas da 
ferida, sendo um tratamento mais lento, e sendo crucial a realização da limpeza dessa ferida 
conforme a técnica asséptica. 
 
6.3 Umidade (M) 
 Entende-se que para que ocorra uma boa evolução deve-se atentar ao controle de umidade da 
ferida como, por exemplo, o excesso de exsudato que prejudica o avanço da ferida, e se a 
ferida se encontra ‘’ ressecada ‘’ pois também é um fator que prejudica a formação de novas 
células epiteliais. 
 
6.4 Epitelização (E) 
 Nesta etapa ocorre o processo de formação das células epiteliais nas margens da ferida 
garantindo a cicatrização. O profissional de saúde irá avaliar essas condições da ferida neste 
processo, se o tecido de cicatrização está sendo o suficiente ou será necessário tomar medidas 
adequadas para que ocorra a cicatrização sem danos. 
 
7 CLASSIFICAÇÕES DAS FERIDAS 
 
 Lesões é qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, que pode levar a 
desintegração ou morte no tecido. As feridas podem se classificar quando a causa, ao tipo de 
cicatrização, grau de abertura e tempo dessa lesão. 
7.1 Quanto à causa as feridas 
 Cirúrgicas: São feridas provocadas intencionalmente mediante a uma punção, incisão, 
excisão. 
 Traumática: São feridas provocadas por acidente geralmente sendo químico como iodo 
ou ácido mecânico através de perfuração e corte, ou físico como calor, frio ou 
radiação. 
 Ulcerativas: Feridas formadas por impedimento de suprimento sanguíneo para aquele 
local, as ulcerativas representam uma categoria de lesão por pressão onde o indivíduo 
se encontra impossibilitada da mudar de decúbito. 
18 
 
7.2 Quanto ao estado da ferida 
 Limpas: Em condições assépticas, sem presença de microrganismos; 
 Limpas contaminadas: São feridas com tempo inferior a 6 horas, sem contaminação 
significativa. 
 Contaminadas: Feridas ocorridas em tempo maior de 6 horas, entre o trauma e o 
atendimento sem sinal de infecção. 
 Infectadas: São feridas com presença do agente infeccioso, com evidencia de reação 
inflamatória e destruição de tecidos e podendo ter exsudato. 
 
7.3 Quanto ao tipo de cicatrização das feridas 
 Cicatrização de primeira intenção: São feridas fechadas cirurgicamente, com a técnica 
asséptica adequada e sutura das bordas justapostas, e não há perda de tecidos. 
 Cicatrização de segunda intenção: Já são feridas que perdem tecidos, são com bordas 
distantes levando uma cicatrização mais lenta do que na primeira intenção. 
 Cicatrização de terceira intenção: São feridas corrigidas cirurgicamente após uma 
formação de tecido de granulação. 
 
7.4 Quanto ao grau de abertura 
 Abertas: São feridas onde as bordas estão completamente afastadas. 
 Fechadas: Já são feridas que estão com as peles justapostas. 
 
7.5 Quanto ao tempo de duração 
 
 Agudas: Quando são feridas recentes 
 Crônicas: quando há um tempo maior de cicatrização e de tratamento, são feridas que 
estão em fase de regeneração tecidual. 
 
 
 
 
19 
 
8 MENSURAÇÃO DAS FERIDAS 
 
 Existe um sistema de mensuração que ele avalia o parâmetro da ferida e o formato, esse 
método deve ser utilizado para avaliar a evolução da cicatrização. Em uma mensuração deve-
se utilizar régua limpa e descartável avaliando o comprimento e a largura sempre certificando 
a parte mais longa da ferida, se a lesão for redonda é necessário medir em diâmetro, a 
profundidade ou volume irá mensurar através de um cotonete na parte mais profunda da 
ferida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 02: Mensuração da ferida. Figura 03: Profundidade da ferida. 
 
 
9 PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO DAS FERIDAS 
 
 Para que ocorra uma epitelização na ferida de fato a cicatrização é importante que o paciente 
esteja se alimentando de forma correta, pois se houver um déficit nutricional dificulta o 
processo de cura. Existem três fazes para esse processo de cicatrização: 
9.1 Fase inflamatória 
 É a fase inicial do processo de cicatrização da ferida onde apresenta secreção e sinais típicos 
de inflamação como rubor, edema e calor. Neste momento da lesão nosso corpo irá criar uma 
barreira aumentando a permeabilidade vascular ativando a cascata de coagulação e formando 
o tecido de fibrina, os protagonistas dessa ação são os neutrófilos, monócitos, macrófago e 
mastócitos agindo no local da ferida sendo o processo de desbridamento e removendo os 
tecidos desvitalizados, e fagocitando para impedir uma infecção. 
9.2 Fase proliferativa 
 Esta fase acontece por volta do terceiro dia após a lesão e em até algumas semanas onde 
20 
 
ocorre a recuperação do tecido conjuntivo e do epitélio, a característica dessa fase é a 
formação de do tecido de granulação onde as células fibroblastos e as células endoteliais 
entram em ação. Neste momento de proliferação celular, ocorre uma demanda de suprimento 
sanguíneo na derme onde inicia o processo de reparo da lesão por meio de angiogênese um 
processo de epitelização, neste momento ocorre à formação de tecido conjuntivo com a 
proliferação endotelial e de fibroblasto, macrófagos e queratinócitos são atraídos 
quimicamente para o local da lesão, e lá eles se dividem para sua atuação. 
 
9.3 Fase de maturação 
 É a fase final que ocorre em pelo menos 20 dias, é conhecida como fase de remodelação 
onde o tecido de granulação termina de ser formado para que inicie a maturação da ferida 
caracterizada pela deposição organizada de colágeno criando uma resistência na pele da ferida 
cicatrizada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 04: Processo de cicatrização das feridas. 
 
 
 
10 TIPOS DE TECIDOS 
 
10.1 Esfacelo 
 É um tecido inviável de coloração amarelada, úmido e não vascularizado, de consistência 
instável podendo estar solto ou aderido à borda das feridas, ele é formado por bactérias, 
fibrinas, elastina, colágeno, leucócitos, exsudato. 
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 05: Ferida com presença de esfacelo. 
10.2 Necrose 
 Este tecido indica morte celular e também envolve um processo inflamatório no local da 
lesão, existe uma diminuição do aporte sanguíneo levando a falta de oxigenação e contam 
com presença de enzimas que faz levar a morte desse tecido. Essas células sofrem lesões 
irreversíveis sendo uma grande contaminação e proliferação impedindo a cicatrização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 06: Ferida com presença de necrose. 
 
10.3 Escara 
 É um tecido desvitalizado de coloração negra e consistente, aderindo à superfície da ferida 
ou das bordas, são áreas de necrose localizadas na pele e tecido subcutâneo produzido por 
compressão. 
 
 
 
22 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 07: Ferida com presença de escara. 
 
 
10.4 Granulação 
 É um tecido viável fibroso, com crescimento de vasos sanguíneos que são para preencher a 
ferida na sua espessura, apresenta coloração vermelho vivo, brilhante, com aparência 
aveludada. Quando esta lesão se encontra com coloração rosa claro significa que está com 
baixo aporte sanguíneo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 09: Ferida com presença de granulação. 
 
10.5 EpitelizaçãoÉ um tecido saudável formado para o processo de cicatrização com cor predominantemente 
rosa claro, é caracterizado pela epiderme regenerada rosada na superfície da ferida. 
 
 
 
 
23 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10: Ferida com presença de epitelização. 
 
 
11 PRINCIPAIS TIPOS DE COBERTURAS 
 
 Para que ocorra uma redução no período de cicatrização de uma ferida é necessário um 
utilizar um curativo ideal e um ambiente favorável, prevenindo e controlando a infecção, 
exsudato, odor e a proteção dessa lesão. 
11.1 Os principais tipos de coberturas 
 
Coberturas Benefícios Indicações Contraindicaç
ões 
Frequênci
a de troca 
Consideraç
ões 
 
Filme 
transparente 
-Forma uma 
camada 
protetora da 
pele; 
-Age como 
barreira à 
contaminação 
da ferida; 
-É 
impermeável a 
água e outros 
agentes; 
-Adapta-se aos 
contornos do 
corpo; 
-Prevenção de 
LP; 
-Proteção de 
pele íntegra e 
escoriações. 
-Pacientes 
com sudorese 
aumentada; 
-Feridas com 
muito 
exsudato; 
-Feridas 
infectadas; 
-Em casos de 
hipersensibili
dade. 
Trocar a 
cada 7 
dias e ou 
quando 
necessário 
Reduz o 
atrito, 
porém a 
pressão 
permanece 
a mesma. 
Quando 
paciente 
acamado, 
mas com 
mobilidade, 
essa 
cobertura 
pode 
descolar e 
24 
 
-Permite 
visualização 
Direta da 
ferida. 
se enrolar, 
causando 
outras 
lesões. 
 
 
 
 
 
Hidrocoloides 
 
-Mantém o 
meio úmido; 
-Promove 
desbridamento 
autolítico; 
-Reduz o risco 
de infecção, 
pois atua como 
barreira 
térmica, 
microbiana e 
mecânica; 
-Reduz atrito e 
pressão 
-Prevenção ou 
tratamento de 
LP não 
infectadas; 
-Feridas 
abertas e 
planas com 
pouca a 
moderada 
exsudação; 
-Feridas 
cirúrgicas 
limpas; 
-Barreira 
protetora de 
área 
perilesional e 
para efluentes 
de estomas. 
-Feridas 
muito 
exsudativas; 
-Feridas 
infectadas; 
-Feridas 
cavitarias; 
-Região sacra 
em caso de 
incontinência 
fecal e 
urinária; 
-Indivíduos 
sensíveis aos 
componentes 
do produto. 
Trocar no 
máximo a 
cada 7 
dias, 
sempre 
que 
houver 
saturação 
da 
cobertura 
ou o 
curativo 
descolar. 
Pode causar 
maceração 
da área 
perilesional 
devido à 
absorção 
não 
acontecer 
de forma 
vertical (a 
cobertura 
não é 
absorvente). 
Fixar 1 a 2 
cm da 
borda, 
diminuindo 
assim a área 
de 
extravasam
ento de 
exsudato. 
Ácido Graxo 
Essencial 
(AGE) 
Óleo vegetal 
composto por 
ácido linoleico, 
ácido caprílico, 
-Mantém o 
meio úmido; 
-Promove 
angiogênese; 
-Acelera o 
processo de 
granulação 
-Prevenção de 
LP; 
-Feridas de 
todos os tipos 
em processo 
de 
cicatrização 
Pode ocorrer 
hipersensibili
dade. 
Trocar no 
máximo a 
cada 24 
horas ou 
sempre 
que o 
curativo 
O uso 
prolongado 
pode causar 
hiper 
granulação 
da ferida. 
Pode ser 
25 
 
ácido cáprico, 
vitamina A, 
lecitina de soja 
e vitamina E. 
tecidual; 
-Forma 
película 
protetora na 
pele; 
-Auxilia o 
desbridamento 
autolítico; 
-Pode ser 
usado em 
qualquer fase 
de cicatrização 
com ou sem 
infecção. 
secundári
o estiver 
saturado. 
associado a 
várias 
coberturas. 
 
Hidrogel 
Pode estar 
associado a 
cálcio e sódio 
-Mantém o 
meio úmido; 
-Promove 
desbridamento 
autolítico. 
-Feridas secas 
ou pouco 
exsudativas; 
-Tecidos 
desvitalizados 
em feridas 
abertas; 
-Áreas 
doadoras de 
pele; 
-Queimaduras 
de 1º e 2º 
graus; 
-
Desbridament
o leve de 
necrose de 
liquefação 
(esfacelo) e de 
necrose de 
coagulação 
-Feridas com 
exsudato em 
média ou 
grande 
quantidade; 
-Pele íntegra; 
-Queimaduras 
de terceiro 
grau; 
-Sensibilidade 
aos 
componentes 
do produto. 
Trocas em 
até 48 
horas. 
Feridas 
infectadas
: no 
máximo a 
cada 24 
horas; 
O uso de 
gel para 
tratar 
feridas com 
muito 
exsudato 
macera as 
bordas da 
lesão e a 
pele 
adjacente. 
26 
 
(escara). 
Alginato de 
cálcio 
Apresentação 
em placa ou 
fita pode estar 
associado ao 
sódio e/ou à 
prata 
-Absorve 
grande 
quantidade de 
exsudato; 
-Auxilia no 
desbridamento 
autolítico; 
-Promove 
hemostasia em 
lesões 
sangrantes. 
-Feridas 
exsudativas 
moderadas a 
altas; 
-Feridas com 
ou sem 
sangramentos; 
-Áreas 
doadoras de 
enxerto; 
-Feridas 
cavitarias em 
geral; 
-
Desbridament
o de pequenas 
áreas de 
necrose de 
liquefação 
(esfacelo). 
-Não utilizar 
em feridas 
secas ou com 
pouco 
exsudato; 
-Prevenção de 
LP; 
-Grandes 
queimados. 
Feridas 
infectadas
: no 
máximo a 
cada 24 
horas. 
Feridas 
Limpas 
com 
sangrame
nto: a 
cada 48 
horas ou 
quando 
saturado. 
Em outras 
situações 
a 
frequênci
a das 
trocas 
deverá ser 
estabeleci
da de 
acordo 
com a 
avaliação 
do 
profission
al. 
. 
Havendo 
aumento do 
intervalo de 
trocas, 
devido à 
diminuição 
do 
exsudato, 
deve-se 
suspender o 
uso dessa 
cobertura 
para evitar 
o 
ressecament
o do leito 
da ferida. 
Hidrofibra -Mantém o -Feridas com -Feridas Feridas Manter 
27 
 
carboximetilcel
ulose sódica 
Apresentação 
em placa ou 
fita pode estar 
associado à 
prata 
meio úmido; 
-Favorece o 
desbridamento 
autolítico; 
-Absorve 
grande 
quantidade de 
exsudato; 
-Reduz a dor e 
o trauma no 
momento da 
troca. 
moderada a 
grande 
quantidade de 
exsudato; 
-Feridas 
infectadas ou 
com risco de 
infecção; 
-Úlceras 
vasculares, 
diabéticas e 
LP. 
-Queimaduras 
de espessura 
parcial 
(2°grau); 
secas; 
-Sensibilidade 
aos 
componentes 
do produto. 
limpas: 
até 7 dias; 
Feridas 
infectadas
: no 
máximo 3 
dias; 
Com 
prata: 
remover 
somente 
por 
vazament
o, 
sangrame
nto 
excessivo, 
dor ou em 
no 
máximo 7 
dias. 
borda de no 
mínimo 1 
cm em 
todos os 
lados. Pode 
ser 
recortado. 
Não deve 
ser 
associado 
com 
produtos à 
base de 
óleo. 
 
Hidro polímero 
Apresentação 
em lâmina ou 
espuma de 
preenchimento 
-Mantém o 
meio úmido; 
-Favorece o 
desbridamento 
autolítico; 
-Absorve 
grande 
quantidade de 
exsudato; 
-Reduz o 
trauma na 
troca do 
Lâmina 
Feridas planas 
 
Espumas de 
preenchiment
o Feridas 
cavitarias 
-Feridas 
secas; 
-Queimaduras 
de 3º grau; 
-Feridas com 
necrose de 
coagulação 
(escara). 
A 
frequênci
a das 
trocas 
deverá ser 
estabeleci
da de 
acordo 
com a 
avaliação 
do 
profission
Podem ter 
formulações 
associadas 
com 
antimicrobi
anos ou 
anti-
inflamatório
s. 
Podem ser 
ou não 
recortáveis. 
28 
 
curativo. al que 
acompanh
a o 
cuidado. 
Papaína 
8 a 10% para 
escara; 6 a 4% 
esfacelo; 2% 
tecido de 
granulação 
-Promove 
desbridamento 
químico/enzim
ático o; 
-Bactericida e 
bacteriostático. 
-Lesões com 
presença de 
granulação 
(concentração 
2%), necrose 
de 
liquefação/esf
acelo (4-6%) e 
necrose de 
coagulação/es
cara (8-10%); 
-Feridas secas 
ou 
exsudativas; 
-Planas e/ou 
cavitarias; 
-Feridas 
infectadas 
-Sensibilidade 
aos 
componentes 
do produto; 
-Pacientes 
alérgicos à 
látex não 
devem utilizar 
papaína. 
A cada 24 
horas, 
antes se o 
curativo 
secundári
o estiver 
saturado. 
Os 
recipientes 
utilizados 
para 
diluição e 
armazenam
ento não 
devem ser 
metálicos, 
pois 
provocam 
oxidação e 
inativação 
da enzima. 
Colagenase 
fibrase 
-Mantém o 
meio úmido; 
-Promove o 
desbridamento 
enzimático 
suave e não 
invasivo de 
lesões. 
Feridas com 
tecido 
desvitalizado. 
Pacientes 
sensíveis às 
enzimas da 
fórmula. 
A cada 24 
horas. 
Promove 
desbridame
nto muito 
lento. 
 
Carvão ativado 
podendo estar 
-Absorve 
grande 
quantidade de 
 
-Feridas 
infectadas 
-Feridas 
limpas; 
-
A 
saturação 
do tecido 
Havendo 
aumento do 
intervalo de 
29 
 
associado à 
prata 
exsudato;-Controla o 
odor e as 
células 
bacterianas, 
destruídas pela 
ação da prata. 
com ou sem 
odor; 
-Feridas 
profundas 
com 
exsudação 
moderada à 
abundante 
Queimaduras; 
-Feridas 
pouco 
exsudativas, 
sangrantes ou 
com necrose 
de 
coagulação/es
cara. 
de carvão 
ativado 
acontece, 
em média, 
em 3 a 4 
dias, 
podendo 
ficar no 
leito até 7 
dias. 
Estabelec
er 
necessida
de de 
troca do 
curativo 
secundári
o 
conforme 
avaliação 
do 
profission
al que 
acompanh
a o 
cuidado. 
trocas, 
devido à 
diminuição 
do 
exsudato, 
deve-se 
suspender o 
uso dessa 
cobertura 
para evitar 
o 
ressecament
o do leito 
da ferida. 
Existem 
hoje, no 
mercado, 
curativos à 
base de 
carvão 
ativado que 
podem ser 
recortados 
de acordo 
com 
o tamanho 
da lesão. 
Malha de 
petrolato 
- Mantém o 
meio 
úmido; 
- Não adere ao 
leito da ferida; 
- Promove o 
Lesões 
superficiais de 
queimaduras, 
úlceras, 
feridas 
Superficiais 
Feridas 
infectadas. 
A 
frequênci
a das 
trocas 
deverá ser 
estabeleci
- 
30 
 
equilíbrio da 
umidade da 
lesão, 
pois permite 
que o exsudato 
seja absorvido 
pelo 
curativo 
secundário, 
limpas, 
abrasões, 
lacerações, 
áreas doadoras 
de enxerto. 
da de 
acordo 
com a 
avaliação 
do 
profission
al que 
acompanh
a 
o cuidado. 
A 
saturação 
do 
curativo 
secundári
o e a 
possível 
aderência 
da 
cobertura 
no leito 
da ferida 
deve ser 
levados 
em 
considera
ção. 
Tela de silicone -Promove o 
equilíbrio da 
umidade da 
lesão, pois 
permite que o 
exsudato seja 
-Tratamento 
de feridas 
exsudativas 
planas; 
-Áreas 
doadoras e 
Feridas 
cavitarias. 
A 
frequênci
a das 
trocas 
deverá ser 
estabeleci
 
Requer 
curativo 
secundário. 
31 
 
absorvido pelo 
curativo 
secundário, 
evitando a 
maceração da 
pele; 
-Minimiza o 
trauma e dor 
durante as 
trocas de 
curativos; 
-Permite 
visualização 
direta da 
ferida; 
-Adapta-se aos 
contornos do 
corpo. 
receptoras de 
enxerto 
cutâneo; 
-Epidermólise 
bolhosa. 
da de 
acordo 
com a 
avaliação 
do 
profission
al que 
acompanh
a o 
cuidado. 
A 
saturação 
do 
curativo 
secundári
o deve ser 
um dos 
critérios 
para a 
troca. A 
tela de 
silicone 
pode ser 
lavada 
com soro 
fisiológic
o e 
reaplicada 
na mesma 
lesão. 
Levar em 
considera
ção as 
32 
 
orientaçõe
s do 
fabricante
. 
Tabela 1 – Principais tipos de cobertura 
Fonte: Telessaúde RS-UFRGS (2017). 
 
 
12 LESÕES PRIMÁRIAS 
 
 Existem também as lesões primárias que possuem características típicas podendo ser lisas 
ou grosseiras, planas ou erguidas, solidas ou úmidas, de cor escura ou clara. Em relação à 
etiologia da lesão precisara de um diagnóstico diferencial para seguir um tratamento. São 
alguns tipos de lesões de primárias: 
 Pápulas: São lesões de pele que podem ser sentidas a tato, geralmente com 
diâmetro < 10 milímetros. Os exemplos são de picadas de inseto, seborreicas e 
verrugas. 
 Máculas: São lesões ou mancha de pele planas e não palpáveis geralmente com 
diâmetro < 10 milímetros. As máculas representam alteração da cor ou na textura, 
não são elevadas ou deprimidas, se comparadas com a superfície da pele. 
 Placas: são lesões palpáveis, geralmente com diâmetro > 10 milímetros, que 
podem ser elevadas ou deprimidas, se comparadas à superfície cutânea. Podem ser 
arredondadas e com superfície plana. As lesões de psoríase geralmente formam 
placas 
 Nódulo: Lesão firme, endurada, circunscrita, podendo ser mais ou menos saliente. 
Na maioria das vezes é mais palpável que visível. Que se estende na derme ou no 
tecido subcutâneo. São exemplos os cistos e lipomas. 
 Bolha: Lesão elevada de conteúdo líquido claro. Deve ter mais de 1 centímetro de 
diâmetro. Podendo ser causadas por queimaduras, picadas ou dermatites. 
 Pústula: Pequena lesão superficial, elevada, semelhante à vesícula, mas com 
contem pus em seu interior. É comum em infecções bacterianas. 
 Vesículas: São bolhas com líquido claro diferente da pústula, são características de 
uma infecção herpéticas e dermatites alérgicas. 
 Abcesso: Lesão purulenta profunda, que em geral apresenta sinais flogísticos. 
33 
 
 
 
13 LESÃO POR PRESSÃO (LPP) 
 
 As lesões por pressão são feridas degenerativas progressivas, se formam quando o tecido é 
comprimido provocado por uma pressão exercida sobre uma preeminência óssea, por um 
longo período na mesma posição, os fatores de risco que associam a lesão por pressão são 
pacientes portadores de hipertensão arterial sistêmica e diabetes, pois dificulta o tratamento 
chegar à cura. 
 
 A principal causa é a falta de movimentação, o paciente vai apresentar lesões nas regiões: 
sacral, maléolos, calcâneo. A lesão por pressão, diferentemente das demais alterações de pele, 
tem sido fonte de preocupação por representar um problema de saúde pública, levando a 
transtornos físicos, sendo ainda um processo de atenção à saúde, principalmente a rede 
primaria onde as unidas básicas de saúde fazem o rastreamento de pacientes acamados em 
casa que devem receber orientações necessárias e materiais para tratamento. 
 
 
 
 
 
 
Figura 10 – Regiões corporais mais afetadas. 
 
14 ESTÁGIOS DA LESÃO POR PRESSÃO 
 
 
 O enfermeiro deve avaliar o estágio que a lesão por pressão se encontra, para saber qual 
tratamento ele deve entrar. Neste contexto, ele estará em busca da redução dessa lesão, como 
atuante de enfermagem na unidade básica de saúde ele tem o papel fundamental nesses 
cuidados, e também de dar atenção à família deste paciente, rastreando qualquer tipo de 
gatilho para que aquela lesão evolua. 
 
 
 
 
34 
 
● Lesão por Pressão Estágio 1 
A pele do paciente vai se mostrar intacta com área localizada com eritema local não 
branqueável pode ocorrer edema discreto, é uma lesão que é considerada como sinais de 
alerta. 
 
 
 
 
 
Figura 11 – LPP em estágio 1. 
 
● Lesão por Pressão Estágio 2 
 É um estágio mais complexo sendo que já existe um dano visível a pele, com camada mais 
profundas com a exposição da derme, a ferida apresenta coloração rosa avermelhado e úmido 
podendo apresentar exsudato podendo apresentar bolhas rompidas ou não, neste estágio há um 
rompimento das terminações nervosas da derme, causando muita dor e desconforto. 
 
 
 
 
 
 
Figura 12 – LPP em estágio 2. 
 
 
● Lesão por Pressão Estágio 3 
 Perda total da espessura da pele no qual a do tecido adiposo, na qual podemos observar a 
presença dos tecidos: gordura, granulação, necrose de coagulação necrose de liquefação ou 
esfacelo. Com bordas descoladas e enroladas podendo estender a tunelização permanecendo 
úmidas, porém não há exposição de músculos, ligamentos ou ossos. 
 
 
 
 
35 
 
 
 
 
 
Figura 13 – LPP em estágio 3. 
 
 
● Lesão por Pressão Estágio 4 
 Perda total da pele em sua espessura, podendo ser tocada ao músculo, ligamento ou ossos, a 
ferida apresenta necrose e esfacelo, bordas enroladas, descolamento, tunelização. A 
profundidade pode variar conforme local da ferida, como por exemplo, uma ferida em um 
local de abundância de tecido adiposo tende a ser mais profunda. 
 
 
 
 
 
 
 Figura 14 – LPP em estágio 4. 
 
 
● Lesão não classificável 
 Neste caso há uma perda total da pele e da sua espessura total e perda tissular não visível, 
onde não se pode confirmar extensão do dano tecidual no interior da úlcera se está coberto por 
esfacelo ou escara. 
 
 
 
 
 
 
Figura 15 – LPP não classificável 
 
 
● Lesão por Pressão Tissular Profunda 
Coloração vermelha escura, marrom ou roxo, persistente e que não embranquece, com pele 
 
36 
 
intacta ou não, apresenta dor e alterações na temperatura. Este tipo de lesão por pressão ocorre 
com cisalhamentoprolongado sobre osso e o músculo dessa ferida pode evoluir para uma 
lesão profunda ou pode resolver sem danos teciduais. 
 
 
 
 
 
 
Figura 16 – LPP tissular profunda. 
15 ESCALAS PARA AVALIAÇÃO DE RISCO DE LESÃO POR PRESSÃO (LPP) 
15.1 Escala de Braden (EB) 
 A Escala de Braden (EB) é um sistema utilizado com frequência em pacientes críticos na 
UTI, esta escala foi criada pela enfermeira Bárbara Braden que com intuito de estimar o risco 
para LPP sendo uma forma avaliativa para programar medidas preventivas e promover um 
tratamento eficaz a esses pacientes restrito ao leito. 
 Para a avaliação do paciente a Escala de Braden (EB) restringe a seis parâmetros: 
Percepção sensorial; Umidade; Atividade; Mobilidade; Nutrição; Fricção e Cisalhamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 2 – Escala de Braden. 
 
Pontuação 
Fatores 1 2 3 4 
Percepção 
sensorial 
Totalmente 
limitado 
Muito limitado Levemente 
limitado 
Nenhuma 
limitação 
Umidade Completamente 
molhado 
Muito molhado Ocasionalmente 
molhado 
Raramente 
molhado 
Atividade Acamado Confinado a 
cadeira 
Anda 
ocasionalmente 
Anda 
frequentemente 
Mobilidade Totalmente Bastante limitado Levemente 
limitado 
Não apresenta 
limitações 
Nutrição Muito pobre Provavelmente 
inadequada 
Adequada Excelente 
Fricção e 
cisalhamento 
Problema Problema 
potencial 
Nenhum problema - 
37 
 
 
De acordo com o protocolo do ministério da saúde o profissional deve determinar o 
tratamento conforme a intensidade da escala: 
 
 Risco baixo (15 a 18 pontos) 
 Cronograma de mudança de decúbito; 
 Otimização da mobilização; 
 Proteção do calcâneo; 
 Manejo da umidade, nutrição, fricção e cisalhamento, bem como uso de superfícies de 
redistribuição de pressão. 
 Risco moderado (14 a 15 pontos) 
 Continuar as intervenções do risco baixo; 
 Mudança de decúbito com posicionamento a 30°; 
 
 Risco alto (10 a 12 pontos) 
 Continuar as intervenções do risco moderado; 
 Mudança de decúbito frequente; 
 Utilização de coxins para facilitar a lateralização da 30°; 
 
Risco muito alto (</= 9 pontos) 
 Continuar as intervenções do risco alto; 
 Utilizar superfícies de apoio; 
 Manejo da dor 
15.2 Escala de Norton (EN) 
 A escala de Norton é um sistema que consiste em 5 fatores de risco, sendo eles: condições 
físicas, estado mental, atividades, mobilidade e incontinência. Cada um desses fatores é 
dividido em níveis em uma tabela pontuado de 1 a 4 com palavras descritivas a cada nível, 
quanto menor for o somatório final maior será o risco para o desenvolvimento de LPP. 
 
Condições físicas Estado mental Atividades Mobilidade Incontinência 
Boa (4) Alerta (4) Deambulando (4) Plena (4) Boa (4) 
Razoável (3) Apático (3) Deambula com 
ajuda (3) 
Discretamente 
limitada (3) 
Ocasional (3) 
38 
 
Ruim (2) Confuso (2) Senta em uma 
cadeira (2) 
Muito limitada (2) Frequente (2) 
Muito ruim (1) Torporoso (1) Permanece no leito 
(1) 
Imóvel 
(1) 
Urinaria e fecal (1) 
 
TOTAL: <14 PONTOS = ‘’RISCO ‘’ 
<12 PONTOS = ‘’ ALTO RISCO ‘’ 
Tabela 3 – Escala de Norton 
 
 Existe a escala de Gosnell que é uma adaptação da escala de Norton, onde ele acrescenta a 
etapa nutricional e retira as condições físicas do paciente. Seguindo a mesma ideologia de 5 
fatores de risco: estado mental, continência, mobilidade, atividade e nutrição, contendo três ou 
mais palavras ou sentenças descritivas para cada fator de risco. Avaliando a faixa de 
pontuação de 5 (sem risco) a 20 (com risco). 
15.3 Escala de Waterlow (EW) 
 A Escala de Waterlow foi criada pela enfermeira Judy Waterlow em 1985, com a 
finalidade de avaliar riscos das lesões por pressão (LPP), ela se baseou na Escala de Norton, 
porém utiliza sete critérios para identificar os fatores causais, oferecendo um método de 
avaliação de risco e grau da lesão quanto mais alto o escore, mais alto é o risco. De 10 a 14, o 
paciente está em risco, de 15 a 19, em alto risco e, acima de 20, em altíssimo risco. Esses 
critérios consistem: Peso/altura (IMC); Avaliação visual da pele em áreas de risco; 
Sexo/idade; Continência; Mobilidade; Apetite; Medicações. 
 
IMC Tipo de pele Sexo/idade Continência Mobilidade Apetite Medicações 
Média 
(0) 
Saudável (0) Masculino (1) Uso de SVD ou 
continente (0) 
Total (0) Normal (0) Alta dosagem 
(4) 
Acima 
da 
média 
(1) 
Muito fina (1) Feminino (2) Ocasionalmente 
incontinente (1) 
Inquieto (1) Pouco (1) Esteroides (4) 
Obeso 
(2) 
Seca (1) 14 - 49 anos 
(1) 
Uso de SVD e 
incontinente fecal 
(2) 
Apático (2) Somente 
liquido (2) 
Citotóxicos (4) 
39 
 
Abaixo 
da 
média 
(3) 
Com edema 
(1) 
50 – 64 anos 
(2) 
 
Duplamente 
incontinente (3) 
Restrito (3) SNG e 
anorético 
(3) 
Anti-
inflamatório (4) 
- Úmida e 
pegajosa e 
febril (1) 
65 – 74 anos 
(3) 
- Inerte (4) - - 
- Hipocorada 
(2) 
75 – 80 anos 
(4) 
- Dependente de 
cadeiras de 
rodas (5) 
- - 
- Marcada (3) +80 anos (5) - - - - 
Tabela 4 – Escala de Waterlow. 
 Por meio dessa de pontos ela avalia o estado classificando em ‘’ de risco ‘’, ‘’alto risco’’ e ‘’ 
risco muito alto ‘’. Este sistema é instrumento preciso e eficaz para predizer o 
desenvolvimento das lesões por pressão (LPP), e uma ferramenta útil para nortear os 
enfermeiros nas ações de enfermagem individualizando a assistência. 
 
16 ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) 
 
 A atenção domiciliar é definida pela Resolução COFEN nº 464 de 20/10/2014 como ações 
desenvolvidas no domicílio, que visem à promoção de sua saúde, à prevenção de agravos e 
tratamento de doenças, bem como à sua reabilitação e nos cuidados paliativos. 
 O agente comunitário de saúde (ACS) tem um papel fundamental, pois realiza o 
rastreamento na área de abrangência e identificando os pacientes que necessitam de visita 
domiciliar, ele comunica a equipe onde a enfermagem atuará quanto no paciente tanto no 
cuidador. Existem critérios para seguir, aspectos clínicos, em linhas gerais, os usuários 
acompanhados em atenção domiciliar, usualmente, se enquadrarão em alguma das situações 
destacadas a seguir: 
 
 Usuários acamados e/ou restritos ao domicílio, de forma temporária ou permanente, 
incluindo condições clínicas como desestabilizações (por exemplo, crise hipertensiva), 
pós-operatórios, situações agravadas de saúde mental, entre outros. 
 Situações específicas ligadas ao ciclo de vida, como adaptações iniciais de puerpério, 
redução de mobilidade transitória ou permanente de idosos etc. 
 Usuários com arranjos sócio-familiares-econômicos frágeis, com efeitos diretos ou 
indiretos em seu estado de saúde. 
40 
 
 Usuários com comprometimentos, cujas origens possam ser mais bem esclarecidas 
com o conhecimento do contexto doméstico e familiar, a exemplo de crises frequentes 
de asma (visita investigativa). 
 Situações ou problemas novos na família relacionados à saúde ou que constituam risco 
à saúde (como morte do provedor, abandono de um dos genitores, situação financeira 
crítica etc.). 
 
 No programa estratégia saúde da família há questões administrativas de elegibilidade para os 
casos de cuidados continuados como, consentimento do cuidador ou paciente (independente) 
com assinatura de termo de consentimento informado, a presença de cuidador certificando que 
está em acordo com o grau dependência desse paciente isso põe em alerta a equipe para caso 
de maus tratos, condições de moradia como água potável, saneamento básico. 
 A Estratégia Saúde da Família (ESF) é dever de todos os profissionais pertencentes ao 
programa praticá-lo de natureza ética e legal. O enfermeiro lidera a equipe orientando e 
conduzindo para encontrar a solução e os problemas de saúde daquela população. 
 
17 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
 
 No campo de estágio supervisionado I na unidade de saúde ESF Joaquim Gonçalves Ledo 
pude acompanhar a enfermeiranas visitas domiciliares, e uma vez por semana ela faz 
acompanhamento de uma paciente restrito ao leito com LPP. Na prática a enfermeira leva 
suprimentos para realização do curativo, e faz uma avaliação das feridas e do cuidado que esta 
tendo, sendo assim ela informa o cuidador o que deve ser feito para atingir o objetivo, a cura. 
Por conta da pandemia da Corona Vírus, toda visita é consentida através de um termo 
assinado pela cuidadora nos permitindo entrar na sua residência. 
 Além dos cuidados com o paciente, também é função do enfermeiro auxiliar, orientar, 
escutar queixas do cuidador e avaliando se há sintomas físicos e psíquicos assim dando apoio 
ao cuidador, essa atenção deve ser contínua, pois se houver mudanças no estado de saúde do 
cuidador a atenção deve ser direcionada. 
 As intervenções de enfermagem em pacientes restritos ao leito com presença de lesões 
consistem em aliviar a pressão, evitar a fricção, cisalhamento, manejar adequadamente a 
umidade, monitorar e avaliar o padrão nutricional, realizar curativos e cuidados com a pele. 
 
 
41 
 
18 DISCUSSÃO 
 
 O programa Estratégia Saúde da Família (ESF) trabalha através de rastreamentos realizados 
pelo Agente Comunitário de Saúde (ACS) onde há um mapeamento que a unidade supre a 
demanda, reconhecendo as necessidades de saúde de todas as situações daquela área. O 
enfermeiro deve-se na prática realizar mais visitas, deve entrar na programação de trabalho 
semanalmente. 
 Este período de estágio supervisionado trouxe uma vasta experiência para os acadêmicos, 
uma perspectiva sobre prática em campo colocando nossos conhecimentos teóricos em 
execução, realizando assistência domiciliar em pacientes com feridas e na unidade básica de 
saúde, portanto pelo tempo dedicado a cada unidade não foi possível acompanhar a evolução 
de cada uma delas. 
 É possível afirmar que o enfermeiro no âmbito de ESF tem uma autonomia maior sendo 
planejar, gerenciar e executar ações. O profissional trabalha juntamente como gestor de 
recursos e serviços do SUS, identificando as necessidades de cada paciente e a melhor 
conduta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
19 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 O estágio supervisionado I serviu para mostrar a prática de enfermagem que até então era 
idealizada na teoria, sendo uma ótima ferramenta para o acadêmico compreender acerca da 
importância de uma assistência no âmbito de unidade básica de saúde, vivendo a rotina de 
cada profissional enfermeiro na assistência desses pacientes acamados com lesões por pressão 
que necessita de um olhar profissional para levar aquela lesão à cura, e também papel do 
município em cima de suprimentos e de transporte para levar o profissional ate a residência do 
paciente. 
 Esta experiência nos trouxe estímulos para tomadas de decisões e condutas, treinando nosso 
olhar holístico com atenção em cada paciente, e se apegando a rotina de cada unidade que 
participamos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
REFERÊNCIAS 
 
1. PASSO a passo na descrição das lesões dermatológicas. Passo a passo na descrição 
das lesões dermatológicas, [S. l.], p. 1-3, 14 set. 2017. Disponível em: 
https://pebmed.com.br/passo-a-passo-na-descricao-das-lesoes-dermatologicas/. Acesso 
em: 3 mar. 2021. 
2. CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO: ATUALIZAÇÃO 
DO NATIONAL PRESSURE ULCER ADVISORY PANE. CONCEITO E 
CLASSIFICAÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO: ATUALIZAÇÃO DO NATIONAL 
PRESSURE ULCER ADVISORY PANE, [S. l.], p. 1-15, 3 maio 2016. Disponível 
em: http://seer.ufsj.edu.br/indexphp/recom/article/viewFile/1423/1111. Acesso em: 17 
mar. 2021. 
3. COMO ESCOLHER o melhor curativo para úlceras de pressão. Como escolher o 
melhor curativo para úlceras de pressão, [S. l.], p. 1-3, 2 mar. 2019. Disponível em: 
https://blog.jaleko.com.br/como-escolher-o-melhor-curativo-para-ulceras-de-pressao/. 
Acesso em: 17 mar. 2021. 
4. AÇÕES de enfermagem antes e após um protocolo de prevenção de lesões por pressão 
em terapia intensiva. Ações de enfermagem antes e após um protocolo de prevenção 
de lesões por pressão em terapia intensiva, [S. l.], p. 1-10, 1 out. 2016. Disponível em: 
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-81452017000100201&script=sci_arttext. 
Acesso em: 18 mar. 2021. 
5. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE LESÃO POR 
PRESSÃO. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE LESÃO POR 
PRESSÃO, [S. l.], p. 1-11, 9 dez. 2016. Disponível em: 
http://www.multiplosacessos.com/multaccess/indexphp/multaccess/article/view/10/10. 
Acesso em: 18 mar. 2021 
6. PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DA LESÃO POR PRESSÃO: 
EXPECTATIVAS DO ENFERMEIRO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA. PROMOÇÃO 
DA SAÚDE E PREVENÇÃO DA LESÃO POR PRESSÃO: EXPECTATIVAS DO 
ENFERMEIRO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA, Florianópolis, p. 1-10, 3 maio 2018. 
Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
07072018000200301&lng=pt&tlng=pt#B1. Acesso em: 19 mar. 2021. 
7. MITTAG, Barbara et al. Cuidados com Lesão de Pele: Ações da 
Enfermagem. Cuidados com Lesão de Pele:Ações da Enfermagem, [S. l.], p. 1-7, 10 
44 
 
jan. 2017. DOI 10.5327/Z1806-3144201700010004. Disponível em: 
https://www.revistaestima.com.br/estima/article/view/447/pdf. Acesso em: 19 mar. 
2021 
8. SANTOS , Vera et al. Adaptação transcultural do pressure ulcer scale for healing 
(PUSH) para a língua portuguesa. Adaptação transcultural do pressure ulcer scale for 
healing (PUSH) para a língua portuguesa, [S. l.], p. 1-11, 5 jun. 2005. Disponível em: 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
11692005000300004&lng=en&nrm=iso/. Acesso em: 22 mar. 2021. 
9. SANTOS , Joseane et al. Avaliação e tratamento das feridas. Avaliaçao e tratamento 
das feridas , [S. l.], p. 1-44, 12 dez. 2014. Disponível em: 
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/34755/000790228.pdf. Acesso em: 
24 mar. 2021. 
10. SOUZA, Claudiceia et al. A UTILIZAÇÃO DA ESCALA DE BRADEN NA UTI 
PARA PREVENÇÃO DE ÚLCERA POR PRESSÃO. A UTILIZAÇÃO DA 
ESCALA DE BRADEN NA UTI PARA PREVENÇÃO DE ÚLCERA POR 
PRESSÃO, [S. l.], p. 1-20, 5 jun. 2016. Disponível em: 
http://uniesp.edu.br/sites/_biblioteca/revistas/20170608151641.pdf. Acesso em: 25 
mar. 2021. 
11. LESÃO POR PRESSÃO. Tele condutas , [S. l.], p. 1-21, 20 dez. 2017. Disponível em: 
https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/telecondutas/tc_lesaopressao.pdf. 
Acesso em: 26 mar. 2021. 
12. STUDART , Rita et al. A escala de Waterlow aplicada em pessoas com lesão 
medular. A escala de Waterlow aplicada em pessoas com lesão medular, [S. l.], p. 1-8, 
10 out. 2012. Disponível em: http://www.scielo.org.co/pdf/aven/v29n2/v29n2a04.pdf. 
Acesso em: 26 mar. 2021. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
APÊNDICE 
 
Estudo de caso com consentimento da filha cuidadora com presença da enfermeira da 
unidade Kamila Saldanha. 
 
Coleta de dados: 
 Segundo dados obtidos, paciente Y.C.P., 75 anos, viúva, branca, com diagnóstico médico de 
Transtorno esquizofrênico e doença de Parkinson há 20 anos. A história clínica da paciente 
iniciou por volta dos 55 anos com sintomas de comportamento desorganizado, medo 
exagerado sugerido HD transtorno esquizofrênico, passou a realizar tratamento com 
psiquiatra, o quadro se manteve estável desde então. Posteriormente apresentou sintomas 
indicativos da mais uma HD síndrome parkisoniana, atrofia de membros, rigidez muscular, 
rigidez nas pregas vocais, presença de tremores, deambulação prejudicada que segundo a filha 
a paciente não anda há dois anos, pele envelhecida precocemente. 
 No último ano, os sintomas parkinsonianos acentuaram-se, e em dezembro de 2020 ela 
sofreu uma internação, devido problemas no intestino que evoluiu sendo necessário o 
encaminhamento para UTI, onde teve um quadro de hipóxia ocasionado por uma 
broncoaspiração que é um fator recorrente para portadores da doença de Parkinson ondeocorre a atrofia prejudicando a deglutição em cerca de 50%, apos esse quadro ela ficou com 
sequelas perdendo os movimentos dos membros inferiores e superiores, sendo assim a 
paciente está restrita ao leito onde ocasionou as lesões por pressão. 
 A paciente é atendida pela equipe da UBS Joaquim Gonçalves ledo por meio de visita 
domiciliar semanal, para acompanhamento da evolução das lesões por pressão onde a 
enfermeira realiza desbridamento químico com uso de papaína 10% conforme a técnica 
asséptica com clorexidina digermante e soro fisiológico 0,9% acrescentando AGE em bordas 
e locais com presença de tecido de granulação apresentando uma boa evolução. A mesma faz 
uso de sonda nasoenteral para alimentação há três meses, faz uso de fralda geriátrica para bem 
estar da mesma, possui boa higiene pessoal, boas condições de moradia em uma casa que 
reside três famílias, a filha é sua cuidadora há 25 anos com quem possui bom relacionamento. 
 
Diagnósticos de enfermagem 
 Integridade tissular prejudicada relacionada à imobilização física; 
 Constipação relacionada à motilidade gastrintestinal diminuída; 
 Memória prejudicada relacionada à doença de Parkinson; 
46 
 
 Risco de aspiração associada à presença de sonda oral/nasal; 
 Risco de infecção relacionada à alteração na integridade da pele; 
 Risco de desnutrição relacionada dificuldade de deglutição 
 
Planejamentos de enfermagem 
 Mudança de decúbito 2h em 2h; 
 Orientar dietética; estimular ingesta hídrica; 
 Estimular a memória, repetindo o último pensamento expresso pelo paciente; orientar 
sobre tempo, lugar e pessoas; conversar com o paciente; 
 Elevar a cabeceira da cama entre 30 e 45 graus durante a alimentação; verificar a 
colocação correta da sonda, examinando a cavidade oral, verificando presença de 
resíduos gástricos, ou escutando o momento em que o ar é injetado e retirado, 
conforme o protocolo da instituição; irrigar a sonda a cada quatro a seis horas, 
conforme apropriado, durante alimentações contínuas e após cada alimentação 
intermitente; 
 Prevenir infecção nas feridas; Orientar o paciente e a família sobre proteção contra 
lesão na área afetada. Monitorar as extremidades quanto a áreas de calor, vermelhidão, 
dor ou edema; 
 Risco de desnutrição relacionada a dificuldade de deglutição; 
 
Implementações de enfermagem 
 Orientações mudança de decúbito; 
 Orientações de coxins; 
 Orientações do curativo na técnica asséptica; 
 
Avaliação de enfermagem 
 Apresentou melhora significativa nessas duas semanas de acompanhamento apesar do 
quadro de fragilidade. 
 
Feridas 
 Uma lesão por pressão na região sacral de mais ou menos 9x10cm, com camada de 
tecido desvitalizado em centro e borda, com surgimento de tecido de granulação 
visível de quase 1,5cm em porção inferior, profundidade aproximada de 0,5cm, 
47 
 
ausência de exsudato. 
 Uma lesão por pressão em região lateral externa da coxa direita menor se 10 cm, com 
tecido desvitalizado em centro e pequena borda superior com presença de tecido 
necrótico, ausência de exsudato. 
 Uma lesão por pressão em lateral da coxa direita mais próxima ao quadril de 
aproximadamente 2x3cm, com tecido necrótico em centro e hiperemia em toda sua 
borda, ausência de exsudato. 
 Uma lesão por pressão em região lateral externa da coxa esquerda menor que 7 cm, 
com tecido desvitalizado em centro e em sua borda inferior tecido necrótico de 
aproximadamente 1cm e borda superior com início de tecido de granulação, ausência 
de exsudato. 
 Uma lesão por pressão em região do maléolo direito com tecido de fibrina menor que 
0,5cm ausência de exsudato. 
 Uma lesão por pressão 2x1cm em maléolo esquerdo com tecido de granulação em toda 
sua extensão; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 
ANEXO (S) 
 
ESCALA DE PUSH 
 Gráfico de cicatrização de LPP 
 
 Tabela de cicatrização de LPP

Continue navegando