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NUTRIÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA @larirodrigues.b 1 Psicologia Humanista Psicologia deve estudar seres humanos em sua completude, com foco em pessoas saudáveis, funcionais e criativas; Indivíduos ideais são aqueles com capacidade de transcender a natureza humana com altruísmo. Desenvolveu métodos clínicos para aplicação da terapia centrada na pessoa; Pressuposto: as pessoas tendem a buscar autorrealização; Terapia de Rogers – TCC Direciona as pessoas à realização plena de seus potenciais. Dota as pessoas com uma espécie de bússola interna – orienta a escolher o que é favorável ao seu desenvolvimento e evitar o que é prejudicial ao organismo. É o que Rogers chama de Processo de Alaviação Organísmico. Sua função é de orientar a fazer a smelhores escolhas na vida em todos os sentidos. Segundo Rogers, o Self, ou “eu”, subdivide- -se em três sistemas: Eu organísmico – também chamado de “eu real”, existe desde o nascimento e está integrado ao sistema de orientação que nos guia naturalmente ao desenvolvimento e à realização. Quem realmente somos. Autoconceito – também chamado de “eu percebido” desenvolve-se a partir da interação com as outras pessoas. Moldado de fora para dentro a partir da maneira como os outros nos tratam. Imagem que fazemos de nós baseado no que os outros pensam. Eu ideal – pessoa que gostaríamos de ser, a personalidade que idealizamos. Também é formado a partir da interação social. O objetivo da psicoterapia na visão de Rogers deve ser aproximar o autoceonceito e o eu organísmico. E diminuir a distância entre o eu real (organísmico) e o eu ideal. De acordo com Rogers, apenas os seres humanos buscam a autorrealização/ autoatualização, pois só os seres humanos possuem um autoconceito. Isso só é possível quando o autoconceito e o eu real estão em sintonia, pois assim a pessoa está ciente de suas reais potencialidades e confia em si mesma. Carl Rogers (1902 – 1987) Abraham Maslow (1908 – 70) Pirâmide da Hierarquia das Necessidades Tendência Atualizadora/Realizadora SELF “eu” Psicoterapia Autorrealização NUTRIÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA @larirodrigues.b 2 A razão pela qual confiamos tanto nas avaliações dos outros, segundo Rogers, é porque desenvolvemos uma forte necessidade por consideração positiva. Não se sabe se essa necessidade é inata ou se a aprendemos, mas Rogers entende que mais importante do que descobrir a origem dessa necessidade é entender seu enorme impacto sobre o indivíduo. Todos desenvolvemos muito cedo uma grande necessidade de amor, aceitação e entendimento. Infelizmente, muitas vezes aprendemos que só seremos dignos de receber essa consideração positiva se nos subordinarmos aos valores, opiniões e crenças das pessoas que são significativas para nós, evitando que sejamos autênticos. Quando nossas necessidades por consideração positiva são suficientemente atendidas pelas pessoas que são significativas para nós, desenvolve-se a autoconsideração positiva incondicional (autoestima). Quando essa autoconsideração positiva está desenvolvida, nós deixamos de necessitar de aceitação e aprovação externas. Quer dizer, o autoamor, a autoaceitação e a autoaprovação tornam-se mais importantes e independentes das avaliações externas. A autoconsideração positiva é autônoma. A maior parte das pessoas experimenta condições de valor, incongruência, defensividade e desorganização. Condições de valor – quando você só é amado ou valorizado por outra pessoa sob certas condições. Condições de valor, portanto, são as condições (provenientes das avaliações das outras pessoas) às quais nos submetemos para obter amor, aceitação e/ou aprovação, mesmo que isso signifique abrir mão do que realmente desejamos ou pensamos. Rogers considera que quando a criança é repreendida com amor, sentindo que continua sendo amada, mesmo quando desagrada os outros, sua necessidade de consideração positiva é atentida. Essa vontade de agradar aos outros como forma de garantir afetos pode se tornar mais importante do que a disposição de observarmos nossos próprios sentimentos e percepções, nossa bússola interna. Incongruência – quando o autoconceito está muito contaminado com condições de valor, ele distancia- -se muito do eu real, há uma incongruência, uma discrepância entre aquilo que somos de verdade a auto-imagem que construímos sobre nós a partir dos outros. Essa incrongruência é a fonte das desordens psicológicas, desajustes como a vulnerabilidade, a ansiedade, a ameaça, a defensividade e a desorganização. Vulnerabilidade – quanto maior for a incongruência entre o eu real e o autoconceito, mais nos sentimos vulneráveis. Rogers entende que as pessoas se sentem vulneráveis quando não estão conscientes da discrepância entre o eu real e o autoconceito. Mas pela experiência cotidiana elas sentem que há um desacordo interno, esse estado leva as pessoas a agirem de formas incompreensíveis aos outros e a elas mesmas. Ansiedade e ameaça – se instalam na medida em que vamos adquirindo consciência quanto a incongruência. Na medida em que nos damos conta dessa discrepância, surge uma tensão e um desconforto – ansiedade. Consideração Positiva Barreiras à Saúde Psíquica NUTRIÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA @larirodrigues.b 3 Com o tempo essas sensações evoluem para o sentimento de ameaça que é exatamente a tomada de consciência de que não estamos mais íntegros (cisão entre o eu real e o autoconceito). Embora essa sensação de ameaça seja bastante desagradável, pode representar um passo em direção à saúde psicológica, pois é um indicativo de que estamos conscientes de que há um problema. Defensividade – ocorre quando tentamos proteger o autoconceito das sensações de ansiedade e ameaça. Essa proteção ocorre através da distorção ou negação das experiências que contrariam nosso autoconceito. Temos a tendência de preservar o autoconceito (o que acreditamos sobre nós), evitando situações que estejam em desacordo com isso. Quando nos deparamos com experiências que desafiam nosso autoconceito e por isso são ameaçadoras, nós distorcemos essas experiências para podermos assimilá- las. Mais frequente. A negação ocorre quando impedimos que uma experiência tenha acesso à consciência e ela permanece ignorada. Ex.: uma pessoa que de forma inconsciente detesta pessoas deficientes pode tratar o próprio tio cadeirante com extremo carinho movido pela culpa. Menos comum. Em certas situações não conseguimos distorcer ou negar experiências que mostram de forma muito óbvia que sustentamos ideias falsas em nosso autoconceito. Gradualmente a desorganização vai se estabelecendo à medidada que a “ficha vai caindo”. A desorganização quebra a unidade do auto conceito. Isso pode levar a pessoa a se comportar de forma consistente com o seu eu real, ou com seu autoconceito fragmentado, adotando atitudes confusas, imprevisíveis e bizarras. Considera que uma pessoa que se sente vulnerável ou ansiosa deve buscar um terapeuta que tenha congruência, aceitação incondicional e empatia. Só assim o cliente encontrará o clima necessário para crescer psicologicamente. Congruência – o terapeuta deve ser autêntico, estar em contato com o seu “eu real” e expressar-se abertamente, sem usar máscaras diante do cliente. Ser congruente significa ser verdadeiro, genuíno, inteiro; ser o que realmente é. Aceitação incondicional – prezar e aceitar o cliente, sem julgamentos, permitindo que ele se mostre como é, livre de restrições e avaliações externas. Empatia – viver temporariamente a vida do outro, movimentar-seem seu mundo sem fazer julgamentos, dessa forma o terapeuta se permite ver as coisas do ponto de vista do cliente, para que ele se sinta segura e não ameaçado. Desorganização Terapia Centrada no Cliente -TCC NUTRIÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA @larirodrigues.b 4 Se o terapeuta age com esses conceitos, o paciente passa por sete estágios que indicam que o desenvolvimento de sua personalidade está acontecendo. O cliente vai adquirindo mais confiança em si mesmo, aprendendo a reconhecer sentimentos e emoções, percebe-se capaz de avaliar-se independentemente das expectativas e desejo das outras pessoas, reconectando-se com seu eu real e redescobrindo suas demandas internas e seu desejo de buscar o próprio crescimento. O indivíduo: Sente-se mais congruente (mais autêntico); Tem pouca ou nenhuma necessidade de distorcer ou negar experiências, estando mais aberto a elas; Possui uma imagem mais clara de si mesmo; Visão de mundo mais realista; Torna-se mais capaz de resolver os próprios problemas; Apresenta um elevado nível de autoconsideração positiva (amor e aceitação por si mesmo). 1. Duas pessoas em contato emocional; 2. Uma delas está com um problema; 3. A outra (a terapeuta) oferece autenticidade e congruência na relação; 4. A terapeuta oferece apoio positivo, empatia e compreensão para a pessoa com problema; 5. A pessoa com o problema percebe a verdade e empatia do terapeuta. Os seres humanos superam a soma de suas partes. Não podem ser reduzidos a componentes!; Os seres humanos têm consciência e possuem consciência de terem consciência; Os seres humanos possuem alguma escolha e, por isso, responsabilidades; Os seres humanos são intencionais, têm objetivos, estão conscientes que suas ações têm repercussão no futuro, buscam valor e significado e criatividade. Processo Resultados Terapia de Rogers Postulados Básicos da Psic. Humanista
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