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Defesa da Posse É um dos efeitos da posse; Questões iniciais: Direito à legítima defesa Art. 1210, §1°: “O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir se por sua própria força contanto que o faça logo os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse”; Direito aos interditos Exercício do direito de peticionar em juízo através das três ações possessórias; Fundamentos da proteção possessória: Ameaça: os atos executórios ainda não foram iniciados; Turbação: Perturbação da posse, criação de obstáculo; Esbulho: Inviabilização do exercício da posse pelo possuidor legítimo; Juízo Possessório Decorre de faculdades jurídicas oriundas da posse em si mesmo, não sendo necessário qualquer relação jurídica subjacente. Direito da Posse. Tem o direito defendê-la por intermédio dos interditos. Na Ação Possessória a sentença determina a entrega do bem ao possuidor. Juízo Petitório Decorre do direito do proprietário. Na Ações Petitórias a base do pedido é o direito de propriedade a sentença determina a entrega do bem ao proprietário que ainda não tem a posse direta da coisa. Possessória e Petitória Impossibilidade de Cumulação Decisões contraditórias; Concomitância de Ações Possessórias e Petitórias De: ofício e a qualquer tempo o juiz não conhecerá do pedido por ausência do pressuposto processual válido para constituição válida do processo; Validade Após o trânsito em julgado da ação possessória; Posição de Edson Fachin: “o titular do domínio, ainda que não utilize direta e efetivamente a terra, é tutelado a manejar os interditos possessórios” (in A Justiça dos Conflitos no Brasil, p 282). Base da tutela Possessória Pressupostos para o exercício: - A situação fática do exercício dos poderes de proprietário (sem o ser) sobre a coisa; -Ato fato (ocupação do bem), direito real (usufruto) e obrigacional (locação); Observações 1. Não se discute o direito de propriedade; Art. 1.210. [...] § 2 o Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa. 2. Enquanto se discute juridicamente posse, não se discutirá propriedade; Art. 557. Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor quanto ao réu, propor ação de reconhecimento do domínio, exceto se a pretensão for deduzida em face de terceira pessoa. Parágrafo único. Não obsta à manutenção ou à reintegração de posse a alegação de propriedade ou de outro direito sobre a coisa. Fungibilidade das Ações Possessórias e Duplicidade do Pedido Art. 554 CPC/2015. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados. Art. 555 CPC/2015. É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de: I- Condenação em perdas e danos; II- Indenização dos frutos. Ações Petitórias Funda-se no juízo petitório ius possidendi; Decorre do Direito de Propriedade; Imissãode Posse: - Legitimidade Ativa e Passiva Adquirente e aquele que outorgou e não efetivou a entrega da posse; Art. 538, CPC: Não cumprida a obrigação de entregar coisa no prazo estabelecido na sentença, será expedido mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse em favor do credor, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel. Ação reivindicatória Legitimidade Ativa: Proprietário; Art. 1228: O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. Art. 498, CPC: Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação. Parágrafo único. Tratando se de entrega de coisa determinada pelo gênero e pela quantidade, o autor individualizá-la á na petição inicial, se lhe couber a escolha, ou, se a escolha couber ao réu, este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz. Perda da Posse Art. 1 223: Perde se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o poder sobre o bem, ao qual se refere o art. 1 196. Art. 1 224: Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando, tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá- la, é violentamente repelido.
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